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Nome: Maique Alexandre C. Carvalho RA: 0120150010 Curso: Direito - 7º sem Optativa: Teoria geral dos registros públicos Programa de proteção a testemunha e os impactos nos serviços de registros públicos. Por vezes, ao presenciar certos fatos; nós seres humanos, um ser dotado de racionalidade e emoções, nos vemos diante de escolhas, estas, nem sempre fáceis de se fazer. É como ocorre decidir participar na elucidação de um fato criminoso, seja como parte direta, na posição da vítima; que busca justiça, como também, indireta; alguém que estava no lugar errado e na hora errada ou vice-versa como é dito no ditado popular. A qual tal situação, incube o sujeito à um dilema, o de contribuir com as autoridades na investigação de um fato delituoso. Mas por que isso venha ser algo tão difícil de se encarar: pois tal escolha, onde, feita de forma voluntaria, optar por participar na produção de provas contra o indiciado, irá de maneira radical modificar a própria vida, em razão dos riscos que a testemunha ou vítima ficam expostas. Pois passam a se tornar peças chave em um inquérito policial e processo penal, sendo estes, potencialmente alvos de extermínio. Devido a isso, o estado, não deveria deixar estas pessoas sujeitas à beira da própria sorte, e por meio de um sistema, inspirado em um modelo norte americano, foi instituído no Brasil a lei n° 9.807, de 13 de julho de 1999, foi estabelecido as bases e diretrizes do programa de PROTEÇÃO À VITIMA E TESTEMUNHA. Para a elaboração e aplicação de medidas protetivas por parte do poder público, cuja a competência é distribuída entre União, Estados Membros, e Distrito Federal. E tem por objetivo proteger e auxiliar vítimas ou testemunhas de crimes que estejam coagidas ou expostas a grave ameaça em razão de colaborarem com investigação ou processo criminal. Foi regulamentada pelo Decreto DEC 3.518/2000, e vem sendo aplicado até os dias atuais. Tratando-se de competência concorrente, possui aplicação no âmbito Federal em crimes de mesma esfera, entre tanto, o programa tende a ser mais utilizado pelos estados, tendo como participantes: o judiciário, ministério público, as polícias civis e militares, órgãos públicos e privados, e todo e qualquer ente que contenha informações a respeito do protegido pelo programa. Tendo em vista o caráter protecionista do programa, uma série de restrições são impostas ao credenciado. Como a proibição de frequentar certos locais, horários de circulação em ruas e a depender da gravidade da situação em que o protegido está submetido; mudança do local de residência e alteração das informações pessoais em órgão de registros públicos. Ao encarar o art. 9° da lei, se pode visualizar a medida mais severa a qual o protegido e as pessoas próximas a ele podem se submeter. Que é a alteração da identidade completa junto aos órgãos de identificação e de registros públicos. Isso ocorre por uma deliberação e requerimento pelo conselho do programa, junto ao juiz responsável pelo registro público do local competente, assistido pelo ministério público. Sendo autorizado, expede-se ao cartório a alteração de nome completo e a averbação no registro original de nascimento do protegido e pessoas próximas afetadas, resguardado direito de terceiros. Diante essa possibilidade da lei, verifica-se o quanto prejudicial é presenciar ou viver um fato criminoso, apesar de muito necessário ao resguardo da integridade da vítima ou testemunha, o programa, se utiliza de ferramentas precisas na intenção de ocultar o paradeiro das mesmas; chegando até impactar a maiores importâncias de uma pessoa, que é sua origem e identidade. É óbvio que ter a própria vida apagada, é um preço bem alto, mas é a última solução dada pelo programa para a garantia da segurança dos sujeitos que estão inseridos no programa.
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