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Direito Constitucional 
Prof. Fabio Tavares 
Matéria: Controle de Constitucionalidade 
11/04/2011 
 
Controle de Constitucionalidade 
a) Fundamentos que embasam à existência do Controle de Constitucionalidade: 
1º Princípio da Supremacia, na exata medida que todo o ordenamento constitucional 
jurídico infraconstitucional deve buscar o seu conteúdo de validade na norma 
constitucional, ou seja, aquela dotada de superioridade hierárquica. 
Consoante a isto, concluimos que os regulamentos que são normas infraconstitucionais 
estão subordinados as leis em sentido “latu”, e elas estão subordinadas ao comando da 
norma, dotada de supremacia, denominada de sentido positivo jurídico. 
Como isso devemos buscar o campo de validade da norma constitucional que sem 
sombra de dúvida se baseia na norma hipotética fundamental que é o sentido lógico 
jurídico. 
 
O 2º fundamento do Controle de Constitucionalidade é a rigidez constitucional. 
*Conteúdo da Norma Constitucional: formal e material. 
O conteúdo formal são todas as normas inseridas na CF. Já o conteúdo material 
desrespeita a dois institutos: o poder e os direitos e garantias fundamentais. 
Trata-se de um poder inicial, ilimitado, autônomo, incondicionado, logo este mesmo 
poder tem a função de constituir, criar uma nova ordem constitucional totalmente 
desvinculada da anterior, seja pelo poder constituinte originário/histórico ou 
revolucionário, sendo que o primeiro cria a primeira norma constitucional e o 
revolucionário cria todas as demais. 
 
** Normas Pré-Constitucionais: São normas anteriores a criação da atual norma 
constitucional, ou seja, são normas infraconstitucionais que foram recepcionadas pelo 
atual ordenamento jurídico constitucional por serem compatíveis, logo são normas pré-
constitucionais que como regra não se submetem ao controle de constitucionalidade. Isso 
se dá, porque o fenômeno da recepção denuncia que o atual ordenamento jurídico 
constitucional irá recepcionar somente normas infraconstitucionais compatíveis, logo 
todas as demais normas que não foram recepcionadas são incompatíveis. 
O fenômeno da recepção deve observar o critério material (compatibilidade de matérias 
da infraconstitucional com a CF) e o critério formal é totalmente irrelevante, como p.ex. 
Decreto Lei 556/1859, denominado de Código Comercial em vigor até os dias de hoje, 
apenas a sua III parte/direito marítimo foi recepcionada como se fosse uma Lei Ordinária. 
Por fim, concluimos que as novas leis em sentido “latu” devem observância aos critérios 
materiais e os formais, sob pena de serem declaradas inconstitucionais. 
 
 
Exceção das Normas Pré-Constitucionais: Excepcionalmente as normas pré-
constitucionais se submetem ao controle concentrado, abstrato, direto ou de ação – 
somente pela via da APDF/ Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental. 
 
*** Súmulas Vinculantes X Súmulas Convencionais/Tradicionais: 
As súmulas vinculantes serão criadas pelo STF (orgão de cúpula do Poder Judiciário), 
mediante 2/3 dos seus membros, ou seja, no mínimo de 8 votos que irão converter 
decisões reiteradas em matéria constitucional que irá vincular os demais orgãos do Poder 
Judiciário e à Administração Pública – Direta ou Indireta nas esferas: federal, estadual ou 
municipal. 
As súmulas vinculantes vão de encontro ao Princípio do Livre Convencimento Motivado, 
na exata medida que todo os demais orgãos do Poder Judiciário e da Administração 
Pública devem aplicar as súmulas vinculantes, sob pena do ajuizamento de uma 
reclamação no STF. Conforme, a Lei 8.038/90 à ação de reclamação é matéria de 
competência originária as competências do STF e as decisões do STF. 
 
Conforme a redação do Art. 103-A, da CF o STF poderá de ofício ou por provocação 
cancelar súmula vinculante, logo o STF não está vinculado a sua criação e por fim 
concluimos que as súmulas tradicionais poderão ser criadas por quaisquer tribunais, 
inclusive o STF, mas sem efeitos vinculantes, somente efeitos “inter partes”. 
 
Art. 103-A. “O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, 
mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre 
matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa 
oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à 
administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem 
como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.” 
 
Consequências Jurídicas das Súmulas: próxima aula.

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