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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA – UEPB CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA – CCT DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL – DESA CURSO: ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL COMPONENTE CURRÍCULAR: ANÁLISE DE ÁGUAS DOCENTE: PROF. DRA. GERALDA GILVÂNIA DISCENTES: STEPHANNE KELLY FERREIRA DA SILVA; WALLACE LIMEIRA DE SOUZA BARBOSA. EXPERIMENTO 07 – TITULAÇÃO POTENCIOMÉTRICA DE NEUTRALIZAÇÃO CAMPINA GRANDE – PB MAIO/2017 INTRODUÇÃO: A titulação potenciométrica tem por objetivo acompanhar os vários estágios e determinar o ponto final da titulação por intermédio da medida do pH. Neste método, o ponto de equivalência será revelado por uma abrupta modificação do pH, para realizarmos sua medida é necessário utilizarmos um potenciômetro que forneça diretamente os valores do pH à medida que a titulação cresça. O ponto final da titulação pode ser obtido pelo exame da curva de titulação - gráfico da variação do pH em função do volume de titulante adicionado -, que em geral é uma curva sigmóide - seu nome é oriundo do formato S que seu gráfico possui -. O segmento central da curva é onde se localiza o ponto final, ou seja, o ponto de inflexão. Para conseguir um valor aproximado do ponto final, é necessário localizar o meio caminho do segmento ascendente da curva, quando a mesma, tiver muito evidente. Normalmente, é necessário adotar um tratamento geométrico para fixar com exatidão o ponto final. Para isto, podemos utilizar o método das tangentes paralelas. Se compararmos este tipo de titulação com as demais técnicas analíticas, ela possui diversas vantagens, como: Maior sensibilidade, ou seja, pode ser aplicada à soluções bem diluídas, até mesmo em coloridas ou turvas, pois dispensa o uso de indicadores visuais; É possível determinar sucessivamente vários componentes; Pode ser aplicada em meio não aquoso; É adaptada a instrumentos automáticos. Figura 1 – Titulação potenciométrica. OBJETIVOS: Demonstrar o método potenciométrico utilizando o pH-metro em uma reação de neutralização ácido-base e distinguir o ponto final. MATERIAIS E REAGENTES UTILIZADOS: Bastão de vidro; Becker 100 mL; Bureta 25 mL; pH-metro; Pipeta graduada 10 mL; Proveta 50 mL; PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: 1ª Etapa: Curva de titulação prévia: Calibre o pH-metro de acordo com seu manual; Adicione o NaOH na bureta e zere-a; Em um becker (com forma alta) de 100 mL adicione, 10 mL de HCl 0,1 M e 50 mL de água destilada; Homogeneíze a solução com o bastão de vidro; Meça o pH da solução antes da titulação e anote; Titule a solução com volumes iguais a 1 mL e a cada volume adicionado, misture bem o composto com o bastão, meça seu pH e anote esse valor; Monte uma tabela com os volumes e cada pH obtido; Verifique na tabela o intervalo onde ocorre a maior variação de pH (local do provável ponto estequiométrico). 2ª Etapa: Curva de titulação final: Prepare a mesma solução anterior, em um becker de forma alta de 100 mL, homogeneizando 10 mL de HCl 0,1 M e 50 mL de água destilada; Titule novamente com o NaOH, adicionando e homogeneizando volumes de 1 mL até o ponto de 1 mL anterior ao ponto estequiométrico; A partir deste ponto, titule com volumes de 0,1 mL até que se ultrapasse 1 mL do ponto estequiométrico e a cada volume adicionado, homogeneíze bem e meça o pH obtido; Faça outra tabela com esses volumes de 0,1 mL com seus pH’s adquiridos; Com os valores anotados nas duas tabelas, trace uma curva (sigmóide) no eixo cartesiano de pH versus volume do titulante (mL); Com o gráfico feito, encontre o ponto de inflexão da curva. 