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Trabalho de Controlada, Coligadas, holding, equivalência patrimonial e consolidação

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Às vezes não é necessário que uma empresa seja dona da outra para que a legislação determine que a relação entre elas sejam tão próximas que mereçam cuidados especiais. É daí que aparecem os conceitos de subsidiária, controlada e coligada.
Uma sociedade é coligada a outra quando uma delas tem uma influência significativa sobre a outra empresa. A lei não estabelece um percentual mínimo, mas ela presume que toda participação acima de 20% é significativa o suficiente para ser considerada automaticamente uma coligada. Mas mesmo percentuais menores de participação podem levar uma empresa a ser considerada coligada a outra: basta que uma empresa detenha ou exerça o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la.
Uma sociedade é controlada por outra quando esta, diretamente ou através de outras controladas, tem os direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. Em outras palavras, a lei não diz que a empresa precisa ser dona de mais de 50% das ações com direito a voto para ser controladora da outra empresa: basta que ela seja a empresa que detenha o poder de eleger a maioria dos diretores da empresa e tomar as principais decisões na vida da empresa.
Mas se todas as ações de uma empresa pertencem a outra, ela não é apenas controlada: ela passa a ser uma subsidiária integral daquela outra empresa. 
O que é uma Holding?
Como vimos, a palavra Holding vem do inglês “to hold”, que significa controlar, manter, segurar. No Brasil, as holdings foram instituídas pela Lei n° 6.404 – a lei das Sociedades Anônimas – em 1976.
Pensando no conceito da palavra em inglês, Holding é o tipo de organização que permite que uma empresa e seus diretores controlem ou exerçam influência em outras empresas (subsidiárias). Em outras palavras, possui participação majoritária nas ações de uma ou mais empresas.
Isso significa dizer que é classificada como Holding, a empresa que possui a maioria das ações de outras empresas e que detém o controle de sua administração e políticas empresariais.
Assim, considera-se Holding Empresarial uma empresa que possui ativo, ou seja, ações de outras empresas, sociedades limitadas, fundos de hedge, títulos, imóveis, marcas registradas, direitos autorais, patentes, entre outros.
Dentre as principais funções de uma Holding podemos citar:
• Manter majoritariamente ações de outras empresas;
• Ter o poder de controle;
• Ter grande mobilidade;
• Não necessitar operar comercialmente e não dever operar industrialmente; 
• Manter minoritariamente ações de outras empresas com a finalidade de investimento.
Para exemplificar tudo isso, pense no Grupo Silvio Santos. Esse é um bom exemplo de Holding Empresarial, que controla mais de 40 empresas (entre elas o SBT, as Lojas do Baú da Felicidades e a SSR Cosméticos, por exemplo). O mesmo podemos dizer das organizações Globo, que além da Rede Globo de Televisão têm o controle de empresas dos mais variados setores.
Com esses exemplos, podemos entender bem o conceito de Holding que falamos no início deste tópico: diversas empresas (subsidiárias) controladas por uma organização central. Essa organização tem a responsabilidade de administrar todas – ou a maior parte – das respectivas ações.
Portanto, uma Holding tem como meta controlar um conjunto de empresas. Ou seja: tem função estritamente administrativa e não produz nada.
Como a Holding é classificada?
Holding pura: sociedade cujo objeto social é a participação no capital de outras sociedades. Podemos, portanto, dizer que uma holding pura é apenas uma controladora, possuindo maior facilidade inclusive para alteração de endereço da sua sede. A receita de uma Holding pura são provenientes de lucros e dividendos de suas participações societárias.
Holding mista: além da participação em outras empresas exerce exploração de outras atividades empresariais. Por questões administrativas e fiscais, no Brasil esse é o tipo mais usado, prestando serviços civis ou eventualmente comerciais, mas nunca industriais.
Existem outras classificações, e aqui destacamos duas:
• Holding de participação: quando a participação é minoritária, mas há interesse por questões pessoais de se continuar em sociedade.
• Holding familiar: visa controlar o patrimônio de uma ou mais pessoas físicas de uma mesma família que possuam bens e participações societárias em seu nome. Em outras palavras, o patrimônio passa a ser administrado por uma sociedade, constituída pelos membros da família. Todas as decisões relacionadas a esse patrimônio são tomadas na forma de deliberações sociais, com a participação da pluralidade dos sócios.
Por que criar uma Holding Empresarial?
Basicamente, existem 4 motivos principais:
• Assegurar a unidade e o controle, bem como a organização de um grupo internacional de empresas;
• Criar uma alavanca financeira para promover e melhorar a transferência de empresas;
• Equilibrar as políticas de crescimento interno ou externo; e
• Benefícios fiscais.
Vamos entender um pouco mais sobre cada um destes pontos.
Assegurar a unidade e o controle
Uma holding pode garantir a unidade e o controle de subsidiárias estabelecidas em diferentes países.
Permite a gestão do volume de negócios, a fim de se beneficiar dos dividendos das subsidiárias bem-sucedidas para desenvolver ou apoiar filiais em necessidade.
Uma holding pode também ser criada pelo fundador de um grupo para que a holding mantenha a maioria das ações com direito a voto, permitindo a continuidade da empresa diante de herdeiros ansiosos por se beneficiar da morte do fundador. Nesse sentido, atua como um poder estabilizador e garante segurança para um grupo familiar que enfrenta uma transferência de propriedade devido à morte do fundador.
Uma holding também pode ajudar a manter o controle do grupo nas mãos do fundador.
Solucionar problemas de sucessão administrativa, treinando sucessores, como também profissionais de empresa, para alcançar cargos de direção.
Proporcionar uma melhor administração de bens, visando, principalmente, resguardar o patrimônio, finalidade hoje muito procurada para evitar conflitos sucessórios.
Criar uma alavanca financeira
A criação de uma holding que busca uma linha de crédito global permite financiar, de acordo com as necessidades de suas subsidiárias, aquelas que mais precisam no momento.
Manter ações ou quotas de outras sociedades como majoritária e controladora ou como minoritária participativa, evitando assim a pulverização societária.
Cuidar da obtenção de financiamentos e empréstimos, possibilitando, assim, aumento na diversificação de negócios e melhor planejamento estratégico do grupo.
Por receber lucros de outras sociedades, a Holding tem mais capital de giro.
Equilibrar as políticas de crescimento interno e/ou externo
As expectativas dos acionistas podem ser muito diferentes. Alguns esperam os dividendos, outros, pelo contrário, querem investir as receitas recebidas em melhorias dos fundos. A criação de uma holding é, portanto, a maneira de conciliar diferentes expectativas em termos de distribuição e desempenho financeiro de uma empresa.
Benefícios Fiscais
Diminuição do imposto de renda no recebimento de aluguéis: na pessoa física a tributação da renda de aluguel é calculada com base na Tabela Progressiva do Imposto de Renda e pode atingir até 27,5%. Para a pessoa jurídica há a redução de 11,33%, englobando os tributos IRPJ, CSLL, PIS e COFINS mais o adicional do imposto de renda à alíquota de 10%, quando for o caso.
