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Aula 03

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“PARASITOLOGIA BÁSICA”
Aula 03: Leishmaniose e Malária
Tema da Apresentação
Leishmaniose e Malária - Aula 03
PARASITOLOGIA BÁSICA
Na aula de hoje, abordaremos duas doenças parasitárias muito importante: a leishmaniose ou leishmaníase e a malária. Ambas transmitidas por insetos vetores.
As leishmanioses são antropozoonoses consideradas um grande problema de saúde pública, representa um complexo de doenças com importante espectro clínico e diversidade epidemiológica. 
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PARASITOLOGIA BÁSICA
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 350 milhões de pessoas estejam expostas ao risco com registro aproximado de dois milhões de novos casos das diferentes formas clínicas ao ano. A leishmaniose é uma doença que acompanha o homem desde tempos remotos e que tem apresentado, nos últimos 20 anos, um aumento do número de casos e ampliação de sua ocorrência geográfica, sendo encontrada atualmente em todos os Estados brasileiros, sob diferentes perfis epidemiológicos.
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PARASITOLOGIA BÁSICA
A outra parasitose que abordaremos é a malária. É considerada uma importante doença parasitária há séculos, apesar das ações de controle implantadas há décadas em muitas partes do mundo, é também conhecida como impaludismo, febre palustre, maleita e sezão. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que seu impacto sobre as populações humanas continua aumentando: ocorre em mais de 90 países, pondo em risco cerca de 40% da população mundial – 
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estima-se que ocorram de 300 a 500 milhões de novos casos, com média de um milhão de mortes por ano. Representa, ainda, risco elevado para viajantes e migrantes, com casos importados em áreas não endêmicas. Por esses motivos, a OMS recomenda que seu diagnóstico precoce e tratamento rápido devem ser os primeiros elementos básicos estabelecidos em qualquer programa de controle.
Vamos lá? Aprenderemos mais um pouco sobre estas duas parasitoses tão importantes.
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PARASITOLOGIA BÁSICA
Conteúdo Programático desta aula:
Definir leishmaniose tegumentar e leishmaniose visceral;
Identificar os agente etiológicos da leishmaniose tegumentar americana; da leishmaniose visceral americana;
Descreve o ciclo biológico; as formas de prevenção; diferenciar as formas morfológicas das leishmanias;
Identificar os agentes etiológicos da malária no Brasil;
Descreve o ciclo biológico da Malária; Diferenciar as formas morfologias dos plasmódios; as forma de prevenção da Malária.
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Leishmaniose
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PARASITOLOGIA BÁSICA
A Leishmaniose é uma doença parasitária que pode ser encontrada sob três formas principais: Leishmaniose cutânea, Leishmaniose muco cutânea e Leishmaniose visceral (Calazar). É provocada pelos protozoários do gênero Leishmania, transmitida ao homem pela picada de mosquitos flebotomíneos (Ordem Díptera; Família Psychodidae; Subfamília Phlebotominae, também chamados de mosquito palha ou birigui. 
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PARASITOLOGIA BÁSICA
Em 1895, Moreira identificou, no Brasil, pela primeira vez a existência do botão endêmico dos países quentes, chamando “Botão da Bahia” ou “Botão de Biskra”. A confirmação de formas de leishmanias em úlceras cutâneas e nasobucofaríngeas ocorreu no ano de 1909, quando Lindenberg encontrou o parasito em indivíduos que trabalhavam em áreas de desmatamentos na construção de rodovias no interior de São Paulo. 
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PARASITOLOGIA BÁSICA
Já em 1911, Splendore diagnosticou a forma mucosa da doença e Gaspar Vianna deu ao parasito o nome de Leishmania brazilienses. No ano de 1922, Aragão, pela primeira vez, demonstrou o papel do flebotomíneo na transmissão da leishmaniose tegumentar. 
A Leishmaniose é uma doença parasitária que pode ser encontrada sob três formas principais: Leishmaniose cutânea, Leishmaniose muco cutânea e Leishmaniose visceral (Calazar). 
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PARASITOLOGIA BÁSICA
É provocada pelos protozoários do gênero Leishmania, transmitida ao homem pela picada de mosquitos flebotomíneos (Ordem Diptera; Família Psychodidae; Subfamília Phlebotominae, também chamados de mosquito palha ou birigui. 
