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Sustentabilidade: Contexto e Práticas

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SSuusstteennttaabbiilliiddaaddee 
Módulo I 
 
 
Parabéns por participar de um curso dos 
Cursos 24 Horas. 
Você está investindo no seu futuro! 
Esperamos que este seja o começo de 
um grande sucesso em sua carreira. 
 
Desejamos boa sorte e bom estudo! 
 
Em caso de dúvidas, contate-nos pelo 
site 
www.Cursos24Horas.com.br 
 
Atenciosamente 
Equipe Cursos 24 Horas 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
Introdução.....................................................................................................................3 
Unidade 1 – Contextualização.......................................................................................5 
1.1 – História da questão ambiental ...........................................................................6 
1.2 – O que é sustentabilidade? ............................................................................... 12 
1.3 – Aspectos do desenvolvimento sustentável (DS) .............................................. 22 
1.4 – Problemas ambientais em escala global .......................................................... 26 
1.5 – Legislação de proteção ao meio ambiente ....................................................... 31 
Unidade 2 – Práticas Sustentáveis ............................................................................... 37 
2.1 – Consumo sustentável ...................................................................................... 37 
2.2 – Geração de resíduos........................................................................................ 42 
2.3 – Aproveitamento de resíduos orgânicos............................................................ 50 
2.4 – Coleta seletiva de lixo..................................................................................... 52 
Conclusão do Módulo I............................................................................................... 55 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3
 
Introdução 
 
Olá! 
 
Em tempos de altíssima produção e consumo um tema que vem se destacando 
bastante é o da sustentabilidade. Juntamente com este crescimento econômico, vêm os 
desequilíbrios no mundo. Se por um lado houve uma grande captação de riquezas, por 
outro ocorreu um aumento na poluição e na degradação do meio ambiente. 
 
 Em virtude disso o tema “sustentabilidade” figura nas pautas principais dos 
encontros internacionais, veículos de comunicação e até mesmo das conversas 
populares. 
 
 Neste curso, levantaremos as principais questões referentes ao tema. 
Primeiramente veremos o contexto histórico em que surgiu o termo sustentabilidade, 
bem como seus desdobramentos ambientais, sociais e econômicos. 
 
 Veremos que os problemas ambientais tomam proporções globais, isto é, não há 
fato isolado, toda a ação causa impactos que serão sentidos, se não por nós, certamente 
pelas gerações futuras. 
 
 Também trataremos da legislação ambiental no Brasil, bem como de que forma 
ela protege o meio ambiente, quais suas diretrizes, entre outros detalhes. Em suma, 
veremos o olhar sobre as questões contextuais da sustentabilidade. 
 
 Num segundo momento veremos quais as práticas sustentáveis que podem nos 
auxiliar neste processo, ou seja, como podemos nos reeducar para causar menos impacto 
ao meio ambiente. Trataremos do consumo sustentável, prática esta cada vez mais 
aceita, sobretudo pelas gerações mais jovens. 
 
 
 
4
 
 Outro assunto relevante que figura neste curso é o aproveitamento de resíduos 
orgânicos, esta prática é bastante comum nos lares e microempresas. A coleta seletiva 
de lixo também será abordada. 
 
 No terceiro momento deste curso, abordaremos o desenvolvimento sustentável 
sob uma perspectiva atual, isto é, considerando o contexto sócio-histórico do século 
XXI. Trataremos do desenvolvimento social, econômico, contudo de maneira 
sustentável. Abordaremos a relevância dos estudos dos impactos ambientais e como ele 
auxilia nas tomadas de decisões para a preservação do meio ambiente. 
 
Falaremos também da energia renovável, cada vez mais comum em tempos de 
preocupação ambiental coletiva. A recuperação de áreas degradadas será analisada de 
maneira pormenorizada. Por fim, trataremos dos impactos ambientais, bem como seus 
desdobramentos sociais e econômicos, uma vez que estes impactos geram danos não só 
à sociedade, mas também aos cofres públicos. 
 
Bom curso! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5
 
Unidade 1 – Contextualização 
 
 
Olá! 
 
Nesta unidade trataremos do panorama histórico das questões ambientais, ou 
seja, quando se iniciou esta preocupação coletiva com o meio ambiente. Posteriormente 
definiremos o termo bastante discutido nas reuniões internacionais, ou seja, a 
sustentabilidade. 
 
Posteriormente analisaremos as questões que envolvem o desenvolvimento 
sustentável, veremos como alguns países desenvolveram ações que permitem o 
desenvolvimento econômico e social de maneira sustentável. 
 
Veremos também que os problemas ambientais tomam escala global 
independentemente de tratar-se de uma ação isolada, e aparentemente inofensiva. Ao 
fim desta unidade trataremos da legislação ambiental brasileira, da maneira como ela 
protege e, de certa forma, permite a ação de grandes empresas que causam danos ao 
meio ambiente. 
 
 
Bom curso! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6
 
1.1 – História da questão ambiental 
 
 
Em sua evolução, o homem 
tornou-se a forma dominante de vida 
na terra, controlando outras espécies 
e desenvolvendo tecnologias que lhe 
permitiram alterar o meio ambiente. 
 
Em razão deste 
desenvolvimento o ser humano, que 
anteriormente era apenas mais um 
dos vários organismos que integram a 
biosfera, assumiu o papel de interventor na natureza, tornando-se de certa forma o maior 
dos predadores. 
 
Sem nenhuma preocupação com a escassez de recursos naturais, o homem 
continua a explorar de maneira predatória o meio ambiente, o que provocou a sua 
deterioração. O homem se relaciona em três instancias básicas: a biosfera (ecossistema), 
a tecnosfera (relação homem/mundo) e a sociosfera (relação comunidade/mundo). Os 
dois primeiros termos referem-se às estruturas material e energética, já o terceiro refere-
se à estrutura institucional. 
 
Em outras palavras, as pessoas organizam suas vidas sociais, bem como suas 
relações com a biosfera e a tecnosfera, através de um conjunto complexo de instituições 
com interações sociopolíticas e culturais, ou seja, a sociosfera. Há pouco tempo atrás, os 
êxitos tecnocientíficos levaram a crer que o ambiente artificial criado pelo homem, 
poderia suplantar o ambiente natural de maneira que o segundo se submetesse às 
manipulações humanas. 
 
Basta atentarmo-nos aos filmes de ficção científica produzidos no início do 
século XX. Neles figuravam um cenário, na maioria das vezes, artificial, isto é, eram7
 
cavernas e túneis cavados em rochas, salões com modernos equipamentos. Raro, era 
constatar um cenário natural com árvores e animais. O fato é que o avanço tecnológico 
procura resolver problemas específicos sem considerar os efeitos secundários ou 
nocivos à natureza. Apesar de nossa sociedade viver na tecnosfera, nós não deixamos de 
pertencer e depender da biosfera. 
 
Foi justamente a partir da revolução industrial que nossa sociedade passou a ser 
caracterizada como sociedade do consumo. Naturalmente que naquele início, ninguém 
poderia supor que a industrialização chegasse a tal ponto de gerar danos irreversíveis à 
natureza. Vejamos alguns deles no decorrer do século XX, observe: 
 
� Em dezembro de 1930, no Vale do Meuse, na Bélgica, em virtude da 
intensa atividade industrial, composta por siderurgias, metalurgias, centrais de 
produção de energia elétrica, minas de carvão e outras, provocou um espesso 
nevoeiro que cobriu uma grande parte da Bélgica. Essa condição atmosférica 
contribuiu para o acúmulo de poluentes aéreos como o dióxido de enxofre (SO²), 
ácido sulfúrico misto e gases fluorídricos. Ainda em dezembro, centenas de pessoas 
dos vilarejos próximos começaram a apresentar problemas intensos de origem 
respiratória. Este fato causou a morte de 60 pessoas e danos à saúde de outras 6.000. 
 
� Em outubro de 1948, na cidade de Donora, na Pensilvânia, também em 
virtude da intensa atividade industrial, por parte das siderúrgicas e produtoras de 
zinco, 45% da população foi atingida, ocasionando 15 mortes e gerando danos a 
mais de 5.900 pessoas. 
 
� Em dezembro de 1952, em Londres, o berço da indústria coma a poluição 
do ar e a inversão térmica ocasionou a morte de cerca de 3.500 pessoas, afetando a 
saúde de outras 20.000. Abaixo, tem-se uma tabela que demonstra a idade das 
pessoas falecidas neste evento, observe: 
 
 
 
8
 
 
 
 Os três eventos citados acima (Vale de Meuse, Donora e Londres) apresentam, 
segundo Schwartz (1994), alguns fatores em comum: 
 
1 – Os incidentes ocorreram em locais com ar densamente poluído pela combustão do 
carvão para aquecimento; 
 
2 – Presença de centrais de produção de energia elétrica; 
 
3 – Elevação da concentração de material particulado; 
 
4 – Elevação significativa da concentração de óxidos sulfúricos; 
 
5 – Condições desfavoráveis para a dispersão dos poluentes com a presença da nuvem 
de poluição estacionada por 4 a 5 dias; 
 
6 – Aumento do número de doentes decorrentes do aumento da poluição; 
 
7 – Incremento na mortalidade e morbidade principalmente em idosos e quase 
exclusivamente por doenças respiratórias e cardiovasculares. 
 