Possível diminuição do Imposto de Renda, em caso de venda de imóveis comprados ou integralizados para esse fim.
Como você pode ver, motivos não faltam e resolvemos expandir um pouco mais a lista. E, claro, todo ponto positivo tem seu lado negativo, por isso, vamos observar as vantagens e desvantagens de uma Holding Empresarial.
Vantagens de uma Holding Empresarial
• Facilidade de formação: é muito fácil formar uma holding jáque as ações podem ser compradas no mercado aberto. O consentimento dos acionistas da sociedade filial não é exigido.
• Agrupamento de capital: os recursos financeiros das empresas holding e subsidiárias podem ser agrupados. A empresa pode realizar projetos de grande escala para aumentar sua rentabilidade.
• Economias de operações de grande escala: a holding e suas subsidiárias podem aproveitar vantagens de descontos com base na quantidade de itens comprados, bem como melhores condições de crédito.
• Riscos evitados: caso as subsidiárias realizem negócios arriscados e acabem falhando, a holding não será afetada pelo prejuízo.
Uma das maiores vantagens de uma holding empresarial é que ela e suas subsidiárias operam como unidades legalmente separadas. Você já deve ter ouvido especialistas, investidores e analistas de mercado destacarem que investir em ações em empresas de setores diferentes é considerada como uma das estratégias para o sucesso. Adicionalmente, é também o caminho tomado por aqueles que querem investir com riscos um pouco mais reduzidos.
Imagine que sua empresa tenha recursos aplicados nos mais variados segmentos. Você vai concordar que a chance de ter um investimento positivo é muito maior do que um resultado contrário. Isso porque caso uma empresa vá mal, uma outra, seguindo o fluxo contrário, pode anular o efeito negativo.
É isso o que acontece com uma Holding, já que a separação legal a protege de perdas sofridas por uma subsidiária.
Desvantagens de uma Holding
• Excesso de capitalização: o capital da holding e de suas subsidiárias podem ser agrupados, o que pode resultar em excesso de capitalização. Nesse caso, os acionistas não obteriam um retorno justo sobre seu capital investido.
• Fraude: existe a possibilidade de manipulação fraudulenta de contas.
• Desvio de poder: a responsabilidade financeira dos membros de uma holding é insignificante em comparação com o seu poder financeiro. Isso pode levar à irresponsabilidade e ao mau uso do poder.
• Exploração de subsidiárias: a holding pode explorar as empresas subsidiárias. As filiais podem ser compelidas a comprar bens a preços elevados. Elas podem ser forçadas a vender seus produtos para a holding com preços muito baixos.
• Manipulação: Informações sobre subsidiárias podem ser usadas para ganhos pessoais. Por exemplo, as informações sobre o desempenho financeiro das empresas subsidiárias podem ser utilizadas indevidamente para fins de especulação.
• Concentração do poder econômico: concentração de poder econômico nas mãos de quem administra a holding.
• Monopólio secreto: os monopólios secretos podem tentar eliminar concorrentes e impedir a entrada de novas empresas. Além disso, consumidores podem ser explorados pagando preços abusivos nas mercadorias.
• Gerência: uma vez que a holding tenha uma participação majoritária em várias empresas, a administração pode ter conhecimento limitado na indústria, operações e decisões de investimento da empresa controlada. Essas limitações podem resultar em decisões ineficazes.
• Acionistas minoritários: enquanto a holding paga impostos sobre lucros de suas subsidiárias, os acionistas pagam impostos sobre os dividendos recebidos da holding. Os acionistas também podem discordar da abordagem e da tomada de decisões da nova administração. Além disso, com um novo acionista controlador, os acionistas minoritários devem pagar mais para manter sua participação anterior.
Além do que foi citado, uma Holding Empresarial também enfrenta problemas de liquidez. Podemos entender isso uma vez que o conglomerado detém uma participação majoritária em muitas empresas. Isso significa dizer que em um mercado altamente volátil ou em caso de crise de mercado, a holding pode ter dificuldade em permanecer rentável.
Somado a isso, muitos dos investimentos da holding podem ter ativos ou linhas de negócios não rentáveis. Se ela se engaja em setores similares, a administração pode enfrentar o risco sistêmico. Inversamente, ou seja, se a empresa estiver envolvida em diferentes setores da indústria, a holding pode ser suscetível a várias mudanças do mercado, o que dificultaria a mitigação do risco.
As Holdings e os CSC (Centros de Serviços Compartilhados)
Além das várias vantagens citadas anteriormente, um dos pontos que mais costuma atrair os grupos empresariais a criarem uma Holding é a possibilidade de aperfeiçoamento de operações redundantes, consequentemente levando a redução de custos e despesas.
Neste sentido, um artifício bastante usado pela Holding é criação de um CSC, ou Centro de Serviços Compartilhados.
Com a centralização da administração das empresas do grupo na Holding, é um processo natural que as atividades comuns como TI, Marketing, Contabilidade, RH, etc., aos poucos sejam retiradas de cada filial e centralizadas em apenas um ponto, que damos o nome de Centro de Serviços Compartilhados (CSC). Isto acontece por inúmeros motivos, mas os principais são: a redução de custos e a centralização do know-how.
Mas vale ressaltar que apesar de ser muito comum a Holding possuir um CSC (quase que um Bochecha sem Claudinho), ambos são conceitos diferentes e não há qualquer obrigatoriedade em criar um CSC para existir uma Holding. Algumas empresas optam por manter a Holding apenas para os fins citados acima.
Como este não é o tema do artigo, não vamos nos alongar. Mas se você quiser saber mais sobre a criação de um CSC(que inclusive pode ser um passo antes da criação da Holding, uma espécie de “aquecimento”, recomendamos bastante a leitura deste artigo.
Como abrir uma Holding Empresarial?
Entendidos os benefícios e os motivos para criar uma Holding (e não deixando de levar os pontos negativos em consideração), separamos alguns itens para você pensar caso esteja pensando em criar uma:
Determine as indústrias. O foco aqui é olhar atentamente para os mercados que estão em expansão. Ou ainda, pensar em segmentos que você tenha experiência de sucesso.
Desenvolva um plano de negócios. Sempre falamos aqui no blog sobre a importância em traçar metas e objetivos (dica de leitura Objetivos e Metas SMART: a base para um ótimo Planejamento Financeiro!). Para criar uma Holding, logicamente que o caminho é o mesmo. Por isso, estabeleça metas para os próximos três a cinco anos. Pense em quantos funcionários você precisará e faça uma previsão do capital que será necessário. Não esqueça de pensar no planejamento estratégico, que será determinante na hora de colocar em prática o orçamento empresarial.
Aliás, antes uma dica de leitura para logo mais: Orçamento Empresarial aliado ao Planejamento Estratégico: duas ferramentas essenciais.
Tenha fontes de financiamento. Salvo nos casos em que a empresa tenha capital suficiente para financiar as aquisições, apresente seu plano de negócios para potenciais parceiros de capital (possíveis investidores). Lembre-se de que os proprietários das empresas que você pretende adquirir precisam de garantia que você terá capacidade de concluir as transações.
