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Anatomia do Sistema Cardiovascular

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Anatomia Integrada
 
Sistema Cardiovascular
 
 
 
 
 
- José Marc
 
 
 
 
 
Anatomia Integrada
Sistema Cardiovascular 
 
Monitoria de Anatomia – 2011.2 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho -
Anatomia Integrada 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 2 
 
Generalidades 
Aspectos citológicos: 
- Miócito cardíaco àConstituem o músculo estriado cardíaco. Uma característica exclusiva 
dessas células é a presença dos discos intercalares, que por sua vez são complexos que “ligam” 
miócitos adjacentes. Nesses discos encontram-se três especializações juncionais principais: 
zônula de adesão, desmossomos e junções comunicantes. Cada uma tem sua importância sendo 
que o destaque vai à função das junções comunicantes, que é o de dar continuidade iônica entre 
as células musculares vizinhas. 
Aspectos histológicos: 
- Capilares àCompostos de uma única camada de células endoteliais, que por sua vez repousa 
sobre uma lâmina basal. As células se unem via zônulas de oclusão, o que impede o 
extravasamento do conteúdo conduzido. Em vários locais (Ex: capilares e vênulas) encontram-
se os chamados pericitos, que por sua vez se diferenciam em células endoteliais quando ocorre 
danos ao vaso. 
I – Tipos de capilares: 
1. Capilar contínuo ou somático àAusência de fenestras em sua parede. Encontrado em todos 
os tipos de tecido muscular, tecidos conjuntivos, glândulas exócrinas e tecido nervoso. 
2. Capilar fenestrado ou visceral à Caracterizado pela presença de grandes orifícios ou 
fenestras nas paredes das células endoteliais, as quais são obstruídas por um diafragma. São 
encontrados em tecidos que possuem rápido intercâmbio de substâncias entre os tecidos e o 
sangue, como o rim, os intestinos e as glândulas endócrinas. 
3. Capilar fenestrado destituído de diafragma àCaracterístico do glomérulo renal. 
4. Capilar sinusóide àCaminho tortuoso que “freia” a velocidade do sangue. Células 
endoteliais são descontínuas e exibem fenestrações sem diafragma ainda há a presença de 
macrófagos entre as células endoteliais. Encontrados principalmente no fígado. 
- Vasos Sanguíneos “maiores” à Presença de túnicas, são elas: 1 – Túnica íntima, mais 
interna, possui células endoteliais apoiada em uma camada de tecido conjuntivo frouxo, que 
ocasionalmente contém músculo não-estriado. Em artérias a íntima está separada da média por 
uma lâmina elástica interna. 2 – Túnica Média, camada constituída principalmente por 
musculatura não-estriada. Em artérias possui a lâmina elástica externa, que separa a média da 
adventícia. 3 – Túnica Adventícia, constituída principalmente por colágeno tipo I e fibras 
elásticas. 
*Vasa vasorum àSão, literalmente, vasos de vasos. Encontrados em vasos mais calibrosos. 
Provêem à adventícia, pois a espessura dos vasos impede que só o sangue que passa por ele seja 
suficiente para difundir metabólitos às células das camadas mais externas. 
- Arteríolas à Camada subendotelial muito delgada, lâmina elástica interna pode estar ausente e 
a camada média é composta de uma ou duas camadas de musculatura não-estriada. 
- Artérias Médias à Túnica média e lâmina elástica interna são de considerável tamanho. 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 3 
 
- Grandes Artérias Elásticas à Cor amarelada em virtude do acúmulo de elastina na túnica 
média. A túnica média possui uma série de lâminas elásticas perfuradas e entre elas se situam as 
células musculares, fibras colágenas, proteoglicanos e glicoproteínas. 
- Vênulas pós-capilares àUma camada de células endoteliais circundadas por uma camada de 
células pericíticas contráteis. Participam muito dos processos inflamatórios e trocas de 
moléculas entre o sangue e os tecidos. 
- Veias à Camada subendotelia é fina e pode estar ausente. As grandes veias possuem a íntima 
bem desenvolvida, túnica média com poucas células musculares e túnica adventícia sendo a 
mais espessa e desenvolvida 
*Válvulas à Constituem dobras da túnica íntima, em forma de meia-lua. As válvulas são 
constituídas de tecido conjuntivo rico em fibras elásticas e são revestidas por endotélio. 
- Coração à Possui uma região central fibrosa, que constituí o esqueleto fibroso do coração e 
dá apoio às válvulas. O endocárdio é homólogo à íntima dos vasos sanguíneos, possuindo uma 
camada de células endoteliais apoiadas numa camada subendotelial delgada de tecido 
conjuntivo frouxo. A camada subendotelial é separada do miocárdio por uma camada de tecido 
conjuntivo (camada subendocardial) que contém os ramos do sistema de condução do impulso 
do coração os miócitos condutores cardíacos ou fibras de Purkinje. O miocárdio é a camada 
muscular do coração, no qual as células se organizam para envolver as câmaras do coração 
como uma espiral complexa. Externamente o coração é coberto por um epitélio pavimentoso 
simples, o mesotélio, que se apóia em uma fina camada de tecido conjuntivo que constitui o 
epicárdio. O tecido adiposo que geralmente envolve o coração se acumula na camada 
subepicardial. O epicárdio constitui o folheto visceral do pericárdio, membrana serosa que 
reveste o coração. Ente o folheto visceral e o folheto parietal se encontram uma pequena 
quantidade de líquido, que por sua vez facilita o deslizamento do coração. 
- Capilares linfáticos à Organizam-se como vasos finos sem aberturas terminais, que consistem 
de uma camada de endotélio e uma lâmina basal incompleta. Os vasos linfáticos são mantidos 
abertos através de numerosas miofibrilas elásticas. Não possuem uma separação clara entre as 
túnicas e o número de válvulas é maior. A estrutura dos grandes ductos linfáticos é semelhante à 
das veias, exibindo uma camada média reforçada por músculo liso e podem possuir vasa 
vasorum. 
Aspectos Fisiológicos: Fisiologia do Coração 
- Peculiaridades da musculatura cardíaca 
I – Sincío à Devido à presença dos discos intercalares, que “separam” as células, mas 
permitem livre passagem de íons, via junções comunicantes (gap junction). Pode ser separado 
em um sincício atrial e um sincício ventricular, os quais se sincronizam pelo sistema excito - 
condutor do coração. 
*O tecido fibroso do esqueleto fibroso do coração impede a propagação de impulsos. 
II – Formação de Platôs à Decorrente da maior quantidade de canais de cálcio – sódio que, 
além de estarem em maior número, são mais lentos. Além disso, é necessária a entrada de íons 
cálcio, pois os mesmos são responsáveis pela contração muscular. Lembre-se que o músculo 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 4 
 
cardíaco não armazena cálcio*. Com a grande entrada de íons cálcio e sódio a entrada de íons 
potássio diminui, logo a retomada ao potencial de repouso é ainda mais lenta. 
*A necessidade do cálcio extracelular é derivado do fato dos retículos sarcoplasmáticos das 
células cardíacas serem pouco desenvolvidos. 
III – Período Refratário à Intervalo no qual o impulso cardíaco normal não pode re-excitar o 
miocárdio. No período refratário relativo é possível se re-excitar o miocárdio, desde que o 
impulso seja forte o suficiente. 
- Acoplamente Excitação – Contração do Miocárdio 
Potencial de ação à Túbulos T (Maiores e com mucopolissacarídeos negativos) à Túbulos 
Sarcoplasmáticos Longitudinais à Retículo Sarcoplasmático à Liberação de Cálcio à 
Contração mais forte porque tem mais cálcio. 
- O ciclo cardíaco 
I – Relação com o eletrocardiograma: 
1. Onda P à Disseminação da polarização dos átrios à 
Contração atrial à Aumento do volume ventricular e aumentos 
discretos na pressão atrial e ventricular. 
2. Complexo QRS à Despolarização dos ventrículos e 
repolarização dos átrios (sendo que essa onda é “disfarçada” 
pela amplitude do complexo como um todo) à Contração 
ventricularà Aumento abrupto da pressão ventricular, que 
acaba por abrir as valvas e ejetar o sangue. Imediatamente antes 
é verificado o fechamento da valva A-V. Durante este período 
ocorre uma contração e o relaxamento isovolumétrico. 
3. Onda T à Repolarização dos ventrículos à Relaxamento dos ventrículos 
4. Onda U à Último e inconstante fenômeno do ciclo elétrico cardíaco inscrevem-se logo após 
a onda T e antes da onda P do ciclo seguinte. Tem polaridade igual à da onda T precedente e sua 
magnitude não ultrapassa 50% da magnitude da T, em condições normais. Inversões da onda U 
ou aumentos em seu tamanho sempre traduzem condições patológicas. Sua gênese ainda é 
controvertida, postulando-se a onda U principalmente como: 
a) repolarização do sistema His-Purkinje (mais aceita atualmente); 
b) repolarização tardia dos músculos papilares; 
II – Átrios como bombas de escova à A contração atrial age como um mero complementar, 
visto que aproximadadmente 80% do sangue dos átrios já fluem sem a contração dos mesmos. 
III – Função dos ventrículos como bombas 
↑Sangue atrial e ↑Pressão atrial derivada da sístole ventricular àAbertura das válvulas A-V à 
Enchimento Rápido (80%) à Sístole Atrial à Enchimento Lento (20%) à↑Pressão 
Ventricular à Contração isométrica (sístole ventricular) à Abertura das valvas semilunares à 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 5 
 
Ejeção (Rápida [70%] e Lenta [30%]) à ↓Pressão ventricular à Fechamento das valvas 
semilunares à Relaxamento isométrico à Retorna o ciclo 
IV – Funcionamento das válvulas 
1. Atrioventriculares à Evitam o refluxo dos ventrículos para os átrios. Por estarem sujeitas a 
pressões menores elas são mais membranosas e flexíveis. Além disso, elas contam com os 
músculos papilares que evitam o abaulamento excessivo das valvas e, conseqüente, refluxo 
sanguíneo. 
2. Semilunares à Por estarem sujeitas a pressões maiores elas possuem estrutura fibrosa mais 
resistente e flexível. 
- Energia química para a contração cardíaca à Maior parte é derivada do metabolismo 
oxidativo dos carboidratos e em menor proporção outros nutrientes como a glicose e o lactato. 
- Análise gráfica do ciclo cardíaco 
 
