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Geologia Capelinha Completo

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Geologia Capelinha
Complexo Gnássico-Migmatítico: Engloba três unidades litológico-gnaisse bandados (p€gm), migmatitos heterogêneos (p€gmmtx) e granito gnaisses (p€gmgr). A primeira é constituída principalmente por biotita gnaisses bandados localmente migmatíticos e com abundantes venulações de quartzo e pegmatóides e apresenta biotita granada gnaisses, granito gnaisses, gnaisses por firoblásticos, migmatitos gnaisses cataclásticos e filonitos como variedades não individualizadas; possui intercalações de anfibolito, rochas calcosilicáticas e rochas carbonáticas de pequena possança. Ocorrem concordantemente intercalados corpos individualizados de anfibolitos granatíferos ( p€mA ) associados a quartzo-moscovita-biotita-cianita-granada-grafita- estaurolita xistos, que ocorrem nos arredores de padre João Afonso e de Capelinha; de rochas quartzosas (p€gmq) de granulação grosseira, com feldspato, sillimanita, moscovita, biotita ou magnetita, que ocorrem em Itamarandiba, Capelinha e Aricanduva; de sillimanita gnaisse (p€gmgn) laminados mui micáceos e granatíferos que ocorrem ao norte da vila dos Anjos e Setubinha. A Segunda unidade tem restrita ocorrência ao sul de Água Boa e inclui migmatitos com estruturas estromáticas, dobradas e flebíticas. A terceira unidade compreende rochas com estrutura granítica a incipientemente orientada com quartzo, microclima, biotita, hornblenda, plagioclasio, magnetita e localmente granada. Ocorrem em pequenos maciços separados nas proximidades de Senador Modestino Gonçalves, em Itacambira, ao norte de malacacheta e a leste de Setubinha. O complexo ocupa duas porções distintas na folha, uma no extremo noroeste da região de Itacambira e outra na porção sudeste, região de senador modestino Gonçalves - Malacacheta; na porção nordeste as rochas gnáissicas estão estruturadas segundo direção N-S e afetadas por intensos falhamentos de empurrão, com vergência para oeste e desenvolvimento de faixas miloníticas. Na porção sudeste as rochas gnáissicas tem alinhamentos estruturais predominantes a E-W e N70E com mergulhos da foliação para N e NW e apresentam dobramento a pertado tipo isoclinal com vergência para sul. Faixas de cizalhamento São distintas ao norte de Jaguaritira e de Aricanduva. A orientação N70E é localmente truncada por sistemas de falhas de direção NNE e caimento para SE em São Domingos, Senador Modestino Gonçalves e Setubinha. Corpos de rochas intrusivas básicas e ultrabásica foram assinalados em Água Boa, contrato, junco de Minas e Senador Modestino Gonçalves.
Super grupo Espinhaço: Nesta unidade São agrupadas rochas constituintes de dois domínios. O primeiro (p€ei) compreende quartzitos sericíticos predominantes, quartzitos conglomeráticos, filitos, conglomerados, quartzitos ferruginosos e xistos diversos resultantes de filonitização de rochas vulcânicas básicas. O segundo (p€emv) compreende rochas metavulcânics ácidas a básicas xistificadas ou não, anfibolito diabasóide, anfibolito, gabro saussuritizado e filonitos básicos. Os quartzitos frequentemente apresentam, estratificação cruzada e marcas de onda; localmente estão intensamente clivados com aspecto placóide. Ocorrem em duas áreas na folha: uma no canto sudoeste na região de senador Mourão e outra na região de Itacambira. As rochas foram localmente submetidas a intensa tectônica que obliterou as características primárias e impôs uma foliação cataclástica. A sudoeste da folha a estruturação se faz segundo direções NNE/SF e raramente E-W, aproximando-se de atitudes horizontais na porção norte. A estruturação predominante é de direção N-S, com variações para NNE, sendo o mergulho invariavelmente para leste/sudeste. Falhas inversas e de empurrão fazem os contatos desta unidade com seu embasamento com acentuado desenvolvimento de faixas cataclásticas. Ao norte de Terra Branca, uma Zona de falhas de empurrão de direção NE e mergulhos para sudeste trunca a estrutura geral.
Formação Macaúbas: Quatro domínios foram incluídos nesta unidade: (p€mb) representa na área a litologia típica da formação e ocorrente em amplas regiões ao oeste da área do projeto e corresponde aquelas consideradas por Moares (1937). Na seção tipo predominam diamictitos e metadiamictitos cataclasticos, secundados por ritmitos, filitos, metadiamictitos hematíticos, xistos hematíticos, rochas conglomerática e quartzitos formando cristas salientes. Os diamictitos e conglomerados contem seixos e fragmentos arredondados, elipsoidais ou irregulares de quartzo, quartzito, gnaisse granito e xistos. Os seixos encontraram-se frequentemente com os eixos maiores alinhados. O carbonato da matriz e dos agregados por intemperismo desfazem-se em um pó ocre que preenche cavidades resultantes da dissolução. A estruturação regional se dá em direção NNE com variações locais para NE e E-W, sendo os mergulhos para SE. As rochas estão em parte afetadas por dobramento apertado com direção axial NNE e vergência para oeste, que é também comum a falhamentos inversos. A tectônica imprimiu forte laminação cataclástica.
	