Vale lembrar que os mesmos procedimentos aplicados para a abertura de uma empresa devem ser seguidos no caso de Holding: Registro do Contrato Social ou Estatuto no órgão de registro e nos órgãos fiscais (Receita Federal, INSS, Prefeitura, Caixa Econômica Federal).
Quando é a hora de criar uma Holding?
Existem diversas considerações legais e fiscais a serem levadas em consideração ao pensar em criar uma Holding Empresarial. A sugestão é sempre conversar com um especialista no assunto, mas tudo começa com os objetivos da empresa. Algumas análises devem ser feitas nesse processo:
• Valor de imposto que será pago;
• Impacto das mudanças legislativas;
• Projeção de ganhos de capital;
• Implicações financeiras negativas;
• Implicações financeiras positivas.
Não existe uma fórmula que apontará para a abertura ou não de uma Holding. Como citamos, tudo depende do objetivo da empresa e se as vantagens são superiores às desvantagens. Os pontos que elencamos devem ser vistos como o primeiro passo para uma análise mais aprofundada.Concluindo
Uma Holding Empresarial tem como meta controlar um conjunto de empresas. É o tipo de organização que permite que uma empresa e seus diretores controlem ou exerçam influência em outras empresas (subsidiárias). Podemos dizer, ainda, que é classificada como Holding a empresa que possui a maioria das ações de outras empresas e que detém o controle de sua administração bem como de políticas empresariais.
Assim, considera-se Holding uma empresa que possui ativos, ou seja, ações de outras empresas, sociedades limitadas, fundos de hedge, títulos, imóveis, marcas registradas, direitos autorais, patentes, entre outros.
Uma de suas maiores vantagens é que ela e suas subsidiárias operam como unidades legalmente separadas. Como analistas de mercado destacam: investir em ações em empresas de setores diferentes é considerada como uma das estratégias para o sucesso. Além disso, uma holding empresarial ajuda a evitar riscos, pois caso as subsidiárias realizem negócios arriscados e acabem falhando, ela não será afetada pelo prejuízo.
Importante lembrar que seja qual for o modelo de negócio da empresa, sua classificação ou forma de tributação, é fundamental manter sempre a transparência das informações das demonstrações contábeis. E, como você bem sabe, essa transparência está 100% ligada aos Processos de Gestão Orçamentária.
O que é Joint Venture?
Joint Venture é uma associação econômica (um acordo comercial) entre duas ou mais empresas, de ramos iguais ou diferentes, que decidem reunir seus recursos para realizar uma tarefa específica, durante um período determinado e, portanto, limitado.
Uma estratégia de Joint Venture empresarial pode estar relacionada a um novo projeto ou outra atividade comercial, por exemplo. Assim, operações de Joint Venture são executadas para diversos fins, como: logísticos, industriais, tecnológicos, comerciais, entre outros. Na maioria dos casos a estratégia é adotada para acelerar a expansão dos negócios, pois ao unirem seus recursos as empresas têm acesso a habilidades escassas podendo, inclusive, penetrarem em novos mercados.
Importante ressaltar que operações de Joint Venture não trazem apenas o compartilhamento de benefícios e lucratividade. Para entender melhor, basta analisarmos separadamente o que é Joint e o que é Venture: as duas palavras são de origem inglesa, sendo que Joint significa junto e Venture, risco. Portanto, nessa associação temporária são compartilhados também riscos, prejuízos e custos.
Um exemplo de Joint Venture no Brasil foi a união da BRF com uma empresa da Cingapura, a Singapore Food Industries. A estratégia adotada pela brasileira teve como objetivo a expansão de mercado. No caso dessa parceria, o alvo da BRF era a Ásia.
Por que pensar em Joint Venture empresarial?
Como você deve ter percebido, a lógica por trás da formação de uma Joint Venture é uma só: empresas envolvidas avaliam que a probabilidade de sucesso é maior ou mais rentável trabalhando em conjunto.
Para entender melhor, imagine uma empresa com pouca liquidez, mas com propriedade intelectual especializada, e outra com muito dinheiro, mas sem a capacidade técnica necessária. Em uma estratégia de Joint Venture as duas organizações podem se complementar para melhorar suas tecnologias.
Nesse caso, a empresa com maior liquidez pode financiar um projeto para expandir a tecnologia da outra e, em troca, obter uma licença para comercializar a tecnologia sob sua marca. Outros exemplos de Joint Ventures podem incluir acordos para a compra conjunta de estoques de fornecedores com o objetivo de alcançar uma maior escala e custos mais baixos. As envolvidas podem concordar em unir produtos complementares, oferecendo uma oferta mais abrangente aos clientes.
Em uma estratégia de Joint Venture as empresas podem unir-se de duas maneiras:
Sem a formação de uma nova empresa (Joint Venture Contratual)
Com a criação de uma nova empresa com personalidade jurídica (Joint Venture Societária)
O que é Joint Venture Contratual?
Uma Joint Venture contratual é um acordo no qual duas partes se reúnem para um determinado projeto de negócios e, como o nome sugere, assinam um contrato descrevendo os termos. Nesta modalidade, ao invés de criar uma entidade jurídica separada para o projeto, as partes envolvidas trabalham em parceria, compartilhando os lucros ou perdas do empreendimento nos termos estabelecidos no próprio contrato de Joint Venture.
Joint Ventures contratuais representam uma associação de interesses que visam cumprir objetivos específicos e com a proporcional divisão dos riscos (bônus e ônus são compartilhados). Como não há a criação de uma terceira empresa, esta modalidade não envolve a necessidade de mudanças estruturais para as envolvidas.
O que é Joint Venture Societária?
A principal característica de uma Joint Venture Societária é a realização de projeto ou empreendimento comum, com a criação de uma empresa que assume uma nova identidade jurídica. Além disso, Joint Ventures Societárias assemelham-se a uma parceria comercial, mas possuem uma diferença fundamental: enquanto parcerias geralmente envolvem relacionamento comercial contínuo e de longo prazo, Joint Ventures são baseadas em uma única transação comercial.
Falando em parcerias comerciais, a pergunta que não quer calar é: quais as diferenças entre Joint Ventures e Fusões?
Joint Ventures x Mergers (Fusões)
Uma fusão acontece quando duas empresas, geralmente de mesmo porte, decidem continuar negócios como uma única empresa em vez de serem operadas como entidades separadas. Observe que para uma fusão acontecer ambas as empresas devem entregar suas ações para que uma nova entidade organizacional possa ser formada e, assim, novas ações podem ser emitidas.
Uma Joint Venture é formada por meio de uma parceria legal entre as empresas. Em uma Joint Venture as duas organizações existirão separadamente por conta própria, sendo que uma nova entidade pode ser formada para o novo empreendimento. Para entender melhor: quando a Microsoft e a NBC formaram uma Joint Venture, criaram o MSNBC. No entanto, as duas empresas mantiveram suas empresas-mãe e criaram uma nova entidade para a divisão de negócios em que a Joint Venture foi formada.