Em 1895, Moreira identificou, no Brasil, pela primeira vez a existência do botão endêmico dos países quentes, chamando “Botão da Bahia” ou “Botão de Biskra”. 
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A confirmação de formas de leishmanias em úlceras cutâneas e nasobucofaríngeas ocorreu no ano de 1909, quando Lindenberg encontrou o parasito em indivíduos que trabalhavam em áreas de desmatamentos na construção de rodovias no interior de São Paulo. Já em 1911, Splendore diagnosticou a forma mucosa da doença e Gaspar Vianna deu ao parasito o nome de Leishmania brazilienses. No ano de 1922, Aragão, pela primeira vez, demonstrou o papel do flebotomíneo na transmissão da leishmaniose tegumentar. 
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Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA)
No Brasil, a LTA é uma doença com diversidade de agentes, de reservatórios e de vetores que apresenta diferentes padrões de transmissão e um conhecimento ainda limitado sobre alguns aspectos, o que a torna de difícil controle. 
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PARASITOLOGIA BÁSICA
A leishmaniose tegumentar americana é também conhecida por Úlcera de Baurú, Nariz de tapir e Botão do oriente. No Brasil as espécies mais importantes responsáveis pela doença são: Leishmania Vianna braziliensis; Leishmania Vianna amazonensis e Leishmania Vianna guyanensis. É uma forma maligna porque os parasitos invadem as mucosas em mais que 80% dos casos, atingindo não só a mucosa nasal como a faringe e a laringe.
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PARASITOLOGIA BÁSICA
A infecção se caracteriza pelo parasitismo das células do sistema fagocítico mononuclear da derme e mucosas do hospedeiro vertebrado. A transmissão é feita pela picada de flebotomíneos do gênero Lutzomya, sendo o período de incubação de 1 mês em média. As fêmeas necessitam alimentar-se de sangue para a maturação dos seus ovos
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AGENTE ETIOLÓGICO
Há várias Leishmanias envolvidas na transmissão. No Brasil, as mais importantes são Leishmania Viannia braziliensis, Leishmania amazonensis e Leishmania Viannia guyanensis.
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RESERVATÓRIO
Os animais reservatórios são os marsupiais, roedores, tamanduás, cães, equinos e o homens. 
VETOR
A doença é transmitida por insetos flebotomíneos, no Brasil o gênero Lutzomyia sp., conhecido como mosquito palha, cangalhinha ou birigui
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MORFOLOGIA
Os Parasitas do gênero Leishmania são digenéticos (heteroxenos) e apresentam em seu ciclo de vida apenas duas formas evolutivas: a forma promastigota, que é flagelada e extracelular, e a forma amastigota, que é intracelular e sem movimentos. 
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Forma observada no hospedeiro vertebrado:
a.	Forma amastigota (aflagelada): encontrada nos tecidos do homem e dos animais sensíveis à inoculação do parasito. Em cortes corados pela hematoxilina férrica, as formas amastigotas aparecem muitas vezes no interior de elementos celulares, em particular nas células do Sistema Fagocítico Mononuclear. 
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Leishmaniose
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Nos esfregaços aparecem geralmente fora das células em consequência da ruptura destas. Os amastigotas típicos apresentam-se ovoides, sendo uma das extremidades mais arredondada que a outra. Variam entre 2-4 micra por 1,2-2,5 micra. A forma típica é susceptível de variações. Distingue-se a membrana, o citoplasma, o núcleo e o cinetoplasto.
Representação esquemática das formas evolutivas da Leishmania (promastigota flagelado e amastigota, no interior de um macrófago).
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Formas observadas no inseto vetor:
a.	Forma promastigota: observada no tubo digestivo do hospedeiro vetor e em cultura do parasito. Quando as formas amastigotas são ingeridas pelo inseto vetor, e as formas amastigotas são transportadas dentro dos macrófagos até o trato digestivo, lá os macrófagos se rompem e liberam as amastigotas que sofrem divisão binária e evoluem rapidamente e produzem as formas flageladas, as formas promastigotas típicas. 
