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Malária: história, agentes etiológicos e transmissão

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MALÁRIA 
Universidade Federal de Pelotas 
Programa de Pós-graduação em Parasitologia 
Disciplina de Protozoários de Importância Médica e 
Veterinária 
Marcos M. Villela 
Malária ( Paludismo, impaludismo, maleita, 
febre palustre): 
Doença parasitária de grande importância. 
Agentes etiológicos: 
Reino: Protista, Sub-reino Protozoa, Filo: Apicomplexa, 
Família Plasmodiidae 
 Gênero: Plasmodium 
 Plasmodium vivax (Grassi& Feletti, 1890) –terçã benigna 
 Plasmodium falciparum (Welch,1897) - terçã maligna 
 Plasmodium malariae (Laveran, 1881) –quartã benigna 
 Plasmodium ovale(Stephens,1922) –terçã benigna 
 Vetor: 
 Mosquitos fêmea do gênero Anopheles conhecidos 
 também como mosquito prego ou carapanã 
 
 Reservatório: 
 Humanos portadores de gametócitos 
Fêmea de Anopheles* darlingi 
 6000-5500 A.C. : Mortes por febre, 
provavelmente malária, são registrados nos 
primórdios da escrita. 
 2700 A.C.: Chinês “Nei Ching” descreve febres 
recorrentes e esplenomegalia. 
 500 A.C.: Hipócrates: associa a febre com a 
presença de pântanos e ar (malária= mal do ar). 
HISTÓRIA DA MALÁRIA 
 Europeus que exploram terras Africanas e 
Americanas padecem da doença* 
 Verão e Outono portadores de morte 
 Expedições na África eram dizimadas. 
 Febre de sacudir a cama ruidosamente... 
 Alguns relatavam ser maldição 
HISTÓRIA DA MALÁRIA 
 Índios Peruanos e Bolivianos tinham alívio para 
as febres – 1600... 
 Casca da árvore da Quina 
 Alguns soldados expedicionários preferiam 
tratamento com Pajés locais (folhas, pós...) 
 Como funciona apenas na Malária, era colocada 
em dúvida... 
 
 
HISTÓRIA DA MALÁRIA 
1880: Charles Laveran descreve o agente etiológico de 
um paciente febril (prêmio Nobel 1906) 
 
 
1897: Ronald Ross demonstra a transmissão da malária 
por mosquitos (premio Nobel 1902) 
 
 
1898: Bignami, Bastianelli e Grassi esclarecem o ciclo 
biológico de Plasmodium sp. e demonstram a 
transmissão da malária humana 
 1950: OMS definiu estratégias globais para 
erradicação da malária através do DDT 
 - Analfabetismo, TV, mídia impressa... 
 1970: Surge novamente...... 
 2002: Término do seqüenciamento do genoma 
de P. falciparum e de Anopheles gambiae 
 2008: Seqüenciamento do genoma de P.vivax 
HISTÓRIA DA MALÁRIA 
MORFOLOGIA DAS FORMAS EVOLUTIVAS 
 
Esporozoítas: 
11 µm 
Complexo Apical – Ro e Mic 
Proteína Circunsporozoíta (CS)* 
Glândulas salivares dos vetores 
Rápidos - hepatócitos 
 
Trofozoítos - (Ciclo pré-eritrocítico): 
Hepatócitos 
Arredondados (anelados) 
Some o C. apical 
Esquizogonia – Merozoítos* 
* Hipnozoítas (quiescentes – Pv e Po) 
 
FORMAS EVOLUTIVAS 
Merozoítas: 
1 x 1,5 µm 
Complexo Apical 
Material adesivo 
Invasão somente de Hemácias 
 
Trofozoítos: 
Forma de anel 
Sem C. apical 
Citóstoma ativo 
 
Esquizontes: 
Núcleo se divide – 8 Pm, 12 Pv, 16 Pf 
Forma rosácea ou meronte 
Pf – capilares profundos... 
FORMAS EVOLUTIVAS 
 
Gametócitos (Micro e Macro): - 
Tamanhos maiores que trofozoítas 
Circulantes periféricos 
Devem ser ingeridos por mosquitos 
 
Microgameta (mosquito): 
Rápida formação (5´) 
Desenvolvem Flagelos – 8 micro no 
mosquito 
 
