Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Direito Processual Civil I Jurisdição internacional: Noções Gerais: Competências de ações e decisões internacionais Princípio da efetividade: decisão precisa ser cumprida no Brasil, caso envolva algo no território brasileiro. Competências: Concorrente: Artigos 21 e 22,CPC “compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que: I- o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; II- No Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; III- o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil; OBS: Considera-se domiciliada no Brasil, pessoa física ou jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal. “ Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações: “ I- de alimentos quando: O credor tiver domicílio ou residência no Brasil O réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos II-Decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver residência no Brasil; III- em que as partes, expressas ou tacitamente, se submeterem a jurisdição nacional. Competência exclusiva: artigo 23, CPC “Compete a autoridade judiciária brasileira, como exclusão de qualquer outra: I- conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil II- em matéria de sucessão hereditária, proceder a confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional. III- em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha o domicílio fora do território Nacional. Homologação da sentença estrangeira: I- sentença será apresentada ao STJ, que irá analisar a decisão através de processo de homologação Inexistência de litispendência entre processo em curso no Brasil e no Exterior: I- Vai prevalecer o processo que ocorrer primeiro II- não ocorre litispendência em processo que ocorre no Brasil e no Exterior. OBS: Litispendência: 2 ou mais processos idênticos, com as mesmas partes e o mesmo pedido Cláusula de eleição de foro internacional: I- Escolha da eventual ação do Foro previsto em contrato, pode ser em âmbito internacional Critérios de definição de Competência: Critério Objetivo: Materia: Justiça especializada= Justiça do Trabalho competência absoluta Vara de sucessões (Herança) Pessoa: Competência Absoluta Competência Relativa Valor da causa: Juizados especiais até 40SM Juizados estaduais cíveis até 60SM Juizados especiais estaduais e da fazenda pública até 60SM Juizados especiais federais Critério Subjetivo: I- Em razão do lugar onde será ajuizada a ação Artigos 46 à 53,CPC Artigo 46: ”a ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro do domicílio do réu. §1: tendo mais de 1 domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer um deles §2: sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor §3: quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro. §4: havendo dois ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer um deles, à escolha do autor. §5: A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no lugar onde for encontrado. Artigo 47: “ Para ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa” §1: o autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair o direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova §2: a ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta. Artigo 48: “ o foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. Artigo 49: A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio, também competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias Artigo 50: ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante ou assistente Artigo 51: é competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autora a União Artigo 52: é competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor o estado ou Distrito Federal. Artigo 53: é competente o foro: Para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável De domicílio do guardião de filho incapaz Do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz De domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal. De domicílio ou residência do alimentando, para ação em que se pede alimentos Do lugar: Onde está a sede, para a ação em que for ré a pessoa jurídica Onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica contraiu Onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem personalidade jurídica Onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento; De residência do idoso, para a causa verse sobre direito no previsto estatuto; Da sede da serventia notarial ou de registro, para ação de reparação de dano por ato praticado em razão de ofício Do lugar ou fato para a ação De reparação de dano Em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios De domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves. C) Critério funcional ou hierárquico -> Em razão da função do órgão jurisdicional: Competência Absoluta _____________________________________________________________ Critério territorial no CPC 2.1- Regras Gerais: Foros gerais ou especiais a) foro do domicílio do réu: Ações pessoais fundadas em direito real sobre bens móveis artigo 46 b)Foro de situação da coisa: Ações reais sobre bens imóveis artigo 47 2.2 Foros especiais (competências Relativas) Foro da ação de inventário e correlatas: artigo 48 Foro da ação do ausente: artigo 49 Foro da ação em que o réu em incapaz: artigo 50 Foro nas ações em que a união é parte: artigo 51 Foro nas ações em que o estado é parte: artigo 52 Foros especiais diversos: artigo 53,CPC Foro de ação de divórcio e correlatas; Foro de ação de alimentos Foro quando o réu é pessoa jurídica Foro quando o réu é sociedade de fato Foro nas ações de cumprimento de obrigação Foro nas ações fundadas no estatuto do idoso Foro nas ações de reparação de danos em face de serventia Foro nas ações em que for réu o gestor de negócios alheios Foro nas ações de reparação de danos OBS: Geralmente, o local é onde aconteceu o fato/ato OBS²: delito e acidente de trânsito: foros concorrentes lugar que ocorreu ou domicílio do autor da ação Incompetência absouta Pode ser reconhecida pelo juiz. Pode ser alegada a qualquer tempo Pode ser alegada pelo réu Matéria, pessoa, função hierárquica Incompetência relativa Não podeser declarada de oficio réu deve alegar na contestação ministério público pode alegar critério territorial sob pena de preclusão – perda do direito de agir Modificação/ prorrogação de competência prorrogação legal conexão: Reunião de ações com o mesmo pedido continência: mesmo pedido/ mesma causa + complemento ausência de alegação de incompetência relativa pelo réu prorrogação voluntária: Clausula de eleição de foro- Artigo 63 