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TRABALHO LICENCIATURA (3)


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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONCECTADO
EDUCAÇÃO FÍSICA 
PORTIFÓLIO EM GRUPO
PRODUÇÃO TEXTUAL COLETIVA
Poços de Caldas
201
7
fernanda ribeiro dos santos
rafaela patrícia de souza machado
PRODUÇÃO TEXTUAL COLETIVA
Trabalho de portfólio em grupo apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Metodologia do Ensino da Atividade Rítmica e Dança; Educação Física Escolar e Saúde; Metodologia do Ensino da Ginástica Escolar; Educação Física Adaptada
e Primeiros Socorros.
Orientadores: Prof. Túlio Moura; Prof.ª Patrícia Proscêncio; Prof.ª Eloise Werle de Almeida; Prof.ª Alessandra Begiatto Porto; Prof.ª Luana Conti.
Poços de Caldas
2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
A Educação Física escolar é um tema bastante amplo e que deve ser percebido sob a ótica de formação do sujeito, que se dá não apenas pela aquisição do conhecimento, mas, também, pela concepção acerca de si próprio e do outro, constituindo-se um espaço de formação cultural, por essa razão seus conteúdos devem contemplar a diversidade existente na sociedade de modo a inferir no processo de aceitação das diferenças.
Assim, é preciso que o educador físico detenha conhecimentos necessários para contemplar a diversidade presente no ambiente escolar e, desta forma, realizar uma prática que contribua para a saúde do corpo, mas, também para o processo de formação do sujeito levando em conta as concepções da escola inclusiva.
Neste contexto, o presente estudo, desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica e de campo tem como objetivo esclarecer as peculiaridades de cada um destes campos de formação.
A primeira parte do trabalho, construída a partir da pesquisa bibliográfica destaca o papel da dança nas aulas de Educação Física. A segunda também realizada por meio de pesquisa bibliográfica traz uma abordagem sobre a importância da Educação Física para o aluno com Síndrome de Down. A terceira parte, realizada por meio de uma pesquisa de campo utilizando como instrumento de coleta de dados uma entrevista com questões abertas previamente elaboradas, busca evidenciar a realidade de um educador físico licenciado revelando sua forma de atuação e os desafios e perspectivas com relação à mesma.
Ao final são apresentadas as principais considerações sobre a temática extraída dos estudos pelos pesquisadores.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 A Dança enquanto conteúdo da educação física escolar
A dança faz parte da história do homem desde seus primórdios até os dias atuais, fazendo parte da cultura social, seja por meio dos ritos religiosos, celebrações, cerimônias cívicas, festas, entre outros. 
De acordo com Nanni(1995) a dança é fruto da necessidade do homem de expressar seus sentimentos e emoções, desejos e interesses, sonhos ou realidade, por essa razão é tão diferenciada. 
Enquanto forma de expressa a dança para o desenvolvimento integral do indivíduo enfatizando aspectos como movimento, emoções, formas de expressão, conceitos e fatos culturais e sociais.
Strazzacappa (2001, p. 69) destaca que: “o indivíduo age no mundo através de seu corpo, mais especificamente através do movimento. É o movimento corporal que possibilita às pessoas se comunicarem, trabalharem, aprenderem, sentirem o mundo e serem sentidos”. 
Nessa perspectiva é que o conteúdo de dança foi inserido no âmbito escolar através dos PCNS, o que foi feito da seguinte forma.
Os PCNs inserem a dança na área de Educação Física, no bloco das atividades rítmicas e expressivas, considerando-a uma manifestação da cultura corporal, que tem como característica as intenções de comunicação e de expressão, por meio de gestos e estímulos sonoros” (BARRETO, 2005, p.116).
A partir desse ponto de vista a dança deve ser trabalhada na escola não apenas como fonte de movimento, mas, sobretudo forma de desenvolvimento cultural e pessoal, por meio do qual o sujeito pode expressar a si própria e a sua cultura, constituindo-se enquanto sujeito sociocultural. Isto porque “todos os elementos corporais tratados pela Educação Física são culturalmente construídos e determinados por nós com diferentes significados, dependendo do contexto que estão inseridos e isto precisa ser considerado” (EHRENBERG; GALLARDO, 2005, p. 124).
Neste sentido Marques (1999, p.16), destaca que a dança é uma “[...] forma de conhecimento, de experiência estética e de expressão do ser humano, pode ser elemento de educação social do indivíduo”. Isto implica em dizer que ele constitui-se uma experiência humana que contribui para o processo de humanização do sujeito a partir de uma dimensão que contempla corpo e mente como indissolúveis.
