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Farmacologia Aula 2

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FARMACOLOGIA PARA ENFERMAGEM
Aula 02: Proliferação Celular e Apoptose
Farmacologia para Enfermagem
AULA 02: PROLIFERAÇÃO CELULAR E APOPTOSE
Proliferação Celular e Apoptose
AVANCE PARA FINALIZAR
A APRESENTAÇÃO.
Nesta aula vamos estudar:
Mecanismos de ação dos fármacos;
Importância do cálcio na fisiologia humana;
Processos transmissão sinal através dos organismos vivos;
Ciclo celular e sua importância patológica;
Ações de fatores de crescimento e citocinas;
•
Proliferação celular e patologias.
Farmacologia para Enfermagem
Proliferação Celular e Apoptose
Regulação dos níveis intracelulares de cálcio
O cálcio se encontra concentrado dentro de organelas, como no retículo sarcoplasmático e mitocôndrias;
Sua concentração é mantida em baixos níveis no
citoplasma e em outros tecidos orgânicos;
Alterações, nestes níveis teciduais ou intracelulares de cálcio, levam à morte celular por necrose, devido ao aumento da concentração, enquanto ativam o processo de apoptose em baixos níveis internos;
A regulação das concentrações orgânicas do cálcio
dependem de três eventos:
controle da entrada do Ca2+;
controle da extrusão do Ca2+;
troca do Ca2+ entre o citossol e as reservas
intracelulares.
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Proliferação Celular e Apoptose
Mecanismos de entrada de cálcio intracelular
Existem quatro vias principais pelas quais o Ca2+ penetra nas células através da membrana plasmática:
canais de cálcio regulados por voltagem;
canais de cálcio regulados por ligantes;
troca de Na+-Ca2+;
canais de cálcio operados por reserva (SOC, storeoperated calcium channels).
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Proliferação Celular e Apoptose
Canais regulados por ligantes externos
Também conhecidos como receptores ionotrópicos, são canais ativados por moléculas transmissoras que se ligam a sítios externos e são ativados por neurotransmissores;
Quando ativos são permeáveis a Na+, K+ e Cl-. Nesse aspecto, o elemento mais importante é o receptor de glutamato do tipo N-metil-D-aspartato (NMDA) , que exibe permeabilidade particularmente alta ao Ca2+, constituindo um importante fator para ocorrência de eventos como memória e crescimento dendrítico.
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Proliferação Celular e Apoptose
Células Excitáveis
São capazes de gerar potenciais elétricos, caracterizados por alterações em correntes iônicas, geradas pelo fluxo de íons Na+, K+ e Ca2+;
A principal características das células excitáveis é a presença de canais dependentes de voltagem, ocorrida tanto em neurônios, como quaisquer outro tecido excitável.
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Proliferação Celular e Apoptose
Potencial de repouso
O potencial de repouso é uma voltagem específica que cada célula possui, quando não está recebendo nenhum estímulo;
Neurônios, em repouso, têm a voltagem média de -70mV, enquanto os músculos apresentam, em repouso, voltagem de -90mV;
No repouso, temos um pequeno influxo de Na+ e uma quase proporcional saída de K+;
Esse potencial é mantido pela atividade da bomba Na+/K+ATPase, que retorna com três íons sódio para cada dois íons potássio.
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Proliferação Celular e Apoptose
Potencial de repouso – Concentrações iônicas
A manutenção das concentrações iônicas é fundamental para a fisiologia celular, pois mantém a sobrevivência;
O potencial de repouso é dependente da concentração iônica e suas alterações levam a modificações nas voltagens neuronais, tornando-os mais facilmente excitáveis ou parcialmente inibidos dificultando a ocorrência de disparos (potenciais de ação).
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Proliferação Celular e Apoptose
Potencial de Ação – Potencial Gerador
Para que ocorra um potencial de ação, primeiramente, deve existir um estímulo gerador, que pode ser um som, uma imagem, um evento com temperatura elevada.
Esse evento deve estimular até atingir o limiar de excitabilidade, que é uma voltagem (40 à 55mV), em que os canais dependentes de voltagem abrem (modificações conformacionais), possibilitando o fluxo (entrada ou saída) de íons.
O potencial gerador é abolido na utilização de anestésicos locais que impedem sua propagação até o encéfalo.
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Proliferação Celular e Apoptose
Propagação do Potencial de Ação
A propagação do potencial de ação pode ocorrer tanto em células com mielina como em células sem mielina;
A mielina é um oligodrentrócito, da família de células gliais. Sua função é dar rapidez na condução do impulso com menos perda de corrente elétrica;
Em células mielinizadas, o impulso “salta” de nódulo em nódulo de Ranvier (onde existem os canais iônicos), acelerando o impulso elétrico;
A perda da mielina devido a doenças autoimunes como esclerose múltipla, que atua em motoneurônios leva à perda da força motora.
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Local de ação de fármacos e toxinas
que afetam os
canais envolvidos na geração do potencial de ação
Muitos outros mediadores afetam indiretamente esses canais através de receptores de membrana, fosforilação ou expressão alterada;
Anestésicos locais, tetrodotoxina, cocaína, veratridina, toxina do escorpião, saxitoxina entre outros, bloqueiam esses canais de sódio dependentes de voltagem.