- Regulação do bombeamento cardíaco 
I – Regulação intrínseca do bombeamento cardíaco 
1. Mecanismo de Franklin-Starling 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 6 
 
↑Volume de sangue à ↑ Distensão do miocárdio à ↑ Força do bombeamento (Derivada da 
disposição dos filamentos de actina e miosina, que ficam mais próximos do ponto ideal de 
geração de força. 
2. Efeitos da inervação simpática e parassimpática 
Simpática à Aumento do débito cardíaco 
Parassimpática* à Diminuição do débito cardíaco 
*Age principalmente no nível dos átrios, por isso que ela não diminui a força de contração e sim 
a freqüência. 
II – Efeitos dos íons K+ e Ca2+ 
K+ à↓Potencial de Repouso à ↓Potencial de Ação à Bloqueio do impulso A-V à 
↓Freqüência de batimentos à ↑Flacidez cardíaca 
Ca2+ àContrações espásticas 
III – Efeitos da temperatura 
↑Temperatura à ↑Permeabilidade das membranas das células do miocárdio à ↑Freqüência 
cardíaca. 
*Os efeitos são totalmente inversos na diminuição da temperatura. 
- Excitação rítmica do coração àMarca passo básico é o Nodo Sinusal 
I – Nodo Sinusal àMaior permeabilidade a íons cálcio e sódio. Devido ao seu alto potencial de 
repouso (-55 mV) os canais rápidos de sódio já se encontram fechados. A auto-excitação deve-
se à entrada contínua de íons sódio, com isso o potencial de repouso gradualmente aumenta e 
com o ultrapassar do limiar de ação há aberturas dos canais de sódio-cálcio gerando o potencial 
de ação. O ritmo às condições normais se dá pelo fechamento dos canais de sódio-cálcio com 
simultânea abertura de canais de potássio. Esses dois fenômenos “negativizam” o potencial, 
para evitar-se uma hiperpolarização há o fechamento normal dos canais de potássio com a 
diminuição do potencial e reinício do ciclo. 
II – Vias Internodais àTrês vias de fibras condutoras especializadas: Anterior, Média e 
Posterior. A condução do impulso do átrio direito para o esquerdo se dá pela via anterior. 
III – Nodo Atrioventricular à Responsável, juntamente com as fibras condutoras adjacentes 
pelo retardo de 0,13 segundos, que somados ao retardo anterior da um total de 0,16 segundos de 
“atraso”. O retardo ocorre devido ao menor número de junções comunicantes entre as células do 
nodo, logo há o atraso na condução dos íons excitatórios. Esse atraso é importante pois garante 
que os átrios se contraiam primeiro que os ventrículos. 
IV – Miócitos Condutores Cardíacos (Fibras de Purkinje) à Maior velocidade de condução 
decorrente dos discos intercalares. 
*O impulso não possui direção retrógrada (VentrículoàÁtrio) em decorrência do tecido fibroso 
que age como isolante elétrico, impedindo que o impulso passe dos átrios para os ventrículos 
por outra via que não seja o feixe a-v. 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 7 
 
Aspectos Fisiológicos: Fisiologia da Circulação 
- Teorias básicas da função circulatória 
I – A intensidade do fluxo sanguíneo para os tecidos é regulada pela intensidade do 
metabolismo dos mesmos. 
II – O débito cardíaco é controlado, principalmente, pela soma de todos os fluxos teciduais 
locais. 
III – Em geral a pressão arterial é controlada de modo independente do fluxo e do débito 
cardíaco. 
*↑Força do bombeamento, ↑Constrição dos reservatórios venosos e ↑ Constrição das arteríolas 
são fatores que ↑PA. 
*Definição da pressão sanguínea à Força exercida pelo sangue contra qualquer unidade de área 
da parede vascular. 
*Condutância é igual ao inverso da resistência. 
*Condutância é diretamente proporcional à quarta potência do diâmetro. 
*A resistência de vários vasos em paralelo é menor que a de vasos em sére. 
*↑Hematócrito à ↑Viscosidade à↑Força necessária 
- Efeito da pressão sobre a resistência vascular e fluxo sanguíneo tecidula 
SNA Simpático (contração dos vasos) à ↑PA à↑Força de propulsão do sangue 
↑PA à ↑Distensão dos vasos à ↓Resistência vascular 
- Distendibilidade Vascular e Funções dos Sistemas Arteriais e Venosos 
I – Definição: Distendibilidade 
 
 
*Definição: Complacência à Quantidade de sangue que pode ser armazenado para cada mmHg 
elevado. 
 
II – Pulsações da pressão arterial 
1. Fatores alterantes à Débito cardíaco sistólico (Quanto maior o débito maior a pressão de 
pulso) e Complacência da árvore arterial (Quanto menor a complacência maior a pressão de 
pulso) 
2. A intensidade do impulso fica menor nas arteríolas e capilares, devido ao fenômeno de 
amortecimento, que por sua vez é derivado de dois fatores são eles, resistência ao movimento do 
sangue pelos vasos e a complacência dos vasos. 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 8 
 
III – Veias e suas funções 
1. Armazenamento de sangue. 
2. Pressão venosa central à Pressão do átrio direito àRegulada pela capacidade cardíaca de 
bombear o sangue para fora do átrio e ventrículo direitos para os pulmões. E pela tendência do 
sangue refluir das veias periféricas, logo esse fator é aumentado pelo ↑Volume sanguíneo, 
↑Pressão venosa periférica e ↑Dilatação das arteríolas. 
3. A resistência periférica das veias é, em grande parte devido a pontos de compressão no 
próprio corpo. 
- Controle local e humoral do fluxo sanguíneo pelos tecidos 
I – Controle Agudo 
1. Efeito do metabolismo tecidual à ↑Metabolismo à ↑Fluxo 
2. Disponibilidade de oxigênio à ↓[Oxigênio]* à ↑Fluxo** 
*Teoria da vasodilatação à Maior metabolismo e menor concentração de oxigênio levam a 
produção de substâncias vasodilatadoras (Adenosina, CO2, Fosfato de Adenosina,K+, H+ e 
Histamina. 
**Teoria da falta de nutrientes à Menor concentração de oxigênio com conseqüente redução 
energética levaria ao relaxamento das fibras musculares não-estriadas, levando a uma 
vasodilatação. 
3. Controle metabólico agudo local do fluxo sanguíneo 
Hiperemia Reativa à Bloqueio de Fluxo à ↑Fluxo de compensação 
Hiperemia Ativa à Aumento da atividade à ↑Fluxo de compensação 
4. Autorregulação do fluxo quando a pressão é variada 
Teoria Metabólica à ↑[Oxigênio] à Constrição dos vasos 
Teoria Miogênica à ↑PA à ↑Estiramento à ↑Influxo de íons cálcio à Vasoconstrição 
II – Controle em longo prazo 
1. Vascularização tecidual* à ↑Necessidade à ↑Vascularização 
*Fatores angiogênicos: fator de crescimento do endotélio, fator de crescimento de fibroblastos e 
angiogenina. 
III – Controle humoral da circulação 
1. Agentes vasoconstrictores à Norepinefrina e Epinefrina*, Angiotensina II (aumento da 
resistência vascular periférica), Vasopressina (ADH) e Endotelina (vasoconstrictor estimulado 
nas lesões vasculares). 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 9 
 
*A epinefrina é vasoconstrictora em menor grau e pode ser vasodilatadora como no caso das 
artérias coronárias. 
2. Agentes vasodilatadores à Bradicinina (provoca dilatação dos vasos e aumento da 
permeabilidade capilar), Histamina (liberado em lesões ou inflamações). 
IV – Controle vascular por íons e outros fatores químicos 
1. Vasoconstricção à ↑[Cálcio] 
2. Vasodilatação à ↑[Potássio], ↑[Magnésio], ↑[H+], ↑[Acetato], ↑[Citrato] e ↑[Gás carbônico] 
- Regulação nervosa da circulação e o controle rápido da pressão arterial 
*Todos os vasos exceto capilares, esfíncteres pré-capilares e metarteríolas são inervados pelo 
SNA simpático. 
*A inervação das pequenas artérias e arteríolas permite a estimulação simpática para aumentar a 
resistência ao fluxo sanguíneo e, portanto, diminuir a velocidade do sangue para os tecidos. 
*Estimulação Simpática à↑Atividade cardíaca devido à ↑Freqüência e ↑Força dos batimentos 
*Estimulação Parassimpática àPapel secundário no sistema cardiovascular, exceto, pela 
regulação do nervo vago sobre a freqüência cardíaca. A hiper-estimulação do nervo vago pode 
levar a uma síncope (desmaio) vasovagal, que é decorrente da queda brusca da freqüência 
cardíaca associada à queda considerável da pressão arterial. 
I – Controle vasomotor do encéfalo àÁrea bilateral está situada no bulbo e no terço inferior da 
ponte. 
1. Área vasoconstrictora bilateral àPorções ântero-laterais do bulbo superior. 
2. Área vasodilatadora bilateral àPorções ântero-laterais do bulbo inferior. 
3. Área sensorial àNo trato solitário, localizado nas porções póstero-laterais do bulbo e na 
ponte inferior. Controla as demais áreas. 
II – Controle da atividade cardíaca pelo centro vasomotor 
1. Área medial àSinais para os núcleos dorsais do nervo vago, gerando impulsos inibitórios 
(SNA Parassimpático). 
2. Área lateral à Impulsos excitatórios (SNA Simpático). 
*Essa conformação espacial é válida para os centros vasomotores superiores (ponte, 
mesencéfalo e etc) 
III – Participação das medulas adrenais 
Impulso nervoso à Medula adrenal à Epinefrina e Norepinefrina 
IV – Participação do Sistema Nervoso no controle rápido da PA 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 10 
 
