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RESUMO METODO DE OBSERVAÇÃO E PESQUISA EM PSICOLOGIA

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RESUMO AV1 – METODO DE OBSERVAÇÃO E PESQUISA EM PSICOLOGIA 
CIÊNCIAS 
 PURAS – Desenvolvimento de teorias 
 APLICADAS – Aplicação de teorias as necessidades humanas 
 NATURAIS – O estudo do mundo natural 
 SOCIAIS / HUMANAS – O estudo do comportamento humano e da sociedade 
CIENCIAS SOCIAIS E HUMANAS 
 PARTICULALIDADES 
Os fenômenos humanos não ocorrem de forma semelhante à do mundo físico, dificultando a 
previsibilidade; 
A quantificação dos resultados é complexa e limitada 
Os pesquisadores têm crenças que podem influenciar a condução de suas pesquisas e a interpretação 
de seus resultados; 
Autonomia Ç. Kağitçibaşi 
O desenvolvimento do self assume diversas trajetórias de acordo com modelos culturais, que 
se constroem em reação a contextos específicos. Este trabalho como objetivo apresentar a adaptação 
de um instrumento de avaliação dessa variedade de trajetórias de desenvolvimento, desenvolvido 
por Ç. Kağitçibaşi. 
O instrumento é composto de três escalas: Autonomia, Interdependência e Autonomia-
relacionada. As escalas foram traduzidas, adaptadas e aplicadas em 207 participantes adultos de 
ambos sexos. A Análise de Componentes Principais e a Análise Fatorial Exploratória sugerem, com 
ressalvas, a unidimensionalidade de cada escala. O Alfa de Cronbach revelou consistência interna 
moderada para todas as três escalas. Os resultados foram discutidos em relação ao modelo teórico. 
O instrumento pode ser útil em estudos brasileiros de sistemas de crenças e modelos 
culturais, mas suas limitações foram ponderadas, assim como a necessidade de estudos futuros para 
o desenvolvimento de um instrumento que avalie as dimensões de agência e distância interpessoal. 
Palavras-chave: autonomia; interdependência; autonomia-relacionada 
Observação em Psicologia 
Técnica para colher impressões e registros sobre um fenômeno por meio do contato direto com as 
pessoas a serem observadas ou de instrumentos auxiliares (câmera de vídeo, filmadoras, etc.), de 
modo a abstraí-lo de seu contexto para que possa ser analisado em suas diferentes dimensões. 
Tal procedimento é útil não somente à obtenção de informações a serem fornecidas em resposta a 
questões de pesquisa mas também ao desenvolvimento de hipóteses a serem testadas em estudos 
futuros. 
A observação informal de situações cotidianas é diferente da observação científica, pois a última 
possui uma finalidade conhecida de antemão, descrita através dos objetivos da pesquisa em questão 
 
•onde-em que local e situação a observação será realizada; 
•quando-em que momentos ela será realizada; 
•quem-quais serão os sujeitos a serem observados; 
•oque-que comportamentos e circunstâncias ambientais devem ser observados; 
•como-qual a técnica de observação e registro a ser utilizada 
 
Vantagens e limitações das técnicas observacionais: 
 
•Limitação: longo tempo necessário para análise 
•Crítica frequente: estão sujeitas a erros provenientes de interpretações subjetivas das situações 
(Adler &Adler, 1994) 
•Por outro lado, o fato do observador ter idéias preconcebidas a respeito do que será observado pode 
fazer com que tais idéias interfiram na decisão do que observar (Goodwim, 1995) 
 
Sem parâmetros científicos claros, uma observação não é válida e nem passível de 
reprodução. 
Importância dos protocolos de observação e dos métodos de validação e fidedignidade 
 
Grau de intervenção do observador 
Observação Artificial ou Naturalista 
 
Naturalista - Se dá em ambientes reais, sem que haja a intervenção do observadorno fluxo de 
acontecimentos, interações e comportamentos naturalmente emitidos pelos indivíduos em sua vida 
diária. 
Ex: registro da interação mãe/bebê no ambiente doméstico; registro da interação entre patrão e 
empregado no ambiente de trabalho; etc. 
 
Artificial - Ocorre no contexto da pesquisa experimental, ondeo pesquisador manipula 
condições do ambiente (variáveis independentes) a fim de registrar a resposta dos observados 
(variáveis dependentes). 
Ex: experimentos em laboratório; observação de comportamento não verbal em grupos focais de 
debate; etc. 
 
Qual a melhor opção? 
 