Por essa razão ela não deve ser trabalhada de forma mecanizada e reducionista, mas sim dentro da complexidade que a envolve, ou seja, ela envolve muito mais do que simples passos e coreografias previamente definadas, devendo contemplar questões como criatividade, expressão e comunicação, realizando ligações entre a crítica, a estética, o educativo, o social entre outros. 
As atividades devem levar os alunos a desenvolverem suas habilidades e conhecimentos para poderem criar, modelar e estruturar movimentos dançantes que expressem seus sentimentos e ideias, bem como criar o sentido de pertencimento, fazendo com que o educando seja capaz de compreender e expressar sua cultura. Por isso é fundamental que se traga para dentro da sala as questões regionais, a cultura dançante que envolve a comunidade na qual o aluno está inserido de modo a contribuir para a sua identificação e percepção crítica de modo que o educando possa conhecer a si mesmo e o mundo que o circunda.
Neste contexto o educador físico tem um papel fundamental, pois é ele o “mestre que permite ao educando ser ele mesmo, traçar sua própria trajetória, caminhando nela e construindo-se como um sujeito que tem características, sentimentos e idéias próprias e, por isso, conhece, comunica e expressa de forma única, individual” (BARRETO,2005, p.49).
Assim, a dança na escola deve ser trabalhada através de uma dimensão múltipla que possibilite ao aluno seu autoconhecimento, incentivando, ainda, vivências da corporeidade e oportunizando a expressividade, comunicação e o diálogo corpóreo com seus pares, favorecendo, também, uma maior interação com sua cultura e com o ambiente.
Um fator importante de se destacar, ainda, é que a dança, assim como outras atividades trata-se de uma educação do corpo que irá delinear a própria forma de atuação do sujeito na sociedade.
Nesse contexto Strazzacappa (2001, p. 79) enfatiza:
Fica claro que a questão da educação corporal não é de responsabilidade exclusiva das aulas de educação física, nem de dança ou de expressão corporal. O corpo está em constante desenvolvimento e aprendizado. Possibilitar ou impedir o movimento da criança e do adolescente na escola; oferecer ou não oportunidades de exploração e criação com o corpo; despertar ou reprimir o interesse pela dança no espaço escolar, servir ou não de modelo... de uma forma ou de outra, estamos educando corpos. Nós somos nosso corpo. Toda educação é educação do corpo. A ausência de uma atividade corporal também é uma forma de educação: a educação para o não-movimento – educação para a repressão. Em ambas as situações, a educação do corpo está acontecendo. O que diferencia uma atitude da outra é o tipo de indivíduo que estaremos formando.
Pode-se concluir, portanto, que a presença da dança na escola é muito mais do que uma disciplina, ela é uma forma de expressividade de revelar um corpo que fala e traduz emoções, anseios e ideais, sendo, portanto, um corpo social que é constituído e constitui a partir das relações que mantém com o mundo que a cerca.
2.2 Alunos com Síndrome de Down nas aulas de Educação Física
Schwartzan (1999) ensina que a síndrome de Down é decorrente de uma alteração genéticaocorrida durante ou imediatamente após a concepção. A alteração genética se caracteriza pela presença a mais do autossomo 21, ou seja, ao invés do indivíduo apresentar dois cromossomos 21, possui três. A esta alteração denominamos trissomia simples. 
No entanto podemos encontrar outras alterações genéticas, que causam síndrome de Down. Estas são decorrentes de translocação, pela qual o autossomo 21, a mais, está fundido a outro autossomo. O erro genético também pode ocorrer pela proporção variável de células trissômicas presente ao lado de células citogeneticamente normais. Estes dois tipos de alterações genéticas são menos freqüentes, que a trissomia simples. 
Para o autor, estas alterações genéticas decorrem de "defeito" em um dos gametas, que formarão o indivíduo. Os gametas deveriam conter um cromossomo apenas e assim a união do gameta materno com o gameta paterno geraria um gameta filho com dois cromossomos, como toda a espécie humana. Porém, durante a formação do gameta pode haver alterações e através da não-disjunção cromossômica, que é realiza durante o processo de reprodução, podem ser formados gametas com cromossomos duplos, que ao se unirem a outro cromossomo pela fecundação, resultam em uma alteração cromossômica. 
Schwartzan (1999) ao falar sobre as características gerais da pessoa com síndrome de Down, destaca que, em geral são pessoas calmas, afetivas, bem humoradas e com prejuízos intelectuais, porém podem apresentar grandes variações no que se refere ao comportamento destes pacientes. A personalidade varia de indivíduo para indivíduo e estes podem apresentar distúrbios do comportamento, desordens de conduta e ainda seu comportamento podem variar quanto ao potencial genético e características culturais, que serão determinantes no comportamento. 