1. Barorreceptores àReflexo captado pelo estiramento das células dos receptores. Localizados 
na parede da artéria carótida interna e na parede do arco aórtico. Transmissão feita pelo nervo 
de Heiring para o nervo Glossofaríngeo para o trato Solitário para finalmente chegar aos centros 
vasomotores. Ação se dá via realimentação negativa. 
*Por responderem melhor a variação de pressão do que a uma pressão estável os barorreceptores 
podem ser “reprogramados” a se acostumar a certa pressão, desde que eles sejam expostos a ela 
por um bom intervalo de tempo. 
2. Quimiorreceptores àAlém dos barorreceptores há os quimiorreceptores, que respondem à 
falta de oxigênio e enviam seus impulsos, também, pelo nervo de Heiring. 
3. Reflexos atriais e das artérias pulmonares àApesar de não detectarem a pressão sistêmica os 
receptores de baixa pressão detectam variações de volume e enviam reflexos paralelos ao centro 
vasomotor, dessa forma toma o sistema total de reflexos o mais potente para o controle da 
pressão arterial. 
Efeitos: ↑P. Atrial à↑Frequência cardíaca (Reflexo de Baimbridge) à↑Pressão glomerular 
à↑Entrada de líquidos à↓ADH à↓Reabsorção tubular 
4. Resposta isquêmica do SNC (“última bala do gatilho”) 
↓Suprimento arterial à↑Excitação dos neurônios do centro vasomotor à↑↑↑↑↑↑PA 
*Reação de Cushing 
↑Pressão do LCR à Compressão das artérias cerebrais à Reação do SNC à↑PA à ↓Pressão 
do LCR 
V – Características especiais do controle nervoso da pressão arterial 
1. Musculatura à Compressão muscular à↑Retorno venoso e Vasoconstrição à ↑Sangue 
enviado ao coração à ↑PA 
2. Ondas respiratórias 
Sinais respiratórios do bulbo que extravasam para o centro vasomotor. 
+ 
Pressão negativa no tórax (inspiração), com expansão dos vasos e menor retorno venoso e, 
conseqüente, menor débito cardíaco. 
+ 
Variações na pressão ativam receptores por estiramento 
= 
Variações rítmicas na pressão arterial 
- Papel dominante dos rins na regulação em longo prazo da PA 
I – Sistema rins-líquidos corporais para o controle da PA 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 11 
 
↑Líquidos corporais à ↑Volume sanguíneo à ↑PA à ↑Excreção renal à ↑Débito e 
↑Natriurese 
II – Determinantes do nível da pressão arterial em longo prazo 
1. Nível de ingestão de água e sal 
2. Grau de desvio da pressão na curva de débito renal de sal e água 
III – Incapacidade da resistência periférica total aumentada de elar a PA em longo prazo 
1. Isso ocorre desde que a função renal normal não seja comprometida. 
2. A diminuição da pressão se dá pelo fato do aumento da função renal (Natriurese e débito 
renal) 
↑Volume de líquido extracelular à ↑Volume de sangue à ↑PA media de enchimento à 
↑Retorno venoso à ↑Débito cardíaco à↑PA e indiretamente auto-regulação do fluxo que leva 
uma ↑Resistência periférica o que também aumenta a PA. 
IV – Sal x Hipertensão 
↑[NaCl] à ↑Osmolalidade à Estimulação dos centros da sede (↑Ingestão de água) e secreção 
de ADH(↑Reabsorção de água) à ↑Volume de líquido extracelular à↑Débito cardíaco e 
↓Resistência periférica (Efeitos iniciais) à Auto-regulação do fluxo (débito cardíaco) e 
adaptação dos barorreceptores(resistência periférica) à↓Débito cardíaco e ↑Resistência 
periférica vascular (Efeitos finais) à ↑PA estabilizada em valor acima do normal 
V – Sistema Renina-Angiotensina 
↓PA à Renina (rins) à Angiotensinogênio àAngiotensina I à Angiotensina II (pulmões) 
àSecreção de aldosterona àRetenção renal de água e sal à Vasoconstricção à ↑PA 
- Resumo do sistema integrado multifacetado para a regulação da pressão arterial 
I – Mecanismos Rápidos (segundos ou minutos) àBarorreceptores, Quimiorreceptores e 
Isquemia do SNC. 
II – Mecanismos de tempo Intermediário (minutos ou horas) àRenina – Angiotensina, 
Relaxamento por estresse dos vasos e Extravasamento de líquido pelos capilares. 
III – Mecanismos Lentos (horas ou dias) à Controle renal do volume sanguíneo 
Aspectos Anatômicos 
- Anastomoses 
Significa ligação entre artérias, veias e nervos os quais estabelecem uma comunicação entre si. 
A ligação entre duas artérias ocorre em ramos arteriais, nunca em troncos principais. Às vezes 
duas artérias de pequeno calibre se anastomosam para formar um vaso mais calibrosos. 
Freqüentemente a ligação se faz por longo percurso, por vasos finos, assegurando uma 
circulação colateral. 
 
JoséMarcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 12 
 
Coração 
"No coração do homem é que reside o princípio e o fim de tudo." Leon Tolstoi 
Pericárdio 
- Localizado no mediastino médio, juntamente com o coração e as 
raízes dos grandes vasos. 
- Componentes 
I – Fibroso ou Pericárdio Parietal àCamada externa e resistente, é 
contínua com o tendão central do diafragma. O pericárdio fibroso é 
contínuo com a túnica adventícia dos grandes vasos, além disso, ele 
é ligado ao esterno pelos ligamentos esternopericárdicos 
(Ligamentos de Lannelongue), que são em número de dois são eles: 
Ligamento esternopericárdico superior, que se prende no manúbrio 
do esterno, e o Ligamento esternopericárdico inferior, que se 
prende ao processo xifóide. O tecido fibroso interposto entre o saco 
e a coluna vertebral é o Ligamento pericadiovertebral. Um 
espessamento do ligamento fibroso, que prende o pericárdio ao diafragma, e que por sua vez 
está ao redor da veia cava inferior é conhecido como Ligamento Pericardiofrênico. O pericárdio 
fibroso protege o coração contra super-enchimento súbito. 
II – Seroso ou Epicárdio ou Pericárdio Visceral àCamada interna, composto por mesotélio e 
uma camada de células achatadas que forma um epitélio que reveste a superfície interna do 
pericárdio fibroso. 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 13 
 
- Estruturas importantes 
I – Mesocárdio arterial à Extensão do pericárdio sobre a aorta e o tronco pulmonar. 
II – Mesocárdio venoso à Extensão do pericárdio sobre as veias cavas e as veias pulmonares. 
III – Seio pericárdico oblíquo àReflexão do mesocárdio venoso forma um fundo de saco em U 
na parte dorsal da cavidade pericárdica. 
IV – Seio pericárdico transverso à É uma passagem entre o mesocárdio venoso e o mesocárdio 
arterial. 
V – Ligamento da veia cava esquerda* (Prega vestigial de Marshall) àPrega de pericárdio 
seroso que se estende da artéria pulmonar esquerda à parede atrial ou à veia pulmonar 
subjacente. É formado pelo remanescente da parte proximal da veia cava superior esquerda 
(Veia cardinal anterior esquerda de Ducto de Cuvier), o qual se torna obliterado na vida fetal. 
*Se bem desenvolvido, pode permanecer como uma faixa fibrosa estendidad da veia intercostal 
esquerda suprema a uma pequena veia que drena para o seio coronário, a veia oblíqua do átrio 
esquerdo (Veia oblíqua de Marshall) 
- Relações 
I – As paredes laterais, isto é, as superfícies mediastinais, estão opostas à pleura parietal 
mediastinal. As duas membranas são aderentes, mas não fundidas e o nervo frênico, com seus 
vasos satélites, é mantido entre elas enquanto atravessa o tórax 
II – A pleura envolve ventralmente o pericárdio exceto por uma pequena área triangular no lado 
esquerdo. Esta área representa a porção caudal do corpo do esterno e às extremidades mediais 
da quarta e quinta cartilagens costais esquerdas. Na percussão do tórax, para o diagnóstico 
físico, o triângulo é chamado de área de macicez absoluta porque não há interposição do pulmão 
para produzir ressonância. 
Coração 
- Paredes das câmaras cardíacas 
I – Endocárdio – Descritos na parte da histologia 
II – Miocárdio – Descritos na parte da histologia 
III – Epicárdio – Descritos na parte da histologia 
- Esqueleto fibroso do coração 
I – Estrutura formada por fibras colágenas densas, que por sua vez dão fixação às fibras 
musculares. 
II – Formado por quatro anéis fibrosos, que circundam os óstios das valas dos grandes vasos. 
III – Forma um isolante elétrico, separando os impulsos conduzidos mio-eletricamente dos 
átrios para os ventrículos, de forma que eles contraiam de forma independente. 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 14 
 
IV – Mantém os orifícios das valvas A-V e a arteriais permeáveis e impede que eles sejam 
excessivamente distendidos. 
V – Triângulo fibroso direito àEntre a margem do anel fibroso átrio-ventricular esquerdo, anel 
aórtico e átrio-ventricular direito. Um feixe fibroso que se estende do triângulo direito ao anela 
atrioventricular direito parte para o posterior do cone e face anterior do anel aórtico e é chamado 
de tendão do cone. 
VI – Triângulo fibroso esquerdo àEntre os anéis aórtico e átrio-ventricular esquerdo. 
- Forma Geral: Cone (ou pirâmide) invertido 
I – Ápice do coração (Ictus Cordis) àFormado pela parede ínfero-lateral do ventrículo 
esquerdo; situa-se posterior ao 5º espaço intercostal esquerdo em adultos. É o local onde os sons 
dos fechamentos das valvas A-V são mais audíveis. O ápice do coração é revestido por uma 
extensão da pleura. 
II – Base do coração 
àFormado 
principalmente pelo átrio 
esquerdo, com uma menor 
contribuição do átrio 
direito. Está voltado 
posteriormente aos corpos 
das vértebras T6 – T9 e 
está separado delas pelo 
pericárdio, seio pericárdio 
oblíquo, esôfago e pela 
aorta. 
- Faces do coração 
I – Face esternocostal 
(anterior) àFormada 
principalmente pelo 
ventrículo direito. 
II – Face diafragmática 
(inferior) àFormada 
principalmente pelo 
ventrículo esquerdo e 
parte do ventrículo direito; relaciona-se com o tendão central do diafragma. 
III – Face pulmonar direita àFormada principalmente pelo átrio direito. 
IV – Face pulmonar esquerda àFormada principalmente pelo ventrículo esquerdo. Forma a 
impressão cardíaca no pulmão esquerdo. 
*A face posterior do coração é como se fosse a soma de parte das faces pulmonares. A face 
posterior se relaciona com a metade da quarta vértebra torácica até a parte superior da oitava 
vértebra torácica, esse conjunto é chamado Vértebras Cardíacas de Giacomini. Cada vértebra 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 15 
 
dessas possui um nome especial de acordo com a estrutura relacionada, sendo assim se chamam: 
T4 – Vértebra 
Supracardíaca, T5 – 
Vértebra Infundibular, T6 – 
Vértebra Auricular, T7 – 
Vértebra Ventricular e T8 – 
Vértebra do ápice. Entre os 
planos que passam pelos 
processos espinhosos de T4 
e T5 se localiza a origem 
dos grandes vasos. 
- Margens do coração 
I – Margem direita àAD, 
vai da veia cava superior à 
veia cava inferior. 
II – Margem inferior àVD 
e pequena parte do VE. 
III – Margem esquerda 
àVE e aurícula esquerda 
IV – Margem superior àÁtrios e aurículas. 
- Acidentes importantes 
I – Sulco coronário àCircunda o coração entre os ventrículos, dirigido para o ápice, e os átrios, 
que se situam na base. Ocupado pela artéria e veia que irrigam o coração. 
II – Sulco interventricular anterior ou Sulco longitudinal ventral àFace esterno-costal. É uma 
linha de separação entre os ventrículos anteriormente. 
III – Sulco interventricular posterior ou Sulco longitudinal dorsal àFace diafragmática. É 
contínuo com o sulco interventricular anterior próximo ao ápice, ao nível da incisura do ápice 
do coração. 
- Átrio Direito (L. Sala íntima. Grande aposento central da casa romana, com lareira num dos 
cantos) 
I – Exterior 
1. Veia cava superior 
2. Veia cava inferior 
3. Seio coronário 
4. Aurícula direita àLocalizada entre a abertura da veia cava superior e o ventrículo direito. 
Sua junção com o seio venoso é marcada externamente pelo sulco terminal, que corresponde a 
crista terminal no interior do coração. 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 16 
 