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b.	Forma paramastigota: quando as formas promastigotas dirigem-se para o intestino onde iniciam a colonização, nas regiões do piloro e íleo ocorre a transformação das formas promastigotas em paramastigotas que permanecem aderidas pelo flagelo ao epitélio intestinal, onde ainda se dividem. Novamente ocorre transformação em promastigota e migram para a laringe do inseto onde sofrerão nova transformação.
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PARASITOLOGIA BÁSICA
Formas de encontradas no ciclo biológico da Leishmania:
a) Amastigota no interior do macrófago;
b) Promastigotas encontrados no tubo digestivo dos flebotomíneo e 
c) Paramastigotas aderidos ao epitélio
Fonte: Neves,David Pereira.Parasitologia Humana,10ªEd São Paulo: Editora Atheneu, 2003, p38.
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CICLO EVOLUTIVO DA LEISHMANIA
1.Durante o repasto sanguíneo, a fêmea do flebotomíneo introduz formas promastigotas metacíclicas no local da picada;
2. Promastigotas são interiorizadas por macrófagos teciduais; 
3. Promastigotas se transformam em amastigotas;
4.Inicia-se o processo de reprodução no interior do vacúolo parasitóforo;
5.Rompimento do macrófago e liberação dos parasitas no interstício;
6.Parasitas são fagocitados por novo macrófago;
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7.Macrófagos parasitados podem ser ingeridos pela fêmea de flebotomíneo durante o repasto sanguíneo;
8.No estômago do inseto, o macrófago se rompe liberando amastigotas. Transformação dos amastigotas em promastigotas, que se dividem por divisão binária;
9.Promastigotas migram para o intestino e colonizam as regiões do piloro e íleo, transformando-se em paramastigota (subgênero Viannia);
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10.Paramastigotas se ade-rem ao epitélio e se reproduzem. Ocorre a transformação em promas-tigota e migração para o estômago, e em seguida para a faringe do inseto (promastigotas metacícli-cas).
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TRANSMISSÃO 
A transmissão ocorre pela picada do flebótomo do gênero Lutzomyia conhecido no Brasil como mosquito palha, birigui e tatuquira. Ao fazer o repasto, a fêmea corta com suas mandíbulas tecido subcutâneo logo abaixo da epiderme, formando sob esta um afluxo de sangue, onde são inoculadas as formas promastigotas metacíclicas provenientes das regiões anteriores do trato digestivo.
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PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA 
Forma cutânea 
No local da picada as formas promastigota invadem as células do Sistema Fagocítico Mononuclear. Inicialmente nota-se hiperemia, com nódulo ou vesícula central, geralmente pruriginosa ou indolor. Pode permanecer estável ou então aumentar de tamanho, formando uma úlcera pequena dentro de 1-2 meses. 
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PARASITOLOGIA BÁSICA
A ulcera, inicialmente, contém grande número de parasitos, se torna necrosada originando uma ulcera típica ou não se necrosa e, o nódulo inicial evolui para lesões verrugosas e papilosas. 
A lesão inicial ou primaria geralmente ocorre nas pernas, nos braços ou em qualquer parte descoberta do corpo em que o Lutzomyia inoculou as formas promastigotas. Daí pode ocorrer lesões secundárias. 
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PARASITOLOGIA BÁSICA
A úlcera geralmente é única poucas vezes múltipla sendo duas ou mais lesões, raramente acima de dez. Caso não tratada tende à cura espontânea, em período de alguns meses a poucos anos, podendo também permanecer ativa por vários anos e coexistir com formas mucosas de surgimento posterior. 
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PARASITOLOGIA BÁSICA
Dentre os pacientes que evoluirão para a forma mucosa, metade o faz dentro dos primeiros 2 anos após cicatrização das lesões cutâneas e 90% dentro de 10 anos. Parece ser consequência de metástases hematogênicas. 
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PARASITOLOGIA BÁSICA
Forma mucosa 
A lesão da região nasobucofaringeana é quando se torna mais grave a doença, devido às mutilações faciais que provoca. À princípio há hiperemia e edema na parte anterior da cartilagem nasal. Nesta fase o paciente apresenta corrimento nasal (coriza).Em poucos dias ou meses, aparecerá a úlcera atingindo a cartilagem do septo nasal e depois a mucosa. A pele do nariz ficará espessa, edemaciada e hiperemiada, acarretando o aumento do volume do órgão. 
