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Direito Administrativo 
Prof. Celso 
Matéria: Poderes da Administração 
20/04/2011 
Observações: 
I. O uso destes poderes só se legitima se for para a preservação do interesse público. 
II. O uso destes poderes só se legitima se exercido/subordinado à lei. À Administração só 
faz o que a lei expressamente determina, conforme o princípio da legalidade. 
 
Poderes da Administração: 
1. Poder Vinculado: É aquele em que o administrador se encontra totalmente preso ao 
enunciado da lei, não existindo espaço para um juízo de valores, conveniência e 
oportunidade. 
O Administrador diante de soluçoões únicas, anteriormente previstas por lei, não terá 
espaço para realizar um juízo de valores. 
Ex.: Pedido de aposentadoria compulsória do servidor. A CF prevê uma solução única em 
seu Art. 40, p.1º, II (limite máximo de idade para fazer jus à aposentadoria compulsória). 
Portanto se o servidor atingir 70 anos, ele terá que se aposentar, caso contrário (não 
atingiu esta idade – não pode se aposentar) – continua trabalhando. 
Ex.: Servidor que instrui um pedido para serviço militar. O administrador terá que 
atender este pedido, pois trata-se de uma solução única. 
 
2. Poder Discricionário: É aquele em que o administrador se encontra preso na lei, 
porém não totalmente, consequentemente existindo um juízo de valores, conveniência e 
oportunidade. Portanto, o administrador não se encontra diante de soluções que 
comportem solução única, razão pela qual poderá escolher a melhor solução que atenda 
ao Poder Público. 
Ex.: Um proprietário de um bar pedi permissão ao Poder Público para a colocação de 
mesas e cadeiras na calçada enfrente. Primeiramente, cabe esclarecer que a calçada é um 
bem público, voltada a privilegiar a circulação de pedestres. Portanto, o administrador 
poderá atender ou não o pedido, pois depende da analise de uma série de fatores, p.ex: 
horário da colocação, se vai atrapalhar ou não etc. 
Nota-se que trata-se de um problema com diversas soluções – conceder ou não o pedido, 
de forma motivada, pois aquele que se sentir prejudicado pode ingressar em juízo. Obs.: 
A motivação é um requisito essencial de validade. 
 
3. Poder Hierárquico: É um poder conferido à Administração para se auto-organizar, ou 
seja, organizar sua própria estrutura, tendo por objetivo fixar campos de competência das 
figuras que integram a sua estrutura. Obs.: A competência é um requisito de validade nos 
atos administrativos. 
Estrutura da Administração Pública: À Administração Pública nas 4 esferas de governo é 
composta por uma estrutura direta e indireta. 
 
 
Na estrutura direta temos os orgãos, p.ex: Ministérios (na esfera federal), Secretárias (nas 
esferas – estaduais e municipais) e sub-prefeituras (na esfera municipal). 
Na estrutura indireta encontramos pessoas jurídicas, p.exs: Autarquias, Fundações, 
Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista. 
 
Obs.: Se uma Autarquia pratica um ato que não estava dentro do seu campo de 
competência – o ato será ilegal/inválido. 
 
Além dos orgãos e das pessoas jurídicas, temos os servidores públicos. O Poder 
Hierárquico também encontra contingente sobre os servidores públicos, ou seja, 
estabelecendo entre eles uma relação hierárquica/subordinação. 
 
O ato inválido poderá ser dirigido ao Poder Judiciário. 
 
4. Poder Disciplinar: É o poder conferido à Administração para à aplicação de sanções, 
pela prática de infrações de caráter funcional. 
Pela prática de uma mesma irregularidade o servidor poderá ser responsabilizado em 3 
setores diferentes – civil, penal e administrativo. 
Ex.: Servidor que desvia verbas públicas. 
Administrativo = Servidor pode ser demitido; 
Civil = Poderá ser condenado a devolver o que pegou; 
Penal = Poderá ser penalizado, por crime. 
 
Conforme o Poder Disciplinar, apenas as sanções de natureza administrativa poderão 
incidir em: 
- Advertência; 
- Suspensão; 
- Demissão; 
- Caçassão de Aposentadoria. 
 