II – Interior 
1. Parede posterior lisa, com 
paredes finas (seio das veias 
cavas), na qual se abrem as veias 
cavas e o seio coronário. 
2. Parede anterior muscular, 
formado pelos músculos pectíneos. 
Essa parede anterior é a aurícula. 
3. Óstio AV direito através o AD 
transfere sangue desoxigenado para 
o VD. 
4. Válvulas àO seio coronário e o 
seioda veia cava inferior possuem 
válvulas, cuja função principal é 
evitar o refluxo sanguíneo. Elas se chamam válvula do seio coronário (Válvula de Tebésio) e 
válvula do seio da veia cava infeior (Válvula de Eustáquio). 
*Tubérculo intervenoso (Tubérculo de Lower) àPequena área proeminente na parede septal do 
AD, entre a fossa oval e o óstio da veia cava superior. É mais notável no coração de 
quadrúpedes. Richard Lower, seu descobridor, acreditava que esse tubérculo era auxiliar no 
desvio do sangue para o forame oval. A importância desse tubérculo é mais histórica que 
anatômica. 
*O óstio do seio coronário recebe a maior parte das veias cardíacas, situando-se entre o óstio 
AV direito e o óstio da veia cava inferior. 
*No septo interatrial se localiza a fossa oval (Fossa de Botal), que é um remanescente do forame 
oval (Forame de Botal) no feto. Essa fossa é circundada por uma pequena margem elevada, o 
limbo da fossa oval (Istmo de Vieussens). 
*Pequenas veias que drenam o sangue do coração desembocam também no AD, são chamadas 
de veias cardíacas mínimas 
(Veias de Tebésio) elas 
determinam pequenos forames 
na parede do AD (Forames de 
Tebésio ou Forames de 
Vieussens) 
- Ventrículos Direito 
I – Exterior 
1. Tronco pulmonar. 
2. Limites àDireito (sulco 
coronário) e o Esquerdo (Sulco 
interventricular anterior) 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 17 
 
II – Interior 
1. Superiormente afila-se ao cone arterial (infudíbulo), que conduz ao tronco pulmonar. Esse 
cone é separado da parede muscular rugosa pela crista supraventricular. A superfície do cone é 
bastante lisa, e seu limite é marcado por uma orla de tecido muscular, a crista supraventricular 
2. Valva AV direita (Valva tricúspide) àConstituída por três cúspides (L. Ponta da lança ou 
dente de javali) ou lacínias, a ventral ou infundibular, a dorsal ou marginal e a medial ou septal 
.Mantida aberta por três músculos papilares (anterior, posterior e septal), que por sua vez fiam 
as válvulas por meio de cordas tendíneas. 
*Os músculos papilares começam a se contrair antes da contração do ventrículo direito, 
tensionando as cordas tendíneas e aproximando as válvulas. 
*O músculo papilar anterior envia cordas para a válvula anterior e posterior, o músculo papilar 
posterior envia cordas para a válvula posterior e septal e o músculo papilar septal envia cordas 
para a válvula septal e anterior. 
3. Feixe moderador ou Trabécula septomarginal (Corda de Leonardo Da Vinci) àVai da parte 
inferior do septo interventricular até a base do músculo papilar anterior, conduz o ramo direito 
do fascículo atrioventricular (Feixe de His). Funciona como “atalho” para o impulso elétrico. 
4. Valva pulmonar àFormada por três válvulas pulmonares, anterior, esquerda e direita. Essas 
válvulas são composta por três acidentes, a comissura que é o ponto de união com as válvulas 
adjacentes, o seio que a “bolsa” que cada uma possui e a lúnula que é formado pela superfície 
externa dos arcos dessas válvulas. 
- Átrio Esquerdo 
I – Exterior 
1. Veias pulmonares 
2. Aurícula esquerda àSitua-se sobre o começo da artéria coronária esquerda e tem início 
marcado pelas cristas musculares dos 
músculos pectíneos. 
II – Interior 
1. No septo inter-atrial há uma 
depressão semilunar, que indica o 
assoalho da fossa oval, a crista 
adjacente é a válvula do forame oval. 
2. Músculos pectíneos localizados na 
aurícula esquerda. 
3. Óstio AV para a passagem do sangue 
oxigenado para o VE. 
4. Normalmente há quatro aberturas 
para as quatro veias pulmonares, sendo 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 18 
 
que às vezes as veias pulmonares esquerdas têm uma abertura em comum. 
- Ventrículo Esquerdo* (L. Diminutivo de ventre) 
*Paredes mais grossas de todas as câmaras. Possui um número maior de trabéculas cárneas. 
I – Exterior 
1. Aorta 
2. Artérias coronárias* 
*Não saem direto do ventrículo esquerda, no entanto devido a sua intensa relação com a valva 
semilunar da aorta foi colocada nessa 
parte exterior do VE. 
II – Interior 
1. Dois músculos papilares, anterior e 
posterior. 
2. Uma parte de saída, súpero-anterior, 
não-muscular, de parede lisa é o 
vestíbulo da aorta, levando a o óstio da 
aorta e a valva aorta. 
3. Valva atrioventricular esquerda 
(Valva Mitral), composta de duas 
válvulas, que guardam o óstio AV 
esquerdo. Esse óstio também possui um anel fibroso ao seu redor. 
*Valva aórtica àConstituída por três válvulas semilunares, semelhantes às da valva pulmonar, 
porém maiores, mais espessas e mais fortes. As lúnulas são mais distintas e os nódulos 
(Corpúsculos de Arânzio), mais espessos e proeminentes. Entre as válvulas e a parede da aorta 
formam-se bolsas dilatadas chamadas seios aórticos (Seios de Vaslava). Do seio esquerdo e 
direito saem, respectivamente, as artérias coronárias esquerda e direita. 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 19 
 
- Sistema de condução 
I – Nódulo sinu-atrial (Nódulo de Keith e Flack) àSituado na junção da veia cava superior e do 
átrio direito. É o marca-passo cardíaco natural. 
II – Nódulo átrio-ventricular (Nódulo de Ashcoff e Tawara) àLocalizado próximo ao óstio do 
seio coronário. 
III – Feixe átrio-ventricular (Feixe de His) àConduz o impulso do nódulo AV para o resto das 
fibras condutoras. 
IV – Miócitos condutores cardíacos (Fibras de 
Purkinje) àConduzem o impulso final em 
espiral para o miocárdio. 
 
 
 
 
 
 
 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 20 
 
Artérias 
- Etimologia à Artéria vem do grego Era , ar e Terein , conservar, guardar. Os gregos antigos 
acreditavam que as artérias conduziam o ar. Hipócrates chamava “artéria” à traquéia e árvore 
bronquial e “flebos” aos vasos, mas os anatomistas gregos antigos acreditavam que as artérias 
continham ar e as veias, sangue, pelo fato de que às dissecações, aqueles vasos mostravam-se 
vazios. Somen-te no século XVII, os trabalhos de Miguel Servetto, Realdo Colombo, Fabrizzio 
D`Àcquapendente e William Harvey demonstraram claramente a circulação sanguínea nas 
artérias. 
- Tronco Pulmonar 
I àTransporta o sangue que cedeu oxigênio do coração para os pulmões. Origina-se do cone do 
ventrículo direito. No nível da fibrocartilagem entre T5 e T6 se divide em ramos direito e 
esquerdo. O tronco pulmonar está completamente envolvido por pericárdio visceral. 
II àRamos: 
1. Artéria Pulmonar Direita 
2. Artéria Pulmonar Esquerda 
OBS: Os demais detalhes das artérias pulmonares serão abordados no Módulo de Anatomia do 
Sistema Respiratório. 
- Aorta (G. aeirein, levantar ou ser levantado. A origem deste termo ainda é incerta, pois 
pode ter sido derivado do Grego Aortemai, suspenso, Era, ar, Tereo, eu tenho ou ainda 
Aortés, faca de cabo curto e curvo usado pelos povos macedônios). 
I à É o principal tronco das artérias sistêmicas. Emerge no óstio aórtico do ventrículo esquerdo 
com cerca de 3 cm de diâmetro. Sobe em 
direção ao pescoço e depois se inclina para a 
esquerda, passando dorsalmente à raiz do 
pulmão esquerdo. Desce no interior do tórax, no 
lado esquerdo da coluna vertebral e passa 
através do hiato aórtico para a cavidade 
abdominal. No nível de L4 a aorta se bifurca 
nas ilíacas comuns. 
II à As porções da aorta são: Aorta ascendente, 
Arco da Aorta (Cajado da Aorta) e Aorta 
Descendente, que se subdivide em Descendente 
Torácica e Descendente Abdominal. 
- Aorta Ascendente 
I à Está coberta pelo pericárdio visceral, que a encerra em uma bainha comum com o tronco 
pulmonar. Na sua origem, em frente às partes da valva aórtica, existem três pequenas dilatações 
chamadas de seios aórticos (Seios deVasalva), são eles: Anterior Direito, Anterior Esquerdo e 
Posterior. Apenas o direito e o esquerdo emitem algum ramo. 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 21 
 