 
 
9
 
Os exemplos não se esgotam por aqui, pelo contrário, é possível observar que os 
desastres ambientais são cada vez mais comuns e, de certa forma, ainda não se sabe 
quais serão os efeitos colaterais destes impactos. 
 
 Até pouco tempo atrás, considerava-se que o meio ambiente era um bem livre, 
onde qualquer pessoa tinha o direito de agir e usar conforme sua vontade. Esta ideia 
também é oriunda da revolução industrial, que causou marcas irreversíveis no meio 
ambiente e na sociedade de um modo geral. 
 
 O fato é que se considerarmos os altíssimos custos que a poluição acarreta para a 
sociedade, como danos à saúde das pessoas, veremos que o meio ambiente não pode ser 
concebido como um bem livre. 
 
 As inovações científicas e tecnológicas sempre visaram a otimização dos 
processos de produção, ignorando, em boa parte dos casos, os efeitos nocivos ao meio 
ambiente. Estes custos ambientais, ao quais nos referimos anteriormente, aparecem 
quando a capacidade de assimilação do meio ambiente é ultrapassada, ou seja, estes 
custos são visíveis somente quando o meio ambiente já não suporta mais a intervenção 
humana. 
 
 A princípio, estes custos foram externalizados, ou seja, transferidos aos diversos 
segmentos da sociedade, em forma de prejuízos por danos materiais e à saúde humana. 
Estes custos são relativos à corrosão de estruturas de ferro e de obras de arte, a danos 
aos ecossistemas, como por exemplo, a redução e/ou a eliminação da atividade de pesca, 
entre outros. 
 
 O fato é que as intervenções do homem no meio ambiente vêm provocando 
algumas manifestações de conscientização acerca dos problemas ambientais. Contudo, 
essas manifestações de preocupação com o meio ambiente são bastante antigas. 
Observe: 
 
 
10
 
� Em 1855, o cacique Seathl, da tribo Dwamish, de Seattle, escreveu ao 
então presidente dos EUA, Franklin Pierce, após o governo americano mostrar 
interesse em adquirir o território que pertencia à tribo; 
 
� No século XIX, o imperador Pedro II, motivado pelas questões 
ambientais, ordena o replantio da Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, em 1862; 
 
� Em conferência, no ano de 1908, o então presidente dos EUA, Theodore 
Roosevelt, afirmou: “Enriquecemos pela utilização pródiga de nossos recursos 
naturais e podemos, com razão, orgulhar-nos de nosso progresso”. 
 
 Embora esta declaração seja equivocada, muitas das grandes cidades devem seu 
desenvolvimento à degradação do meio ambiente. E em virtude de seu 
desenvolvimento, foram os países desenvolvidos os primeiros a sofrerem com os 
impactos ambientais. 
 
 Somente a partir da segunda metade da década de 1960, é que cresceu 
vigorosamente a conscientização ambiental. Precisamente em 1962, a publicação do 
livro “Primavera Silenciosa”, da escritora norte-americana Rachel Carson, mudou o 
paradigma de meio ambiente. 
 
 
Fonte: http://2.bp.blogspot.com/_zRAoVRyiDl4/S_cPvBac36I/AAAAAAAAAR4/f_6pBlSPDko/s1600/Primavera+Silenciosa.jpg 
 
 
11
 
 Esse livro denunciou o desaparecimento de diversas espécies de pássaros nos 
campos dos Estados Unidos, causado pela utilização de pesticidas na agricultura. Pela 
primeira vez foi possível explicar a milhões de pessoas, os motivos pelos quais a 
sociedade moderna estava atacando os sistemas de apoio à vida em nosso planeta. 
 
As organizações não governamentais e as ONG’s ambientais surgiram nesta 
época e preocupavam-se, de um modo geral, com a conservação da natureza, com a 
poluição industrial e com todos os fatores que influenciam a degradação do meio 
ambiente. 
 
Contudo, o que motivou definitivamente as ações governamentais acerca do 
meio ambiente foi a Segunda Guerra Mundial. Ela aumentou os índices de poluição dos 
países envolvidos, em razão do crescimento industrial, sobretudo do setor bélico. A 
partir daí, entendeu-se que era de primordial importância refletir e se conscientizar a 
respeito das questões ambientais. 
 
A partir de 1980, as pesquisas foram também dirigidas para a modificação e 
modernização dos processos de produção, isso também contribuiu bastante para o 
processo de conscientização da sociedade como um todo. Começava-se a considerar que 
o meio ambiente era finito e passível de destruição, originada pela ação do homem. 
Com o desenvolvimento de novas tecnologias, menos poluentes e impactantes, houve 
uma redução significativa da emissão de resíduos no meio ambiente, diminuindo assim, 
os custos de controle da poluição. 
 
Em verdade, a poluição passou a ser vista como uma forma de desperdíciode 
recursos e dinheiro, consequentemente um sintoma de ineficiência da produção 
industrial. Na atualidade, a poluição do ar originada pela combustão de combustíveis 
fósseis é bem menor que a produzida há 50 anos. Contudo, as altas concentrações de 
ozônio ainda perduram em grandes cidades, como Los Angeles, Cidade do México, São 
Paulo, entre outras. 
 
 
 
12
 
O fato é que muito se progrediu acerca das questões ambientais em todo mundo, 
entretanto, ainda há muito a ser feito, sobretudo numa micro perspectiva em que as 
pequenas atitudes são consideradas desencadeadoras de outros impactos. 
 
É preciso conscientizar a sociedade de que não se trata de um problema 
exclusivo das grandes empresas, pelo contrário, as pequenas ações do cotidiano também 
são responsáveis pelos presentes impactos ambientais. 
 
1.2 – O que é sustentabilidade? 
 
 
O conceito de sustentabilidade foi 
sendo lapidado desde 1971, com a noção de 
ecodesenvolvimento, pauta presente nos 
encontros internacionais. Ao longo dos tempos 
tornou-se uma ideia necessária para 
subsistência. 
 
O fato é que o termo sustentabilidade é 
comumente utilizado para designar um 
conjunto de atividades humanas que tem como 
objetivo suprir as necessidades atuais dos seres 
humanos, entretanto, sem comprometer o futuro das próximas gerações. 
 
Neste sentido, o termo sustentabilidade está profundamente associado à ideia de 
desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente. Para tanto, 
valendo-se dos recursos naturais de forma racional e inteligente, para que estes recursos 
sirvam às próximas gerações. 
 
Seguindo este modelo e estes parâmetros, a humanidade poderá prolongar sua 
existência em um mundo, sabidamente finito, logo, findável. Como vemos, a questão da 
 
 
13
 
sustentabilidade enseja, de certa forma, um posicionamento filosófico acerca da relação 
entre homem x mundo. 
 
Para se alcançar este desenvolvimento humano e social, contudo sustentável, são 
necessárias profundas mudanças em nosso modo de agir e pensar. Isso implica em 
mudanças de comportamentos e paradigmas do modus vivendis do homem, ou seja, 
aspectos que envolvem os extremos do seu modo de vida, tais como a maneira de 
consumir, de produzir, enfim, sua maneira de viver. 
 
 Sob uma perspectiva mais abrangente, podemos dizer que além das instâncias 
ambiental, tecnológica e econômica, o desenvolvimento sustentável possui ainda uma 
dimensão cultural e política. 
 
Trata-se de uma atitude coletiva, constituída por pequenas ações individuais, 
porém, geradoras de uma unidade. Naturalmente que há questões e pontos de vista 
controversos como: 
 
– Até quando é justo ou ético se valer dos recursos que podem, no presente, 
comprometer o bem estar das gerações futuras? 
 
– Qual é a capacidade real da biosfera para suportar o impacto e assimilar os resíduos 
gerados pela atividade humana? 
 
– As mudanças científico-tecnológicas poderiam garantir a sustentabilidade da biosfera 
ou seriam necessárias profundas mudanças mais fundamentais, como padrões de vida 
mais baixos nos países industrializados? 
 
– O que precisaria realmente ser preservado? 
 
 Como se pode perceber, esta é ainda uma questão muito complexa, passível de 
reflexão e discussão. O fato é que o modo de vida atual, baseada no consumo, tornou 
 
 
14
 
insustentáveis as ações que não corroboram com o meio ambiente, seja em qualquer 
segmento da sociedade. 
 
 Os benefícios são visíveis, a exemplo de alguns países da Europa como veremos 
a seguir. Os ganhos são observáveis na economia, na sociedade, na infraestrutura do 
país e, sem dúvida, no planeta. Portanto, a sustentabilidade é um conceito complexo e 
sistêmico, relacionado com a continuidade de aspectos socioeconômicos, ambientais, 
políticos e culturais da humanidade. 
 
Vejamos agora, uma pesquisa do órgão ambiental Environmental Performance 
Index (EPI), a respeito dos dez países mais sustentáveis do mundo. Países cujas 
políticas são voltadas ao meio ambiente, refletindo consequentemente em suas 
respectivas economias. 
 