O domínio ( P€mbl) ocorre em faixa contínua na porção centro-oeste da folha e consiste litologicamente em xistos verdes a clorita, anfibólio, epidoto e quartzo, xistos conglomeráticos em parte carbonáticos, filitos grafitosos feldspáticos e com cianita (p€mblfg), micaxistos a granada e estaurolita, xistos hematíticos e quartzitos subordinadamente. Apresentam-se estruturalmente muito deformados por esforços compressivos de leste/sudeste, aos quais se associam grandes falhas de empurrão de direção preferencial NE com variações para NNE até NS e mergulhos para SE. As foliações alinham-se a NE e NS. Em afloramento exibem Kinkbands, crenulação, clivagem de crenulação e dobramentos. As principais falhas a separam das unidades adjacentes, a oeste segundo o rio Jequitinhonha e a leste segundo o rio Araçuaí. Na região de planalto de Minas um sistema de falhas de empurrão escalonadas com atitudes NS/ E influenciou o modelo de um relevo em hog-backs com cristais quartzíticas em destaque.
O domínio (p€mb2) ocorre em uma larga faixa de direção NE que atravessa a folha a leste do vale do Rio Araçuaí. Compreende quartzo, biotita, moscovita xisto com granada freqüente, cianita e estaurolita ocasianais. Contém lentes subordinadas de micaxisto carbonático e de rochas calcosilicaticas, níveis de conglomerado polimieto (p€mb2cg) que contém seixos e fragmentos de quartzo, quartzito, gnaisse e xisto e ocorre em maior extensão na região de turmalina. Incluem também intercalações quartzíticas (p€mb2q).
Estruturalmente o domínio se caracteriza por marcante constância nas atitudes da foliação que se mantém a NE e mergulhos para SE, que são também comuns às falhas inversas e de empurrão paralelas e pouco espaçadas ai muito freqüentes. Dentre as estruturas menores detacam-se microdobramentos, crenulação e clivagem de crenulação; onde regular, a clivagem de crenulação tem caimento para noroeste. 
O domínio (p€mb3) ocorre em ampla faixa de direção ENE desde o centro sul da folha. Compreende quartzo-biotita-moscovita-xistos com granada, estaurolita, feldspatos, anfibólio ocasionalmente; intercalam-se xistos carbonáticos (p€mb3c) e raras lentes de calcário dolomitico e de rochas calcosilicaticas. Localmente ocorrem intercalações de quartzo-moscovita-biotita-cianita-grafita xisto (p€mb3gc), como em itamarandiba e nordeste de capelinha. Quartzitos fino e grosseiros (p€mb3q) ocorrem intercalados e na porção sudeste da unidade constituem grandes corpos alongados. Rochas intrusivas básicas e ultrabásicas, foram assinaladas em ribeirão da folha e ao norte da Vila dos Anjos.
Estruturalmente o domínio apresenta direções de foliação a ENE com inflexões para NE e mergulhos para o quadrange noroeste. A estruturação regional é truncada por falhamentos associados à faixas de dobramentos de direção NNW e NNE, como as de Setubinha-Baixa Quente, Capelinha-São Caetano e Itamarandiba. 
Coberturas indiferenciadas (TQi): ocorrente sobre os extensos chapadões que constituema morfologia característica da região, representa o que resta da superfície Sul-Americana após o trabalho erosivo do ciclo velhas. Consiste em um solo arenoso fino, avermelhado, em parte argiloso e esparsas acumulações de areias, cascalhos e argilas sílticas, que podem ser parcial ou totalmente lateritizados. A espessura total atinge poucas dezenas de metros, sendo em média de alguns metros. Encontra-se neste domínio áreas constituídas por eluvio das rochas subjacentes que embora altamente intemperizadas, ainda conservam parte da estrutura. As coberturas indiferenciadas ocorrem, principalmente, sobre a formação Macaúbas, em menor escala sobre gnaisses e xistos do complexo gnáissico-Migmatítico e restritamente sobre quartzitos do super grupo espinhaço. As mais extensas áreas de coberturas compreendem uma faixa de direção NE na parte oeste da folha, a nordeste de Itamarandiba, a noroeste de Capelinha e ao nordeste de vila dos anjos. Apresentam uma superfície homogênea com textura uniforme e tonalidade cinza claro em aerofotos; a drenagem é pobre de padrão dendritico a paralelo.
Aluviões (Qha): Nesta unidade são incluídos todos os depósitos aluvionares recentes dos vales fluviais assim como os depósitos de várzea e cabeceiras. 
Geologia Econômica: São modestos os recursos minerais conhecidos na região. A economia mineral baseia-se na produção de mi9nerais de pegmatito, diamantes, ouro e quartzo. Diamantes são extraídos das aluviões dos rios Jequitinhonha e Macúbas por processos de garimpagem. Ouro é explorado por garimpagem e faiscação em diversas aluviões ao longo do vale do rio Araçuaí e em Baixa Quente, no rio Setúbal. Pegmatitos polimineralizados são lavrados para feldspato, mica e pedras coradas, com ocorrência freqüentes na região leste da folha entre Alfredo Graça e Queixada, e no Ribeirão da folha. Aluviões são lavradas no córrego do Fogo, na região de palmeira, para extração de alexandrita (crisoberilo).
O quartzo é explorado por faiscação e cata de veeiros e depósitos “in si tu” nas serras de Itamarandiba e do Curral, e na região de São Domingos.
São conhecidas ocorrências de amianto em Junco de Minas, grafita em carbonita, cianita em Itamarandiba, serpentinito em Vila dos Anjos e Ribeirão da Folha, pirita em Baixa Quente, calcário em Minas Novas e Engenheiro Schnoor e manganês em Senador Modestino Gonçalves.

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