II àRamos: 
1. Artéria Coronária Direita à Origina-se no seio anterior direito. Segue o sulco primeiro a 
direita, contornando a margem direita do coração, e em seguida dirigi=se para a esquerda na 
superfície diafragmática. 
 1.1 Ramos à Artéria interventricular direita ou posterior (Localizada no sulco dorsal); 
Ramo Marginal Maior (Origina-se na margem direita e acompanha a margem aguda, 
terminando próximo ao ápice na superfície dorsal do ventrículo direito). 
 1.2 Região irrigada à A artéria interventricular direita fornece ramos para ambos os 
ventrículos. O ramo marginal maior fornece pequenos ramos para o átrio direito, um dos quais 
nutre o nó sinuatrial (em cerca de 70% dos casos), além de outro que nutre o nó átrio-ventricular 
(em cerca de 92 % dos casos). 
2. Artéria Coronária Esquerda à Origina-se no seio anterior esquerdo. 
 2.1 Ramos à Artéria interventricular esquerda ou anterior (Localizada no sulco 
ventral). Ramo circunflexo (Segue a parte esquerda do sulco coronário) 
 2.2 Região irrigada à A artéria interventricular esquerda fornece ramos para ambos os 
ventrículos, já o ramo circunflexo fornece ramos para o átrio e ventrículo esquerdos. 
*Variações à A artéria coronária esquerda ou seu ramo descendente pode se originar da artéria 
pulmonar esquerda e irrigar o ventrículo esquerdo, essa anomalia quase sempre leva a morte 
ainda na infância. 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 22 
 
*O ramo direito do feixe geralmente é irrigado pelo ramo descendente anterior da coronária 
esquerda; o ramo esquerdo do feixe, pelos ramos septais da coronária esquerda e pequenos 
vasos da artéria coronária direita. 
- Arco da Aorta* 
I à Começa no nível da borda cranial da segunda articulação esternocostal do lado direito, 
corre em princípio cranialmente e para a esquerda, ventralmente à traquéia; em seguida dirigi-se 
dorsalemente, passando pelo lado esquerdo da traquéia e, por fim, dirigi-se caudalemente no 
lado esquerdo do corpo de T4, em cuja borda caudal continua-se com a aorta descendente. 
II àRamos: 
1. Tronco Braquiocefálico (Artéria Inominada) àDa origem a artéria carótida comum direita e 
à artéria subclávia direita. Por vezes pode dar origem a um ramo, a artéria tireóidea ima, outras 
vezes um ramo tímico ou bronquial. A artéria tireóidea ima parece surgir para compensar algum 
déficit circulatório da glândula tireóide. 
2. Carótida comum esquerda à Irrigará 
pescoço e cabeça 
3. Subclávia esquerda à Irrigará o 
membro superior e por um de seus ramos 
contribuirá com a irrigação do SNC. 
*Entre a origem da artéria subclávia 
esquerda e a inserção do ducto arterial, o 
lume da aorta fetal acha-se 
consideravelmente estreitado, formando o 
que se chama de istmo aórtico, enquanto 
que imediatamente depois o ducto arterial 
o vaso apresenta uma dilatação fusiforme, 
à qual His denominou de fuso aórtico. 
**Por possuírem muitos ramos o tronco braquiocefálico e as artérias carótida comum e 
subclávia esquerda serão descritas conforme a região irrigada. 
à ARTÉRIAS DA CABEÇA E DO PESCOÇO 
- Artéria Carótida (G. Sono profundo ou vertigem) Comum* à A artéria carótida comum 
está contida em uma bainha derivada da fáscia cervical profunda que encerra também a veia 
jugular interna e o nervo vago. Cada uma das três estruturas possui um compartimento próprio 
na bainha. Bifurcara-se em Artéria Carótida Externa e Artéria Carótida Interna. 
*O corpo carótico situa-se profundamente à bifurcação da artéria carótida comum. É um 
pequeno corpo oval, de 2 a 5 mm de diâmetro, e estrutura característica composta de células 
epitelóides, abundantes fibras nervosas e uma delicada cápsula fibrosa. Contém terminações 
quimiorreceptoras, que respondem a variação de concentração de oxigênio no corpo. Inervada 
pelo nervo vago. 
**O seio carótico, uma pequena dilatação na porção terminal da artéria carótida comum, ou 
uma dilataçã de 1 cm de comprimento somente da carótida interna. Órgãos terminais nervosos 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 23 
 
especiais em sua parede modificada respondem ao aumento e à diminuição da pressão 
sanguínea e, através de um arco reflexo, provavelmente via nervo glossofaríngeo, conduzem 
estímulos à medula oblonga que resultam em aumento ou diminuição da freqüência de 
batimentos cardíacos. 
- Artéria Carótida Externa 
I – De uma forma geral é 
responsável pela irrigação do 
pescoço e da parte externa do 
crânio, com exceção da orelha 
média e da orelha interna. 
II – Ramos: 
1. Tireóidea superior 
 1.1 Ramos: Infra-hiódeo, 
Esternocleidomastóideo, Laríngeo 
Superior e Cricotireóideo. 
2. Faríngea ascendente 
 2.1 Ramos: Faríngeos, 
Palatino (Obs: Fornece um ramo a 
tuba auditiva); Pré-vertebrais (Obs: 
Dentre as estruturas irrigadas 
destaca-se o tronco simpático); 
Timpânico inferior (Obs: Irriga a 
parede medial da cavidade 
timpânica); Ramos meníngeos 
(Obs: Aqueles que passam no 
forame jugular, forame lacero e 
ocasionalmente no canal do nervo 
hipoglosso). 
3. Lingual 
 3.1 Ramos: Supra-hióideo; 
Dorsal da língua; Sublingual; Profunda da língua. 
4. Facial 
 4.1 Ramos Cervicais: Palatina ascendente; Tonsilar; Glandulares; Submentoniana. 
 4.2 Ramos Faciais: Labial inferior; Labial superior (Obs: Da origem a ramos que sobem 
o nariz, um ramo septal, ramifica-se no septo nasal até a ponta do nariz e um ramo alar que 
irriga a asa do nariz); Nasal lateral; Angular (Obs: Seus ramos se anastomosam com a artéria 
infra-orbital e com artéria dorsal do nariz da artéria oftálmica, esta última anastomose representa 
uma importante comunicação entre os ramos finais da carótida externa e da carótida interna). 
5. Occipital 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 24 
 
 5.1 Ramos: Muscular, Esternocleidomastóideo, Auricular (Obs: Às vezes envia um 
ramo que penetra no crânio através do forame mastóideo), Meníngeo (Obs: Entra no crânio pelo 
forame jugular), Descendente; Terminal 
6. Auricular posterior 
 6.1 Ramos: Estilomastóidea (Obs: 
Irriga a cavidade timpânica, o antro 
timpânico, as células mastóideas e os 
canais semicirculares. No indivíduo jovem 
m ramo deste vaso, a artéria timpânica 
posterior, com a artéria timpânica anterior 
da artéria maxilar, forma um círculo 
vascular que circunda a membrana 
timpânica e envia delicados vasos que se 
ramificam nessa membrana, e 
anastomosam-se com o ramo petroso 
superficial da artéria meníngea média 
através de um ramúnsculo que penetra no 
canal do nervo facial); Auricular; Occipital 
7. Temporal superficial 
 7.1 Ramos: 
Transversa da face; 
Temporal média; 
Zigomaticoorbital; 
Auriculares antereiores; 
Frontal; Parietal 
8. Maxilar 
 8.1 Ramos da 
primeira porção ou porção 
mandibular: Auricular 
profunda; Timpânica 
anterior; Alveolar inferior 
(Obs: Penetra no forame 
mandubular. Da origem aos 
ramos: incisivo, mentoniano, 
lingual e aos ramos dentais, 
que irrigam as polpas dos 
dentes); Meníngea média 
(Obs: Penetra no crânio pelo 
forame espinhoso e emite um 
ramo anterior e outro 
posterior); Meníngea 
acessória (Obs: Penetra no 
crânio pelo forame oval e 
irriga o gânglio trigeminal e a dur-mater próxima a ele) 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 25 
 
 8.2 Ramos da segunda porção ou porção pterigóidea: Temporais profundos anterior e 
posterior; Pterigóideos; Bucal. 
 8.3 Ramos da terceira porção ou porção pterigopalatina: Alveolar superior posterior; 
Infra-orbital (Obs: Emiteos ramos orbitais, alveolares superiores anteriores, que irrigam os 
dentes incisivos) e ramos faciais; Palatina maior (Obs: Um ramo terminal anastomosa-se com o 
ramo nasopalatino da artéria esfenopalatina no canal incisivo); Palatinas menores; Artéria do 
canal pterigóide (Obs: Emite um ramo faríngeo à tuba auditiva); Esfenopalatina (Obs: Emite os 
ramos nasais laterais posteriores e os ramos septais posteriores, destes um ramo, o nasopalatino 
para o canal incisivo). 
 
