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Londrina
2017
SUMÁRIO
31 INTRODUÇÃO	�
42 PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE	�
83 ANÁLISE DE RELATÓRIOS	�
93.1 BALANÇO PATRIMONIAL	�
113.2 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO	�
133.3 BALANÇO PATRIMONIAL DA NATURA	�
153.4 ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS	�
164 A CULTURA ORGANIZACIONALEM RELAÇÃO AO “CASO ENRON”	�
175 DE UMA ESTRUTURA FEUDAL PARA UMA CAPITALISTA	�
186 O CASO ENRON E A QUEBRA DA BOLSADE NOVA YORK	�
21REFERÊNCIAS	�
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1 INTRODUÇÃO
Neste trabalho, abordaremos fatos que foram de grande relevância na história, como o caso Enron e a quebra da Bolsa de Nova Iorque ressaltando a grande importância do desenvolvimento adequado e sério de uma contabilidade, principalmente na observância e cumprimento dos princípios de contabilidade;
Citaremos os níveis da cultura organizacional de acordo com o caso supracitado;
Abordaremos como o Ocidente passou a valorizar o a prática do lucro e;
Apresentaremos relatórios de uma empresa publicados na internet e a devida análise de seus resultados.
2 PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE
De acordo com o site Portal Contabilidade (2016), os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional.
A partir de 02.06.2010, os "Princípios Fundamentais de Contabilidade (PFC)", citados na Resolução CFC 750/1993, passam a denominar-se "Princípios de Contabilidade (PC)", por força da Resolução CFC 1.282/2010.
Os princípios são aplicáveis à contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o Patrimônio das Entidades.
São Princípios de Contabilidade:
o da ENTIDADE; 
o da CONTINUIDADE;  
o da OPORTUNIDADE; 
o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;  
o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC 1.282/2010)  
o da COMPETÊNCIA;
VII) o da PRUDÊNCIA.
O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico contábil. 
O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem como sua vida definida ou provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas. A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da ENTIDADE tem prazo determinado, previsto ou previsível. A observância do Princípio da CONTINUIDADE é indispensável à correta aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA, por efeito de se relacionar diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, e de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado. 
O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram. Como resultado da observância do Princípio da OPORTUNIDADE: 
I – desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência; 
II – o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, contemplando os aspectos físicos e monetários; 
III – o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no patrimônio da ENTIDADE, em um período de tempo determinado, base necessária para gerar informações úteis ao processo decisório da gestão. 
O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL, os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE. Parágrafo único Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta: 
I – a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes externos ou da imposição destes; 
II – uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão somente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais; 
III – o valor original será mantido enquanto o componente permanecer como parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste. Os Princípios da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA e do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL são compatíveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e mantém atualizado o valor de entrada; e o uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes patrimoniais constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos. 
O PRINCÍPIO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA, os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. São resultantes da adoção do Princípio da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA: 
I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo; 
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais (art. 7º), é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por conseqüência, o do patrimônio líquido; 
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas, tão somente, o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores, ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período. 
O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA, as receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou diminuição no patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, resultantes da observância do Princípio da OPORTUNIDADE. O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, é conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração. As receitas consideram-se realizadas: 
I – nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição de serviços por esta prestados; 
II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior; 
III – pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros; IV – no recebimento efetivo de doações e subvenções. Consideram-se incorridas as despesas: 
I – quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedadepara terceiro; 
II – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; 
III – pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.
O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade. Observado o disposto no art. 7º, o Princípio da PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável à correta aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA. A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase quando, para definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem incertezas de grau variável. A inobservância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade constitui infração nas alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946 e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista. 
3 ANÁLISE DE RELATÓRIOS
A equipe escolheu a empresa Natura Cosméticos para apresentar o Balanço patrimonial e a DRE do exercício social de 2014 e 2015, disponíveis no site da própria Natura.
3.1 BALANÇO PATRIMONIAL
O Balanço Patrimonial da entidade é a relação de seus ativos passivos e patrimônio líquido em uma data específica apresentando nessa demonstração a posição atual patrimonial e financeira da entidade.