por vontade unilateral do autor Da Prevenção: juiz prevento: é aquele que primeiro conheceu a matéria OBS: segundo artigo 60, o primeiro que receber a petição, fica prevento. Sujeitos do processo: Partes: Autor (Polo ativo) Réu: (Polo Passivo) Legitimidade: Artigo 18,CPC Ordinário: Nome próprio Extraordinário: Mediante previsão no ordenamento jurídico Substituição processual i- Parte: Substituto processual titular do direito: Substituído Ex: DPVAT Ministério público Capacidade de ser parte Personalidade jurídica: qualquer pessoa que tenha direitos Capacidade processual: Capacidade para agir em juízo Capacidade de fato: Maiores de 18, absolutamente capazes Representação de incapazes Forma da lei civil: i- tutela ii- Curatela iii- assistência Capacidade Processual de Pessoas Casadas: Polo Ativo: artigo 73,CAPUT o conjugue necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre o direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens Polo Passivo: Artigo 73,§1 ambos os conjugues serão necessariamente citados para a ação Que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casado sob regime de separação absoluta de bens Resultante de fato que diga respeito a ambos os conjugues ou de ato praticado por eles Fundada em dívida contraída por um dos conjugues a bem da família Que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os conjugues. Vício na representação/ incapacidade Suspenção do processo Prazo: Autor: Extinção do processo Réu: revelia ( réu sem voz no processo) Terceiro: em favor do autor será excluído em favor do réu, ficará em revelia Capacidade postulatória: Advogado privado Advogado público Ministério público Defensoria pública Advogados privados: OAB Procuração (artigo 104) Advocacia em causa própria (Artigo 106,CPC) Procuração Geral: poderes típicos mínimos Com poderes específicos: receber, fazer acordo em nome do cliente; Direito dos advogados no CPC: Artigo 107 Examinar, em cartório de fórum e secretaria de tribunal, mesmo sem procuração, autos de qualquer processo, independentemente da fase de tramitação, assegurados a obtenção de cópias e o registro de anotações, salvo nas hipóteses de segredo de justiça, nas quais apenas o advogado constituído Sucessão de advogados: (troca) Atos entre vivos: Revogação pelo cliente Renúncia pelo advogado Causa Mortis Advocacia Pública: Artigo 182,CPC “incumbe à Advocacia pública, na forma da lei, defender e promover os interesses públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, por meio de representação judicial, em todos os âmbitos federativos, das pessoas jurídicas de direito público que integram a administração direta e indireta.” Artigo 184,CPC “ O membro da Advocacia Pública será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções.” Advogados Públicos: Procuradores do Estado Procuradoria Geral do Estado (PGE) Procuradores do Município Procuradoria Geral do Município (PGM) Advogado da União Procurador Federal Procurador da Fazenda Pública (A G U) Defensoria Pública: Artigo 185,CPC “A Defensoria Pública exercerá a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, em todos os graus, de forma integral e gratuita.” Artigo 186. CPC – Prazos “A Defensoria Pública Gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais” O prazo tem início com a intimação pessoal do defensor público, nos termos do art.183,§1 A requerimento da defensoria pública, o juiz determinará a intimação pessoal da parte patrocinada quando o ato processual depender de providência ou informação que somente por ela possa ser realizada ou prestada Os dispostos no caput aplica-se aos escritórios de prática jurídica das faculdades de Direito reconhecidas na forma da lei e às entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a Defensória Pública. Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para Defensoria Pública. Artigo 187,CPC- Responsabilidade “ O membro da Defensoria Pública será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções.” Defensores Públicos: Defensor Público da União Defensor Público Estadual Deveres das Partes e seus Procuradores Previsão: Artigo 77,CPC “Além de outros previstos neste código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo.” Expor os fatos em juízo conforme a verdade Não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamentos Não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito Cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação Declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva; Não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso. Descumprimento e consequência Descumprimento dos incisos IV e VI art.77 Ato atentatório a dignidade da justiça multa até 20% do valor da causa Descumprimento dos demais deveres Litigância de má-fé Multa superior a 1% e inferior a 10% sobre o valor da causa multa não depende do dano/ prejuízo + Indenização por perdas e danos de acordo com STF, reparação decorre de ilícito processual, com caráter reparatório + Atos com despesas e honorários advocatícios Despesas/ Honorários/ Multas Previsão legal: ARTIGO 82,CPC “ Salvo disposições concernentes à gratuidade da justiça, incumbe às partes prover as despesas dos atos que realizarem ou requererem no processo, antecipando-lhes o pagamento, desde o início até a sentença final ou, na execução, até a plena satisfação do direito reconhecido no título” §1: incube ao autor adiantar as despesas relativas a ato cuja realização o juiz determinar de ofício ou a requerimento do Ministério público, quando sua intervenção ocorrer como fiscal da ordem jurídica. §2: a sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou Gratuidade da justiça: Artigo 98,CPC “ a pessoa natural ou jurídica, brasileiro ou estrangeiro, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei” §1: a gratuidade da justiça compreende: As taxas ou as custas judiciais Os selos postais As despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a publicação em outros meios A indenização devida à testemunha que, quando empregada, receberá do empregador salário integral, como se em serviço estivesse As despesas com a realização de exame de DNA e outros exames considerados essenciais Os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação da versão em português de documento regido por língua estrangeira O custo com a elaboração de memória de cálculo, quando exigida para instauração da execuçãoOs depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para propositura de ação para a prática de outros atos processuais inerentes ao exercício da ampla defesa e do contraditório §2: a concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência. §3: vencido o beneficiário, as obrigações de decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade §4: a concessão de gratuidade não afasta o dever de o benefício pagar, ao final, as multas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento. §5: a gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais, ou consistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento §6: conforme o caso, o juiz poderá conceder direito ao parcelamento de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento. “Salvo as disposições concernentes à gratuidade da justiça, incumbe às partes prover as despesas dos atos que realizarem ou requererem no processo, antecipando-lhes o pagamento, desde o início até a sentença final ou, na execução, até a plena satisfação do direito reconhecido no título” Antecipação de despesas ≠ pagamento §1: adiantamento das despesas pela parte que requer a prova. Prova produzida de ofício ou a requerimento do fiscal de ordem jurídica auto antecipa as despesas Sucumbência: Impostos na sentença O que são despesas: artigo 84,CPC. “ as despesas abrangem as custas dos atos do processo, a indenização de viagem, a remuneração do assistente técnico e a diária de testemunhas” Honorários: Honorários Sucumbenciais ≠ Honorários Contratuais Titularidade: Advogados privados e públicos Honorários sucumbenciais: Pagos pela parte derrotada ao advogado da parte vencedora. Fixação dos honorários Hipóteses em que a Fazenda Pública é parte. Majoração de honorários: Regra geral: 10 à 20% sobre o valor da condenação Honorários recursais Obs: é proibido a compensação Gratuidade da Justiça: Artigo 98,CPC “A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei “ DOS PODERES, DOS DEVERES E DA RESPONSABILIDADE DO JUIZ Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: I - assegurar às partes igualdade de tratamento; II - velar pela duração razoável do processo; III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente protelatórias; IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária; V - promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores judiciais; VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito; VII - exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da segurança interna dos fóruns e tribunais; VIII - determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso; IX - determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais; DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo: I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha; II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes; VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços; VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório; IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado. Art. 145. Há suspeição do juiz: I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados; II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio; III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive; IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes. § 1o Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões. § 2o Será ilegítima a alegação de suspeição quando: I - houver sido provocada por quem a alega; II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido. Art. 146. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegará o impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do processo, na qual indicará o fundamento da recusa, podendo instruí-la com documentos em que se fundar a alegação e com rol de testemunhas. § 1o Se reconhecer o impedimento ou a suspeição ao receber a petição, o juiz ordenará imediatamente a remessa dos autos a seu substituto legal, caso contrário, determinará a autuação em apartado da petição e, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentará suas razões, acompanhadas de documentos e de rol de testemunhas, se houver, ordenando a remessa do incidente ao tribunal. Litisconsórcio: Conceito: Artigo 116,CPC: “ Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente” Quanto a posição no processo: Polo ativo Ativo Polo passivo passivo Ambos os polos Misto Quanto ao momento de formação: inicial Posterior Quanto a obrigatoriedade> Facultativo Necessário: Artigo 114, CPC “ O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes” OBS: Litisconsórcio Multitudinário: Artigo 113,§1, CPC O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida solução do litigio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença” Quanto à decisão judicial em relação aos litisconsortes: Simples Unitária: Artigo 116,CPC “ O Litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação Jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes “ Relação entre litisconsortes: Artigo 117,CPC “Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar” Artigo118,CPC “ cada litisconsorte tem o direito de promover o andamento do processo, e todos devem ser intimados dos respectivos atos.” Litisconsortes Simples: Sentença ineficaz para o litisconsorte que não integrou o processo Litisconsortes Unitário: Sentença será Nula Intervenção de terceiros Assistência Noções Gerais: Artigo 119,CPC “pendendo causa entre 2 ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em que a sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-la” Procedimentos: Artigo 120,CPC “Não havendo impugnação no prazo de 15 dias, o pedido do assistente será deferido, salvo se for caso de rejeição liminar” “Se qualquer parte alegar que falta ao requerente interesse jurídico para intervir, o juiz decidirá o incidente, sem suspensão do processo” Necessidade de interesse jurídico do assistente Intervenção espontânea e voluntária Assistência Simples: A X B ação de despejo B sublocou o imóvel para C ilegalmente C pode se oferecer para ser assistente do B por ter interesse jurídico Litisconsorcial: A(condômino) X B( Condomínio) C(Condômino) A favor do condomínio Poderes/ Prerrogativas do assistente: Simples: Artigo 121,CPC “O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais do assistido Litisconsorcial Efeitos da sentença Impossibilidade de rediscussão dos fundamentos da sentença Denunciação da Lide Noções Gerais: Artigo 125,CPC “ É admissível denunciação da lide, promovida por qualquer das partes Intervenção provocada: Pelo Autor: No início da sentença Pelo Réu: Na defesa OBS: Não se admite denunciação per saltum Exemplo de denunciação da lide: Condomínio X Construtora ação contra defeitos na construção OBS: Ação principal Construtora X Engenheiro responsável Ação regressiva e Denunciação da Lide
Compartilhar