3ª Etapa: Encontrar o ponto de inflexão: Trace uma reta tangente com angulo de 45° em relação ao eixo ‘x’ nas duas partes (inferior e superior) onde a curva muda de direção; Passe um segmento de reta junto a parte ascendente da curva fazendo ele interceder as duas tangentes; Encontre a metade desse segmento que foi traçado; A partir do ponto encontrado, trace uma reta perpendicular ao eixo dos volumes; O valor indicado pela reta, será o volume gasto na titulação; Determine a concentração do ácido de acordo com a relação abaixo. RESULTADOS: Com as soluções de HCl e NaOH preparadas, começamos a trabalhar na curva de titulação prévia, para isso, foi necessário medir 50 mL de água destilada utilizando uma proveta e transferir esse líquido para um béquer de 100 mL, após isso, medimos 10 mL de ácido clorídrico com uma pipeta graduada e adicionamos no mesmo recipiente. Homogeneizamos bem a mistura, em seguida, inserimos hidróxido de sódio - já padronizado - na bureta de 25 mL e zeramos. O equipamento – pH-metro – já estava calibrado, por conta disso, podemos medir o pH da mistura, emergindo o eletrodo por completo, que foi 1,84. Podemos concluir que o meio estava bem ácido, já que o pH deu abaixo de 7 e nenhuma substância básica tinha sido adicionada na solução. Logo após, começamos a inserir 1 mL na mistura e medir o pH correspondente, isso foi feito até adicionarmos 15 mL. O que percebemos durante o procedimento é que o pH deu uma mudada brusca na adição de 10 a 12 mL de NaOH.Figura 02: Titulação prévia. Figura 01: pH-metro. Tabela 01 – Valores de pH para a titulação prévia. V (mL) pH V (mL) pH V (mL) pH 0,0 1,84 7,0 2,08 14,0 11,88 1,0 1,72 8,0 2,32 15,0 11,97 2,0 1,76 9,0 2,51 - - 3,0 1,82 10,0 3,15 - - 4,0 1,86 11,0 10,88 - - 5,0 1,92 12,0 11,54 - - 6,0 2,02 13,0 11,76 - - A partir desse dado, tivemos que preparar a curva de titulação final, para isso, medimos mais 10 mL de HCl e 50 mL de água destilada, inserimos 10 mL de NaOH, homogeneizamos e começamos a adicionar 0,1 mL de NaOH e medimos o pH até chegar em 12 mL. Tabela 02 – Valores de pH para a titulação na zona do ponto estequiométrico. V (mL) pH V (mL) pH V (mL) pH +0,0 = 1,84 +0,1 = 10,88 +0,1 = 11,31 +0,1 = 3,68 +0,1 = 10,99 +0,1 = 11,36 +0,1 = 4,50 +0,1 = 11,06 +0,1 = 11,40 +0,1 = 7,64 +0,1 = 11,15 +0,1 = 11,42 +0,1 = 9,66 +0,1 = 11,18 +0,1 = 11,45 +0,1 = 10,51 +0,1 = 11,27 +0,1 = 11,47 +0,1 = 10,76 +0,1 = 11,28 +0,1 = 11,50 A partir dos dados obtidos, traçamos a curva de pH versus volume do titulante (mL): pH Volume (mL) Para calcularmos a concentração final do ácido, é essencial sabermos a do hidróxido de sódio, sendo assim, podemos obter esse dado considerando a seguinte fórmula: Utilizando o princípio da equivalência, temos: Logo, temos que a concentração do ácido clorídrico é 2.100,096 mg/L Volume (mL) CONSIDERAÇÕES FINAIS: A titulação potenciométrica trata o processo de titulação com medidas potenciométricas – alterações de pH – que são conduzidas, a fim de se determinar o ponto final, podendo ser facilmente detectado pelo exame da curva de titulação. Este processo acontece quando um eletrólito é medido usando um analito. Esta medida é conseguida usando dois eléctrodos, um indicador e um de referência. Os dois juntos formam meia célula que segura o potencial elétrico. O cálculo final ou conclusão é a gota que ocorre quando o teste está completo entre os eléctrodos indicador e de referência. A partir da análise gráfica observou-se a formação de um ponto de inflexão na faixa que corresponde ao ponto de equivalência, o que caracteriza um ácido monoprótico (aquele que em solução aquosa libera apenas um íon H+). Assim, podemos concluir que o experimento obteve êxito, pois o ácido utilizado na titulação foi o Ácido Clorídrico, que obteve concentração de 2100,096 mg/L. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: MTBRANDAO. Titulação Potenciométrica. Disponível em: http://www.mtbrandao.com/editorial/media/titulacao-potenciometrica/. Acesso em: 20 de abril de 2017. SCHNEIDER, C; DE OLIVEIRA, B. G; OLIVEIRA, S. M; DE AZEVEDO, P. H. P. Potenciometria – Titulação Potenciométrica do Ácido Fosfórico (H3PO4). Disponívelem: https://pt.scribd.com/doc/47030805/Relatorio-de-Quimica-Analitica-Potenciometria. Acesso em: 18 de abril de 2017. UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA. Prática 11 – Ácidos, bases e curvas de titulação potenciométrica. Acesso em: http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/frxavier/materiais/Pr_tica_11____cidos__bases_e_curvas_de_titula__o_potenciom_trica.pdf. Acesso em: 18 de abril de 2017. VIEIRA, S. R. I. Titulação potenciométrica de neutralização. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfiCoAD/titulacao-potenciometrica-neutralizacao. Acesso em: 18 de abril de 2017.
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