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PARASITOLOGIA BÁSICA
O paciente apresenta uma face típica “nariz de tapir” ou “nariz de anta”. Posteriormente pode haver comprometimento de todo o nariz, lábio superior, palato e faringe, provocando mutilações graves, impedindo a alimentação e dificultando a respiração e a fonação. Parece que o período de incubação é de 2 semanas a 2 meses. 
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Leishmaniose visceral americana (LVA)
A Leishmaniose visceral também conhecido como Calazar ou Febre Dundun é causada por parasitos do gênero Leishmania, sendo a espécie Leishmania chagasi, a de maior importância no Brasil. O Calazar é considerado atualmente uma doença emergente e reemergente, tanto em áreas rurais como urbanas. A OMS estima uma incidência global anual de 500.000 casos. 
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PARASITOLOGIA BÁSICA
No Brasil a estimativa é de 2 a 3.000 casos. Atualmente, a OMS vem chamando a atenção com relação ao aumento do número de casos de co-infecção HIV-leishmaniose visceral, especialmente no sul da Europa em áreas onde a doença é endêmica. Muitos destes casos estão associados ao uso de drogas injetáveis com compartilhamento de seringas e agulhas. Este tipo de transmissão tem-se expandido mudando o perfil epidemiológico clássico da transmissão, sem presença do inseto vetor e do reservatório canino. 
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PARASITOLOGIA BÁSICA
Outro aspecto relevante dentro deste contexto de expansão e urbanização da leishmaniose visceral em todo o mundo é a possibilidade de se contrair a doença através da transfusão sanguínea. Este fato é agravado em função de o diagnóstico para leishmaniose visceral não estar ainda incluído na triagem dos doadores em todo o país. 
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PARASITOLOGIA BÁSICA
Ciclo Evolutivo da Leishmaniose Visceral Americana (LVA)
O habitat das formas amastigotas no homem são principalmente as células do Sistema Fagocítico Mononuclear
(principalmente macrófagos) do baço, fígado e medula óssea. Podem também serem vistas em menor número nas células do Sistema Fagocítico Mononuclear de outras vísceras como dos rins, cápsulas suprarrenais, pulmão e meninges. Raramente podem ser vistas no sangue, dentro de leucócitos. 
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PARASITOLOGIA BÁSICA
Nos reservatórios (cão e raposa) as formas amastigotas são encontradas no Sistema Fagocítico Mononuclear visceral, cutâneo, e com relativa frequência no sangue circulante. O inseto transmissor fêmea ao picar um reservatório ingere as formas amastigotas. Essas chegam ao intestino médio, transformam-se em promastigotas e se multiplicam intensamente por divisão binária. O flebótomo alguns dias depois, ao exercer nova hematofagia, inocula formas promastigotas na pele do hospedeiro. 
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PARASITOLOGIA BÁSICA
Essas penetram nas células do Sistema Fagocítico Mononuclear local, transformam-se em amastigotas e por divisão binária se multiplicam intensamente. 
A evolução da doença dependerá da virulência da cepa, do número de formas infectantes inoculadas e da resistência do hospedeiro. No local da picada forma-se uma pápula e após a multiplicação intensa do parasito, há o rompimento das primeiras células parasitadas e invasão de novas. 
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PARASITOLOGIA BÁSICA
Várias células locais como leucócitos, neutrófilos e células mononucleares englobam as leishmanias livres e tentam destruí-las, mas estas se multiplicam rapidamente e rompem as células antes que a mesma os destrua. Assim, os parasitos alcançam o Sistema Fagocítico Mononuclear de outras regiões por via gematogênica, carregados pelas células. 
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PARASITOLOGIA BÁSICA
TRANSMISSÃO
A transmissão ocorre pela picada do flebótomo do gênero Lutzomyia conhecido no Brasil como mosquito palha, birigui e tatuquira. Ao fazer o repasto, a fêmea corta com suas mandíbulas tecido subcutâneo logo abaixo da epiderme, formando sob esta um afluxo de sangue, onde são inoculadas as formas promastigotas metacíclicas provenientes das regiões anteriores do trato digestivo: probóscida, cibário, faringe e esôfago.