O balanço patrimonial aponta a composição do patrimônio da empresa na data estabelecida, sendo pelo estatuto social ou contrato social. Trata-se de uma demonstração estática, evidencia o patrimônio composto por bens, direitos, obrigações e o patrimônio líquido. O Balanço Patrimonial demonstra o Ativo Financeiro, o Ativo Permanente, o Passivo Financeiro, o Passivo Permanente, o Saldo Patrimonial e as Contas de Compensação.
De acordo com SILVA (1996, p. 293): 
“O balanço da empresa representa sua situação patrimonial em determinado momento, isto é, como se fosse uma fotografia que mostra algo de forma estática, sem refletir sua mobilidade, seu dinamismo. A empresa, em suas operações, compra, fabrica, estoca, vende e recebe num processo dinâmico e contínuo”.
Nesta demonstração são equilibrados os bens e os direitos da entidade, em contrapartida as obrigações com os sócios e com terceiros. 
De acordo com Marion(2006):
Sua estrutura é disposta em duas colunas, onde no lado esquerdo estão os bens e direitos representados como ativos da organização, e do lado esquerdo estão às obrigações representadas pelo passivo e pelo patrimônio líquido da entidade e de acordo com a Lei n. 11.941/2009, são representados conforme tela a seguir:
As contas dispostas nesta demonstração são apresentadas em ordem de liquidez, em ativos e passivos circulantes para contas de curto prazo que se encontram no exercício corrente, e ativos e passivos não circulantes para contas que ficarão para exercícios posteriores. 
3.2 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
A demonstração do resultado do exercício (DRE) é uma demonstração contábil que se destina a evidenciar a formação do resultado líquido em um exercício, através do confronto das receitas, custos e despesas apuradas segundo o princípio contábil do regime de competência.
A DRE tem objetivo de levantar o resultado do exercício, contrapondo as receitas com as despesas, calculando assim o lucro líquido da organização, que servira de base para o cálculo do imposto de renda da organização.
A DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) leva em sua estrutura as contas de resultado e em alguns casos a contrapartida de cada valor escriturado no Ativo (caixa ou banco) como pagamento de alguma despesa devendo ser levado para DRE em alguns casos porque também podem sair valores do Ativo para solver Passivos. Passivo são valores que ainda irão se realizar logicamente que após se realizarem irão para o Ativo em forma de recursos concretizados. (COSTA FILHO e PROENÇA, 2013, p.59)
Segundo Marion (2003, p. 127) “a DRE é extremamente relevante para avaliar desempenho da empresa e a eficiência dos gestores em obter resultado positivo. O lucro é o objetivo principal das empresas”. Assim, uma das fontes principais de recursos da empresa é o Lucro do exercício que, sem dúvida, fortalece a situação econômico-financeira da empresa.
De acordo com o que foi estudado nas tele aulas�, a montagem da DRE deve seguir uma estrutura básica conforme contas a seguir:
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
Vendas de Produtos
Vendas de Mercadorias
Prestação de Serviços
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 
Devoluções de Vendas 
Abatimentos 
Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas
= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
(-) CUSTOS DAS VENDAS
Custo dos Produtos Vendidos 
Custo das Mercadorias
Custo dos Serviços Prestados
= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS 
Despesas Com Vendas 
Despesas Administrativas
(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS
Despesas Financeiras
(-) Receitas Financeiras
Variações Monetárias e Cambiais Passivas
(-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS
Resultado da Equivalência Patrimonial
Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante
(-) Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante
= RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E SOBRE O LUCRO
(-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro
= LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES
(-) Debêntures, Empregados, Participações de Administradores, Partes Beneficiárias, Fundos de Assistência e Previdência para Empregados
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
Segundo Braga (1999, p. 25) “é importante ressaltar, que a interpretação das demonstrações contábeis, por exemplo, é de interesse não só para análise de fim de exercício, mas também para a atividade administrativa normal”.
3.3 BALANÇO PATRIMONIAL DA NATURA
EXERCÍCIOS 2014 E 2015
3.4 ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS
Conforme se verifica nos demonstrativos anteriores, a empresa apresenta resultado positivo, ou seja, apresentou um lucro líquido de R$ 513,5 milhões, embora tenha tido uma retração com relação ao ano de 2014, que foi de R$ 732,8 milhões.