Destacamos que tanto uma Joint Venture empresarial quanto uma Fusão ocorrem porque operações combinadas podem beneficiar ambas as empresas com economias de escala, maior participação de mercado, melhor tecnologia e mais compartilhamento de conhecimento. No entanto, elas possuem algumas diferenças:
Fusões ocorrem quando duas empresas decidem continuar negócios como uma única empresa, em vez de operarem como entidades separadas. Em operações de Joint Ventures as empresas envolvidas continuarão a existir separadamente por conta própria.
Joint Ventures exigem menos compromisso do que Fusões.
Em Mergers, tomadas de decisões são baseadas em compreensão mútua. Em Joint Ventures, decisões mútuas são tomadas para um objetivo específico.
Estratégias de Joint Venture envolvem menor nível de compromisso das partes envolvidas se compararmos com uma Fusão. Por isso, uma Joint Venture pode ser uma boa maneira de analisar o terreno e ver o quão bem duas empresas trabalham juntas.
Joint Ventures são arranjos temporários. Por outro lado, Mergers envolvem compromisso praticamente permanente.
Joint Ventures concentram-se em uma área específica onde duas empresas se sobrepõem e podem trabalhar juntas. Todavia, a maior parte dos negócios permanece separada. Em uma Fusão, as empresas desejam se tornar totalmente integradas.
Não existe receita de bolo para identificar qual é a melhor opção para sua empresa. O que recomendamos, claro, é que seja elaborado um plano de negócios com definição de métricas, estratégias, metas e objetivos a serem atingidos.
É essencial que as unidades de negócios envolvidas no processo de Joint Venture ou de fusão analisem o planejamento orçamentário. Assim, será possível que todos os envolvidos façam os ajustes necessários e possam verificar se o negócio a ser realizado será bom para todasas partes.
Entendido isso, vamos esclarecer os principais pontos positivos e negativos de uma Joint Venture.
Associação Econômica entre empresas: Vantagens e Desvantagens
Se você leu os outros tópicos deste artigo, já deve ter compreendido os principais prós de uma Joint Venture. Mas para facilitar, veja abaixo:
• Empresas passam a ter a oportunidade de obter novos conhecimentos e experiências.
• Acesso a novos recursos (lembra do exemplo da empresa que tinha pouca liquidez, mas muita propriedade intelectual?).
• Trata-se de um arranjo temporário entre sua empresa e outra.
• Riscos e custos são compartilhados. Isso significa que se caso o projeto falhe, nenhuma empresa estará sozinha, ou seja, despesas são compartilhadas e as perdas, apoiadas.
• Aumento da possibilidade de criar mais negócios no processo.
• Redução dos custos, o qual possibilita que as empresas envolvidas aumentem a competitividade.
• Expansão das empresas para novos mercados 
Já que os custos de produção passam a ser distribuídos entre os envolvidos, o investimento nessa operação tende a baixar. Com isso, além de reduzir despesas a empresa pode aumentar a oferta do produto a um preço menor para o consumidor final.
Como sempre falamos em nossos artigos, toda vantagem tem sua desvantagem. Desse modo, os principais pontos negativos de uma estratégia de Joint Venture são:
Diferentes empresas trabalhando juntas pode significar desequilíbrio de expertise, ativos e investimentos.
Por se tratar de empresas diferentes, existe a possibilidade de que um choque de cultura e de tipo de gestão resultem em baixa cooperação e integração.  
Os objetivos da Joint Venture podem não ser 100% claros e comunicados a todos os envolvidos.
Realizar parceria com outra empresa pode ser um assunto complexo. Para que um relacionamento comercial dê certo são precisos, na maioria das vezes, tempo e esforço, e nem sempre as envolvidas estão dispostas a despenderem a energia necessária.
Agora, vamos supor que após analisar vantagens e desvantagens de uma Joint Venture a diretoria pediu a você, como Controller, que avaliasse se a empresa está preparada para uma estratégia de Joint Venture.
Como saber se a empresa está pronta para fazer um Acordo Comercial?
Conforme vimos, criar uma Joint Venture representa uma grande mudança para qualquer negócio. Por mais benefícios que sua empresa avalie, é preciso saber se a operação se enquadra na estratégia de negócios. Por isso, em primeiro lugar é preciso ver se a Joint Venture estará alinhada com planejamento estratégico. Feito isso, alguns passos são recomendados:
Faça uma revisão da estratégia comercial: analise os objetivos comerciais que a empresa possui e veja se uma Joint Venture é realmente a melhor opção. Avalie opções de Fusões e Aquisições e compare qual alternativa é a mais indicada. Caso a estratégia comercial foque na expansão empresarial, é importante que um plano seja elaborado. No artigo A importância do Plano de Expansão Empresarial falamos sobre quais pontos devem ser analisados.
Faça um benchmarking: veja como seus concorrentes estão se comportando, em quais mercados atuam e como estão inovando. Com essa análise você pode verificar, por exemplo, que sua concorrência está atuando em um mercado novo. Nesse caso, sua empresa pode precisar de uma ajuda de outra organização para expandir fronteiras e aumentar o perímetro de atuação. Como cada região possui características próprias, é muito vantajoso a empresa fazer parcerias comerciais com organizações do país que tenha a intenção de atuar, como foi o caso da BRF que comentamos neste artigo.
Realize uma Análise SWOT: a análise de pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças é essencial para descobrir se as empresas se complementarão (afinal, com toda a certeza você só entrará nessa se tiver um parceiro de Joint Venture que complementará seus próprios pontos fortes e fracos). Falamos sobre a Matriz SWOT neste artigo.
Faça uma Análise de Cenários: analise o contexto (interno e externo) no qual a empresa está inserida e identifique fatores futuros que são passíveis de ocorrer. Isso faz com que a organização tenha uma visão mais clara do cenário atual e permite uma tomada de decisão mais fundamentada e precisa. Para saber como a projeção de cenários é feita, recomendamos este artigo.
Analise a viabilidade do projeto: pense em uma análise mais completa da viabilidade dos investimentos que serão realizados pela sua empresa para fazer parte da Joint Venture. Para ajudá-lo na análise, juntamos diversos indicadores (VPL, VPLa, IBC, ROI, TIR, Payback, Ponto de Fisher, entre outros) em um e-book completíssimo, que você pode conferir nesse link: Indicadores Financeiros para Análise de Investimentos.
Leve seus colaboradores em consideração: tenha em mente que funcionários podem sentir-se ameaçados por uma Joint Venture, pois podem ter medo de perderem seus cargos para colaboradores da outra empresa. Por isso, ao decidir que a estratégia será boa para seu negócio, não esqueça: comunicação clara e transparente é fundamental!
E depois, como avaliar o parceiro?
Após você avaliar que a estratégia de Joint Venture é adequada para o negócio é hora de avaliar se o parceiro é ideal para a empresa, ou seja, se possui recursos e habilidades complementares aos seus próprios.
Em termos gerais, uma boa análise considera:
• As empresas envolvidas possuem os mesmos objetivos de negócio?