 Quando o interesse está centrado em aspectos da ontogênese do processo, a técnica de 
observação em ambiente naturalao longo de um período do seu desenvolvimento pode ser 
a melhor opção; 
 Quando o interesse está centrado em aprofundar o conhecimento ou testar 
hipótesessobre comportamentos/construtos/conceitos específicos, a observação em 
ambiente artificial(laboratório) pode ser a melhor opção; 
 
Exemplos clássicos 
 
Observação artificial 
 R. Fantz (1965) -Estudo de capacidade de discriminação visual em bebês –examinando o 
reflexo na pupila do bebê através de um orifício. 
 Diante de uma figura com padrão uniforme cinza e de outra listrada, os bebês demonstram 
olhar mais a segunda. 
 
 
Observação naturalista 
 Observação do comportamento de interação de alunos do ensino médio em ambiente 
escolar, durante o intervalo. 
 
Limitações 
 
Observação Naturalista 
1.As observações naturalistas são de difícil replicação; 
2.O controle sobre as variáveis estranhas é reduzido, não se podem estabelecer relações causa-
efeito: as conclusões são suposições; 
3.Se os participantes sabem que estão sendo observados, o seu comportamento será menos natural - 
se não sabem, o seu comportamento não tem caráter público, podem colocar-se problemas que 
invalidem a observação (violação de privacidade); 
4.Onde há só um observador - como muitas vezes acontece - é difícil verificar autenticidade e 
fidedignidade dos dados. 
 
Observação Artificial 
1. Efeito de habituação no ambiente artificial; 
2. O ambiente é artificial, afetando por isso o comportamento dos sujeitos; 
3. Há comportamentos que não podem ser observados em laboratório; 
4. O observado tende a comportar-se de acordo com o que julga ser as expectativas do observador; 
 
Tipo de Interação 
 
Observação 
 
Participante 
 Origem na Antropologia - grande interação entre o observador e os participantes da pesquisa 
(de forma anônima ou não); 
 Absorver e reproduzir os padrões comportamentais do grupo ou contexto em questão; 
 Registro não imediato 
 
Não-participante 
 Caracteriza-se pelo não envolvimento do observador com o contexto a ser observado; 
 “Flyonthewall”– comportamento do observador deve ser não-reativo aos conteúdos da 
intervenção; 
 Registro contínuo (diários de campo) 
 
Registro de observação 
 
Assistemática 
 
 Também chamada de não estruturada ou livre 
 Não envolve o estabelecimento de critérios prévios; 
 Narrativa flexível - fenomenológica/Gestalt 
 O foco do pesquisador deve ser direcionado para aquilo que emerge na „cena‟; 
 Descrição minuciosa da totalidade do fenômeno: espaço, objetos, tempo, atores, atividades, 
etc. 
 
 
 
Sistemática 
 
 Também chamada de padronizada ou estruturada 
 Implica em decisões prévias sobre os elementos e situações a serem observados; 
 Roteiros, fichas ou catálogos de observação prefixados; 
 Foco do pesquisador voltado aunidade de observação; 
 Descrição dos aspectos de interesse do estudo em questão (ex: freqüência, ocorrência, etc.) 
 
Registro de observação 
Sistemática e Assistemática 
 
 Diferenças quanto ao grau de objetividade da linguagem: 
 
Registro de ObservaçãoAssistemática Registro de Observação Sistemática 
1) Sanda à procura de um lugar pra 
sentar. 
1) Ônibus com todos os assentos 
ocupados. S dentro do ônibus, em pé, 
anda em direção à porta traseira do 
ônibus. 
2) Como não encontra, para ao lado da 
oitava fileira de bancos, atrás do 
motoristas.Tenta pedir um lugar aos 
passageiros que se encontram sentados 
naquele banco. 
2) Ônibuscom todos os assentos 
ocupados. Sparada de pé, ao lado da 
oitava fileira de bancos, atrás do 
motorista, Vira a cabeça em direção aos 
passageiros que estão sentados no banco. 
3) Como ninguém se incomoda, 
cansada, ela desiste. 
3) Ônibuscom todos os assentos 
ocupados. Sparada de pé, ao lado da 
oitava fileira de bancos, atrás do 
motorista. Passageiros do banco olham 
em direção à rua. Sexpira fundo e fecha 
os olhos. 
 