De acordo com o que foi ilustrado nos demonstrativos anteriores, Quando analisamos o balanço de 2015, é possível afirmar que a empresa tem um ativo circulante de R$3.781.205,00 (três milhões setecentos e oitenta e um mil duzentos e cinco reais), e o ativo não circulante de R$ 3.385.406,00 (três milhões trezentos e oitenta e cinco mil quatrocentos e seis reais), os quais totalizam a R$ 7.166.711,00 (sete milhões cento e sessenta e seis mil setecentos e onze reais). Já o passivo circulante, no mesmo período, atinge a importância de R$ 3.014.021,00 (três milhões quatorze mil vinte e um reais), e o passivo não circulante a soma de R$ 3.124.404,00 (três milhões cento e vinte e quatro mil quatrocentos e quatro reais), os quais juntos atingem a importância de R$ 6.138.425,00 (seis milhões cento e trinta e oito mil quatrocentos e vinte e cinco reais). Isso significa que o total dos ativos (bens e direitos) suplantam os totais dos passivos (obrigações), que a situação da empresa é muito boa.
O valor do patrimônio líquido da empresa estudada foi de R$ 1.028.176,00 (um milhão vinte e oito mil cento e setenta e seis reais), no ano de 2015, conforme se comprova nos demonstrativos anteriores, sobretudo no Balanço Patrimonial.
4 A CULTURA ORGANIZACIONALEM RELAÇÃO AO “CASO ENRON” 
Segundo Schein (2009), a cultura organizacional tem 3 níveis que são artefatos, valores e normas e pressupostos. Os artefatos, que é o nível mais superficial, podemter manifestações físicas, comportamentais ou verbais. As físicas dizem respeito ao design, vestuário, prédios; da empresa. As comportamentais se referem à rituais, padrões comportamentais, recompensas, punições, etc. as verbais se manifestam em piadas, jargões, mitos, histórias, etc.
Os valores e normas são um nível intermediário da cultura organizacional. Eles são reconhecidos pelos membros da organização facilmente. Os valore são um princípio a seguir. Comum para a organização e seus membros. As normas são regras que podem ser ou não escritas, mas sempre partem dos valores e implicam em um padrão comportamental dos membros.
Os pressupostos são o nível mais profundo da organização. Eles podem ter manifestações consciente ou inconsciente. Eles representam aquilo que os membros julgam ser realidade, influenciando o que sentem e pensam. 
A empresa Enron trabalhava muito bem o nível do pressuposto. Ela estimulava o entusiasmo dos funcionários. Pagavam-lhes em partes com ações da empresa, que só dava lucro. Além disso, conseguiram transmitir uma imagem de “a empresa inovadora”. Assim, grandes mentes foram trabalhar nela. O salário era bom, havia um enorme fundo de pensão, todos ganhavam com o árduo trabalho. Tudo isso fez os pressupostos criarem uma realidade perfeita. Realidade essa que implicou na sintonia dos membros em relação aos valores e normas. E isso gerou bons artefatos. Mas claro que o balanço era enganoso, uma fraude! Portanto, toda cultura organizacional era uma mentira. 
5 DE UMA ESTRUTURA FEUDAL PARA UMA CAPITALISTA
 
A passagem do feudalismo para o capitalismo começou na Baixa Idade Media a partir do século XIV. O sistema feudal fazia suas relações à base de troca e comercializavam seus produtos entre si, ao sustento local.
As relações eram entre o senhor feudal, dono da terra que também fazia parte da burguesia, e o camponês que era subordinado dos senhores feudais. O camponês ou servo, como era chamado, pagava a espécie de um aluguel e trabalhava três dias de graça ao senhor feudal. Nessa época não havia salário e se tinha uma gratidão do servo ao senhor.
O sistema feudal entrou em uma grande crise em razões de fatores como o crescimento da burguesia nas cidades medievais, que passaram a ter uma vasta movimentação comercial; a crise no campo, as revoltas camponesas, a Peste Negra entre outros. Com esta crise os senhores feudais e os burgueses que estavam em grande ascensão foram forçados a traçarem estratégias de desenvolvimento de suas estruturas econômicas.
O desenvolvimento comercial com a força do capitalismo acabou favorecendo os comércios das cidades. O declínio do Feudalismo e a origem do capitalismo foram dois fenômenos históricos independentes, apesar de se desenrolarem simultaneamente. Foi do campo que nasceram as bases materiais para a indústria. E com a experiência do comercio nas cidades foram criadas as relações de trocas monetárias, que foi a base do crédito e do sistema financeiro.