Estes países se destacam não somente por terem projetos de sustentabilidade, 
mas também pela preservação e manutenção do meio ambiente. O critério de avaliação 
baseia-se no estudo de dez categorias, entre elas destacam-se: 
 
� Saúde ambiental; 
 
� Poluição do ar; 
 
� Recursos de água; 
 
� Biodiversidade e habitat; 
 
� Recursos naturais etc. 
 
 Os dez países a seguir ganharam maior pontuação nesses quesitos e, destacaram-
se como países sustentáveis e “verdes”, no ano de 2012. Observe: 
 
 
 
 
15
 
 
1 – Em primeiro lugar no ranking esta a Suíça, com 76,69 pontos. Isso se deve pela 
significativa redução de uso de combustíveis nucleares, contudo o país ainda é 
recordista em usinas geotérmicas. A Suíça também se destaca pelos quesitos: 
 
� Qualidade do ar; 
 
� Políticas ambientais; 
 
� Projetos de redução de emissão de dióxido de carbono. 
 
 
 
 
2 – Em segundo lugar figura a Letônia, com 70.37 pontos. Isso se deve aos 
recursos naturais do país, bem como a proteção de suas florestas e ecossistemas 
deram ao país o segundo lugar no ranking da EPI. 
 
 
 
16
 
 
 
 
3 – Noruega figura na terceira colocação do ranking. O país se estacou pelos 
projetos de redução de carbono, a Noruega ainda tem como intuito neutralizar 
totalmente a emissão da substancia até 2030. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17
 
4 – Luxemburgo com 69.02 é o quarto colocado. O país implantou relevantes 
programas de incentivo à população para a aquisição de carros ecológicos e 
eletrodomésticos mais eficientes e mais econômicos no consumo de energia. 
 
 
 
 
 
5 – Com 69.03 pontos vem à Costa Rica, que a exemplo da Noruega, adotou o 
objetivo de tornar a região livre de carbono até 2012. Também há importantes 
projetos de reflorestamento sendo realizados pelo país. 
 
 
 
18
 
 
 
 
 
6 – A França destaca-se com 69.03. O país possui importantes projetos de redução 
da emissão de gases causadores do efeito estufa, bem como expansão da matriz 
oriunda de fontes renováveis até 2020. No mais, a França ainda apresenta um 
significativo desempenho em saúde ambiental e preservação de florestas. 
 
 
 
 
 
19
 
 
7 – A Áustria, com 68.92 pontos, se destaca pelas belezas naturais, contudo possui 
um eficaz programa de conservação de suas paisagens. Trata-se de um país 
desenvolvido que se preocupa com o meio ambiente e realiza continuas ações de 
preservação para mantê-lo.8 – Com 68.9 pontos temos a Itália, que se destaca por seus importantes projetos de 
preservação ambiental. Aliás, o país foi o primeiro do bloco europeu a abandonar o 
uso das sacolas plásticas nos supermercados. Atualmente, é bastante comum 
encontrar no lugar das “sacolinhas”, os sacos de papel ou de material ecológico 
biodegradável. 
 
 
 
20
 
 
 
 
 
9 – O Reino Unido figura em nono lugar, com 68.82 pontos. O país tem se 
destacado por oferecer atrativos e incentivos para o desenvolvimento de 
tecnologias ambientais, que vão desde o tratamento de águas à reciclagem de 
materiais. 
 
 
 
21
 
 
 
 
10 – A Suécia, com 68.82 pontos é o décimo país deste seleto ranking. Este país se 
destaca pela adoção de fontes energéticas alternativas e não poluentes. Em boa 
parte do país inclusive o lixo produzido é transformado em energia. 
 
 
 
Fonte: http://todaela.uol.com.br/viagem/galerias/os-10-paises-mais-sustentaveis-do-mundo#9 
 
 
22
 
1.3 – Aspectos do desenvolvimento sustentável (DS) 
 
 
 
“Deus nos proteja de levar a Índia a seguir o modelo de 
industrialização do ocidente (…) a Grã Bretanha usou a 
metade dos recursos do planeta para sua prosperidade. 
Quantos planetas precisaria um país como a Índia.” 
Mahatma Gandhi, 1928 – The Economist, Survey: How many 
Planets? – julho/2002 
 
Gandhi já atentava para a necessidade de uma consciência ambiental no século 
passado. Certamente que a Índia daquele tempo não é a mesma de hoje, nem o mundo. 
Com o aumento populacional em todo planeta, as questões levantadas pelo líder 
religioso ainda hoje merecem profundas reflexões. 
 
Naturalmente que o progresso e os avanços científico-tecnológicos nos auxiliam 
diariamente, através deles podemos realizar tarefas que antes eram feitas com o dobro 
de tempo. Algumas partes deste processo melhoraram a qualidade de vida dos seres 
humanos, direta ou indiretamente, como por exemplo, no transporte, na comunicação, 
na saúde e em outros setores da sociedade. 
 
 
23
 
No entanto, tem-se um preço a pagar por este “progresso”, que da forma como 
vem sendo feito está destruindo o meio ambiente, em outras palavras, destruindo o 
planeta. O atual modelo de desenvolvimento econômico produz certo desequilíbrio, 
uma vez que há riquezas e fartura no mundo, entretanto, há miséria e há degradação 
ambiental causada tanto por grandes empresas, quanto pelo indivíduo que desperdiça 
água ao lavar a calçada. 
 
Diante deste fato, surge a ideia de desenvolvimento sustentável (DS), cujo 
objetivo é integrar o desenvolvimento econômico à preservação ambiental, com efeito, 
gerando um desenvolvimento social. O DS, portanto, aparece como uma saída para uma 
sociedade que buscava, outrora, exclusivamente os lucros e, agora se preocupa com as 
limitações ecológicas do planeta e tenta, de alguma forma, conciliar as questões 
ambientais ao seu próprio desenvolvimento econômico. 
 
O fato é que pode ser possível estabelecer uma relação harmoniosa entre homem 
e natureza. Trata-se de uma relação harmoniosa entre tecnologia e ambiente, em que a 
humanidade é considerada como um ser coletivo único, tendo todo indivíduo sua 
parcela de responsabilidade e participação. 
 
O desenvolvimento sustentável é um processo contínuo ininterrupto, não 
podendo ser considerado isoladamente, ou seja, pouco adianta que os países em 
desenvolvimento realizem ações de preservação, quando as grandes potências 
econômicas, como Rússia, Estados Unidos, China, entre outros, ignoram estas questões 
acerca do meio ambiente. 
 
Neste sentido, é importante refletir acerca das significantes diferenças entre os 
termos “crescimento” e “desenvolvimento”: 
 
� O primeiro termo não leva a uma condição de igualdade e nem justiça social, 
já que não considera nenhum outro aspecto das relações humanas que não seja o 
acúmulo de riquezas. 
 
 
 
24
 
� O segundo, em seu turno, refere-se naturalmente à geração de riquezas, mas 
tem como intuito distribuir esta riqueza, com efeito, melhorando a qualidade de vida 
da coletividade, isto é, da população como um todo. 
 
O DS possui basicamente seis aspectos importantíssimos que devem, via de 
regra, ser compreendidos como objetivos e metas. Observe-os abaixo: 
 
� O DS visa satisfazer as necessidades básicas da coletividade, como 
educação, alimentação, lazer, saúde etc; 
 
� O DS promove uma espécie de sentimento solidário em relação às futuras 
gerações, já que objetiva preservar o ambiente de modo que garanta a 
sobrevivência dos sucessores; 
 
� Sugere ainda a participação da população diretamente envolvida, ou seja, 
cada indivíduo deve se conscientizar da vital importância da preservação do 
meio ambiente, fazendo cada qual o que lhe cabe para tanto; 
 
� Estabelece a preservação dos recursos naturais, isto é, a utilização de 
maneira racional e inteligente dos subsídios oferecidos pelo planeta; 
 
� Propõe a elaboração de um sistema social igualitário que garanta a todos 
seus direitos básicos, como emprego, segurança, respeito cultural, de modo que 
erradique a miséria, extinga o preconceito de qualquer natureza etc; 
 
� O DS enseja a efetivação dos programas educativos, tratando das questões 
ambientais desde os primeiros anos escolares. 
 
O fato é que para se chegar a um pleno desenvolvimento sustentável é preciso 
investir na educação ambiental. Trata-se da maneira mais direta e eficaz de se atingir, 
pelo menos, uma das metas e objetivos citados acima, ou seja, a participação da 
população. A seguir veremos algumas ações relacionadas à sustentabilidade que, de 
 
 
25
 
certa forma, sintetizam as ideias e os objetivos de preservação do meio ambiente, 
observe-as: 
 
� É preciso promover exploração de recursos naturais, como florestas e matas, 
de forma controlada, garantindo o replantio e o reflorestamento destas áreas; 
 
� Preservação de áreas verdes não destinadas à produção agrícola; 
 
� Ações que incentivem a produção de alimentos orgânicos, uma vez que estes 
não agridem o meio ambiente, além de serem benéficos à saúde humana; 
 
� A exploração dos recursos minerais, como petróleo, carvão e minérios 
deverá ser feita de maneira racionalizada e com um robusto planejamento; 
 
� Utilização de energias limpas e renováveis, tais como a energia eólica, 
geotérmica e hidráulica, no intuito de diminuir a dependência dos combustíveis 
fósseis. Esta ação ao mesmo passo que pretende preservar as reservas minerais, 
promove a diminuição da poluição do ar; 
 
� Conscientização tanto da população quanto das empresas, voltada à 
reciclagem e reaproveitamento de resíduos. É interessante ressaltar que esta ação 
além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no solo, enseja a diminuição 
da exploração dos recursos minerais; 
 
� É necessário desenvolver planos de gestão sustentável nas grandes empresas, 
de maneira quehaja uma diminuição no desperdício de matéria-prima, bem 
como investir no desenvolvimento de produtos com baixo custo de energia; 
 
� Atitudes compromissadas voltadas para o consumo racionalizado de água, 
evitando o desperdício. É preciso também adotar medidas que objetivem a não 
poluição dos recursos hídricos, e também a despoluição daqueles que já se 
encontram impróprios para uso. 
 