Macrogameta (mosquito): 
Pouca diferenciação 
Maior 
Zigoto – Oocineto – Oocisto (mosquito) 
 
Reprodução sexuada - Mosquito 
 
Alonga-se e adquire mobilidade 
Atravessa parede do estômago 
 
 
Transforma-se em Oocisto 
 
Interior dos oocistos (esporogonia) = esporozoítos 
 
1 Oocisto = 1000 Esporozoítos (mosquito) 
* 1 esporo = 40.000 merozoítas, (hepato) depois 8, 12... 
CICLO BIOLÓGICO 
VÍDEO 
Plasmodium MORFOLOGIA 
 Esporozoítos 
Trofozoítos sanguíneos Gametócitos 
Plasmodium vivax 
Nomenclatura 
Grande mobilidade 
Maior de todos 
Alteram e descoram a 
hemácia 
Ciclo 48 horas 
Granulações (Schüffner) 
Vê-se todos estádios 
 
Plasmodium falciparum 
Nomenclatura 
Menor Plasmodium 
Não altera a estrutura 
geral das hemácias 
Hemácias alteradas na 
Superfície – protração 
Granulações - Maurer 
Ciclo 36 - 48 horas 
Apenas jovens e 
gametócitos 
Foice 
Plasmodium malariae 
Desenvolvimento lento 
Não modifica as hemácias 
Vê-se todos estádios 
Sem granulações 
Esquizontes em faixas 
Ciclo 72 horas 
Menor que Pv 
Chimpanzé 
Metabolismo básico 
 Hemoglobina 
 
 Hemozoína residual – cristais que vão sendo 
acumulados 
 
 Glicose, ácido p-aminobenzóico (PABA) 
Transmissão Vetorial 
 Picada do Anopheles sp. * vai decrescendo... 
 Congênita 
 Transfusional 
 Transplante de órgãos 
 
Período de incubação: 
 P. falciparum - 12 dias 
 P.vivax – 14 dias 
 P. malariae – 30 dias 
 P. ovale–14 dias 
MALÁRIA - TRANSMISSÃO 
 Anopheles darlingi 
 
 Anopheles aquasalis 
 
 Anopheles albitarsis 
 
 Anopheles cruzii*  Sul 
 
 Anopheles bellator*  Sul 
 
Antropofílicos, 100 dias, endofilia e exofilia 
 
 Destruição e rompimento intenso das hemácias 
 Anemia e Anóxia (necrose...) 
 Liberação de hemozoína e outras... 
 Acúmulo nos tecidos (pigmentação escura) 
 Seqüestro das hemácias - aglutinação endotelial de 
vasos (cérebro/rins/ pulmão) – Pf (escape?) 
 Nefrite por imunocomplexos (Febre quartã) – 
glomerulonefrites, albuminúria 
 Metabolismo dos parasitos, uso de Glicose 
 
 
MALARIA-PATOGENIA/SINTOMAS 
Ciclo eritrocitário assexuado 
MALARIA-PATOGENIA/SINTOMAS 
 Esplenomegalia (Esplenomegalia tropical) 
 Terçã benigna = 1% das hemáceas, Terça malígna até 25% 
 Quartã mais baixa parasitemia 
 Pf = trombos e zonas de enfarte = Coma e Morte (Malária 
cerebral) 
 Pv = Recaídas... Meses ou até anos depois*... 
 Alterações da Malária são multifatoriais 
 
 
 Período de incubação - 7 a 21 dias 
 Carga parasitária x espécie de parasita 
 Paroxismo malárico (calafrio, calor e suor) 
 Febre 
 Mal estar 
 Cefaléia 
 Vômito 
 Diarréia 
 Hipoglicemia 
 Insuficiência renal 
 Convulsão e coma 
MALÁRIA - SINTOMATOLOGIA 
Inúmeros episódios na zona endêmica 
 
RISCO: trofozoítos e esquizontes diminuem mas gametócitos 
permanecem circulantes... 
 Hipnozoítos 
 
Parasitemia não patogênica, mas continua ciclo... 
 