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Proliferação Celular e Apoptose
Liberação de neurotransmissor
A ocorrência do efeito orgânico depende da liberação da molécula transmissora e sua ativação do receptor alvo;
A chegada do estímulo no botão sináptico, leva a um influxo de Ca2+ que libera as vesículas contendo o neurotransmissor;
A vesícula se liga à membrana e, por exocitose, libera seu conteúdo na fenda sináptica;
A molécula transmissora ativa receptores pós- sinápticos, gerando uma resposta da célula adjacente;
Após efeito, a molécula transmissora é liberada do receptor, sendo recaptada, voltando ao botão sináptico, onde será degradada ou armazenada em vesículas, para novo ciclo.
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Proliferação celular
A proliferação celular está envolvida em numerosos processos fisiológicos e patológicos, incluindo crescimento, cicatrização, reparo, hipertrofia, hiperplasia, e desenvolvimento de tumores;
As células em proliferação sofrem vários eventos que constituem o ciclo celular, durante o qual a célula multiplica todos os seus componentes e, a seguir, divide-se em duas células-filhas idênticas;
Os componentes importantes das vias de sinalização, nas células em proliferação, consistem nas tirosinaquinases receptoras ou quinases ligadas a receptores e na cascata de quinases ativadas por mitógenos, que finalmente levam à transcrição dos genes que controlam o ciclo celular.
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Ciclo celular
É uma série ordenada de eventos que consiste em várias fases sequenciais: G15 S, G2 e M.
M — refere-se à fase de mitose;
S — é a fase de síntese de DNA;
G1 — é o gap (intervalo) entre a mitose que deu origem à célula e a fase S; durante a fase G1 a célula está se preparando para a síntese de DNA;
G2 — é o gap (intervalo) entre a fase S e a mitose que dará origem a duas células-filhas;
Durante a fase G2, a célula está se preparando para a divisão mitótica em duas células-filhas.
AULA 02: PROLIFERAÇÃO CELULAR E APOPTOSE
Fase G1: fase pré-sintética, preparação para síntese DNA e proteínas, preparação para multiplicação; Céls. com baixo índice de duplicação possuem G1 longo.
Céls. Em constante divisão possuem G1 curto 
Fase S: fase de intensa síntese protéica (maior atuação do QT) 
Fase G2: fase pós sintética ou pré mitótica . A síntese de ADN está completa e os cromossomos rearranjam-se, preparando-se o núcleo para a divisão celular.
Fase M: mitose. Finalização do ciclo de replicação celular, divisão do material celular
Fase G0: fase não proliferativa, repouso ou latência
CICLO CELULAR
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Proliferação Celular e Apoptose
Apoptose
A apoptose refere-se ao “suicídio” das células por um mecanismo autodestrutivo interno; consiste em uma sequência geneticamente programada de eventos bioquímicos;
Difere da necrose, que consiste em uma desintegração desorganizada de células lesadas, resultando em produtos que desencadeiam a resposta inflamatória;
A apoptose é o mecanismo que, diariamente, remove de forma discreta 10 bilhões de células do corpo adulto. O processo de apoptose está envolvido na descamação do revestimento intestinal, na regressão das células da glândula mamaria após a lactação e na morte dos neutrófilos;
Constitui a base para o desenvolvimento da autotolerância no sistema imune e está implicada na fisiopatologia do câncer, das doenças autoimunes, dos distúrbios neurodegenerativos, das doenças cardiovasculares e da síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS).
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Proliferação Celular e Apoptose
As duas principais vias de sinalização na apoptose
A via dos receptores de morte é ativada quando receptores de morte, como membros da família do fator de necrose tumoral (TNF), são estimulados por ligantes de morte específicos;
Esse processo recruta proteínas adaptadoras que ativam as caspases iniciadoras e efetoras, como a caspase 3;
A via mitocondrial é ativada, levando à lesão de DNA que ativa a proteína p53;
Ambas as vias convergem para a caspase efetora (por exemplo, caspase 3), que leva à morte da célula;
A subvia dos fatores de sobrevida, normalmente, encurrala a apoptose ao inibir a via da mitocôndria, através da ativação de um membro antiapoptótico da família Bcl-2;
O receptor designado por "R" representa os respectivos receptores dos fatores trópicos,
fatores de crescimento, fatores de contato intercelular (moléculas de adesão integrinas etc.).
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Proliferação Celular e Apoptose
Mecanismo da necrose
A necrose é uma morte de um grupo de células, ocorrendo a perda da semipermeabilidade ao Ca2+, ativando enzimas, resposta inflamatória e as células ficam tumeficadas;
A necrose é um processo patológico e desordenado de morte celular causado por fatores que levam à lesão celular irreversível e consequente morte celular. Alguns exemplos destes fatores são isquemia, hipóxia, agentes químicos tóxicos ou agentes biológicos que causem dano direto ou desencadeiem resposta imunológica danosa, como fungos, bactérias e vírus;
A necrose pode ser diferenciada em vários tipos, e cada um está associado a determinado agente lesivo e determinadas características teciduais após a necrose. O aumento da concentração de Ca2+ intracelular, ativação do TNF, capases como p53, ativação de genes da morte, levam à formação de bolhas na membrana e sua ruptura, corpos apoptóticos e a ação de macrófagos.
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AULAU0L2A: P0R2O: PLIRFOERLIAFÇEÃRAOÇCÃEOLUCLEALRULEAARPEOAPPTOSPETOSE
Proliferação Celular e Apoptose
Referências:
KATSUNG, B. G. Farmacologia básica e clínica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. RANG, H. P.; DALE, M. M. Farmacologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
SILVA, Penildon. Farmacologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS?
Compreender os processo de absorção e distribuição de fármacos
Conhecer as fases de biotransformação de
fármacos
Entender o sistema P-450
Avaliar os processos de eliminações de
fármacos

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