 
26
 
1.4 - Problemas ambientais em escala global 
 
 
 
 
 
Em virtude do crescimento demográfico e o contínuo crescimento das áreas 
urbanas, as atividades humanas sobre os recursos naturais aumentaram 
significativamente nos últimos anos. 
 
 Naturalmente que as consequências destas ações humanas de degradação 
ambiental assumem um caráter global, afetando, portanto, todos os países e pessoas do 
mundo. 
 
Para termos uma ideia superficial, basta atentarmos para o fato de nossas ações 
estarem influenciando a mudança do clima no mundo todo. Os resultados visíveis destas 
ações são: 
 
1 – As perturbações do efeito estufa, aquecendo a temperatura do mundo todo; 
 
2 – A significativa redução da camada de ozônio, proteção natural contra os raios 
nocivos emitidos pelo sol; 
 
3 – Os impactos no ecossistema, causando a drástica diminuição da biodiversidade, ou 
seja, espécies da fauna e flora ameaçadas e algumas até extintas. 
 
 
 
27
 
 Vejamos agora, de maneira pormenorizada os efeitos e impactos de cada um dos 
três fenômenos citados acima: 
 
1 – Efeito estufa 
 
 Trata-se de um processo que ocorre quando boa parte da radiação emitida pelo 
sol reflete na superfície do nosso planeta, contudo, esta radiação é absorvida por 
determinados gases presentes na atmosfera. Consequentemente, o calor que deveria ser 
liberado para o espaço fica retido. 
 
É importante lembrar que, em certa medida, o efeito estufa é importante para a 
vida na terra. O problema, contudo, está na intervenção do homem no meio ambiente, 
sua ação destruidora gera impactos catastróficos, agravando o efeito estufa, logo, 
originando o aquecimento global. 
 
O fato é que o dióxido de carbono (CO²), causador do efeito estufa, é produzido 
a partir da queima de combustíveis fósseis usados, sobretudo, em veículos automotores 
movidos a gasolina e a diesel. Naturalmente que este não é o único agente causador 
deste fenômeno, existem outros como as queimadas em florestas, recorrentes na 
América do Sul. 
 
Em razão do aumento da emissão desses gases, bem como a poeira que vai para 
a atmosfera, haverá inevitavelmente um aumento equivalente na temperatura do ar, 
consequentemente um significativo aumento dos oceanos e outros ecossistemas. 
 
Em suma, se não houver um retrocesso na emissão de gases, esse fenômeno 
certamente resultará numa infinidade de transformações no espaço natural e na vida do 
homem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
28
 
2 – Camada de ozônio 
 
O ozônio é um dos gases mais importantes da atmosfera, uma vez que protege a 
Terra da radiação ultravioleta (UV) emitidas pelo sol, servindo como uma espécie de 
filtro. O fato é que esta substância junto à superfície terrestre é prejudicial, sobretudo 
em concentrações elevadas. 
 
A constante destruição da camada de ozônio, como dissemos, acarreta no 
aumento dos raios UV, este por sua vez, provoca profundos impactos nos ecossistemas 
marinhos, basta observar a destruição de corais, plânctons, entre outros danos. O 
impacto reflete também no próprio homem, uma vez que pode provocar câncer de pele e 
muitas outras doenças. 
 
Os principais responsáveis pelo buraco na camada de ozônio são os 
hidrocarbonetos cloro fluorados, mais conhecido como gás CFC, substância esta que até 
pouco tempo atrás figurava em uma vasta gama de produtos, como, desodorantes 
aerossóis, motores de geladeira, solventes etc. 
 
Outro impacto decorrente do buraco na camada de ozônio é o crescimento do 
nível dos mares, isto ocorre em razão do degelo provocado pelo aquecimento global. De 
acordo com especialistas, a região mais afetada é o oceano Ártico. Vale lembrar que 
estes gases permanecem na atmosfera durante mais de 50 anos. 
 
Nos últimos anos a camada de gelo desse oceano tornou-se 40% mais fina, bem 
como 14% menor. Isso porque houve um aumento considerável na temperatura média 
do planeta. Segundo estudos da NASA, Agência Americana de Pesquisas Espaciais, nos 
últimos 30 anos a temperatura no mundo aumentou 2,75°C. 
 
Ainda de acordo com o mesmo estudo, o gelo ártico vem diminuindo 19% a 
cada dez anos desde 1980. Já na Antártida, no outro extremo do globo, os impactos 
também são visíveis. A temperatura da região sofreu elevação de 2,5°C desde 1940. 
 
 
 
29
 
Parece pouco, mas o fato é que estas pequenas mudanças no ecossistema afetam 
todos nós, de maneira direta ou indireta. Neste sentido, a revista britânica Science alerta 
para o fato de que a neve que cobre o monte Kilimanjaro, na Tanzânia, corre sério risco 
de desaparecer nas próximas duas décadas. 
 
Como vemos, os impactos causados pela ação do homem são sentidos em todo o 
mundo, o aquecimento global é apenas um dos fatores que movem esta cadeia de 
fenômenos naturais, originados pela intervenção do homem no meio ambiente. 
 
De acordo com a ONU, Organização das Nações Unidas, os países e regiões que 
mais contribuem para o aumento do aquecimento global, em virtude da emissão de CO² 
são: 
 
1° Estados Unidos da América – 37,3%; 
 
2° Europa – 27,7%; 
 
3º Rússia – 13,7%; 
 
4° China e Índia – 12,2%; 
 
5° América Central e do Sul – 3,8%; 
 
6° Japão – 3,7%; 
 
7° Oriente Médio – 2,6%; 
 
8° África – 2,5%; 
 
9° Canadá – 2,3%; 
 
10° Austrália – 1,1%. 
 
 
É possível observar, no ranking acima, que os maiores emissores de CO² são os 
países desenvolvidos, talvez em razão de seus respectivos progressos. O fato é que 
somente os EUA e países da Europa são responsáveis por mais da metade de todo o gás 
emitido na atmosfera. 
 
 
 
 
30
 
3 – Impactos nos ecossistemas 
 
Como vemos, trata-se de um evento em cadeia. Segundo pesquisas científicas 
recentes, o aquecimento global ocorrido nos últimos 100 anos, tem provocado sérias 
transformações em nosso planeta, entre elas destacam-se: 
 
� A fusão das calotas polares, ocasionando o aumento do nível médio das 
águas do mar, bem como a erosão de áreas costeiras; 
 
� As profundas alterações climáticas observáveis pelo considerável aumento 
de calor, resultando em estiagem fora de época; 
 
� Os altos índices de incêndio em florestas e zonas de preservação, fator este 
que colaboram, e muito, para o aumento da camada de ozônio; 
 
� O aumento de áreas desertificadas resultantes do drástico aumento da 
temperatura; 
 
� O aumento da temperatura média dos oceanos, provocando um maior índice 
de tempestades, monções, furacões, tornados etc; 
 
� A propagação de doenças como malária, dengue, febre amarela, entre outras; 
 
� O aumento da incidência de câncer de pele e problemas oftalmológicos; 
 
� A reduçãosignificativa da biodiversidade, em razão das alterações 
climáticas, levando à extinção várias espécies animais e vegetais. 
 
� A ruptura das cadeias alimentares; 
 
No gráfico abaixo é possível perceber quais são as espécies mais afetadas por 
este fenômeno. Observe: 
 
 
 
31
 
 
 : 
fonte:www.forma-te.com/.../21408-problemas-ambientais.html 
 
Como podemos notar, as espécies mais afetadas serão as marítimas, já que os 
impactos do efeito estufa se manifestam primeiramente no nível dos mares, 
posteriormente as aves, e assim por diante, tal qual aponta o gráfico. O fato é que 
nenhuma espécie está imune, nem a espécie humana. 
 
1.5 – Legislação de proteção ao meio ambiente 
 
 Nos últimos tempos há um 
consenso mundial acerca das questões 
ambientais. A maioria dos países 
possui uma legislação específica que 
visa proteger e fiscalizar a exploração 
dos recursos naturais. 
 
Lampejos de preocupação 
foram esboçados durante a década de 
1960, entretanto, somente após a 
realização de eventos internacionais 
como a Declaração Universal do Meio 
Ambiente, estabelecida na Conferência das Nações Unidas, em Estocolmo, na Suécia, 
em 1972, é que a sociedade internacional abriu os olhos para estas questões. 
 