 
- Artéria Carótida Interna* 
I – De uma forma geral irriga as estruturas intracranianas. 
II – Porções: Cervical, Petrosa, Cavernosa e Cerebral 
III – Ramos: 
1. Porção cervical: Não emite ramos. 
2. Porção petrosa: Caroticotimpânico, Artéria do canal pterigóide, Cavernosos e Hipofisários. 
3. Porção cavernosa: Ganglionares, Meníngeo anterior, Oftálmica, Cerebral anterior, Cerebral 
média. 
4. Porção cerebral: Comunicante posterior e Coróidea anterior. 
*O melhor estudo dos ramos da Artéria Carótida Interna será feito durante o módulo de 
Anatomia do Sistema Nervoso. 
à ARTÉRIAS DO MEMBRO SUPERIOR E DA PAREDE ANTERIOR DO TRONCO* 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 26 
 
*De uma forma didática a irrigação de todo o membro superior e da parede anterior do tronco é 
derivada da artéria subclávia. Além dessas porções a artéria subclávia contribui para a irrigação 
das estruturas do SNC. 
- Artéria Subclávia 
I – No lado direito se origina do tronco braquiocefálico, já no lado esquerdo se origina do arco 
da aorta. 
II – Partes: Primeira* (Estende-se da origem do vaso à borda medial do músculo escaleno 
anterior); Segunda (Situa-se atrás do músculo escaleno anterior); Terceira (Vai da borda lateral 
do músculo escaleno anterior até a borda externa da primeira costela). 
*Existem pequenas diferenças na primeira parte das artérias subclávia direita e esquerda, mas as 
segunda e terceira são idênticas em ambas. 
III – Ramos: 
1. Artéria vertebral 
 1.1 Ramos cervicais: Espinhal (Obs: 
Irrigam a medula espinhal e suas membranas) e 
Muscular. 
 1.2 Ramos craniais: Meníngeo; Epinhal 
posterior; Espinhal anterior; Cerebelar inferior 
posterior (Obs: é o maior ramo da artéria 
vertebral, por vezes é designado como PICA – 
sigla em inglês para Posterior-inferior 
cerebellar arterie); Medulares (Obs: Podem ser 
chamados de artérias bulbares) 
 1.3 Artéria Basilar: É um tronco único 
formado pela junção das duas artérias 
vertebrais, termina dividindo-se em duas 
artérias cerebrais posteriores. Seus ramos são: 
Pontinos, Cerebelar inferior anterior, Cerebelar 
superior e Cerebral posterior. 
2. Tronco Tirocervical (Tronco Tireóideo) 
 2.1 Artéria tireóidea inferior à Da 
origem aos senguintes ramos: laríngea inferior, 
traqueais, esofágicos, cervical ascendente (Obs: 
Este ramo emite ramos espinhais que vão para 
medula espinhal) e musculares. 
 2.2 Supra-escapular (Artéria escapular 
transversa) à Envia diversos ramos para os 
músculos da região, mas também envia ramos 
para articulação acromioclavicular e do ombro 
e uma artéria nutrícia para a clavícula. 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 27 
 
 2.3 Cervical transversa à Emite os seguintes ramos: Superficial, Profundo, Artéria 
cervical superficial e a Artéria escapular descente. 
3. Artéria torácica interna (Artéria mamária interna) à Emite os seguintes ramos: 
Pericárdiofrênica, Mediastínicos, Tímicos, Esternais*, Artérias intercostais anteriore, 
Perfurantes, Artéria musculofrênica e Artéria Epigástrica Superior (Obs: Segue a direção 
primitiva da torácica interna. A artéria do lado direito fornece alguns ramos que se estendem 
pelo ligamento falciforme indo irrigar 
o fígado). 
*Os ramos mediastinal, pericárdico e 
esternal, juntamente com alguns 
ramos da pericardiofrênica, 
anastomosam-se com ramos das 
artérias intercostais e bronquiais, 
formando um plexo mediastinal 
subpleural. 
4. Tronco costocervical à Emite a 
artéria cervical profunda e 
continuando como artéria intercostal 
suprema. 
5. Artéria escapular descente à O 
único ramo da terceira parte da 
subclávia, é inconstante aparecendo 
em cerca de metade dos corpos. . 
*Os quatro primeiros ramos da artéria 
subclávia em geral se originam da 
primeira porção do lado esquerdo, porém o tronco costocervical tem origem, mais 
frequentemente, na segunda porção do lado direito. O quinto ramo, quando presente, geralmente 
se origina da terceira porção. 
- Artéria Axilar 
I – Continuação da subclávia. Começa na borda externa da 1ª costela, terminando na borda 
distal do tendão do redondo maior, onde recebe o nome de artéria braquial. 
II – Porções: Primeira* (Proximal ao músculo peitoral menor); Segunda (Por trás do músculo 
peitoral menor); Terceira (Distal ao músculo peitoral menor) 
*A primeira porção está incluída, juntamente com a veia axilar e o plexo braquial, em uma 
bainha fibrosa, a bainha axilar, contínua acima com a fáscia cervical profunda. 
III – Ramos: 
1. Primeira parte: Artéria torácica suprema. 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 28 
 
2. Segunda parte: Artéria 
toracoacromial (Tronco torácico) 
(Obs: Emite os seguintes ramos: 
Peitoral, Acromial, Clavicular, 
Deltóideo ou Umeral) e Artéria 
torácica lateral (Obs: Essa artéria, 
nas mulheres, fornece um ramo 
mamário externo que contorna a 
borda livre do peitoral maior e 
irriga a mama. 
3. Terceira parte: Artéria 
subescapular (Obs: Emite as 
artérias: Circunflexa da escápula e 
Toracodorsal); Artéria circunflexa 
posterior do úmero e Artéria 
circunflexa anterior do úmero. 
 
- Artéria Braquial 
I – Começa margem distal do tendão do músculo redondo maior e correndo para baixo ao longo 
do braço, onde se divide a cerca de 1cm acima da prega do cotovelo em artérias ulnar e radial. 
II – Ramos: Artéria profunda do braço (Obs: Emite os seguintes ramos: ascendente, artéria 
colateral radial, artéria colateral média, ramos musculares e artéria nutrícia*); Artéria nutrícia do 
úmero*; Artéria colateral ulnar superior; Artéria colateral ulnar inferior e Ramos musculares. 
*São artérias distintas a primeira penetra numa pequena abertura próxima a tuberosidade 
deltóidea, já a segunda penetra numa abertura próxima a inserção do músculo coracobraquial. 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 29 
 
- Artéria Radial 
I – Por causa de sua 
direção parece ser uma 
continuação da braquial. 
II – Ramos: 
1. No antebraço à Artéria 
recorrente radial, Ramos 
musculares, Cárpico 
palmar e Palmar 
superficial. 
2. No pulso à Cárpico 
dorsal e Primeiro 
metacárpico dorsal. 
3. Na mão à Artéria 
principal do polegar, 
Radial do indicador, Arco 
palmar profundo, 
Metacárpico palmar, 
Perfurante e Recorrente. 
- Artéria Ulnar 
I – Maior dos ramos 
terminais da artéria 
braquial. 
II – Ramos: 
1. No antebraço à Artéria recorrente ulnar anterior, Artéria 
recorrente ulnar posterior, Interrósseo comum e Ramos 
musculares. 
2. No pulso à Cárpico palmar e Cárpico dorsal. 
3. Na mão à Palmar profundo, Arco palmar superficial (Obs: 
Da origem a três artérias digitais palmares comuns, que por 
sua vez se bifurcam nas artérias digitais palmares próprias, 
para os dedos indicador, médio anular e mínimo) e Digital 
palmar comum. 
à ARTÉRIAS DO TRONCO 
- Aorta Descendente Torácica 
I – Está contida no mediastino superior. Começa na borda 
caudal de T4 e termina na borda caudal de T12. 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 30 
 
II – Ramos: 
1. Viscerais à Pericárdicos, Bronquiais, Esofágicos e Mediastinais. 
2. Parietais à Intercostais posteriores, Sucostais eFrênicos superiores. 
- Aorta Descendente Abdominal 
I – Começa no hiato aórtico a nível de T12 e termina se bifurcando nas ilíacas comunas a nível 
da L4. 
II – Ramos: 
1. Viscerais*** à Tronco Celíaco (Emite as Artérias Gástrica esquerda, Hepática Comum e 
Esplênica. As artérias do tronco celíaco irrigam grande parte do sistema digestório (Estômago, 
Pâncreas, Fígado, Baço* e parte proximal do duodeno), Artéria Mesentérica Superior (Emite 
os ramos: Pancreaticoduodenal inferior, Intestinais, Ileocólico, Cólico direito e Cólico médio. A 
área irrigada pela artéria mesentérica superior inclui todo o Intestino delgado e Intestino Grosso 
até a flexura cólica esquerda); Artéria Mesentérica Inferior (Emite os seguintes ramos: Cólico 
esquerdo, Sigmóideo e Retal superior. A região irrigada pela mesentérica inferior inclui o Cólon 
descendente do Intestino Grosso e a porção superior do Reto**); Artérias supra-renais 
médias, Artérias renais (Obs: Emite a artéria supra-renal inferior), Artérias gonadais (Obs: 
No homem são as artérias testiculares e na mulher são as artérias ováricas). 
*Não faz parte do sistema digestório e sim do sistema linfático. 
**A parte inferior do reto e o ânus são irrigados por ramos da artéria ilíaca interna. 
***Esses ramos viscerais serão mais bem abordados nos módulos de Anatomia do Sistema 
Digestório, Anatomia do Sistema Urinário e Anatomia dos Sistemas reprodutores. 
 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 31 
 
2. Parietais àArtérias frênicas inferiores (Obs: Emitem as artérias supra-renais superiores), 
Artérias lombares (Obs: Estão em série com as intercostais, são geralmente em número de 
quatro. Emitem ramos: posterior, espinhal e musculares); Artéria sacral mediana, Artéria Ilíaca 
Comum (Obs: Se subdivide em ilíaca externa e interna). 
- Artéria Ilíaca Interna ou Artéria 
Hipogástrica 
I – De uma forma geral essa artéria é responsável 
pela irrigação da pelve, incluindo suas vísceras e 
suas paredes. 
II – Ramos: 
1. Viscerais àUmbilical, Vesical inferior, Retal 
média e Uterina. 
2. Parietais anteriores à Obturatória e Pudenda 
Interna (Obs: Responsável pela irrigação do 
períneo e dos órgãos genitais externos). 
3. Parietais posteriores à Iliolombar, Sacral 
lateral, Glútea superior e Glútea inferior 
- Artéria Ilíaca Externa 
I – Vai da bifurcação da artéria ilíaca comum até um ponto abaixo do ligamento inguinal, a meia 
distância entre a espinha ilíaca ântero-superior e a sínfise púbica, onde penetra na coxa, 
tornando-se a artéria femoral. 
II – Ramos: Pequenos ramos para os linfonodos vizinhos, e para o músculo psoas maior; Artéria 
epigástrica inferior* (Obs: Emite os seguintes ramos: Artéria cremastérica; Ramos púbicos e 
musculares); Artéria circunflexa ilíaca profunda 
*Contribui, juntamente com a epigástrica superior, para a irrigação da parede anterior do 
abdome. 
àARTÉRIAS DO MEMBRO INFERIOR 
- Artéria Femoral 
I – Começa logo abaixo do ligamento inguinal e termina na junção do terço médio com o terço 
inferior da coxa, passando através de um orifício no adutor magno para tornar-se a artéra 
poplítea. Os primeiros 4 cm do vaso são encerrados juntamente com a veia femoral e o nervo 
femoral em uma bainha fibrosa, a bainha femoral. No terço superior da coxa a artéria está 
contida no triângulo femoral* (Triângulo de Scarpa) e, no terço médio da coxa, no canal do 
adutor** (Canal de Hunter). 
*Seu ápice está dirigido distalmente, sendo os lados formados pelo sartório, medialmente pelo 
adutor longo e proximalmente pelo ligamento inguinal. 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 32 
 