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PARASITOLOGIA BÁSICA
Existem outros mecanismos de transmissão como: 
•	Acidentes de Laboratório: material perfurocortante; 
•	Transfusão sanguínea; 
•	Uso de drogas injetáveis: compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas;
•	Congênita: rara, e ocorre no momento do parto. 
O período de incubação é de 2 a 4 meses aproximadamente. 
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PARASITOLOGIA BÁSICA
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA NO BRASIL
Distribuição geográfica no Brasil: todos os estados litorâneos, do Pará ao estado de São Paulo e em Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Em extensas áreas da região Nordeste (Ceará, Bahia, Piauí) constitui importante problema clínico e sanitário devido ao número de indivíduos atingidos, à alta mortalidade que ocasiona quando não tratado e aos aspectos epidemiológicos. Nos últimos anos foram registrados casos na cidade do Rio de Janeiro e na cidade de Barra Mansa. 
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PARASITOLOGIA BÁSICA
PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA DA LVA 
O parasito atinge com grande facilidade as vísceras com maior riqueza de células de SFM como o fígado, baço, medula óssea e linfonodos. No citoplasma das células reticulares, os parasitos multiplicam-se distendendo as células até sua ruptura. Os parasitos liberados são fagocitados por novas células e este ciclo continua indefinidamente. Além disso, o Sistema Fagocítico Mononuclear responde com imensa proliferação celular e diferenciação plasmocitária resultando daí duas consequências principais:
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PARASITOLOGIA BÁSICA
 o aumento do volume dos órgãos (hepatoesplenomegalia) e 
 elevação da fração globulina no plasma. 
A medula óssea sofre atrofia dos elementos hemoformadores, uma vez que as células reticulares aí situadas são desviadas pelo parasitismo para função macrofágica. Em consequência surge um quadro hematológico de leucopenia e anemia. O rim também pode ser atingido devido à presença de imunocomplexos, assim como também o pulmão. 
Tema da Apresentação
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PARASITOLOGIA BÁSICA
A LVA pode se apresentar de várias formas:
Forma Inaparente: paciente com sorologia positiva ou encontro do parasito em tecidos, sem sintomatologia clínica manifesta. 
Forma clássica: com febre, astenia, anorexia, perda de peso e caquexia. A hepatoesplenomegalia é acentuada, anemia causando palidez de pele e mucosas intensas, edema dos membros inferiores, queda de cabelo, fenômenos hemorrágicos, amenorréia nas mulheres. 
Tema da Apresentação
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PARASITOLOGIA BÁSICA
Forma Oligossintomática: a febre é baixa ou ausente, hepatomegalia, esplenomegalia ausente ou discreta. 
Forma Aguda: o início pode se abrupto ou insidioso, a febre é o primeiro sintoma, hepatoesplenomegalia, perda de peso, hemorragia e anemia. 
Forma Refratária: é uma forma evolutiva do Calazar clássico que não responde ou respondem parcialmente ao tratamento com antimoniais. É clinicamente mais grave.
Forma Grave: óbito devido à hemorragia e infecções associadas. 
Tema da Apresentação
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PARASITOLOGIA BÁSICA
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
É semelhante ao da LTA. Além de exames complementares, tais como: 
Exames hematológicos
Exames bioquímicos
Exames histopatológicos
Tema da Apresentação
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PARASITOLOGIA BÁSICA
MALÁRIA
Tema da Apresentação
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PARASITOLOGIA BÁSICA
A malária é uma das doenças parasitárias mais importantes, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Já causou dano em milhões de pessoas nas regiões tropicais e subtropicais. Hoje em dia, a malária é de longe a doença tropical e parasitária que mais causa problemas sociais e econômicos no mundo. Os seres humanos são infectados pela malária há 50.000 anos. 
Tema da Apresentação
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PARASITOLOGIA BÁSICA
O baixo número anterior de casos em humanos, se em comparação com os elevados índices em outros animais, implicava que os mosquitos que se alimentam dos outros animais fossem muito mais frequentes que o Anopheles, que tem predileção pelos humanos. Só com o início da agricultura, há 10.000 anos e com o crescimento populacional e destruição dos ambientes naturais desses outros animais e seus mosquitos, é que as populações de Anopheles explodiram em número, iniciando-se a verdadeira epidemia de malária que existe hoje. 