 
32
 
Os países passaram a se preocupar com o meio ambiente, criando leis de 
proteção à fauna, à flora e aos recursos naturais de um modo geral. Em suma, tudo ou 
quase tudo que diz respeito à natureza, bem como a sua preservação. O aspecto 
comportamental do homem passou a ter considerável importância, uma vez que estas 
mudanças só ocorreram em razão da ação do homem na natureza. 
 
O fato é que a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, reorganizou nossa 
legislação que até então, possuía muitas lacunas. Atualmente, o simples ato de jogar 
resíduos sólidos nas praias e no mar, ou em qualquer outro recurso hídrico, tornou-se 
infração grave. 
 
 Muito embora haja deficiências nos mais diversos setores da nossa sociedade, o 
Brasil está muito adiantado em relação a outros países, até mesmo aos europeus. A 
política ambiental brasileira, apesar de pouco aplicada, inibe a ação e a atividade 
ambientalmente criminosa. O que falta é um pouco de velocidade no processo de 
implementação dessas políticas, além de uma robusta fiscalização. 
 
 A seguir tem-se uma tabela com uma síntese, em ordem cronológica, da 
Legislação Ambiental Brasileira, dividida pelas seguintes categorias, Diploma Legal, 
Tema e Assunto: 
 
DIPLOMA 
LEGAL DATA TEMA ASSUNTO 
Decreto nº 
6.365 24/01/2008 
Bacias 
Hidrográficas do 
Nordeste 
Setentrional Rio 
São Francisco 
Dá nova redação ao art. 8o do Decreto 
no 5.995, de 19 de dezembro de 2006, 
que institui o Sistema de Gestão do 
Projeto de Integração do Rio São 
Francisco com as Bacias Hidrográficas 
do Nordeste Setentrional; 
Decreto nº 
6.321 21/12/2007 Bioma Amazônia 
Dispõe sobre ações relativas à 
prevenção, monitoramento e controle de 
desmatamento no Bioma Amazônia, bem 
como altera e acresce dispositivos ao 
Decreto no 3.179, de 21 de setembro de 
1999, que dispõe sobre a especificação 
das sanções aplicáveis às condutas e 
atividades lesivas ao meio ambiente; 
 
 
33
 
Resolução 
CONAMA 
nº 394 
06/11/2007 Fauna 
Estabelece os critérios para a 
determinação de espécies silvestres a 
serem criadas e comercializadas como 
animais de estimação; 
Resolução 
CONAMA 
nº 393 
08/08/2007 Descarte de água 
Dispõe sobre o descarte contínuo de água 
de processo ou de produção em 
plataformas marítimas de petróleo e gás 
natural; 
Resolução 
CONAMA 
nº 392 
25/06/2007 Mata Atlântica 
Definição de vegetação primária e 
secundária de regeneração de Mata 
Atlântica no Estado de Minas Gerais; 
Resolução 
CONAMA 
nº 391 
25/06/2007 Mata Atlântica 
Define vegetação primária e secundária 
nos estágios inicial, médio e avançado de 
regeneração da Mata Atlântica no Estado 
da Paraíba; 
Decreto nº 
6.107 02/05/2007 
Comissão 
Interministerial 
Recursos do Mar 
Dá nova redação ao art. 3o do Decreto 
no 3.939, de 26 de setembro de 2001, 
que dispõe sobre a Comissão 
Interministerial para os Recursos do Mar 
(CIRM); 
Decreto nº 
6.063 20/03/2007 Florestas 
Regulamenta, no âmbito federal, 
dispositivos da Lei no 11.284, de 02 de 
março de 2006, que dispõe sobre a 
gestão de florestas públicas para a 
produção sustentável; 
Resolução 
CONAMA 
nº 388 
23/02/2007 Mata Atlântica 
Dispõe sobre a convalidação das 
Resoluções que definem a vegetação 
primária e secundária nos estágios 
inicial, médio e avançado de regeneração 
da Mata Atlântica para fins do disposto 
no art. 4o § 1o da Lei no 11.428, de 22 
de dezembro de 2006; 
Decreto nº 
6.043 12/02/2007 Biodiversidade 
Dá nova redação ao art. 7o do Decreto 
no 4.703, de 21 de maio de 2003, que 
dispõe sobre o Programa Nacional da 
Diversidade Biológica - PRONABIO e a 
Comissão Nacional de Biodiversidade; 
Decreto nº 
6.040 07/02/2007 
Política Nacional 
de 
Desenvolvimento 
Sustentável 
Institui a Política Nacional de 
Desenvolvimento Sustentável dos Povos 
e Comunidades Tradicionais; 
Lei nº 
11.428 
 
 
22/12/2006 Mata Atlântica Vegetação 
Dispõe sobre a utilização e proteção da 
vegetação nativa do Bioma Mata 
Atlântica 
 
 
34
 
Decreto nº 
5.995 19/12/2006 
Bacias 
Hidrográficas do 
Nordeste 
Setentrional Rio 
São Francisco 
Institui o Sistema de Gestão do Projeto 
de Integração do Rio São Francisco com 
as Bacias Hidrográficas do Nordeste 
Setentrional. O Decreto nº 6.365, de 24 
de janeiro de 2005, dá nova redação ao 
art. 8o deste decreto; 
Decreto 
nº5.940 25/10/2006 Coleta Seletiva 
Institui a separação dos resíduos 
recicláveis descartados pelos órgãos e 
entidades da administração pública 
federal direta e indireta, na fonte 
geradora, e a sua destinação às 
associações e cooperativas dos catadores 
de materiais recicláveis; 
Resolução 
CONAMA 
nº 379 
19/10/2006 Gestão Florestal 
Cria e regulamenta sistema de dados e 
informações sobre a gestão florestal no 
âmbito do Sistema Nacional do Meio 
Ambiente – SISNAMA. 
Resolução 
CONAMA 
nº 378 
19/10/2006 
Gestão 
Ambiental 
Código Florestal 
Define os empreendimentos 
potencialmente causadores de impacto 
ambiental nacional ou regional para fins 
do disposto no inciso III, § 1o, art. 19 da 
Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965; 
Decreto nº 
5.877 17/08/2006 
Gestão ambiental 
Fundo Nacional 
do Meio 
Ambiente 
Dá nova redação ao art. 4o do Decreto 
no 3.524, de 26 de junho de 2000, que 
regulamenta a Lei no 7.797, de 10 de 
julho de 1989, que cria o Fundo Nacional 
do Meio Ambiente; 
Decreto 
s/nº 13/07/2006 
Comissão 
Nacional de 
Desenvolvimento 
Sustentável 
Altera a denominação, competência e 
composição da Comissão Nacional de 
Desenvolvimento Sustentável das 
Comunidades Tradicionais; 
Decreto nº 
5.795 05/06/2006 
Gestão de 
Florestas 
Públicas 
Dispõe sobre a composição e o 
funcionamento da Comissão de Gestão 
de Florestas Públicas; 
Decreto nº 
5.794 05/06/2006 Florestas 
Altera e acresce dispositivos ao Decreto 
no 3.420,de 20 de abril de 2000, que 
dispõe sobre a criação do Programa 
Nacional de Florestas - PNF; 
Resolução 
CONAMA 
nº 373 
09/05/2006 Resíduos 
Define critérios de seleção de áreas para 
recebimento do Óleo Diesel com o 
Menor Teor de Enxofre – DMTE; 
Decreto nº 
5.747 06/04/2006 Pesca 
Promulga o Memorando de 
Entendimento entre o Governo da 
República Federativa do Brasil e o 
Governo da República do Peru sobre a 
 
 
35
 
Promoção do Setor Pesqueiro, celebrado 
em Lima, em 26 de agosto de 2003; 
Resolução 
CONAMA 
nº 369 
28/03/2006 
Área de 
Preservação 
Permanente – 
APP 
Dispõe sobre os casos excepcionais, de 
utilidade pública, interesse social ou 
baixo impacto ambiental, que 
possibilitam a intervenção ou supressão 
de vegetação em Área de Preservação 
Permanente – APP; 
Resolução 
CONAMA 
nº 368 
28/03/2006 Licenciamento 
ambiental 
Altera dispositivos da Resolução n o 
335, de 03 de abril de 2003, que dispõe 
sobre o licenciamento ambiental de 
cemitérios; 
Lei nº 
11.284 02/03/2006 
Gestão 
Ambiental 
Florestas 
Dispõe sobre a gestão de florestas 
públicas para a produção sustentável; 
institui, na estrutura do Ministério do 
Meio Ambiente, o Serviço Florestal 
Brasileiro – SFB; cria o Fundo Nacional 
de Desenvolvimento Florestal - FNDF; 
altera as Leis nos 10.683, de 28 de maio 
de 2003, 5.868, de 12 de dezembro de 
1972, 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, 
4.771, de 15 de setembro de 1965, 6.938, 
de 31 de agosto de 1981, e 6.015, de 31 
de dezembro de 1973. Regulamentada 
pelo Decreto nº 6.063, de 20 de março de 
2007. Alterada pela Lei nº 11.516, de 28 
de agosto de 2007; 
Decreto nº 
5.705 16/02/2006 Biossegurança 
Promulga o Protocolo de Cartagena 
sobre Biossegurança da Convenção sobre 
Diversidade Biológica; 
Decreto nº 
5.593 23/11/2005 
Gestão 
Ambiental 
Dá nova redação a dispositivos do 
Regulamento do Fundo de 
Desenvolvimento da Amazônia, 
aprovado pelo Decreto no 4.254, de 31 
de maio de 2002. 
Fonte: http://www.sma.salvador.ba.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=224&Itemid=7 
 
Naturalmente que o conteúdo acima não representa a totalidade da Legislação 
Ambiental Brasileira, contudo, pode elucidar algumas questões pontuais acerca dos 
dispositivos legais que permitem a preservação, bem como a manutenção do meio 
ambiente. 
 