Problema: IMUNIDADE É ESTÁGIO E ESPÉCIE 
ESPECÍFICA 
 
 
Depende da exposição contínua 
 Cerca de 400 mil casos anuais na África – Sub-
Sahariana 
 Nascimento prematuro, baixo peso, aborto 
natimortalidade 
 Mortalidade infantil 75 a 150 mil casos/ano 
 Mortalidade materna 10 mil/ano 
MALÁRIA - GESTAÇÃO 
IMUNIDADE DA POPULAÇÃO 
Crianças até 6 meses RESISTENTES 
 -menor exposição ao mosquito 
 -presença da hemoglobina fetal 
 -IgG da mãe 
 -deficiência do ácido p-aminobenzóico 
Crianças 1-3 anos mais susceptíveis  alta mortalidade 
Crianças de 5-10 anos começa a imunidade, mas 
parasitemia segue ocorrendo. 
Mulheres grávidas apresentam supressão 
Idosos também... 
 Mais de 300 determinantes... 
 - Eritrócitos Duffy negativos FyFy (Pv) - África 
 - Hemoglobinas anormais (hemoglobinopatias) 
 --- Anemia falciforme (globina) 
 --- Talassemia (globina) 
 
 
IMUNIDADE NATURAL 
Diagnóstico Clínico da Malária – Sinais e sintomas 
(Presuntivo) 
Diagnóstico Laboratorial de Malária -confirmatório 
Gota espessa - Giemsa 
Esfregaço 
 
Gota espessa depende... 
 - Habilidade do técnicono manuseio e 
coloração; 
 - Microscopista treinado; 
 - Boa qualidade do microscópio; 
 
 
 Lembrar que são locais com precariedade... 
Diagnóstico malaria – métodos imunocromatográficos 
Parasight-F®(BD) 
 Teste rápido ~20 minutos 
 Sensibilidade de 20-40 
parasitas/μl sangue 
 Detecta presença ausência de 
P. falciparum – BRASIL?? 
 Baseado na proteína 2 rica em 
histidina 
OptiMAL®(Diamed) 
 Teste rápido ~20 minutos 
 Baseado anticorpos monoclonais e 
policlonaris 
 Detecta presença/ausência de Plasmodium 
spp 
 Diferencia P. falciparum de outros. 
 +de 100 países em Risco = 2,4 bilhões 
 Prevalência de 300-500 milhões de casos clínicos/ano 
 90% dos casos estão África subsariana 
 Brasil cerca de 500 mil casos anuais letalidade de 0,1% 
 Mortalidade estimada de 1,5 milhão de pessoas/ano 
(4000 mortes dia, especialmente crianças) 
 Custo de US$ 1 bilhão somente na África 
 Desenvolvimento de resistência do parasita aos 
fármacos e do vetor aos inseticidas 
MALÁRIA – EPIDEMIOLOGIA 
Epidemiologia 
 - Até 90% das picadas são infectantes 
 - Um paciente (gametóforo) em área indene – 
até 50 mil casos 
 - Anofelinos com distribuição geral pelo Brasil 
 - Gravidade maior em não imunes 
 - Cerebral pode atingir 10% dos casos nestes... 
 
OMS contesta... 
MALÁRIA NO BRASIL 
MIGRANTES NÃO IMUNES 
 Estradas 
 Usinas 
 Mineração 
 Garimpo 
 Agropecuária 
 Lazer 
PROFILAXIA E CONTROLE 
 Histórico – sal cloroquinado 
 Detecção e tratamento precoce dos infectados 
 Medidas de proteção individual 
 Telagem de janelas e portas 
 Inseticidas de ação residual 
 Impregnação de mosquiteiros com inseticida 
 Desenvolvimento de novos fármacos 
 Estruturação do sistema de saúde - PNCM 
 Treinamento de Recursos Humanos 
 Desenvolvimento de Vacina 
TRATAMENTO 
Fármacos antimaláricos utilizados na clínica: 
 Cloroquina 
 Primaquina(formas hipnozoitase gametócitos) 
 Mefloquina 
 Quinina 
 Artemisinina (Artemisia annua) 
 
 - Se não for possível saber qual a espécie?? 
Desenvolvimento de Vacina anti-malárica 
Meta para 2008 a 2010 
Alvos: 
 Esporozoíto 
 Merozoíto 
 Gametócitos 
 
Mosquitos Transgênicos 
(Fiocruz)

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