Tema da Apresentação
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PARASITOLOGIA BÁSICA
Contudo a descoberta do agente etiológico só se deu em 1880, por Charles Alphonse Laveran. Porém, o conhecimento de sua transmissão através de um vetor ocorreu muitos anos depois, pois achava-se que a malária era contraída através do ar contaminado (“mal-aria”). Atualmente, sabe-se que a malária, também conhecida como paludismo, é transmitida pela picada do mosquito do gênero Anopheles fêmea, que se alimenta com sangue, quando contaminado, transmite o protozoário do gênero Plasmodium. 
Tema da Apresentação
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PARASITOLOGIA BÁSICA
Apesar de infrequente, pode ser transmitida acidentalmente como o resultado de transfusão sanguínea, compartilhamento de seringas contaminadas e acidentes de laboratório. A infecção congênita tem sido raramente descrita. 
Tema da Apresentação
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PARASITOLOGIA BÁSICA
Os plasmódios são coccídeos ou esporozoários parasitas das células sanguíneas, classificados na família Plasmodiidae e pertencentes ao filo Apicomplexa.
Necessitam de dois hospedeiros, (1) o mosquito para os estágios reprodutivos sexuados e (2) os seres humanos ou outros animais para os estágios reprodutivos.
Tema da Apresentação
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PARASITOLOGIA BÁSICA
As quatro espécies que infectam os seres humanos são o Plasmodium ovale, o P. vivax, o P. falciparum e o P. malarie. Diferentes nomes foram dados às infecções causadas por esses parasitos, de acordo com o tipo de febres intermitentes que causavam.
Tema da Apresentação
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PARASITOLOGIA BÁSICA
No Brasil encontramos três espécies importantes: 
P. vivax, P. falciparum e P. malarie. 
Estas três espécies causam a malária, também conhecida como impaludismo, febre palustre, maleita etc. 
Todos os parasitos pertencentes ao gênero Plasmodium possuem um ciclo endógeno ou esquizogônico no vertebrado, e outro ciclo sexuado, que se passa no mosquito, denominado ciclo exógeno ou esporogônio.
Tema da Apresentação
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PARASITOLOGIA BÁSICA
Plasmodium vivax 
Fisiologia e Estrutura
O P. vivax é seletivo, uma vez que ele apenas infecta eritrócitos (hemácias) jovens e imaturas. As infecções causadas por P. vivax apresentam as seguintes características:
1.	Os eritrócitos infectados estão geralmente aumentados e contêm numerosos grânulos rosados ou pontos de Schüffner.
Tema da Apresentação
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PARASITOLOGIA BÁSICA
2.	Os trofozoitas apresentam uma forma em anel, porém de aspecto ameboide.
3.	Verifica-se a presença de trofozoítas mais maduros e esquizontes eritrocíticos contendo até 24 merozoitas.
Os gametocitos são redondos.
Epidemiologia
O P. vivax é o mais prevalente dos plasmódios humanos, com maior distribuição geográfica, incluindo as regiões tropicais, subtropicais e temperadas.
Tema da Apresentação
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PARASITOLOGIA BÁSICA
Tema da Apresentação
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PARASITOLOGIA BÁSICA
Plasmodium ovale
Fisiologia e Estrutura
O P. ovale assemelha-se ao P. vivax em muitos aspectos, incluindo a seletividade para eritrócitos jovens e flexíveis. Em consequência, a célula hospedeira aumenta e sofre deformação, adquirindo geralmente uma oval. Os pontos de Schüffner aparecem como grânulos rosa pálidos, e a borda da célula é frequentemente fimbriada ou áspera. 
Tema da Apresentação
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PARASITOLOGIA BÁSICA
O esquizonte de P. ovale, quando maduro , contém cerca de metade do número de merozoítas observados no P. vivax. 