 
 
36
 
Certo é que são muitas as dificuldades a serem transpostas pelos países em 
desenvolvimento, ainda mais quando se trata de infraestrutura. Têm-se impasses 
políticos e econômicos, no entanto, o maior desafio é mudar o comportamento da 
sociedade. 
 
Toda e qualquer ação de desenvolvimento sustentável só surtirá efeito se as 
pessoas mudarem sua forma de pensar, não mais encarando suas atitudes como algo 
sem importância e nulas de consequência, mas sim, como parte integrante do problema 
e, sobretudo, da solução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37
 
Unidade 2 – Práticas Sustentáveis 
 
Olá! 
 
Nesta unidade trataremos das questões práticas, isto é, a forma como nossas 
ações promovem a sustentabilidade, abordaremos um tema que muito vem preocupando 
as autoridades, a geração de resíduos, que tanto atrapalha o desenvolvimento sustentável 
nas pequenas e grandes cidades. 
 
 Também veremos como funciona o processo de aproveitamento de resíduos 
orgânicos, bem como os benefícios da coleta seletiva de lixo. Em suma, abordaremos a 
sustentabilidade de maneira prática e funcional, destacando as pequenas atitudes que 
favorecem a preservação do meio ambiente. 
 
Bom curso! 
 
2.1 – Consumo sustentável 
 
 
Caracteriza-se como consumo 
sustentável, um modo de consumir de 
maneira que supra as necessidades da 
geração presente, sem comprometer as 
gerações futuras. O que nos leva a pensar 
que nossa forma de consumo deva evitar 
qualquer tipo de desperdício após o uso. 
Levando-se em consideração os bens 
produzidos com tecnologia e materiais 
menos ofensivos à natureza, bem como a 
utilização racional dos bens de consumo 
menos impactantes. 
 
 
38
 
É fundamental nesta prática, se preocupar com a destinação dos eventuais 
resíduos, de maneira que não provoque a degradação do meio ambiente. Em síntese, é 
aproximar o conceito da sustentabilidade à atividade de consumo. 
 
 É de suma importância pensar no termo consumo sustentável, no ponto de vista 
da concepção dos 3R’s. Trata-se de três regras básicas que fundamentam esta forma 
racionalizada e inteligente de consumir. Veja: 
 
1° Redução: recomenda-se evitar consumir o desnecessário, ou seja, o supérfluo. Em 
outras palavras, é a contramão da cultura de consumo, em que adquirir tantos produtos 
quanto o dinheiro pode comprar é uma forma acelerada de degradar o meio ambiente. 
 
2º Reutilização: refere-se a um maior aproveitamento de embalagens, plásticos e 
vidros. Trata-se de ampliar a vida útil do produto e não descartá-lo assim que 
consumido. 
 
3º Reciclagem: é a prática mais importante das três regras, ela nos orienta a transformar 
determinado material em um novo produto, ou mesmo um produto semelhante ao 
primeiro. 
 
 O consumo sustentável reside nas pequenas atitudes do nosso dia a dia. Cada um 
de nós é responsável, ao menos em parte, pela manutenção e preservação do meio 
ambiente. Abaixo, um conjunto de práticas de consumo sustentável que podem ser 
adotadas facilmente em nossa rotina: 
 
� Diminuir a impressão de documentos e utilizar papel reciclável; 
 
� Trocar o transporte individual por coletivo ou bicicleta. Outra solução é 
optar por carros elétricos, embora estes ainda estejam fora da realidade do país; 
 
� Não descartar óleo de frituras na pia da cozinha. Este material pode ser 
doado às cooperativas que produzem sabão, os rios agradecem; 
 
 
39
 
� Optar, quando possível, pelo consumo de frutas, verduras e legumes 
orgânicos, não se esquecendo de que seus resíduos servem também de adubo orgânico; 
 
� Sempre comprar móveis de madeira certificada; 
 
� Usar lâmpadas eletrônicas ou LED, pois consomem menos energia elétrica 
do que as incandescentes; 
 
� Utilizar aquecedores solares dentro de casa, pois diminuem o consumo de 
energia elétrica; 
 
� Fazer a reciclagem de lixo material, ou ao menos a separação de materiais de 
maneira que facilite a coleta, por exemplo, plástico, metais, papéis etc; 
 
� Realizar compostagem, transformando resíduos orgânicos em adubo, 
reutilizando este material em jardins e vasos de flores; 
 
� Diminuir o consumo de energia: tomar banhos rápidos, desligar luzes de 
cômodos que não têm pessoas, optar por aparelhos de baixo consumo de energia, 
desligar a água enquanto se barbear ou escovar os dentes, entre outros; 
 
� Levar sacolas ecológicas ou caixas de papelão ao supermercado, para que 
não se utilize as sacolas plásticas oferecidas; 
 
� Urinar durante o banho: desta forma é possível economizarágua da descarga 
do vaso sanitário, que pode chegar a 15 litros por descarga. 
 
 
A seguir, um texto que pode elucidar possíveis dúvidas a respeito do tema 
“consumo sustentável”. Trata-se de uma aplicação destes conceitos no dia a dia, através 
de pequenas ações que possibilitam diminuir o tamanho do estrago que o consumo 
demasiado e o descarte de resíduos causam ao meio ambiente: 
 
 
40
 
Sustentabilidade na prática 
 
O termo sustentabilidade nunca foi tão falado quanto nos dias atuais. 
Com os problemas provocados pelas mudanças climáticas aumentando em toda 
parte do planeta, as pessoas começaram a se interessar mais e mais pelo assunto 
e a mídia, cumprindo o seu papel, passou a dar destaque a inúmeras iniciativas 
ligadas a essa nova forma de trabalhar, a relação entre o homem e suas 
necessidades, o meio ambiente que provém os meios necessários ao seu 
sustento e a manutenção de nossas vidas. 
 
Com isso, um número crescente de pessoas começou a se interessar pela 
adoção das práticas e por viverem de acordo com os preceitos preconizados pela 
sustentabilidade. 
 
Contudo, uma questão fundamental se fez presente e representou um 
desafio para muitas dessas pessoas: Como aplicar a sustentabilidade em casa? 
 
Como reduzir algo tão “estranho” e “intangível” para a maioria das 
pessoas como as emissões de carbono e os danos provocados, pelo nosso modo 
de vida, ao meio ambiente? 
 
Tão incrível como os próprios conceitos da sustentabilidade, essa 
aplicação revelou-se espantosamente simples e estava ao alcance de qualquer 
pessoa de ou classe social. E o mais surpreendente, é que sequer representava 
uma dificuldade de vida ou uma alteração muito traumática no modo de vida de 
cada uma das famílias interessadas nas “boas novas” da sustentabilidade. 
 
As “novas atitudes”, atitudes sustentáveis, além de socialmente mais 
aceitáveis e responsáveis, mostraram-se claras e economicamente viáveis, 
passando a provocar interesse também fora do círculo inicial dos “verdes” e dos 
“antenados”. 
 
 
 
41
 
A possibilidade de economizar recursos e, em paralelo, economizar uma 
boa parte do dinheiro necessário para custear as despesas do lar, fez com que 
muito mais pessoas abraçassem uma forma sustentável de viver. 
 
Então, como aplicar a sustentabilidade em casa? Na verdade é simples, 
você pode promover o ensino da cultura sustentável entre familiares, amigos e 
vizinho. Pode trabalhar de uma forma mais sustentável desde a construção ou 
da reforma de sua própria casa, economizando recursos como água e energia, 
utilizando-se de material de construção certificado e oriundo de empresas que 
tenham uma postura sustentável também. 
 
Use móveis verdes, móveis construídos com madeira reciclada ou de 
madeira maciça oriunda de reflorestamentos, com extração certificada e 
garantia de origem. Trate seu esgoto corretamente. Não queime lixo ou outros 
detritos. Recicle o lixo orgânico transformando-o em adubo e a parte não 
orgânica, no que for possível. 
 
Caso seja uma boa opção; capte a água da chuva e utilize-a para a 
limpeza, para descarga em vasos sanitários ou para coisas onde o uso da água 
potável represente um desperdício. Use produtos de limpeza menos agressivos e 
totalmente biodegradáveis. Jamais jogue lixo nas ruas ou em locais impróprios. 
 
Desligue as luzes ao sair do ambiente iluminado. Tome banho com o 
chuveiro elétrico na posição “verão”. Não escove os dentes, barbeie-se ou lave 
roupas com a torneira aberta nos momentos em que a água não é necessária. 
Use menos ar condicionado e abra a geladeira apenas quando souber o que vai 
apanhar em seu interior. 
 