Ainda falando sobre as características da pessoa com síndrome de Down Schwartzman (1999) destaca que ela é marcada por muitas alterações associadas, que são observados em muitos casos. As principais alterações orgânicas, que acompanham a síndrome são: cardiopatias prega palmar única, baixa estatura, atresia duodenal, comprimento reduzido do fêmur e úmero, bexiga pequena e hiperecongenica, ventriculomegalia cerebral, hidronefrose e dismorfismo da face e ombros. 
Outras alterações como braquicefalia, fissuras palpebrais, hipoplasia da região mediana da face, diâmetro fronto-ocipital reduzido, pescoço curto, língua protusa e hipotônica e distância aumentada entre o primeiro, o segundo dedo dos pés, crânio achatado, mais largo e comprido; narinas normalmente arrebitadas por falta de desenvolvimentos dos ossos nasais; quinto dedo da mão muito curto, curvado para dentro e formado com apenas uma articulação; mãos curtas; ouvido simplificado; lóbulo auricular aderente e coração anormal. 
Quanto às alterações fisiológicas, o mesmo autor ressalta que podemos observar nos primeiros dias de vida uma grande sonolência, dificuldade de despertar, dificuldades de realizar sucção e deglutição, porém estas alterações vão se atenuando ao longo do tempo, à medida que a criança fica mais velha e se torna mais alerta. 
A criança Down normalmente apresenta grande hipotonia e segundo Hoyer e Limbrock, citado por Schwartzman (1999), o treino muscular precoce da musculatura poderá diminuir a hipotonia. “A hipotonia costuma ir se atenuando à medida que a criança fica mais velha e pode haver algum aumento na ativação muscular através da estimulação tátil”. (LOTT apud SCHWARTZMAN, 1999, p. 28).
Alterações fisiológicas também se manifestam através do retardo no desaparecimento de alguns reflexos como o de preensão, de marcha e de Moro. Este atraso no desaparecimento destes reflexos é patológico e resulta no atraso das aquisições motoras e cognitivas deste período, já que muitas atividades dependem da desta inibição reflexa para se desenvolverem como o reflexo de moro, que é substituído pela marcha voluntária.
Tendo em vista suas características que apresentam inclusive dificuldades motoras é que as atividades físicas tornam-se fundamentais para as pessoas com síndrome de Down, todavia, o mesmo deve ser dar de forma a assegurar um melhor desenvolvimento do mesmo, sendo fundamental que o educador mantenha-se atento com relação ao tipo de atividade que será trabalhada, pois alguns exercícios que causam hiperflexão, podem ser prejudiciais a saúde da pessoa com Síndrome de Down (FURLAN; MOREIRA; RODRIGUES, 2008).
Castro (2005 apud FURLAN; MOREIRA; RODRIGUES, 2008) destaca como sendo as melhores atividades para se trabalhar com pessoas síndrome de Down os exercícios que levem ao fortalecimento da da musculatura em torno das articulações de modo a atingir a estabilização, também são importantes a natação e a ginástica são que visam o condicionamento físico, as atividades rítmicas e as danças que contribuem para melhora da resistência muscular.
Neste estudo vamos destacar a importância da dança não apenas para o desenvolvimento físico, mas também, pessoal do sujeito, uma vez que é por meio dela que a pessoa com síndrome de Down tem a possibilidade de desenvoler sua consciência corporal e a partir desta perceber o corpo como forma de expressão, interagindo melhor com seus pares em sociedade.
Assim, de acordo com Furlan; Moreira; Rodrigues (2008) o trabalho da educação física escolar com alunos com síndrome de Down deve propiciar a estabelecer trocas com seus pares de modo que por intermédio da experiência e dessas trocas que desenvolva sua consciência corporal.
A educação motora, portanto, permite que a pessoa com síndrome de Down perceba-se enquanto dona de um corpo falante e que não pode ser desconsiderado na experiência de humanização pela qual passa ao longo do seu desenvolvimento.
Sob esta perspectiva o caráter cultural da dança bem como a sua capacidade de promover expressividade do sujeito favorecem de forma substancial para desenvolvimento da consciência da imagem corporal, e, consequentemente, a construção da autoimagem, da autoestima e um autoconhecimento do corpo.
Outro aspecto importante sobre o uso da dança com pessoas com síndrome de Down citado por Castro (2005 apud FURLAN; MOREIRA; RODRIGUES, 2008, p. 238) é que “a prática da dança pelos portadores de síndrome de Down os beneficia pelos aspectos lúdicos que o movimento, a música ou sons proporcionam, dando oportunidade para a facilitação do movimento, da reabilitação ou reeducação do gesto.