Epidemiologia
P. ovale possui distribuição primariamente na África tropical, onde é frequentemente mais prevalente do que o P. vivax. 
Tema da Apresentação
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PARASITOLOGIA BÁSICA
Plasmodium malariae
Fisiologia e Estrutura
O P. malariae só é capaz de infectar eritrócitos maduros com membranas celulares relativamente rígidas. Por isso, o crescimento do parasito deve se adaptar ao tamanho e à forma do eritrócito. Esta limitação resulta em formas distintas do parasito na célula hospedeira (forma em banda e barra, e formas muito compactas de coloração escura. 
Tema da Apresentação
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PARASITOLOGIA BÁSICA
O esquizonte de P. malariae não ocasiona qualquer aumento ou deformação do eritrócito e, em geral, é constituído de oito merozoitas com aspecto de roseta.
Epidemiologia
A infecção por P. malariae ocorre principalmente nas mesmas regiões subtropicais e temperadas que os outros plasmódios, embora seja menos prevalente.
Tema da Apresentação
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PARASITOLOGIA BÁSICA
Tema da Apresentação
Leishmaniose e Malária - Aula 03
PARASITOLOGIA BÁSICA
Plasmodium falciparum
Fisiologia e Estrutura
Diferente dos outros plasmódios, o P. falciparum não demonstra qualquer seletividade nos eritrócitos do hospedeiro e, portanto, invade qualquer eritrócito em qualquer estágio de existência. Além disso, múltiplos esporozoítas podem infectar um único eritrócito. 
Tema da Apresentação
Leishmaniose e Malária - Aula 03
PARASITOLOGIA BÁSICA
Assim, no sangue periférico de pacientes com malária por P. falciparum contêm tipicamente apenas formas jovens em anel e, por vezes, gametocitos.
Epidemiologia
O P. falciparum ocorre quase que exclusivamente em regiões tropicais e subtropicais.
Tema da Apresentação
Leishmaniose e Malária - Aula 03
PARASITOLOGIA BÁSICA
1.Trofozoita jovem: tem um aspecto de anel, sendo o arco o citoplasma, que é espesso e a pedra, o núcleo (cromatina), é mais interno. 
2. Trofozoíta amebóide: o citoplasma é irregular, todo vacuolizado, o núcleo permanece indiviso. 
3. Esquizonte: o citoplasma é irregular todo vacuolizado e o núcleo apresenta-se dividido (esquizogonia). 
Tema da Apresentação
Leishmaniose e Malária - Aula 03
PARASITOLOGIA BÁSICA
4. Rosácea ou Merócito: cada fragmento do núcleo, acompanhado de uma porção de citoplasma forma tantos merozoitas quantas forem as fragmentações nucleares. 
5. Macrogametócito: é a célula sexuada feminina 
6. Microgametócito: é a célula sexuada masculina 
Apresentam um citoplasma difuso, mas de contorno uniforme dentro da hemácia e o núcleo é pouco visível. 
Tema da Apresentação
Leishmaniose e Malária - Aula 03
PARASITOLOGIA BÁSICA
Tema da Apresentação
Leishmaniose e Malária - Aula 03
PARASITOLOGIA BÁSICA
O Ciclo Biológico do plasmódio, é dividido em três fases: Primeira - sexual (ciclo esporogonia), ocorre no mosquito (A), Duas fases, assexuada, pode ocorrer em humanos - 
o ciclo eritrocitário (B) e
o ciclo exoeritrocítica (C) (em células do fígado).
CICLO EVOLUTIVO DA MALÁRIA 
Tema da Apresentação
Leishmaniose e Malária - Aula 03
PARASITOLOGIA BÁSICA
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Leishmaniose e Malária - Aula 03
PARASITOLOGIA BÁSICA
EXPLORANDO O TEMA
Acesse a página:
http://www.sucen.sp.gov.br/atuac/malari.html 
para assistir aos vídeos.
Tema da Apresentação
Leishmaniose e Malária - Aula 03
PARASITOLOGIA BÁSICA
NESTA AULA VIMOS:
Duas parasitoses muito importantes: 
 a Leishmaniose e a Malária;
- A importância dos aspectos epidemiológicos dessas duas doenças parasitárias;
- As formas de transmissão e prevenção dessas doenças.
Tema da Apresentação
A Psicologia e sua importância nas relações humanas 
A Psicologia e sua importância nas relações humanas

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