São coisas simples e fáceis que qualquer pessoa pode fazer. Gestos que 
proporcionam as famílias uma enorme economia, possibilitando ao planeta um 
tempo precioso para que se recupere dos danos que nós mesmos provocamos. 
Fonte: http://www.ecologiaurbana.com.br/sustentabilidade/como-aplicar-a-sustentabilidade-em-casa/ 
 
 
42
 
Como vemos, são pequenas atitudes que ajudam a preservar o ambiente, não se 
pode achar que o desperdício é um fato isolado e irrelevante, seja ele qual for, 
doméstico ou industrial. 
 
É preciso que haja uma atitude compromissada por parte da sociedade como um 
todo, para que as políticas públicas de meio ambiente propiciem um desenvolvimento 
sustentável no ponto de vista econômico, social e cultural. 
 
2.2 – Geração de resíduos 
 
 
 Em virtude da explosão 
populacional em todo o mundo, há uma 
constante pressão exploradora sobre os 
recursos naturais, seja na exploração de 
matérias-primas para as indústrias ou 
na exploração dos espaços físicos para 
prover as necessidades da coletividade, 
como moradia, fábricas, comércios etc. 
 
 Todas estas ações do homem no 
meio ambiente trazem profundas 
consequências, uma vez que se têm um 
grande volume de resíduos gerados neste processo, e o pior, não se tem destinação para 
este material, aliás, esta talvez seja a maior preocupação ambiental da atualidade. 
 
 Dentre a diversidade de categorias de resíduo, destacam-se os resíduos sólidos 
(RS), já que representam uma significativa parte de todo o resíduo gerado no mundo e, 
quando mal gerenciado, torna-se um problema sanitário, ambiental e social. 
 
 Naturalmente que a produção de resíduos está diretamente ligada ao poder de 
consumo do indivíduo ou do país. Neste sentido, destacam-se fatores como a condição 
 
 
43
 
socioeconômica da população, o grau de industrialização da região, sua localização 
geográfica, entre outros determinantes. A respeito disso, Hoornweg (2000) afirma que, 
na maioria dos casos, 
 
“(...) quanto maior o poder econômico e maior a porcentagem 
urbana da população, maior a quantidade de resíduos sólidos 
produzidos, e quanto menor a renda da população, maior o 
percentual de matéria orgânica na composição dos resíduos”. 
 
 O fato é que os problemas ocasionados pela excessiva geração de resíduos 
podem refletir em outras instâncias da sociedade, como: 
 
� Na saúde, em virtude das doenças associadas a saneamento básico; 
 
� Na economia, uma vez que isso afeta atividades, como o turismo, as 
indústrias, entre outros. 
 
De um modo geral, é preciso ter um melhor entendimento acerca do tema, 
buscando maneiras alternativas de gerenciamento de resíduos que propiciem um maior 
alcance populacional, dando acesso à população mais carente aos serviços de coleta, 
transporte, tratamento adequados aos resíduos sólidos gerados, promovendo desta forma 
uma melhor qualidade de vida a toda população. 
 
Os resíduos geralmente são definidos como: 
 
� Resíduos sólidos; 
 
� Resíduos semissólidos. 
 
 Ambos resultam de atividades de origem industrial, hospitalar, doméstica, 
comercial, agrícola etc. Incluem-se os lodos oriundos do processo de tratamento de 
água, bem como aqueles líquidos que não podem ser lançados na rede pública de 
 
 
44
 
esgoto, uma vez que possuem particularidades que as tornam impróprias para uso 
humano. 
 
 O termo “ResíduosSólidos” pode ser classificado de várias maneiras, como por 
exemplo, de acordo com sua natureza física, isto é, seu estado físico, ou mesmo pelo 
grau de biodegradabilidade, que é o poder de degradação deste resíduo (BIDONE & 
POVINELLI, 1999). 
 
Ainda pode-se classificar o resíduo em função de sua composição química, 
dividindo-se em duas categorias, como matéria orgânica ou inorgânica, bem como em 
função de sua origem e grau de periculosidade. 
 
 Contudo, em meio a tantos critérios, os mais determinantes são os que 
classificam os resíduos sólidos de acordo com seu grau de periculosidade, além de seus 
impactos na saúde das pessoas e ao meio ambiente, considerando sua fonte geradora. 
 
 Em outras palavras, o resíduo hospitalar oferece, de um modo geral, muito mais 
riscos à saúde e ao meio ambiente do que o resíduo doméstico, portanto, de menor 
periculosidade. Muito embora seja importante ressaltar que ambos são nocivos, 
causadores de impactos negativos ao meio ambiente e à saúde pública. 
 
 De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 10.004/04, 
os resíduos sólidos se dividem da seguinte forma: 
 
 
a) Resíduos classe I – Perigosos: referem-se àqueles que apresentam alto 
grau de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou 
patogenecidade, isto é, são aqueles que apresentam bastante riscos à saúde 
pública e ao meio ambiente, provocando mortalidade, incidência de doenças 
ou aumentando seus índices; 
 
b) Resíduos classe II – Não perigosos: esses resíduos são subdivididos em 
 
 
45
 
“resíduos classe II A” – Não inertes e “resíduos classe II B” – Inertes; 
 
b1) resíduos classe II A – Não inertes: 
referem-se àqueles que não se enquadram nas 
classificações previstas na categoria “classe I – 
Perigosos”, nem na “classe II B – Inertes. 
Trata-se dos resíduos que têm propriedades de 
biodegradabilidade, combustibilidade ou 
solubilidade em estado líquido; 
 
b2) resíduos classe II B – Inertes: trata-se dos 
resíduos que quando em contato com a água 
não tenham nenhum de seus constituintes 
solubilizados, isto é, não biodegradáveis. 
 
Fonte: www.abnt.org.br/ 
 
 
Resíduos sólidos urbanos (RSU) 
 
 Esta categoria de resíduos sólidos é resultado direto do lixo produzido: 
 
a) nas residências: também conhecido como resíduo doméstico ou domiciliar, é 
oriundo dos lares, constituído em grande parte pelo resto de alimentos, papéis, papelão, 
vidros, metais ferrosos, plásticos, madeira, entre outros materiais; 
b) pelos serviços de saúde: trata-se do resíduo de serviços de saúde (RSS), proveniente 
de hospitais públicos e privados, clínicas médicas e veterinárias, laboratórios de análise, 
farmácias, centros de saúde, consultórios odontológicos entre outros estabelecimentos 
da mesma natureza. Esta categoria pode subdividir-se em: 
 
b¹) resíduo comum: consiste em restos de alimentos, 
papéis, invólucros etc; 
 
 
 
46
 
b²) resíduo séptico: trata-se do material médico como 
bisturis, tesouras, alicates, seringas etc. 
 
c) pelo setor da construção civil: também conhecido como resíduo de construção e 
demolição (RCD), refere-se à entulho oriundo de construções, reformas, demolições, 
restos de obras e de escavações de terrenos, entre outros. Esta categoria de resíduos 
corresponde à aproximadamente 50% de todo o resíduo sólido produzido nas áreas 
urbanas do Brasil e do mundo. (PINTO, 1999; FREITAS et al., 2003; SARDÁ e 
ROCHA, 2003); 
 
d) pelos portos, terminais rodoviários e ferroviários: constituem os resíduos sépticos, 
já que podem conter organismos patogênicos nos materiais de higiene e de uso pessoal, 
em resto de alimentos etc. Estes resíduos são provenientes de locais onde há grande 
trânsito de pessoas e mercadorias; 
 
Têm-se ainda, os resíduos de serviços, que se classificam em: 
 
f) resíduos de serviços comerciais: estes abrangem os resíduos resultantes dos 
milhares de estabelecimentos comerciais das áreas urbanas, como por exemplo, os 
escritórios, hotéis, lojas, restaurantes, supermercados, quitandas etc; 
 
g) resíduos de limpeza de bocas de lobo: correspondem ao resíduo captado através do 
serviço de limpeza pública, nas galerias subterrâneas e bueiros. Este material é em 
grande parte, constituído por plásticos, papéis e, não raro, objetos como sofás, pneus 
etc. 
h) resíduos de varrição de feiras livres e outros: refere-se ao resíduo advindo da 
limpeza pública urbana, isto é, é resultado direto da ação dos varredores de rua, da 
coleta de lixo, limpeza de feiras livres, terrenos, córregos, praias etc. 
 
Resíduos industriais 
 
 
 
47
 
 Este tipo de resíduo sólido é constituído basicamente pelo material descartado 
pelas indústrias, abrange os resíduos radioativos e os resíduos agrícolas. Vejamos cada 
um deles de maneira detalhada: 
 
a) resíduos das indústrias de processamento: referem-se aos materiais descartados 
por indústrias de seguimentos diversos. São, de um modo geral, muito variados e 
apresentam características diversificadas, uma vez que depende diretamente do tipo de 
produto manufaturado, sendo assim deve ser estudados caso a caso. 
 
 
b) resíduo radioativo, ou também conhecido como lixo atômico: é o material 
descartado que emite grande quantidade de radiação, bem acima dos limites permitidos 
pelas normas brasileiras. Na maioria dos casos, é originado dos combustíveis nucleares. 
Este tipo de resíduo, de acordo com a legislação que os especificam são de competência 
da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN); 
 
 
c) resíduos agrícolas: como o próprio nome diz, referem-se aos resíduos gerados pela 
produção agrícola ou pecuária, como por exemplo, as embalagens de adubo, defensivos 
agrícolas, ração animal, restos de colheita, esterco animal etc. Vale ressaltar que as 
embalagens de agroquímicos, em razão de sua composição com alto grau de toxicidade, 
são submetidas a uma legislação específica. 
 