Outro elemento potencialmente importante da atividade física da pessoa com síndrome de Down e que estes propiciam uma mudança uma visão diferenciada a respeito de suas potencialidades. Nesse sentido apud Furlan; Moreira; Rodrigues (2008, p. 240) enfatizam que “a leitura da sociedade sobre a pessoa com síndrome de Down também pode ser reconstruída à medida que seus corpos reelaboram suas formas de expressão e consequentemente se aproximam da formas socialmente aceitas”.
Tem-se, portanto, que a dança, assim como as demais atividade físicas desenvolvidas junto a alunos com síndrome de Down são extremamente relevantes pois proporcionam aos mesmos um desenvolvimento integral que contempla o homem enquanto corpo e mente.
2.3 O trabalho com alunos com deficiência nas aulas de educação física
Nesta última etapa deste trabalho busco-se através de uma pesquisa de campo realizada junto a um professor de educação física da rede municipal de ensino da cidade de Poços de Caldas/MG, utilizando como instrumento de coleta de dados uma entrevista estruturada com questões norteadoras abertas cujo objetivo é reconhecer a realidade, bem como as percepções do mesmo com relação ao trabalho com alunos com deficiência nas aulas de educação física.
As perguntas norteadoras foram as seguintes:
1.Na sua graduação, você teve alguma disciplina que abordasse o trabalho com
alunos com deficiência?
2. Qual a importância da educação física no processo de desenvolvimento desses
alunos?
3. Você tem ou já teve alunos com deficiência em suas aulas? Quais foram as
deficiências com as quais você trabalhou? (Caso a resposta seja sim).Fale um pouco sobre essa experiência.
4.Quais as maiores dificuldades encontradas em sua prática pedagógica
realizada com alunos com deficiência?
5.Você se sente preparado para trabalhar com alunos com deficiência?
6..Quais as situações mais comuns que necessitam de primeiros socorros
durante a aula de educação física?
7. Quando ocorre, na escola, uma situação que é necessária prestar primeiros
socorros, quem realiza esse atendimento? A escola dispõe de um kit de
materiais para este fim?
8.Durante a graduação teve alguma disciplina sobre primeiros socorroso?
A professora nos relatou quando de sua formação acadêmica não teve nenhuma disciplina relativa ao trabalho com deficientes, sendo tal tema abordado de forma sucinta e superficial em um único momento de congresso. Tal fala relata a realidade de muitos educadores que ao se depararem em sua prática com a necessidade de trabalhar com alunos com deficiência sentem-se despreparados em virtude de um processo falho na sua formação que praticamente desconsidera este alunado, principalmente quando se trata de graduações mais antigas.
Apesar de não ter uma formação voltada para o trabalho com deficiência a entrevistada ressaltou que a educação física é extremamente importante para estes, tanto no que diz respeito ao seu desenvolvimento físico quanto social.
Sobre sua experiência com alunos deficientes a entrevistada relatou que trabalha especificamente com esse público uma vez que atua em uma escola especializada com alunos com deficiência intelectual e/ou múltipla, relatando que trata-se de uma experiência gratificante e que o trabalho é desenvolvido a partir da interação com as demais disciplinas trabalhadas junto a este educando.
No que concerne as dificuldades encontradas no trabalho, ressaltou a falta de espaço e matérias adequados, bem como os imprevistos que surgem ao longo do desenvolvimento das atividades.
Sobre sua preparação para o trabalho com deficientes a entrevistada se acha capacitada não apenas por sua prática, mas por possuir também especialização na área de educação física especial.
Com relação as situações de primeiros socorros destaca que estes ocorrem em situações nas quais os alunos tem crises convulsivas ou que se machucam no desenvolvimento das atividades, ressaltando que nestes casos a escola tem um setor especializado com profissionais capacitados (enfermeiros) para prestar socorro aos alunos, sendo que não incumbe aos professores tais funções.
Por fim destacou que embora tenha tido disciplina de primeiros socorros em sua graduação acredita que tal trabalho não deve ser realizado por este profissional.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo foi de grande relevância para a equipe, uma vez que proporcionou um maior aprofundamento com relação à temática, ofertando condições concretas para se compreender alguns aspectos que permeiam a educação física escolar, tanto em relação aos seus conteúdos quanto perspectivas dentro de uma ótica inclusiva e voltada para o processo de formação humanizadora do educando.
Verificou-se, ainda, por meio das leituras que a atividade física não é importante apenas para assegurar a tonicidade corporal, mas como forma de fazer com que os alunos se percebam enquanto possuidores de um corpo falante por meio do qual ele se expressa e interage com seus pares e com o mundo que o cerca.