**É um túnel fascial no terço médio da coxa, estendendo-se 
do ápice do triângulo femoral até o forame do adutor 
magno. Delimitado anterior e lateralmente pelo vasto 
medial e posteriormente pelos adutores longo e magno. 
II – Ramos: Artérias epigástrica superfical, Circunflexa 
ilíaca superficial, Pudenda externa superficial, Pudenda 
externa profunda, Musculares Profunda da coxa (Obs: 
Emite os seguintes ramos: Artérias circunflexa femoral 
medial, Circunflexa femoral lateral, Perfurantes e 
Musculares) e Descendente do Joelho (Obs: Contribui para 
a vascularização da articulação do joelho). 
- Artéria Poplítea (G. Referente ao jarrete – parte 
posterior do joelho) 
I – É a continuação da artéria femoral através do cavo 
poplíteo. Estende-se do forame do adutor magno para a 
fossa intercondilar do fêmur, continuando-se distalmente 
para a borda inferior do músculo poplíteo, onde se divide 
nas artérias tibiais anterior e posterior. 
II – Ramos: Musculares superiores, Surais, Cutâneos, Superior 
medial do joelho, Superior lateral do joelho, Médio do joelho 
Inferior medial do joelho, Inferior lateral do joelho. 
- Artéria Tibial Anterior 
I – Se origina a bifurcação da artéria poplítea e termina na face 
anterior da articulação do joelho onde passa a ser chamada de 
artéria dorsal do pé. 
II – Ramos: Artérias Recorrente tibial posterior, Fibular, 
Recorrente tibial anterior, Musculares, Maleolar medial anterior 
e Maleolar lateral anteiror. 
- Artéria Dorsal do Pé 
I – É a continuação da artéria tibial anterior, se dirige ao 
primeiro espaço intermetatársico, onde se subdivide em dois 
ramos: primeiro metatársico dorsal e plantar profundo. 
II – Ramos: Artérias Társica lateral, Társicas mediais, 
Arqueada (Obs: Dará origem as artérias metatársicas dorsais 
segunda, terceira e quarta. Da quarta parte um ramo que irriga a 
borda lateral do quinto metatársico), Primeira metatársica 
dorsal e Plantar profunda. 
- Artéria Tibial Posterior 
I – Começa na borda distal do poplíteo, em frente ao intervalo entre a tíbia e a fíbula. Ao final se 
divide em artérias plantares medial e lateral. 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 33 
 
II – Ramos: Fibular (Obs: Emite os seguintes ramos: Musculares, 
Nutrícia fibular, Perfurante, Comunicante, Maleolares laterais posteriores 
e Laterais do calcâneo), Nutrícia tibial, Musculares, Maleolar medial 
posterior, Comunicante, Calcanear medial, Plantar medial e Plantar 
lateral (Obs: Emite os seguintes ramos: Ramos perfurantes e Artérias 
metatársicas plantares. Une-se com o ramo profundo da artéria dorsal do 
pé completando assim o arco plantar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 34 
 
Veias 
- Etimologia: Do latim vena, via, caminho, ou seja, o que leva ao coração. Isidoro de Gerhard 
Vossius afirma que a palavra vena derivaria de Venire, vir. Porque o sangue viria ao coração 
através das veias. O termo Grego equivalente era Phlebs. 
- Veias Pulmonares* 
I – As veias pulmonares, duas de cada pulmão, trazem de volta o sangue oxigenado para o átrio 
esquerdo do coração. As redes de capilares das paredes dos sacos aéreos reúnem-se para dar 
origem a um vaso de cada lóbulo. 
II – Veias pulmonares: superior direita, superior esquerda, inferior direita e inferior esquerda. 
*As veias pulmonares serão mais bem abordadas no módulo de Anatomia do Sistema 
Respiratório. 
- Veias Sistêmicas 
I – Subtipos: 
1. Superficiais à Encontradas entre as camadas da tela subcutânea imediatamente abaixo da 
pele; drenam o sangue de estruturas profundas por meio de veias perfurantes. 
2. Profundas àAcompanham as artérias. Artérias de maior calibre geralmente só tem uma veia 
acompanhante, à medida que se reduz o calibre aumenta o número de veias acompanhantes, 
estas passando a se chamar de veias satélites. 
3. Seios venosos cranianos àSão constituídos de canais formados pela separação das duas 
camadas da dura-máter. Seu extrato externoconsiste de tecido conjuntivo fibroso, e o interno, 
de endotélio contínuo com o das veias. 
II – Divisão: As veias sistêmicas podem ser distribuídas em três grupos: O sistema coronário ou 
veias do coração; Veia cava superior e suas tributárias, ou seja, as veias dos membros 
superiores, cabeça, pescoço e tórax; Veia cava inferior e suas tributárias, ou seja, veias dos 
membros inferiores, abdome e pelve. 
- Veias do Coração 
I – Com exceção das veias cardíacas mínimas* (Veias de Tebésio) e das Veias cardíacas 
anteriores, que se abrem diretamente no átrio direito, as demais veias do coração são tributárias 
do seio coronário. 
*Algumas poucas terminam nos ventrículos. 
II – Seio coronário àTermina no átrio direito entre a abertura da cava infeior e a abertura 
atrioventricular, seu óstio é guarnecido por uma única válvula semilunar, a válvula do seio 
coronário (Válvula de Tebésio). 
1. Tributárias 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 35 
 
 1.1 Veia cardíaca magna (Veia 
coronária esquerda) à Começa no ápice 
do coração e ascende pelo sulco 
interventricular anterior. Recebe 
tributárias do átrio esquerdo e de ambos 
os ventrículos uma delas, a veia 
marginal esquerda. 
 1.2 Veia cardíaca parva (Veia 
coronária direita) à Corre o sulco 
coronário entre o átrio e o ventrículos 
direitos. Recebe a veia marginal direita. 
 1.3 Veia cardíaca média 
àComeça no ápice do coração e ascende 
pelo sulco interventricular posterior. 
 1.4 Veia posterior do ventrículo esquerdo à Acompanha o ramo circunflexo da artéria 
coronária esquerda. Pode terminar na veia cardíaca magna. 
 1.5 Veia oblíqua do átrio esquerdo (Veia oblíqua de Marshall) àVai da face dorsal do 
átrio esquerdo até o seio coronário. É contínuo superiormente com o ligamento da veia cava 
esquerda (Prega vestigial de Marshall) e ambas as estruturas formam o remanescente da veia 
cardinal comum esquerda. 
 1.6 Veias cardíacas anteriores àColetam sangue da face ventral do ventrículo direito e 
se abrem no átrio direito. A veia marginal direita quase sempre termina no átrio direito e por 
isso, às vezes, considerada pertencente a 
esse grupo. 
- Veia Cava Superior 
I – Drena o sangue da metade cranial do 
corpo. Formada pela junção das duas veias 
braquiocefálicas ao nível do primeiro 
espaço intercostal, logo atrás e à direita do 
esterno. 
II – Tributárias àVeias braquiocefálicas e 
Veia Ázigos. 
àVEIAS DA CABEÇA E DO PESCOÇO 
- Veias Superficiais da Face 
I – Facial à Tributárias: Veia angular 
(Obs: Formada pela confluência da frontal 
e supra-orbital) e Facial profunda. 
II – Veia temporal superficial à 
Tributárias: Veia temporal média, 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 36 
 
Transversa da face e Auricular anterior. Une-se com a veia maxilar para formar a veia 
retromandibular. 
III – Veia auricular posterior à Tributárias: Da parte posterior da orelha e a Veia 
estilomastóidea. 
IV – Veia occipital àAnastomosa-se com as tributárias da auricular posterior e da temporal 
superficial. Alguns ramos importantes são a emissária parietal, que se anastomosa com o seio 
sagital superior e a emissária mastóide que se anastomosa com o seio transverso. 
VI – Veia retromandibular à Formada pela junção da temporal superficial e da veia maxilar. 
Tem ampla anastomose com a veia facial. Conflui com a veia auricular posterior para constituir 
o início da veia jugular externa. 
- Veias Profundas da Face 
I – Maxilar à É formada pela confluência das veias que formam o plexo pterigóideo. Une-se 
com a temporal superficial formando a retromandibular. 
II – Plexo pterigóideo àÉ uma extensa rede de veias situadas entre o temporal e o pterigóideo 
lateral. Recebe tributárias correspondentes aos ramos da artéria maxilar, ou seja, veia 
alveolar inferior, meníngea média, temporais profundas, massetérica, bucal, alveolares 
superiores posteriores, faríngeas, palatina descendente, infra-orbital, veia do canal pterigóideo e 
a veia esfenopalatina. Possui uma importante comunicação com o seio cavernoso por meio da 
Veia do Forame de Vesálio. 
- Veias do Crânio* 
I – Veias do Encéfalo à Cerebrais e Cerebelares. 
II – Seios da Dura-máter à São dois grupos o primeiro é o póstero-superior: Seios sagital 
superior, sagital inferior, reto, transverso, occipital e a confluência dos seios; e o segundo grupo 
é o ântero-inferior: Seios cavernoso, intercavernoso, petroso superior, petroso inferior e o plexo 
basilar. 
III – Veias Diplóicas à São canais na díploe dos 
ossos cranianos. Essas veias estão confinadas a 
cada osso, mas quando as suturas são obliteradas, 
elas se continuam umas com as outras e aumentam 
de tamanho. 1. São elas: Frontal (Se anastomosa 
com a veia supra-orbital e seio sagital superior); 
Temporal anterior (Se anastomosa com o seio 
esfenoparietal e uma das veias temporais profundas. 
Localizada no osso frontal); Temporal posterior (Se 
anastomosa com o seio transverso. Localizada no 
osso parietal.) e Occipital (Termina externamente 
na veia occipital e internamente no seio transverso 
ou na confluência dos seios). 
IV – Veias Emissárias àPassam através de aberturas nos ossos do crânio e se anastomosam 
com veias extracranianas ou com os seios da dura-máter. 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 37 
 