 
 
 Diferenças quanto ao grau de objetividade da linguagem: 
 
Registro de ObservaçãoAssistemática Registro de Observação Sistemática 
1) Sanda à procura de um lugar pra sentar. 1) Ônibuscom todos os assentos ocupados. S 
dentro do ônibus, em pé, anda em direção à porta 
traseira do ônibus. 
2) Como não encontra, para ao lado da 
oitava fileira de bancos, atrás do 
motoristas. Tenta pedir um lugar aos 
passageiros que se encontram sentado 
naquele banco. 
2) Ônibuscom todos os assentos ocupados. 
Sparada de pé, ao lado da oitava fileira de 
bancos, atrás do motorista, Vira a cabeça em 
direção aos passageiros que estão sentados no 
banco. 
3) Como ninguém se incomoda, cansada, 
ela desiste. 
 
 
3) Ônibuscom todos os assentos ocupados. 
Sparada de pé, ao lado da oitava fileira de 
bancos, atrás do motorista. Passageiros do banco 
olham em direção à rua. Sexpira fundo e fecha os 
olhos. 
 
 
 
 
 
Impressão do 
observador acerca do 
estado do sujeito 
 
Registro 
Interpretação 
do 
observador 
 
 Na observação sistemática, busca-se evitar: 
 
a) A utilização de termos que designem estados subjetivos(ex: cansada, triste, alegre, etc.) –
preferência a indicadores tais como movimentos corporais, posturas, expressões faciais, etc. 
b) A atribuição de intenções ao sujeito: Ex: ao invés de registrar “a professora ia pegar o 
apagador”, o observador registrará “a professora estende a mão em direção ao apagador”. 
c) A atribuição de finalidades à ação observada: Ex: ao invés de registrar “S fecha a porta porque 
venta”, o observador registrará “S fecha a porta. Venta lá fora”. 
 
 Além da objetividade da linguagem, busca-se também a clareza/precisãonos registros; 
 Para um relato ser claro e preciso, deve-se evitar: 
 
a) Termos amplos (Ex: ao invés de “a criança brincava” registra-se “a criança jogava peteca”) 
b) Termos indefinidos ou vagos (Ex: ao invés de “a criança brincou durante muito tempo” 
registra-se “a criança jogou peteca por aproximadamente 30 minutos” 
c) Termos ou expressões ambíguas (Ex: No registro “P amarra o sapato. Encosta na parede”, 
alguém pode indagar: Pencostou-se ou encostou o sapato à parede?”) 
 
 Em um registro do tipo sistemático, a linguagem objetiva busca garantir a cientificidadedo 
relato –eliminar margem para possíveis divergências entre observadores; 
 Argumenta-se, por outro lado, que esse tipo de linguagem não exprime com 
verdade/veracidade o que está ocorrendo - informações que dão sentido às ações são 
omitidas; 
 Não há modo melhor ou pior, tudo depende da adequação do método aos objetivos da 
pesquisa em questão! 
 
 Em um registro do tipo sistemático, a linguagem objetiva busca garantir a cientificidade 
do relato – eliminar margem para possíveis divergências entre observadores; 
 Argumenta-se, por outro lado, que esse tipo de linguagem não exprime com 
verdade/veracidade o que está ocorrendo - informações que dão sentido às ações são 
omitidas; 
 Não há modo melhor ou pior, tudo depende da adequação do método aos objetivos da 
pesquisa em questão! 
 
Estudo observacional do comportamento 
 
Ecologia Comportamental 
(Profª Jeanne Altmann – Princeton University) 
 
 Altmann (1974), em um artigo que se tornou clássico, focaliza os métodos de amostragem 
no estudo observacional do comportamento; 
 Quatro pontos principais são analisados: 
 O enfoque do registro 
 O planejamento das sessões 
 O número de indivíduos por sessão 
 As técnicas de registro 
1. Enfoque do registro – Refere-se a como o observador focaliza o comportamento, como um 
estadoou como um evento. Ex: Registro do evento locomoção = ocorre quando o sujeito começa a 
andar x Registro do estadolocomoção = ocorre durante todo o período em que o sujeito se locomove 
2. Planejamento das sessões de amostragem – O observador deve especificar os critérios para 
início e término da sessão. 
3. Número de indivíduos focalizados – Carvalho (1992) destaca os registros: focais (apenas um 
indivíduo), de varredura (todos os indivíduos presentes na área, em sequência causal) ou de 
episódios (enfoque nas variáveis observadas, registram-se todos os envolvidos com elas) 
4. Técnicas de registro 
 
Técnicas de registro sistemático e suas classificações 
 
Registro contínuo x em amostras de tempo 
 
Registro contínuo 
 Dentro de um período ininterrupto, registra-se o que ocorre na situação, obedecendo a 
sequência natural dos eventos; 
 O registro contínuo é uma espécie de „filmagem escrita‟ do que acontece 
 
Registro em amostras de tempo 
 É feito em determinados períodos de tempo; 
 Por exemplo, de 20 em 20 segundos o observador olha para o sujeito e registra o que ele está 
fazendo 
 
 
Registro cursivo x categorizado 
 
Registro cursivo 
 O observador registra os eventos tais como eles se apresentam –abordagem narrativa; 
 Cuidando somente do uso da linguagem científica! 
Exemplo de registro cursivo: 
Ao registrar as brincadeiras de uma menina de 2 anos, o observador anotaria: “B levanta-se do 
chão, corre na direção da boneca que está sobre a mesa, etc.” 
 