Especificamente com alunos deficientes este trabalho além de propiciar o seu desenvolvimento integral contribui de forma preponderante para o reconhecimento social de suas habilidades contribuindo para romper com o estigma de incapacidade.
Ressaltando as contribuições da dança neste contexto tanto pela sua função cultural quanto pelas possibilidade de expressividade e comunicação que possibilita devendo ser percebida como algo vivo e que via muito além de meros passos, abrangendo os aspectos que contribuem para a formação humana do educando.
Em suma olhar sobre essas temáticas contribuiu para revelar o quanto as atividade físicas devem ser valorizadas e preconizadas no ambiente escolar uma vez que a mesma faz parte do processo de formação do sujeito histórico cultural.
REFERÊNCIAS
BARRETO, Débora. Dança: ensino, sentidos e possibilidades na escola. 2 ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2005.
EHRENBERG, Mônica Caldas; GALLARDO, Jorge Sérgio Pérez. Dança: conhecimento a ser tratado nas aulas de Educação Física Escolar. Motriz, Rio Claro, v.11, n.2, p.121-126, mai./ago. 2005. 
FURLAN,Suellen; MOREIRA, Vanessa Aparecida Vieira; RODRIGUES, Graciele Massoli. Esquema corporal em indivíduos com síndrome de Down: uma análise através da dança. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – Volume 7, número 3, p. 235-243, 2008
NANNI, Dionísia. Dança-Educação: pré-escola à universidade. Rio de Janeiro: Sprint, 1995.
STRAZZACAPPA, Márcia. A educação e a fábrica de corpos: a dança na escola. Cad. CEDES,  Campinas ,  v. 21, n. 53, p. 69-83,  Apr.  2001
SCHWARTZAN, J. S. Síndrome de Down. São Paulo: Mackenzie, 1999.
ANEXO
1. Na sua graduação, você teve alguma disciplina que abordasse o trabalho com alunos com deficiência?
No último ano de graduação (1991) aconteceu um congresso interno, onde cada grupo estudou e apresentou um tema. Na época não tínhamos nenhum conhecimento, nem experiência sobre o assunto e o tema do meu grupo era “ginástica para deficientes. A gente quase não encontra informações e eram poucos livros que abordavam alguns assuntos. Visitamos a APAE de Muzambinho para conhecer o trabalho, ouvir alguns depoimentos, descrever a nossa experiência e apresentar para os colegas. Foi muito positivo.
 
2. Qual a importância da educação física no processo de desenvolvimento desses alunos?
A educação física para alunos com deficiência além de promover experiência corporais diversas, auxilia no desenvolvimento psicomotor e social, promovendo a construção de valores e atividades. As atividades, em geral, tanto individuais como em grupo são importantes na manutenção da saúde e participação efetiva na sociedade.
3. Você tem ou já teve alunos com deficiência em suas aulas? Quais foram as deficiências com as quais você trabalhou? (Caso a resposta seja sim). Fale um pouco sobre essa experiência.
Sim, trabalhando com educação física na APAE de Poços de Caldas, durante 19 anos. O atendimento é oferecido a alunos com deficiência intelectual e/ou múltiplas em diversas faixa etárias. 
A disciplina faz parte do plano curricular dos alunos e é desenvolvida paralelamente com os demais setores que trabalham com eles.
4. Quais as maiores dificuldades encontradas em sua prática pedagógica realizada com alunos com deficiência?
As vezes falta de espaço físico adequado, recursos ou materiais. É preciso, também, lidar constantemente com imprevistos. Nada impede que o trabalho seja realizado.
5. Você se sente preparado para trabalhar com alunos com deficiência?
Sim. A oportunidade de estar junto com eles diariamente nos faz sentir não apenas preparados, como, também, qualificada e especializada em educação física especial.
6. Quais as situações mais comuns que necessitam de primeiros socorros durante a aula de educação física?
Quando os alunos têm crises convulsivas durante as aulas ou se machucam fazendo alguma atividade física.
7. Quando ocorre, na escola, uma situação que é necessária prestar primeiros socorros, quem realiza esse atendimento? A escola dispõe de um kit de materiais para este fim?
Dentro da APAE existe o setor de enfermagem para atendimento a todos os alunos. Os profissionais são capacitados e qualificados, portanto, se machucarem ou não, os alunos são assistidos pelo setor.
8. Durante a graduação teve alguma disciplina sobre primeiros socorros?
Som, na época fazia parte da grade curricular , com o tempo as coisas foram evoluindo e atualmente não podemos prestar socorro se não somos capacitados.