1. As principais são: Veia emissária mastóidea (Forame mastóide), Emissária parietal (Forame 
parietal), Rede de diminutas veias do canal do nervo hipoglosso, que comunicam o seio 
transverso com a veia vertebral e com as veias profundas do pescoço (Canal do Nervo 
Hipoglosso); Emissária condilóidea (Canal Condilar); Veia do Forame de Vesálio; Plexo 
carótico interno (Canal Carótico); Emissária nasal (Forame cego); Rede de veias que comunica 
o seio cavernoso e o plexo pterigóideo, através do Forame oval. 
*As veias que envolvem o SNC serão melhores descritas no módulo de Anatomia do Sistema 
Nervoso. 
- Veias do Pescoço 
I – Veia jugular externa 
1. Recebe a maior parte do sangue da 
superfície do crânio e parte profunda da 
face, é formada pela junção da veia 
retromandibular e da auricular posterior. 
2. Tributárias à Veia jugular externa 
posterior, Jugular anterior*, Cervicais 
transversas e Supra-escapular. 
*Se comunica com a do lado oposto logo 
acima do esterno por um tronco transverso, 
o arco venoso jugular. 
II – Veia jugular interna 
1. Coleta o sangue do encéfalo, face e 
pescoço. Continua diretamente com o seio 
sigmóideo na parte posterior do forame 
jugular. 
2. Tributárias à Seio petroso inferior, Veias facial, 
Lingual (Tributárias: Dorsais da lígua, Lingual 
profunda e a Comitante do nervo hipoglosso, 
Faríngea, Tireóideas superior e média e, algumas 
vezes, a Occipital. 
III – Veia vertebral 
1. Não emerge do forame magno com a artéria 
vertebral, mas é formada no triângulo suboccipital. 
Desce pelos forames transversários. Emerge do 
forame transversário de C6 ou de C7 e termina na 
raiz do pesoço, na parte dorsal da origem da veia 
braquiocefálica. 
2. Tributárias à A veia vertebral ligam-se com o 
seio transverso pela veia que passa pelo canal 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 38 
 
condilar. Recebe tributárias da occipital dos músculos pré-vertebrais, dos Plexos venosos 
vertebrais interno e externo e da Veia vertebral anterior e da Veia Cervical profunda. 
*Às vezes há uma veia vertebral acessória, que passa através do forame transversário de C7 e se 
junta com a veia braquiocefálica. 
àVEIAS DO MEMBRO SUPERIOR 
- Veias Superficiais do Membro Superior 
I – Veia Cefálica (Do árabe Al-Kifal, que siginifica 
“para fora do braço”, foi denominada assim por 
Avicena no seu famoso livro Canon.O erro de 
tradução foi devido a confusão com o termo grego 
kephalicos, que é referente à cabeça). 
1. Começa na parte radial da rede venosa dorsal da 
mão. Ascende pelo membro superior e entra no sulco 
delto-peitoral e termina na veia axilar. Pode às vezes 
se comunicar com a veia jugular externa. 
2. Tributárias àRamos da face dorsal e ventral do 
antebraço. 
*Veia cefálica acessória àNasce de um pequeno 
plexo do dorso do antebraço ou do lado ulnar da rede venosa dorsal. 
Permanece no lado radial da cefálica, à qual se une no cotovelo. 
II – Veia Basílica (As origens são incertas, podendo significar 
“principal”, pois é a principal formadora da veia axilar ou pode ter 
vindo do termo árabe “al-basilik”, que significa para dentro do braço) 
1. Começa na parte ulnar da rede venosa dorsal da mão. Ascende e 
penetra no hiato basílico para depois se juntar com a veia braquial e 
formar a veia axilar. 
III – Veia Mediana do Antebraço à Drena o plexo venoso da face 
palmar da mão. Termina na veia mediana do cotovelo, que 
comumente se divide em dois vasos, um se junta à veia basílica e 
outro à cefálica. 
IV – Rede venosa dorsal da mão à Drena a face dorsal da mão e dos 
dedos, através de diversas pequenas veias, dentre elas três 
metacárpicas dorsais. 
- Veias Profundas do Membro Superior 
I – Veias profundas da mão à Arcos venosos palmares superficial 
(formado pelas anastomoses das veias digitais comuns) e profundo 
(formado pelas veias metacárpicas palmares). As veias metacárpicas 
dorsais recebem ramos perfurantes das metacárpicas palmares. 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 39 
 
II – Veias profundas do antebraço àSão veias satélites das 
artérias radial e ulnar e constituem, respectivamente, a 
continuação dos arcos venosos palmares superficial e 
profundo. 
III – Veias braquiais àVeias satélites da artéria braquial. 
IV – Veia axilar àComeça na junção das veias braquiais e 
da veia basílica. Além das tributárias que correspondem 
aos ramos da artéria axilar, recebe próximo à sua 
terminação a veia cefálica. 
V – Veia subclávia àRepresenta a continuação da veia 
axilar a partir da borda lateral da primeira costela à 
extremidade esternal da clavícula, onde se junta à jugular 
interna para formar a veia braquiocefálica. 
1. Tributárias à A veia subclávia recebe a veia jugular 
externa e por vezes a jugular anterior. 
 
àVEIAS DO TÓRAX 
- Veia Ázigos (G. Sem par) 
I – Começa em frente à primeira ou segunda vértebra lombar, entra no tórax pelo hiato aórtico e 
termina na veia cava superior. 
II – Tributárias: 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 40 
 
1. Veias intercostais posteriores àSomente 
as duas ou três primeiras do lado direito 
não se abrem na veia ázigos. A veia 
intercostal suprema esquerda recebe sangue 
dos dois ou três primeiros espaços 
intercostais e esvazia-se na braquiocefálica 
esquerda, as demais terminam da veia 
hemiázigos. Recebe também as veias 
subcostais. 
2. Veia hemiázigos à Começa na veia 
lombar ascendente esquerda. Entra no tórax 
através do pilar esquerdo do diafragma. 
Sobe até T9 e termina na veia ázigos. 
3. Veia hemiázigos acessória àDesce ao 
longo do lado esquerdo da coluna vertebral 
e cruza o corpo da T8, cruza para o outro 
lado e se junta à veia ázigos ou a 
hemiázigos. 
4. Veias bronquiais àTrazem de volta o 
sangue dos grandes brônquios e das 
estruturas dos pedículos pulmonares; a do 
lado direito abrem-se na veia ázigos a do 
lado esquerdo terminam na intercostal 
suprema ou na hemiázigos acessória. 
- Veias Braquiocefálicas (Veias Inominadas 
ou Veias de Vieussens) 
I – Formadas pela confluência da subclávia 
com a jugular interna. A esquerda recebe 
no ângulo de junção das veias o ducto 
torácico e a direita recebe no ângulo de 
junção o ducto direito. 
II – Tributárias à Vertebral, Torácica 
interna e a Tireóidea inferior. A esquerda 
recebe também as veias intercostais supremas e, ocasionalmente, algumas veias tímicas e 
pericárdicas. A direita pode receber a veia do primeiro espaço intercostal. 
- Veia Torácica interna (Veia mamária interna) àÉ a veia satélite da artéria torácica intern. 
Termina na veia braquiocefálica correspondente. A veia frênica superior, isto é, a veia que 
acompanha a artéria pericárdicofrênica abre-se comumente na veia torácica interna. 
- Veias Tireóideas inferiores àOriginam-se do plexo venoso da glândula tireóide e 
anastomosam-se com as veias tireóideas médias e superiores. Estas veias recebem as veias 
esofágicas, traqueais e a laríngea inferior. 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 41 
 
- Veias Intercostais supremas àDrenam o sangue dos dois 
ou três espaços intercostais superiores. A veia direita e abre-
se na ázigos. A esquerda e termina na braquiocefálica 
esquerda. 
- Veias da coluna vertebral 
I – Plexos venosos vertebrais externos àConsistem de 
plexos anteriores e posteriores. Os anteriores se situam 
ventralmente aos corpos vertebrais; comunicam-se com as 
veias basivertebrais e intervertebrais e recebem tributárias 
dos corpos vertebrais. Os posteriores situam-se 
parcialmente nas superfícies dorsais dos arcos vertebrais e 
seus processos; se anastomosam com as veias vertebral, 
occipital e cervicais profundas. 
II – Plexos venosos vertebrais internos (Plexos de Batsen) 
àSituam-se no interior do canal vertebral, entre a dura-
máter e as vértebras. Recebem 
tributárias da medula espinhal de das 
vértebras. Plexos internos anteriores 
se situam nas superfícies posteriores 
dos corpos vertebrais e discos 
intervertebrais de cada lado do 
ligamento longitudinal posterior. 
Anastomosam-se com ramos 
transversos situados sob este 
ligamento, nos quais as veias 
basivertebrais se abrem. Os Plexos 
internos posteriores estão situados a 
cada lado da linha mediana, ventral 
aos arcos vertebrais e anastomosam-
se com o plexo externo posterior. Os 
plexos internos anteriores e 
posteriores se anastomosam através de uma série de anéis venosos. Em torno do forame magno 
formam uma rede que se abre nas veias vertebrais e que anastomosa cranialmente com o seio 
occipital, o plexo basilar, a veia emissária condilar e a rede do canal do hipoglosso. 
III – Veias basivertebrais àEmergem dos forames nas superfícies dorsais dos corpos das 
vértebras. Drenam o tecido ósseo da vértebra correspondente. 
IV – Veias intervertebrais àAcompanham os nervos espinhais nos forames intervertebrais; 
recebem veias da medula espinhal e drenam os plexos vertebrais internos e externos, e terminam 
nas veias vertebrais, intercostais, lombares e veias sacrais laterais. 
V – Veias da medula espinhal* 
*Serão melhores descritos no módulo de anatomia do Sistema Nervoso. 
àVEIAS DO ABDOME E DA PELVE 
José Marcos Vieira de Albuquerque Filho – Anatomia do S. Cardiovascular Página 42 
 
- Veia Cava Inferior 
I – É formada pela junção das duas ilíacas comuns, no lado direito do corpo a nível de L5. 
Atravessa o diafragma por um forame próprio. Atravessa o pericárdio fibroso, onde é revestida 
pelo pericárdio seroso e abre-se no átrio direito, num orifício com uma válvula semilunar, a 
válvula da veia cava inferior (Válvula de Eustáquio). 
II – Tributárias: 
1. Veias lombares àEm número de quatro de cada lado. Recebem as veias dos plexos 
vertebrais. As veias lombares estão anastomosadas por uma veia longitudinal, denominada, veia 
lombar ascendente, que passa ventralmente aos processos transversos das vértebras lombares, 
ela constitui na maioria das vezes a origem da veia ázigos ou hemiázigos. 
2. Veias testiculares àEmergem do dorso do testículo; recebem tributárias do epidídimo e 
formam um plexo tortuoso denominado plexo pampiniforme. A veia testicular direita

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