Registro categorizado 
 O observador trabalha com categorias pré-definidas – abordagem descritiva; 
 As categorias são definidas com base em trabalho anterior do próprio pesquisador ou da 
literatura científica disponível; 
Exemplo de registro categorizado: 
Ao registrar as brincadeiras de uma menina de 2 anos, o observador anotaria: brincadeiras com 
objeto, brincadeiras com as mãos sem objeto, brincadeiras com os pés sem objeto, brincadeiras 
com todo o corpo sem objeto, anotando quando as mesmas ocorrem. 
 
Registro contínuo 
 
Registro contínuo cursivo 
 Forma mais clássica de registro de observação 
 Consiste em registrar, utilizando a linguagem científica, os eventos na sequência temporal 
em que acontecem 
 
Registro contínuo categorizado: 
 O observador registra a sequência de ocorrência das categorias pré-definidas 
 As formas mais conhecidas de registro contínuo categorizado são o registro de evento e o 
registro de duração 
 
Registro contínuo categorizado 
 
Registro de evento 
 Após definir os comportamentos a serem observados, o observador procede à contagem do 
número de vezes que o comportamento ocorre num determinado período de tempo; 
 É, por definição, um registro de frequência
 
Registro de duração 
 
 Neste caso, o observador registra o tempo que o comportamento foi apresentado na sessão 
de observação; 
 Geralmente utilizando um cronômetro, o observador anota os segundos em que o 
comportamento inicia e os segundos em que ele termina; 
 Análises de contingência 
 
Exemplo: Ao registrar a duração da fala de uma adolescente em um grupo de debates, o 
observador anotaria: 
 
a) Utilizando o cronômetro: 10” –5” –12” –8” –9” = 44 seg; ou 
b) Utilizando um relógio com marcação de segundos: 10-20, 26-31, 42-54, 56-04, 25-34= 44 
seg. 
 
Técnicas de registro sistemático e suas classificações 
 
Quanto ao período: registro contínuo x em amostras de tempo 
 
Registro contínuo 
 Dentro de um período ininterrupto, registra-seo que ocorre na situação, obedecendo a 
sequência natural dos eventos; 
 O registro contínuo é uma espécie de „filmagem escrita‟ do que acontece 
 
Registro em amostras de tempo 
 É feito em determinados períodos de tempo; 
 Por exemplo, de 20 em 20 segundos o observador olha para o sujeito e registra o que ele está 
fazendo 
 
 
 
 
 
 
Exemplo: Registro contínuo 
categorizado do 
comportamento de um rato 
em uma caixa de 
condicionamento 
 
Quanto à forma: 
Registro cursivo x categorizado 
 
Registro cursivo 
 O observador registra os eventos tais como eles se apresentam - abordagem narrativa; 
 Cuidando somente do uso da linguagem científica! 
Registro categorizado 
 O observador trabalha com categorias pré-definidas - abordagem descritiva; 
 As categorias são definidas com base em trabalho anterior do próprio pesquisador ou da 
literatura científica disponível; 
 
Registros em amostras de tempo 
 
 Geralmente, ocorrem de forma “acidental”, mas podem refletir uma escolha teórica ou 
metodológica do pesquisador; 
 As amostras de tempo podem ser definidas: 
 A priori - nos registros categorizados, ou 
 Durante o curso natural da sessão de observação - registros cursivos; 
 
Registros cursivos em amostras de tempo 
 
 A divisão dos intervalos é definida pelo momento de registro - No início, ou no final de cada 
intervalo (segundo o que ficar convencionado), o observador olha para o sujeito e registra o 
que ele está fazendo; 
 Leite (1977) registrou cursivamenteem amostras de tempo os comportamentos de alunos e 
professores em sala de aula. 
‐ De 10 em 10 segundos o observador olhava em direção ao sujeito, observava-o por um ou 
dois segundos e no restante do período registrava o que via; 
‐ O observador registrava: como o sujeito se encontrava no momento da observação (por 
ex., em pé, sentado na carteira); onde o sujeito se encontrava nesse momento (por ex., entre 
as carteiras c3 e c4); o que o sujeito estava fazendono momento da observação (por ex., 
conversa) e com quem, isto é a pessoa ou estímulo ambiental a quem o sujeito dirigia sua 
ação (por ex., conversa com Aou aponta o lápis). 
 