Estas sanções disciplinares poderão ser aplicadas somente em razão das funções/do 
cargo ocupado pelo agente. 
 
Aspectos Importantes: 
- Para que qualquer sanção seja aplicada ao servidor, ele tem direito à abertura de uma 
sindicância ou processo disciplinar em que se assegure o contraditório e ampla defesa. 
- Tanto a sindicância quanto o processo disciplinar – são dois instrumentos de 
investigação de irregularidades. 
 
Diferença básica entre a sindicância e o processo disciplinar: 
A principal diferença está relacionada ao campo de incidência. 
A sindicância tem um campo de atuação delimitado pela lei 8.112/90 (Art. 145) – 
Estatuto dos Servidores. A sindicância pode ser utilizada somente para infrações mais 
brandas: advertência e suspensão (não superior à 30 dias). Já o processo disciplinar pode 
ser utilizado para: suspensão (não superior também à 30 dias) e para infrações mais 
graves. 
 
 
O servidor surpreendido em flagrante praticando à atividade irregularer, não poderá negar 
o ilícito e à autoria, mas terá acesso a sindicância ou processo disciplinar para apresentar 
os motivos/explicações de seus atos. Portanto, sempre terá direito ao contraditório e 
ampla defesa, por sindicância ou processo disciplinar. 
Ex.: O servidor é demitido, não existindo nenhum recurso na esfera administrativa, mas 
ele entende que a decisão da demissão é ilegal. Diante desta circunstância, se o Judiciário 
acolhe à ação e absolve o servidor, ele terá ou não o direito de se reintegrar no cargo? 
Resp. Depende. 
1ª Possibilidade: Se o Judiciário absolver, por falta de provas – o servidor não terá direito 
a reintegração. 
2ª Possibilidade: Se o Judiciário absolve com análise de mértio, conluindo pela negativa 
do fato ou pela negativa do direito – o servidor terá o direito a ser reintegrado no cargo 
(Lei 8.112/90, Art. 126). 
 
5. Poder Normativo/Regulamentar: É o poder conferido à Administração para a 
expedição de Decretos e Regulanentos para o oferecimento de fiel execução à lei. 
Existem limites para a expedição, à saber: 
Quem tem competência dentro da Administração Pública para editar Decretos e 
Regulamentos? 
Resp. Competência conferida ao Chefe do Executivo. 
 
Art. 84 - Compete privativamente ao Presidente da República: 
IV –“.....bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução.” 
 
Posição Hierárquica do Decreto e Regulamento: Estão localizados abaixo da lei, logo 
constata-se que são simples atos administrativos. 
 
O que significa fiel execução? 
Resp. Os Decretos e Regulamentos poderão detalhar/esclarecer aspectos que já se 
encontram anteriormente na lei. 
Ex.: Lei que proibe fumar em locais fechados. 
Decreto – Explica o que é considerado locais fechados. 
 
6. Poder de Polícia: É o poder conferido à Administração para disciplinar, restringir, 
condicionar, limitar o exercício de direito e atividades dos particulares para a preservação 
dos interesses da coletividade. 
Fundamento: Supremacia do interesse público sobre o do interessse particular. 
 
Exemplos: 
- Fechamento de um estabelecimento comercial, por falta de higiêne na cozinha. 
- Fechamento de um casa de espetáculo, show, cinema, por falta de segurança. 
- Interdição de um estádio de futebol, por falta de segurança. 
- Fechamento de um estabelecimento comercial, por conta do barulho provocado pelo 
som alto. 
- Fechamento de um acesso de uma praia, para reestabelecer o reequilíbrio da 
preservação ambiental, p.ex: As praias de Fernando de Norona (algumas tem acesso 
limitado ao número/quantidade de pessoas). 
 
 
Um dos setores que o Poder de Polícia tem atuado frequentemente – são os meios de 
comunicação social radio/ TV. 
A CF dedicou um capítulo inteiro relacionado ao assunto – iniciando-se apartir do Art. 
220.

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