• Que valores de marca da outra empresa complementam os seus?
• Qual é a reputação da empresa no mercado? E que reputação possui perante funcionários e clientes?
• A empresa já possui parceria de Joint Venture com outra organização?
• Qual é o tipo de gestão que eles utilizam?
• O que clientes e fornecedores dizem sobre sua confiabilidade e reputação?
• A empresa possui problema de crédito? É estável financeiramente?
Após a escolha do parceiro de Joint Venture, não esqueça de:
• Definir o que e como cada parte irá contribuir;
• Certificar-se de que todos entenderam os objetivos do acordo e
• Definir expectativas realistas.
Outra dica essencial é sua empresa aplicar um processo de Due Diligence e sugerir que a empresa com a qual você pensa em fazer parceria também aplique. Dentre os objetivos de um processo de Due Diligence estão: analisar documentos e dados contábeis e financeiros a fim de eliminar ou mitigar riscos envolvidos em uma operação de aquisição, fusão ou de acordos comerciais entre empresas, ou, ainda, descobrir informações escondidas sobre um negócio. Esse processo é excelente para eliminar ou mitigar riscos em operações empresariais combinadas.
Por isso sugerimos um checklist com mais de 65 itens para fazer uma auditoria na empresa. Nesse material, assinalando os campos “Já Possuo”, “Preciso Obter” ou “Não se aplica”, ficará fácil saber quais os itens a sua empresa precisa dar mais atenção. 
Concluindo
Uma Joint Venture envolve duas ou mais empresas que unem recursos e experiências para alcançar um objetivo de fazer um acordo comercial empresaria, por um tempo determinado. Os motivos para a adoção dessa estratégia incluem: expansão de negócios, desenvolvimento de novos produtos, acesso a novos mercados e canais de distribuição, e busca por maior expertise técnica e recursos.
Importante lembrar que operações de Joint Venture não trazem apenas o compartilhamento de benefícios e lucratividade. Nessa associação temporária são compartilhados também riscos, prejuízos e custos. Por isso, como vimos, antes de sua empresa optar por essa estratégia são necessárias algumas análises. Lembre-se que, como Controller, seu papel é fundamental!
EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
A equivalência patrimonial é o método que consiste em atualizar o valor contábil do investimento ao valor equivalente à participação societária da sociedade investidora no patrimônio líquido da sociedade investida, e no reconhecimento dos seus efeitos na demonstração do resultado do exercício.  
O valor do investimento, portanto, será determinado mediante a aplicação da porcentagem de participaçãono capital social, sobre o patrimônio líquido de cada sociedade coligada ou controlada.
 OBRIGATORIEDADE DA AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS PELO VALOR DE PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Estão obrigadas a proceder à avaliação de investimentos pelo valor de patrimônio líquido as sociedades anônimas ou não que tenham participações societárias relevantes em:
 a) sociedades controladas;
b) sociedades coligadas sobre cuja administração a sociedade investidora tenha influência;
c) sociedades coligadas de que a sociedade investidora participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital social.
 De acordo com o disposto nos parágrafos 1º e 2º do artigo 243 da Lei 6.404/1976 (Lei das S/A), consideram-se coligadas as sociedades quando uma participa, com 10% ou mais, do capital da outra, sem controlá-la e controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.
 REGRAS A PARTIR DE 01.01.2008
 Por força da Lei 11.638/2007, a partir de 01.01.2008, a obrigatoriedade de avaliar pelo método da equivalência patrimonial atinge os investimentos em coligadas sobre cuja administração tenha influência significativa, ou de que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante, em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum.
 CONCEITO DE INVESTIMENTO RELEVANTE
 O investimento em sociedades coligadas e controladas é considerado relevante quando (§ 3º do art. 384 do RIR/99):
 a) o valor contábil do investimento em cada sociedade coligada ou controlada for igual ou superior a 10% (dez por cento), do patrimônio líquido da sociedade investidora;
b) o valor contábil no conjunto do investimento em sociedades coligadas ou controladas for igual ou superior a 15% (quinze por cento) do patrimônio líquido da sociedade investidora ou controladora.
 INFLUÊNCIA NA ADMINISTRAÇÃO
 O termo "sobre cuja administração tenha influência" pode ser entendido da seguinte forma:
 a) a empresa investidora tem só 15% do capital, mas é ela quem fornece a tecnologia de produção e designa o diretor industrial ou o responsável pela área de produção;
b) a investidora tem só 15% de participação, mas é a responsável pela administração e finanças, sendo a área de produção de responsabilidade dos outros acionistas.
 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E COMPANHIAS ABERTAS
 A Resolução nº 484/78 do Banco Central do Brasil e a Instrução Normativa CVM nº 1/78 da Comissão de Valores Mobiliários, que disciplinam a aplicação do artigo 248 da Lei 6.404/1976, nas instituições do sistema financeiro e nas companhias abertas, determinam que o investimento na controlada, qualquer que seja o valor, independente de ser relevante ou não, deverá ser avaliado pelo método de equivalência patrimonial.
 Observe-se, também, que as companhias abertas e instituições financeiras deverão avaliar pelo método de equivalência patrimonial os investimentos relevantes feitos no conjunto de coligadas, mesmo que a porcentagem de participação no capital da investida coligada seja inferior a 20%, e ainda que não haja influência na administração da coligada.
 APURAÇÃO DO VALOR DO INVESTIMENTO
 O valor do investimento será apurado mediante a aplicação da porcentagem de participação da sociedade investidora no capital social da sociedade investida, sobre o valor do patrimônio líquido desta, diminuído dos resultados não realizados, observando-se o seguinte:
 a) o patrimônio líquido da sociedade investida será determinado com base em balanço patrimonial ou balancete de verificação levantado na mesma data do balanço do contribuinte ou até dois meses, no máximo, antes dessa data com observância da lei comercial, inclusive quanto à dedução das participações nos resultados e da provisão para o Imposto de Renda;
b) se os critérios contábeis adotados pela investida (coligada e controlada) e pela investidora não forem uniformes, o contribuinte deverá fazer no balanço ou balancete da coligada ou controlada os ajustes necessários para eliminar as diferenças relevantes decorrentes da diversidade de critérios;
c) o balanço ou balancete da investida (coligada ou controlada) levantado em data anterior à do balanço da investida deverá ser ajustado para registrar os efeitos relevantes de fatos extraordinários ocorridos no período.
d) o prazo de dois meses, mencionado acima, aplica-se aos balanços ou balancetes de verificação das sociedades de que a coligada ou controlada participe, direta ou indiretamente, com investimentos relevantes que devam ser avaliados pelo valor de patrimônio líquido para registrar os efeitos relevantes de fatos extraordinários ocorridos no período;
e) o valor do investimento do contribuinte será determinado mediante a aplicação, sobre o valor de patrimônio líquido ajustado de acordo com os procedimentos acima, da percentagem da participação do contribuinte no capital da coligada ou controlada.
