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Piaget

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Índice
 
 * Introdução
 * Biografia
 * Os Fatores que Influenciam o Desenvolvimento Humano
 * Aspectos do Desenvolvimento Humano
 * A Teoria do Desenvolvimento Humano de Piaget
 * Críticas à Obra de Piaget
 * Bibliografia
 
 Introdução
Neste trabalho abordarei a Teoria do Desenvolvimento Humano de Piaget. Existem várias teorias do Desenvolvimento Humano em Psicologia. Elas foram construídas a partir de observações, pesquisas com grupos de indivíduos de diferentes faixas etárias ou diferentes culturas, estudos de casos clínicos, acompanhamento de indivíduos desde o nascimento até a idade adulta. Dentre essas teorias, destaca-se a do Psicólogo suiço Jean Piaget, que vou abordar ao longo desse trabalho.
Biografia
Jean Piaget nascido em Neuchâtel, Suiça, cresceu com um interesse insaciável pelo mundo natural, tendo escrito o seu primeiro artigo científico aos onze anos de idade. Estudou ciências naturais e concluiu o doutorado na Universidade de Neuchâtel, aos 22 anos de idade. Interessado em Psicanálise, foi a França, onde desenvolveu suas teorias de epistemologia genética. Em 1921, tornou-se diretor do Instituto Jean-Jacques Rousseau,
em Genebra. Casou-se com Valentine Châtenay, com quem teve os três filhos que foram, por diversas vezes, objetos das suas observações sobre o desenvolvimento cognitivo. Em 1955, fundou o Centro Internacional de Epistemologia Genética, que dirigiu até sua morte em 1980. Recebeu vários honorários em todo o mundo.
 Os Fatores que Influenciam o Desenvolvimento Humano
Vários fatores indissociáveis e em permanente interação afetam todos os aspectos de desenvolvimento. São eles:
* Hereditariedade - a carga genética estabelece o potencial do indivíduo, que pode ou não se desenvolver. Existem pesquisas que comprovam os aspectos genéticos da inteligência. No entanto, a inteligência pode desenvolver-se aquém ou além do seu potencial, dependendo das condições do meio.
* Crescimento orgânico - refere-se ao aspecto físico. O aumento de altura e a estabilização do esqueleto permitem ao indivíduo comportamentos e um domínio do mundo que antes não exitiam. Pense nas possibilidades de descobertas de uma criança, quando começa a engantinhar e depois a andar, em relaçao a quando estava no berço com alguns dias de vida.
* Maturação neurofisiológica - é o que torna possível determinado padrão comportamento. A alfabetização das crianças, por exemplo, depende dessa maturação. Para segurar o lápis e manejá-lo, é necessário um desenvolvimento neurológico que uma criança entre 2 e 3 anos não tem.
* Meio - o conjunto de influências e estimulações ambientais altera os padrões de comportamento do indivíduo. Por exemplo, se a estimulação verbal for muito intensa, uma criança de 3 anos pode ter um repertório verbal muito maior do que a média das crianças de sua idade, mas, ao mesmo tempo, pode não subir e descer uma escada com facilidade e essa situação não fez parte de sua expeeriência de vida.
Aspectos do Desenvolvimento Humano
O desenvolvimento humano deve ser entendido como uma globalidade, mas para efeito de estudo tem sido abordado a apartir de quatro aspectos básicos:
* Aspectos físico-motor - refere-se ao crescimento orgânico, à maturação neurofisiológica, à capacidade de manipulação de objetos e de exercícios do proprío corpo. Exemplo: uma criança leva a chupeta à boca ou consegue tomar a mamadeira sozinha, por volta dos 7 meses, porque já coordena os movimentos das mãos.
* Aspecto intelectual - é a capacidade de pensamento, raciocínio. Por exemplo, uma criança de 2 anos que usa um cabo de vassoura para puxar um brinquedo que está embaixo de um móvel ou um jovem que planeja seus gastos a partir de sua mesada ou salário.