 
 
 
 
 
Resíduos sólidos especiais 
 
 Em razão de suas características peculiares, alguns resíduos sólidos são 
considerados especiais, esta categoria abrange os pneus, as pilhas, baterias de celular, 
lâmpadas fluorescentes etc. Aprofundemos nosso olhar sobre cada um destes materiais: 
 
 
 
48
 
a) pneus: muitos são os problemas ambientais causados pelo descarte de pneus usados, 
muitas vezes, este material é abandonado em local aberto, sujeitos à chuva, ensejando 
males e doenças, uma vez que se trata de um local propício à proliferação de mosquitos 
transmissores de doenças; 
 
 O descarte inadequado deste tipo de resíduo pode gerar impactos extremamente 
negativos, como vimos acima, contudo, este material é extremamente reutilizável, 
servindo para produção de asfalto ecológico e outros materiais. 
 
b) pilhas e baterias de celular: em razão de suas características tóxicas e da 
impossibilidade de impedir seu descarte no lixo residencial, em 1999, no Brasil, fora 
publicada a Resolução CONAMA n° 257 que “atribui a responsabilidade do 
acondicionamento, coleta, transporte, disposição final de pilhas e baterias aos 
comerciantes, fabricantes, importadores e à rede autorizada de assistência técnica. 
Este tipo de material deve ter a mesma destinaçãoe tratamento dos resíduos perigosos 
“Classe I”; 
 
 Interessante ressaltar as ações de alguns países europeus que realizam o devido 
tratamento deste tipo de resíduo, por meio de acordos entre fabricantes, importadores e 
governo, e conseguiram reduzir em 60%, somente no primeiro ano, o descarte deste 
material no lixo doméstico, aumentando este índice para 90% no segundo ano. 
(HARTLÉN, 1996). 
 
c) lâmpadas fluorescentes: muito embora sejam econômicas, estas lâmpadas liberam 
mercúrio quando são quebradas, queimadas e/ou enterradas, constituindo assim um 
resíduo extremamente perigoso, cabível na “Classe I”, uma vez que o mercúrio é tóxico 
e nocivo ao sistema nervoso humano e, quando ingeridos ou inalados podem gerar uma 
diversidade de problemas fisiológicos. O mercúrio é uma substância biocumulativa, isto 
é, transmitida de organismo a organismo. Os animais que entram em contato com essa 
substancia detém grande concentração em seus corpos, podendo causar sérios danos à 
saúde dos seres humanos que se alimentem desses animais. 
 
 
 
49
 
 Como vemos, há uma diversidade de resíduos oriundos das mais diversas 
atividades humanas, que devem ser tratados adequadamente, cada qual de acordo com 
suas peculiaridades e características. De maneira superficial temos na figura a seguir, 
um esquema de classificação dos resíduos sólidos, de acordo com o descrito acima. 
Observe: 
 
 
Fonte:http://www.deecc.ufc.br/Download/Gestao_de_Residuos_Solidos_PGTGA/CONSIDERACOES_SOBRE_RESIDUOS_SOLI
DOS.pdf 
 
 De uma forma ou de outra, a geração de resíduos é um processo único, que 
muito embora se subdivida em categorias diversas, produz um único impacto no meio 
ambiente, a degradação. 
 
O fato é que classificando estes resíduos de acordo com os critérios que 
apresentamos, é possível aperfeiçoar seu tratamento, bem como sua destinação. Esta 
geração descontrolada de resíduos constitui uma das maiores preocupações dos 
especialistas ambientais, que reiteram a urgência de se encontrar alternativas de 
tratamento deste material descartado. 
 
 
50
 
 
2.3 – Aproveitamento de resíduos orgânicos 
 
Em tempos de preocupações 
com o meio ambiente, ganha-se 
relevância a questão dos resíduos 
sólidos orgânicos. O Brasil é um dos 
países que mais desperdiça alimentos, 
dado que contrasta com a situação de 
pobreza de boa parte da população. 
 
No Brasil foi promulgada em 
2010, a Lei da Política Nacional de 
Resíduos Sólidos, nº 12.305/2010. Ela trata do gerenciamento de resíduos sólidos no 
país e inova quanto às responsabilidades dos geradores de resíduos. 
 
Um dos vários objetivos dessa lei é dar fim aos lixões e aterros inadequados, que 
são verdadeiros habitats de doenças epidêmicas e degradadoras da qualidade do meio 
ambiente. 
 
Segundo a lei, a disposição irregular de resíduos sólidos, mesmo que orgânicos, 
acarretará em danos irreversíveis ao meio ambiente, podendo ocasionar, inclusive, a 
contaminação de lençóis freáticos. 
 
Os lixões surgiram em meio ao desmedido crescimento populacional das 
grandes cidades e, em virtude do descaso do poder público quanto à destinação desses 
resíduos urbanos, foram sendo criados espaços, muitas vezes, para o armazenamento 
deste material nocivo. 
 
 
 
51
 
O crescimento desordenado aliado à falta de planejamento por parte do Estado, 
agravou significativamente o problema com o passar do tempo. Entende por lixão, um 
espaço onde são descartados resíduos a céu aberto, sem fiscalização alguma. 
 
Neste contexto socioeconômico, em razão da exclusão social, nasce a atividade 
de catador de lixo, aliás, esta atividade é responsável pelo sustento de milhares de 
famílias no Brasil. 
 
Este tema, resíduos urbanos, serviu de inspiração ao cineasta Vik Muniz, que 
produziu o premiado documentário “Lixo extraordinário”. O filme retrata bem a 
realidade da questão ambiental no Brasil. 
 
O fato é que precisamos refletir acerca da questão do lixo urbano, que acarreta 
em desastrosas consequências sociais e ambientais. Uma das soluções propostas pela lei 
é a implantação de aterros sanitários. Entretanto, ainda há muita resistência social para a 
criação de aterros, talvez pela constante confusão dos termos, ou seja, a coletividade 
confunde aterros fiscalizados e controlados pelo poder público, com lixões clandestinos 
e ilegais. 
 
Segundo a Lei nº. 12.305/10, a destinação dos resíduos sólidos para aterros 
sanitários é considerada como disposição final ambientalmente adequada, justamente 
porque, no caso dos aterros não há possibilidade de contaminação do solo ou de 
proliferação de vetores de doenças epidêmicas. 
 
Neste sentido, com o objetivo de aumentar os benefícios ambientais e reduzir os 
impactos negativos da destinação dos resíduos sólidos, a Política Nacional do Meio 
Ambiente previu a elaboração de planos de resíduos, nas três esferas da Federação. 
 
Uma vez que serão construídos com tecnologias de ponta no tratamento de 
resíduos, os aterros sanitários além de armazenar este material também permitirão a 
captação de biogás, fonte de energia oriunda da decomposição de resíduos orgânicos, 
 
 
52
 
deste modo, contribuirão para a diminuição das emissões de gases causadores do efeito 
estufa. 
 
O gás captado pelo processamento deste material orgânico poderá ser fonte de 
geração de energia, em virtude de seu elevado valor calorífero, isto é, tem grande poder 
de combustão. É bem verdade que esta tecnologia ainda demanda altíssimos custos, 
sendo em muitas vezes, inviável na prática. Porém, pode ser uma saída interessante para 
o déficit energético do país, além de uma solução para a destinação dos resíduos sólidos 
urbanos. 
 
Em síntese, vimos que as questões ambientais ensejam mercados potenciais 
diversos, desde a inclusão social e econômica por meio da captação de material 
reciclado, até a produção de gás resultante do processamento de resíduos sólidos 
orgânicos. 
 
 
2.4 – Coleta seletiva de lixo 
 
Trata-se de um termo recente, 
utilizado para designar o recolhimento dos 
materiais que são passíveis de serem 
reciclados. A coleta seletiva pressupõe um 
tratamento específico com estes tipos de 
resíduos sólidos. 
 
Dentre os vários materiais destacam-
se o vidro, papel e papelão, metais, 
alumínio, plástico etc. Estes são os mais 
recorrentes no processo de tratamento de 
resíduos. 
 
 
 
53
 
A separação e tratamento deste material evitam possíveis contaminações dos 
materiais reaproveitáveis, desta forma tornando a atividade mais lucrativa, já que 
diminui os custos do processo de reciclagem. A coleta seletiva de lixos aliada à 
reciclagem de resíduos constituem interessantes soluções para as questões ambientais, 
justamente por estarem diretamente ligadas à diminuição do volume de lixo nos grandes 
centros urbanos. 
 
A aplicação efetiva do sistema de coleta seletiva depende, impreterivelmente, da 
participação da sociedade, ou seja, nós devemos colocar em prática a separação de 
materiais e resíduos. Atualmente é bastante observável

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