 RESULTADOS NÃO REALIZADOS
 Consideram-se não realizados os lucros ou os prejuízos decorrentes de negócios entre a sociedade investida e a sociedade investidora.
 Da mesma forma, consideram-se não realizados os lucros ou os prejuízos decorrentes de negócios entre a sociedade investida e sociedade coligada ou controlada da sociedade investidora, devendo ser excluídos do valor do patrimônio líquido, quando:
 a) os lucros ou os prejuízos que estejam incluídos no resultado de uma coligada ou de uma controlada e correspondidos por inclusão ou exclusão no custo de aquisição de ativos de qualquer natureza no balanço patrimonial da sociedade investidora;
b) os lucros ou os prejuízos estejam incluídos no resultado de uma coligada ou de uma controlada e correspondidos por inclusão ou exclusão no custo de aquisição de ativos de qualquer natureza no balanço patrimonial de outras sociedades coligadas ou controladas.
 Os lucros e os prejuízos, assim como as receitas e as despesas decorrentes de negócios que tenham gerado simultânea e integralmente efeitos opostos nas contas de resultado das sociedades coligadas ou controladas, não serão excluídos do valor do patrimônio líquido.
 AJUSTE DO INVESTIMENTO NO BALANÇO PATRIMONIAL
 O valor do investimento na data do balanço deverá ser ajustado ao valor de patrimônio líquido, mediante lançamento da diferença a débito ou a crédito da conta de investimento (art. 388 do RIR/99), observando-se o seguinte:
 1 - Os lucros ou dividendos distribuídos pela coligada ou controlada deverão ser registrados pelo contribuinte como diminuição do valor de patrimônio líquido do investimento, e não influenciarão as contas de resultado;
 2 - Quando os rendimentos referidos em 1 acima forem apurados em balanço da coligada ou controlada levantado em data posterior à da última avaliação, deverão ser creditados à conta de resultados da investidora, e não serão computados na determinação do Lucro Real;
 3 - No caso do procedimento 2, acima, se a avaliação subsequente for baseada em balanço ou balancete de data anterior à da distribuição, deverá o patrimônio líquido da coligada ou controlada ser ajustado, com a exclusão do valor distribuído.  
 Exemplo de contabilização, no caso de resultado positivo da equivalência:
 D - Participação Societária - Empresa "B" (Investimento - Permanente)  
C - Receita de Equivalência Patrimonial (Resultado)
 CONTRAPARTIDA DO AJUSTE NA CONTA DE INVESTIMENTOS
 De acordo com o artigo 389 do RIR/99, a contrapartida do ajuste do valor do patrimônio líquido, por aumento ou redução no valor do patrimônio líquido do investimento, não será computada na determinação do Lucro Real.
 Contabilmente, a contrapartida do ajuste do valor do investimento avaliado pelo método de equivalência patrimonial transitará pelo balanço de resultados aumentando, em consequência, o lucro líquido do período.
 Quando o resultado da equivalência patrimonial for credor, será lançado na parte "A" do livro de apuração doLucro Real como item de exclusão do lucro líquido do exercício para fins de determinação do Lucro Real.
 Quando o resultado da equivalência patrimonial for devedor, será lançado na parte "A" do livro de apuração do Lucro Real como item de adição do lucro líquido do exercício para fins de determinação do Lucro Real.  
 Observe-se também que se a empresa for tributada pelo Lucro Presumido, eventual ajuste credor da equivalência patrimonial não integrará a receita bruta para fins de cálculo do IRPJ e CSLL devidos pela forma presumida.
 CAPITAL A INTEGRALIZAR
 O artigo 182 da Lei 6.404/1976 - Lei das Sociedades por Ações - dispõe que a parcela do capital a integralizar não compõe o patrimônio líquido das sociedades. Assim sendo, por ocasião da aplicação do método de equivalência patrimonial, essa parcela do capital ainda não integralizada não deve ser computada, nem no cálculo da participação percentual nem no valor do patrimônio líquido.
 ALTERAÇÃO NO PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE INVESTIDORA NO CAPITAL SOCIAL DA SOCIEDADE INVESTIDA
 A alteração no percentual de participação da sociedade investidora no capital social da sociedade investida poderá decorrer, entre outros, dos seguintes fatores:
 a) alienação parcial do investimento;
b) reestruturação de espécie e classe de ações do capital social;
c) renúncia do direito de preferência na subscrição de aumento de capital;
d) aquisição de ações próprias, pela sociedade investida, para cancelamento ou tesouraria;
e) outros eventos que possam resultar em variação na porcentagem de participação.
 Quando a alteração no percentual de participação no capital social da sociedade investida corresponder a um ganho, o valor respectivo será registrado em conta própria de receita não operacional.
 Por outro lado, quando a alteração do percentual no capital da sociedade investida corresponder a uma perda, o registro dessa perda será feito em conta própria de despesa não operacional.
 O ganho ou a perda decorrente de variação na porcentagem de participação da sociedade investidora no capital social da sociedade coligada ou controlada não traz nenhum reflexo tributário, uma vez que, conforme o caso, o valor correspondente é excluído ou adicionado ao lucro líquido do período para fins de determinação do Lucro Real e da base de cálculo da contribuição social.
 AVALIAÇÃO DO INVESTIMENTO COM BASE EM BALANÇO INTERMEDIÁRIO DA SOCIEDADE INVESTIDA
 A avaliação do investimento com base no método de equivalência patrimonial em balanço intermediário é facultativa.
 No caso de a sociedade investidora optar pela avaliação dos investimentos pelo método de equivalência patrimonial, em balanço intermediário, deve avaliar todos os investimentos em sociedade coligada ou controlada que estejam sujeitos à avaliação pelo valor de patrimônio líquido.
  BAIXA DO INVESTIMENTO EM SOCIEDADE COLIGADA OU CONTROLADA
 A baixa de investimento relevante e influente em sociedade coligada ou controlada deve ser precedida da avaliação pelo valor de patrimônio líquido, com base em balanço patrimonial ou balancete de verificação da coligada ou controlada, levantado na data da alienação ou liquidação ou até 30 (trinta) dias, no máximo, antes dessa data.
 A avaliação do investimento, nesse caso, é necessária para que o ganho ou a perda de capital na alienação ou liquidação da participação societária seja corretamente apurado.
 PATRIMÔNIO LÍQUIDO NEGATIVO
 Há situações que, em face de prejuízos acumulados apurados pela coligada ou controlada, o valor de seu Patrimônio Líquido passe a ser negativo, acarretando um “Passivo a Descoberto” (quando o Balanço Patrimonial passa a apresentar valor total com obrigações para com terceiros superior ao dos ativos).
 Nesta situação, o procedimento contábil, na investidora, é registrar normalmente a equivalência patrimonial, diminuindo-se o valor do investimento, até que este esteja “zerado”, não se registrando, portanto, qualquer parcela a título de investimento negativo.