* Aspecto afetivo-emocional - é o modo particular de o indivíduo integrar as suas experiências. É o sentir. A sexualidade faz parte desse aspecto. Exemplos: a vergonha que sentimos em algumas situações, o medo em outras, a alegria de rever um amigo querido.
* Aspecto social - é a maneira como o indivíduo reage diante das situações que envolvem outras pessoas. Por exemplo, em um grupo de crianças, no parque, é possível observar que algumas buscam espontaneamente outras para brincar, enquanto algumas permanecem sozinhas.
Se analisarmos melhor a cada um desses exemplos, descobriremos que todos os outros aspectos estão presentes em cada um dos casos. E é sempre assim. Não é possível encontar um exemplo "puro", porque todos os aspectos se relacionam permanentemente. Por exemplo, uma criança tem dificuldades de aprendizagem, repete o ano, vai se tornando cada vez mais "tímida" ou agressiva, com poucos amigos. Um dia, descobre-se que a dificuldades tinham origem em uma deficiência auditiva. Quando isso é corrigido, todo o quadro se reverte. A história pode também não ter uma final feliz, se os danos forem graves.
Todas as teorias do desenvolvimento humano partem do pressuposto de que esses quatro aspectos são indissociáveis, mas elas podem enfatizar aspectos diferentes, ou seja, estudar o desenvolvimento global a partir do aspecto afetivo-emocional, isto é, do desenvolvimento da sexualidade, Jean Piaget enfatiza o desenvolvimento intelectual.
 A Teoria do Desenvolvimento Humano de Piaget
Piaget divide os períodos do desenvolvimento humano de acordo com o aparecimento de novas qualidades do pensamento, por sua vez, interfere no desenvolvimento global.
* 1º período: sensório-motor (0 a 2 anos)
* 2º período: pré-operatório (2 a 7 anos)
*3º período: operações concretas (7 a 11 ou 12 anos)
* 4º período: operções formais ( 11 ou 12 anos em diante)
Segundo Piaget, cada período é caracterizado por aquilo que o indivíduo consegue fazer de melhor nessas faixas etárias. Todos passam por todas essas fases ou períodos, nessa sequência, porém o inicío e o término de cada uma delas dependem das características biológicas do indivíduo e de fatores educacionais, sociais. Portanto, essa divisão em faixas etárias é uma referência, não uma norma rígida.
Sensório-motor engloba os dois primeiros anos de vida. Durante esse período, as crianças aprendem sobre o mundo basicamente por meio dos sentidos (daí o "sensório") e da ação e movimentação físicas ("motor"). A criança nesse estágio é egocêntrica, só conseguem o mundo a partir do seu ponto de vista. No início dessa etapa, as crianças agem por reflexos, sem compreendê-los e sem a intenção de fazê-lo; mais tarde, conseguem prolongar e coordenar os reflexos em relação aos objetos. Começam, então, a organizar seus sentidos para antecipar ocorrências; por exemplo, conseguem imaginar objetos que não estão presentes no momento ou achar coisas escondidas. Passam a experimentar e a pensar sobre um problema antes de agir. Esses avanços marcam o final da primeira fase.
Quando começa a desenvolver autoconciência, a criança já possui as ferramentas do pensamento representativo e pode desenvolver e usar imagens, símbolos internos e linguagem. Tudo isso faz parte do segundo estágio, pré-operacional, em que o interesse fundamental da criança é a aparência das coisas. Os pequenos começam a demnstrar habilidades como organizar itens de maneira lógica (conforme a altura, por exemplo) por característica compartilhadas, focando em um detalhe perceptivo por vez (como tamanho ou cor). Dos dois aos quatro anos de idade, a criança raciocina em termos absolutos ( como "grande" e "maior de todos"); dos quatro aos sete, entram em jogo os termos relativos ("maior que" ou "mais pesado que"). A capacidade de pensar logicamente é ainda limitada, e a criança continua egocêntrica, incapaz de observar as coisas pela perspectiva do outro.
