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OAB DIREITO CONSTITUCIONAL FABIO TAVARES 15/04/11 Questão 5 Clausula de reserva de Plenário – artigo 97 CF/88 mais artigos 480, 481 e 482 do CPC. Cláusula de reserva de Plenário só existe nos Tribunais. Os Fracionados poderão ser: • Turmas – como por exemplo, o STF • Câmaras – maioria dos tribunais regionais – como por exemplo o TJ Só podem julgar o mérito da questão – a pretensão do Sujeito; o que ele quer, almeja. Os de Cúpula poderão ser: • Pleno • Órgão Especial Declaração de inconstitucionalidade – via de controle concentrado, ou, Declaração de inconstitucionalidade/ apreciação do incidente – controle Difuso. Clausula de reserva de plenário - conforme o artigo 97 da CF/88 somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou membros dos respectivos órgãos Especial poderão os Tribunais declarar inconstitucional lei ou ato normativo do poder público. A redação do artigo 97 que muitas vezes parece confusa, quer dizer: a) Todo Tribunal tem órgão fracionado e órgão de cúpula, sendo certas que os Órgãos fracionados - CÂMARAS ou TURMAS – se limitam ao mérito, que é a pretensão resistida qualificada levada ao poder judiciário com a finalidade de se obter uma decisão com resolução do mérito. b) Todo Tribunal tem ainda seu Órgão de Cúpula que são classificados em PLENO ou ÓRGÃO ESPECIAL, que são os únicos com atribuições para declarar inconstitucional determinada matéria, mas somente pelo voto da maioria absoluta. No controle concentrado – também chamado de abstrato - não existe caso concreto, logo o mérito é apenas a Declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade. É por isso que o controle concentrado está centralizado ( concentrado) no Órgão de Cúpula do Poder Judiciário – o STF – que tem competência Originária para julgar ADIN, ADECON e ADPF . Já no controle difuso temos duas matérias: o mérito (bem da vida), e o incidente ( a argüição de inconstitucionalidade). Com isso, a clausula de reserva de plenário que também será exigida no controle difuso passa a ser mais complexa, pois temos duas matérias, sendo que todas as matérias encaminhadas nos Tribunais se iniciam nos Órgãos fracionados, que só podem julgar o mérito, mas como o sujeito argüiu uma inconstitucionalidade, acabou criando então um incidente, e neste caso, só poderá ser julgado – ou melhor dizendo – só pode ser declarado inconstitucional pelo Órgão de Cúpula. Com isto temos o seguinte procedimento: 1. O órgão fracionado aprecia o incidente e se entender que não procede, ou seja, que a matéria não é inconstitucional, o órgão estará habilitado a julgar de plano o mérito, sem encaminhar a matéria para o Órgão de Cúpula, mas se o órgão fracionado ao apreciar o incidente concluir que procede ( é inconstitucional), não poderá declarar, logo será lavrado um Acórdão que encaminhará a matéria para analise e julgamento para o órgão de Cúpula do Tribunal 2. Recebendo a matéria só poderá julgar o incidente, que ao final só poderá ser declarado inconstitucional por decisão da maioria absoluta, em homenagem a Clausula de reserva de Plenário do artigo 97 da CF/88. Ato continuo , será lavrado novo Acórdão para devolver a matéria ao órgão fracionário que estará habilitado a julgar o mérito. A decisão final será materializada por um novo Acórdão publicado no DO. O prazo para recurso começa a fluir do terceiro Acórdão. Concluímos que o controle concentrado também tem cláusula de reserva de Plenário – que tem um procedimento mais simples já que a declaração de inconstitucionalidade vai direto para o Pleno do STF – poderá declarar ou não a matéria constitucional. Obs. – Ler os artigo 480, 481 E 482 do CPC. Resposta da questão 5 – letra a. Questão 6 Decisões definitivas de mérito - STF julga pela via de controle difuso.
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