 Mas, para fins de controle, pois o investimento não deve ser baixado (a não ser que a respectiva participação seja integralmente alienada ou liquidada), sugere-se criar uma conta redutora da conta investimento respectivo, de forma que o valor contábil do investimento seja anulado. Por exemplo:
 Participação Societária - Empresa Alfa (Investimento)
(-) Participação Societária - Empresa Alfa – Equivalência (Investimento) 
Bom, mas agora a pergunta é: no caso de Holding, como ocorre a consolidação de balanços? É feito separadamente ou como se fosse uma única empresa?
A CVM (Comissão dos Valores Mobiliários), por intermédio do art. 21 da Instrução nº 247/96, estabeleceu que a partir de 1996 toda companhia aberta que possuir investimentos em controladas deve consolidar suas demonstrações financeiras, independente do percentual que esses investimentos representem do patrimônio líquido.
Em primeiro lugar: sobre a tríade das principais demonstrações contábeis
Antes de mais nada, sempre é bom lembrar que as principais demonstrações contábeis de uma empresa são compostas por:
Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE): relatório que surge do regime de competência, ou seja, o registro do evento se dá na data em que aconteceu;
Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC): relatório no qual o financeiro registra as entradas e saídas de caixa quando elas realmente aconteceram (contabilizando as Receitas, Custos, Despesas e Investimentos dentro do mês onde foram pagos ou recebidos)
Balanço Patrimonial (BP): um dos mais importantes demonstrativos em uma empresa, tem a finalidade de representar a evolução do patrimônio total da organização em um determinado período de tempo. O BP é essencial para manter um controle de custos e também para acompanhamento do patrimônio da empresa. Por ser tão importante, preparamos uma planilha com um modelo de Balanço Patrimonial em Excel que você pode baixar gratuitamente na imagem abaixo:
Quando é necessário fazer a Consolidação de Demonstrações Contábeis?
A Consolidação de Demonstrações Contábeis (ou simplesmente Consolidação de Balanços) são as demonstrações financeiras combinadas de uma empresa e suas subsidiárias. Ela permite avaliar a saúde geral de um grupo inteiro de empresas ao invés de somente a posição de uma empresa.
De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade, as demonstrações consolidadas resultam da agregação das demonstrações contábeis (estabelecidas pelas Normas Brasileiras de Contabilidade), de duas ou mais entidades, das quais uma tem o controle direto ou indireto sobre a(s) outra(s).
Observe que uma empresa matriz pode operar como uma empresa separada além de suas subsidiárias. Assim, cada uma dessas entidades relata suas próprias demonstrações financeiras e opera seu próprio negócio. No entanto, como as subsidiárias são consideradas uma entidade econômica, para investidores, acionistas reguladores e clientes a consolidação de empresas avalia de forma mais completa a posição do grupo empresarial.
A consolidação financeira é algo estabelecido pela Lei das S.A., mas trata-se de uma prática fundamental para empresas que buscam injeção de capital. Pense pelo lado dos acionistas: se as demonstrações não fossem unificadas, seria impossível conhecer a real situação da empresa controladora, suas controladas e sociedade independentes. Essa transparência, aliás, tem tudo a ver com Governança Corporativa e Lei Sarbanes-Oxley
Assim, podemos resumir que as Demonstrações Contábeis consolidadas combinam as demonstrações financeiras de entidades jurídicas distintas controladas por uma empresa-mãe em um conjunto de demonstrações financeiras para todo o grupo de empresas.
É importante destacar que demonstrações consolidadas estão ligadas pelos princípios da Contabilidade Internacional.
Consolidação de Demonstrações Contábeis e o CPC 36
Conforme o CPC 36 (Comitê de Pronunciamento Contábeis), Demonstrações Consolidadas são:
“As demonstrações contábeis de grupo econômico, em que os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas,despesas e fluxos de caixa da controladora e de suas controladas são apresentados como se fossem uma única entidade econômica”.
Assim, de acordo com o CPC 36:
A entidade que controla (denominada de controladora) uma ou mais entidades (controladas) deve apresentar demonstrações consolidadas;
O princípio e o estabelecimento de controle são definidos como a base para a consolidação;
São definidos os requisitos contábeis para a elaboração de demonstrações consolidadas.
Princípios da Consolidação Financeira
A principal importância da Consolidação Contábil é relatar tanto a condição financeira quanto o resultado operacional de um grupo empresarial consolidado, considerado como uma entidade única composta por mais de uma empresa sob um controle comum.
Podemos dizer que quando falamos em princípios gerais relacionados às demonstrações financeiras consolidadas temos:
A demonstração contábil consolidada deve essencialmente fornecer uma imagem verdadeira da situação financeira e do resultado operacional do grupo (transparência de informações sempre);
A Consolidação de Demonstrações Contábeis precisa fornecer uma visão clara sobre o requisito de informação financeira para as partes interessadas para que seja feito um correto julgamento sobre a condição dos grupos empresariais.
Ainda temos que ressaltar que a análise da Consolidação Contábil permite que:
Controllers possam analisar se a gestão econômico-financeira está no rumo certo. Para isso, fazem o acompanhamento orçamentário do grupo empresarial;
Com essa análise, será possível corrigir desvios antes que o grupo (ou uma controlada) seja pego de surpresa;
Investidores apoiem-se em números para avaliarem se o investimento é seguro e qual será o retorno;
Credores passem a avaliar a garantia dos capitais emprestados;
A avaliação da controlada e suas controladoras seja transparente.
 A que tipo de empresa é exigido a Consolidação de Demonstrações Contábeis?
Importante ressaltar que a necessidade de Consolidação de balanços não se dá apenas para Sociedades Anônimas. Qualquer tipo de sociedade, inclusive as por quotas de responsabilidade limitada, devem ter balanços consolidados. A CVM ainda exige a consolidação em casos como:
Companhia aberta que possuir investimentos em controladas (caso mais comum);
Sociedades controladas em conjunto;
Sociedade de comando de grupo de sociedades que inclua companhia aberta. Nesse caso, de acordo com o art. 265 da Lei das Sociedades por Ações, a sociedade controlada, ou de comando, deve: a) ser brasileira; b) exercer, direta ou indiretamente, e de modo permanente, o controle das sociedades filiadas, como titular de direitos de sócio ou acionista, ou mediante acordo com outros sócios ou acionistas.
Consolidação das Demonstrações Contábeis: o que divulgar ?
• A prestação de contas realizada pela Consolidação Contábil envolve:
• Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e Demonstração do Resultado Abrangente (DRA);
• Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) e de Lucros ou Prejuízos Acumulados ;
• Demonstração dos Fluxos de Caixa do período;
• Demonstração do Valor Adicionado (DVA);
• Demonstrações Comparativas;
• Relatório dos Auditores Independentes (se houver);
• Parecer do Conselho Fiscal;
• Relatório do Comitê de Auditoria (se existirem).
Relatório de Administração
Este relatório deve evidenciar:
• Principais fatos administrativos e os negócios sociais ocorridos no exercício;
• Investimentos em outras empresas;
• Política de distribuição de dividendos e de reinvestimento de lucros;
• etc.