O terceiro estágio é o operacional concreto; é quando as crianças se tornam capazes de realizar operações lógicas, mas só na presença de objetos reais (concretos). Passam a compreender o conceito de consevarção e entendem que a quantidade de determinado objeto pode continuar a mesma, a despeito de alterações físicas em sua aparência. Percebem que, se você passa líquido de umcopo baixo e largo para outro, alto e comprído, a quantidade permanece a mesma, independente da diferença de altura. Conseguem entender também que os objetos podem ser ordenados, levando-se em conta diversas qualidades ao mesmo tempo - uma bola de gude pode ser grande, verde e transparente. Um pouco de relatividade a seus pontos de vista.
No quarto estágio - o operacional formal - as crianças começam a manipular ideias (além de objetos) e são capazes de raciocinar com base apenas em afirmações verbais. Não precisam mais da referência de objetos concretos e podem acompanhar um raciocínio. Começam a pensar hipoteticamente; e esse novo poder de imaginação, bem como a capacidade de debater ideias abstratas, revela que estão menos egocêntricas.
 Críticas à Obra de Piaget
Apesar da popularidade e da ampla influência de seu trabalho sobre as áreas de psicologia do desenvolvimento, educação, moral, evolução, filosofia e até da inteligência artificial, as ideias de Piaget também sofreram escrutínio e crítica. Como ocorre com todas as teorias influentes, décadas de análise e pesquisa expusseram seus problemas e suas fraquezas. A noção de egocentrismo em Piaget, por exemplo, já foi questionada. Estudos realizados pela psicóloga americana Susan Gelman, em 1979, demonstraram que crianças de quatro anos de idade eram capazes de ajustar suas explicações sobre algum objeto para elucidar uma pessoas vendada e empregar discursos mais simples ao conversar com crianças mais novas, o que contrasta com a descrição feita por Piaget sobre crianças egocêntricas, sem consciência das necessidades alheias.
O retrato que Piaget fez das crianças, como seres essencialmente autônomos e independentes na construção do conhecimento e no entendimento do mundo físico, também encontrou resistência, pois parecia ignorar a relevante contribuição de outras pessoas ao desenvolvimento cognitivo infantil. O foco do trabalho pioneiro do psicólogo Lev Vygotsky foi demonstrar que conhecimento e raciocínio têm uma natureza basicamente social e refutar a tese de Piaget de que as crianças não fazem parte do todo social. Segundo sua teoria, o desenvolvimento humano ocorre em três níveis: cultural e interpessoal, tanto quanto o individual, e ele concentrou seu enfoque nos dois primeiros. A teoria da "zona de desenvolvimento proximal" - sobre o fato de as crianças necessitarem de ajuda de adultos e crianças mais velhas para realizar algumas tarefas - era uma resposta a Piaget. 
Outra área explorada foi a suposta universalidade das fases de desenvolvimento observada por Piaget. Apesar de na época ele não ter tido acesso a evidências que confirmassem essa suposição, investigações interculturais mais recentes (entre elas, um estudo de Pierre Dasen, de 1994) sobre o estágio sensório-motor mostraram que as subfases propostas por Piaget são de fato universais, apesar do aparente impacto de fatores ambientais e culturais sobre o ritmo com que essas fases são alcançadas e a rapidez com que são concluídas. 
A obra de Piaget inegavelmente abriu caminho para diversas novas áreas de investigação sobre a natureza do desenvolvimento infantil e cognitivo dos humanos. Ele foi responsável pelo contexto no qual se inseriu grande parte da pesquisa dos séculos XX e XXI e transformou de maneira fundamental o caráter da educação do mundo ocidental.
Bibliografia
* O livro da Psicologia / tradução Clara M. Hermeto e Ana Luisa Martins. São Paulo : Globo 2012.
* Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia / Bock, Ana Mercês Bahia , Odair Furtado, Maria de Lourdes Travassi teixeira. 14º edição - São Paulo: Saraiva, 2008.

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