6 O CASO ENRON E A QUEBRA DA BOLSADE NOVA YORK 
O trágico caso “Enron”, companhia que utilizava o método “mark to market” proposto por Jeffrey Skilling, chefe de operações financeiras. Uma técnica usada por empresas de corretagem e importação e exportação, onde o preço ou valor de um seguro é registrado em uma base diária para calcular lucros e perdas. O uso deste método permitiu a Enron contar ganhos projetados de contratos de energia a longo prazo como receita corrente. Este era dinheiro que não deveria ser recolhido por muitos anos. Acredita-se que esta técnica foi usada para aumentar os números de rendimento manipulando projeções para rendimentos futuros. Ao reportar esses ingressos como capital na Companhia, os seus executivos inflaram os balanços para atrair novos investimentos e, por consequência, valorizar o preço de suas ações. Com ações mais altas, atraíram-se novos acionistas e assim sem se seguiu. Vale mencionar ainda que como as entradas de capital não eram reais a companhia pagava pouco em impostos, complicando ainda mais a situação real contábil e jurídica da companhia.
Quanto à crise da bolsa de valores de Nova York, conhecida como A Grande Depressão decorrida a partir de julho de 1929, quando a produção industrial americana, antes acostumada com alto crescimento da produção, o que aumentou dia após dia, principalmente entre os anos de 1918 e 1928, com muitos empregos, preço baixo, elevada produção na agricultura e a expansão do crédito que incentivada e o consumismo desenfreado. Essa recessão econômica se arrastou até o dia 24 de outubro quando os valores de suas ações despencarem completamente, fazendo com que milhares de acionistas perdessem tudo praticamente da noite pra o dia. Quando a Primeira Guerra Mundial chegou ao fim, a Europa começou a se reestabelecer, o que levou a importar cada vez menos dos Estados Unidos e a indústria norte-americana não tinha mais para quem vender a quantidade exacerbada de mercadorias, havendo mais produtos do que procura. Isso levou a diminuição do preço, queda da produção, e consequentemente, aumento do desemprego. Esses fatores provocaram a queda dos lucros e a paralisação do comércio, ocasionando a queda das ações da bolsa de valores, quebrando-a em seguida. A partir daí aconteceram os fechamentos de centenas de empresas comerciais e industriais, o que elevaram drasticamente as taxas de desemprego e pioraram ainda mais os efeitos da recessão.
Estes fatores ocorrem devido a desobediência aos princípios contábeis, fatores de risco muitas vezes desconsiderados. As empresas têm seus resultados inflados, auditores independentes, analistas com interesses paralelos e governantes parciais, “maquiam” os balanços, os auditores aprovam, e o mercado não fica sabendo.
E o maior prejudicado é o mercado de capitais, que vive de expectativas quanto ao desempenho das empresas. Nenhum país ou empresa está livre de passar pelo mesmo problema. 
A pressão crescente do mercado por bons resultados, os interesses de acionistas e diretores, a relação das empresas com o governo e as autoridades, é um grande jogo de interesses. E nesse jogo, as empresas fazem o que podem para sair vencedoras, nem que seja somente na aparência. É preciso mais seriedade e, principalmente, responsabilidade nas demonstrações de resultados, para recuperar a confiança do mercado. Investidores fazem a bolsa, e, sem mudanças, a confiança do investidor jamais será mesma. Governança corporativa, auditorias trimestrais e responsabilidade social são qualidades cada vez mais admiradas pelo mercado.
REFERÊNCIAS
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Pesquisa em:http://www.sohistoria.com.br/ef2/feudalismocapitalismo/, em 25/04/2017.
Elaine DE SALES SCHWINGEL
GISELE RIBEIRO RAMOS
MILENA DANTAS OUTUKA
Paula ANDRÉIA SILVA EDUARDO
Vera LÚCIA APARECIDA DE LIMA SILVA
Sistema de Ensino Presencial Conectado
ciências contábeis
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO
A CONTABILIDADE COMERCIAL
Londrina
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A CONTABILIDADE COMERCIAL
Trabalho de Ciências Contábeis do oitavo semestre apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral. 
Orientador: Equipe de Professores do Semestre.
� Estudado no 4º semestre na tele aula 1 (professor Alcides José da Costa Filho).

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