Balanço Patrimonial (BP)
O BP apresenta a posição patrimonial e financeira da empresa em determinada data. Ele é dividido em três grandes categorias:
Ativos: registra-se tudo que a empresa possui, ou seja, bens, produtos em estoque, recursos aplicados, investimentos financeiros, enfim, tudo que pode gerar benefícios econômicos no futuro.
Passivos: compreendem as dívidas e obrigações financeiras da empresa. Seja com terceiros (prestadores de serviços, fornecedores etc.), governo ou mesmo com seus funcionários.
Patrimônio Líquido: diferença entre os ativos e os passivos, ou seja, o capital que a empresa possui em caixa. Lembrando que o ideal é a empresa ter ativos sempre maiores que os passivos e que este montante cresça positivamente a cada mês, ou seja, acumulando e incrementando o patrimônio da organização.
Para fins de Consolidação das empresas, é importante que as contas sejam classificadas ordenada e uniformemente. Isso permite que seja feita uma adequada análise e interpretação da situação financeira e patrimonial.
Assim, para o Ativo a classificação deve estar em ordem decrescente de grau de liquidez. Já o Passivo, em ordem decrescente de prioridade de pagamento das exigibilidades (em outras palavras, em primeiro lugar são classificadas as contas cuja exigibilidade ocorre antes).
Lembrando que no BP a classificação do Ativo e do Passivo ocorre da seguinte forma:
Ativos
Ativo circulante
Ativo não circulante
Realizável a longo
Prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangível
Passivo (+ Patrimônio Líquido)
Passivo circulante
Passivo não circulante
Patrimônio líquido
Capital social
Reservas de capital
Ajustes de avaliação patrimonial
Reservas de lucros
Ações em tesouraria
Prejuízos acumulados
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e Demonstração do Resultado Abrangente (DRA)
O Pronunciamento Técnico CPC 26(R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis –, aprovado pela Deliberação CVM nº 676/11 e tornado obrigatório para as demais sociedades pela Resolução CFC nº 1.376/11, determina a adoção da Demonstração do Resultado de Exercício e a Demonstração do Resultado Abrangente.
Sobre o DRE, falamos no início deste artigo e você pode conferir em outro post. Já a DRA é a mutação que ocorre no patrimônio líquido durante um período que resulta de transações e outros eventos que não derivados de transações com os sócios na sua qualidade de proprietário. Em outras palavras, é o resultado do exercício acrescido de ganhos ou perdas que eram reconhecidos direta e temporariamente na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.
No caso da Demonstração do Resultado Abrangente, a entidade pode optar por apresentá-la separadamente ou dentro das mutações do patrimônio líquido.
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) e de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DPLA)
Ambas as Demonstrações são aceitas pela Lei das Sociedades por Ações, sendo que a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é mais completa. Isso porque, como o nome sugere, ela evidencia a movimentação de todas as contas do Patrimônio Líquido durante o exercício social (incluindo aí a formação e utilização das reservas não derivadas do lucro).
Demonstração dos Fluxos de Caixa do período
Também como falamos no início deste artigo, o Demonstrativo de Fluxo de Caixa mostra como ocorreram as movimentações de disponibilidades em um dado período de tempo.  O DFC é obrigatório pela Lei das Sociedades por Ações, sendo que o CFC o tornou obrigatório para todas as demais sociedades.
Na Demonstração dos Fluxos de Caixa do período todos os fluxos de entrada e saída de caixa são divididos em três categorias:
• Derivados das atividades operacionais,
• Derivados das atividades de investimento,
• Derivados das atividades de financiamento.
Demonstração do Valor Adicionado (DVA)
A DVA é um informativo cujo objetivo é mensurar o valor da riqueza gerada pela companhia, bem como apresentar como foi feita sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza. Nesse grupo entram: colaboradores, financiadores, acionistas, governo e outros. O Demonstrativo do Valor Adicionado apresenta também a parcela da riqueza não distribuída.
Destacamos que para as normas internacionais de contabilidade, a DVA não é obrigatória.
Demonstrações Comparativas
Segundo a Lei das Sociedades por Ações, é obrigada a comparação das demonstrações contábeis dos dois exercícios. Essa comparação partedo princípio que ao verificar a evolução passada é possível analisar a progressão da empresa no futuro. Na maioria dos casos, devem ser apresentados, no mínimo, três balanços patrimoniais:
Um ao término do período corrente;
Outro ao término do período anterior;
E outro ao início do mais antigo período comparativo apresentado, se afetado.
Parecer do Conselho Fiscal
A publicação do Parecer do Conselho Fiscal não é obrigatória pela Lei Brasileira. Quando houver esse parecer, ele deve ser oferecido à Assembleia Geral dos acionistas, todavia, sua publicação é optativa. De modo geral, na maioria das vezes ele é publicado, o que demonstra a ampliação dos conceitos de Governança Corporativa.
Relatório do Comitê de Auditoria
Sua publicação também não é obrigatória pelas Leis Brasileiras. A única exigência é para empresas que têm seus títulos patrimoniais negociados nos Estados Unidos e em alguns casos por ato de órgão regulador específico (como no caso do Banco Central no Brasil). Portanto, a divulgação do Relatório do Comitê de Auditoria é normalmente facultativa, sendo uma prática de empresas que queiram aumentar ainda mais o nível de divulgação de informações.
Relatório dos Auditores Independentes
As demonstrações contábeis das companhias abertas devem ser auditadas por auditores independentes registrados na CVM, de acordo com a Lei das Sociedades. Essa exigência diz respeito também às sociedades de grande porte, definidas como sendo aquelas que têm ativo ou receita bruta anual superior a 240 ou 300 milhões de reais, respectivamente. Além disso, normas específicas exigem que as instituições subordinadas ao Banco Central do Brasil, à Superintendência de Seguros Privados, à Agência Nacional de Energia Elétrica e outras também tenham suas demonstrações contábeis auditadas.
Exemplo
Para esclarecer e mostrar na prática como funciona, vamos ao exemplo:
A Cia A é uma holding, cujas atividades são apenas investimentos permanentes em joint-ventures. Ela participa de duas empresas que controla em conjunto com um outro venturer. Na Cia B tem participação de 40% e na Cia C tem participação de 70%.
No período não houve transações comerciais entre as três empresas e para simplificar o exemplo as questões tributárias não serão consideradas, pois o objetivo é apenas demonstrar os efeitos da consolidação proporcional.
A seguir as demonstrações contábeis das três empresas:
Concluindo
A Consolidação de Demonstrações Contábeis consiste em relatórios que mostram as operações, fluxos de caixa e posição financeira de uma empresa-mãe e suas subsidiárias. Ou, ainda, Demonstrações Contábeis consolidadas combinam as demonstrações financeiras de entidades jurídicas distintas controladas por uma empresa-mãe em um conjunto de demonstrações financeiras para todo o grupo de empresas.
A real posição financeira da controladora e das demais empresas do grupo só pode ser conhecida por meio da Consolidação de Balanços. Portanto, destacamos que sua principal importância é relatar tanto a condição financeira quanto o resultado operacional de um grupo empresarial consolidado, considerado como uma entidade única composta por mais de uma empresa sob um controle comum.

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