Registros categorizados em amostras de tempo 
 
 No trabalho com o registro de categorias observadas em amostras de tempo, quatro técnicas 
têm sido utilizadas na pesquisa em psicologia: 
1) Listas para assinalar; 
2) Registros de intervalo; 
3) Verificação de atividade planejada; 
4) Registros de memória 
 
 
Listas para assinalar 
 
 Nesse tipo de registro, os comportamentos a serem observados são previamente definidos 
(registro categorizado) e a sessão definida em intervalos de tempo; 
 No tempo pré-definido, especificamente no início ou no fim de um intervalo, o observador 
olha para o sujeito e identifica os comportamentos que estão ocorrendo no momento do 
contato visual; 
 Por exemplo, ao registrar as categorias fala (F), contato físico (CF), contato visual (CV) e 
manipulação de objetos (MO), no final de cada intervalo de 10 segundos, teremos: 
 
 
Listas para assinalar – Exemplos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Registros de intervalo 
 
 Assim como nas listas para assinalar, os comportamentos e a sessão de observação são 
divididos em períodos de tempo, no entanto, o registro é feito somente ao finaldo período e 
abrange todo o intervalo observado 
 Geralmente é feito a partir de gravações de vídeo; 
 
Embora o sujeito seja focalizado initerruptamente, o registro é de uma única ocorrência do 
comportamento em cada intervalo! 
 
Registros de intervalo 
 
Exemplo: ao registrar as ocorrências das categorias fala (F), contato visual (CV) e contato físico 
(CF), em intervalos de 10 segundos teríamos: 
 
 
 
Para haver uma correspondência entre ocorrência e frequência do comportamento, é 
necessário ajustar o tamanho dos intervalos! Comportamentos de longa duração pedem 
intervalos maiores, enquanto os de curta duração, intervalos menores. 
 
Registros de Memória 
 
 Nas técnicas descritas até aqui, a observação e o registro de comportamento ocorrem 
simultaneamente - em determinadas situações esse cenário não pode ser garantido! 
 Nos registros de memóriao registro é feito a posteriori, isto é, após um período de 
observação. 
 O uso de categorias, nestes casos, é flexibilizado - recorre-se a temas gerais ou classes de 
eventos; 
 Entre os registros de memória estão: 
 
a) Diário – O observador registra o que o sujeito fez ao longo de um dia ou de uma sessão, 
respeitando ao máximo o registro curso dos eventos. 
Ex: Um psicólogo pode registrar os conteúdos das falas que observou em um grupo focal de 
professores em classes, como: “problemas com os chefes”, “propostas de mudança”, etc. 
 
b) Relato anedótico – descrição sucinta de determinados episódios. 
Ex: Um observador interessado em registros dos comportamentos agressivos de criança 
pode solicitar a professoras de creche que registrem as brigas entre alunos em classes gerais 
de: “quem brigou”, “motivo da briga”, etc. 
 
Registros de Memória 
 
 Diário– O observador registra o que o sujeito fez ao longo de um dia ou de uma sessão, 
respeitando ao máximo o registro curso dos eventos. 
 
Ex: Um psicólogo pode registrar os conteúdos das falas que observou em um grupo focal de 
professores em classes, como: “problemas com os chefes”, “propostas de mudança”, etc. 
 
 Relato anedótico – descrição sucinta de determinados episódios. 
 
Ex: Um observador interessado em registros dos comportamentos agressivos de criança 
pode solicitar a professoras de creche que registrem as brigas entre alunos em classes gerais 
de: “quem brigou”, “motivo da briga”, etc. 
 
 
 
Tipologia da observação em Psicologia: diferentes formas 
 
Comportamento Verbal e Não-verbal 
 
 São manifestações comportamentais que integram um fenômeno muito mais amplo: a 
comunicação 
 Comunicação ocorre quando o comportamento de um organismo gera estímulos que afetam 
o comportamento de outro organismo (Baum, 1999); 
 Etimologicamente significa “tornar comum” (Baum, 1999). 
 
Remetente Idéia/Mensagem/Significado Destinatário 
 
 
 
 
 
Comportamento Verbal e Não verbal. 
 
 Integram a comunicação: 
 
 Comportamento verbal 
 Comportamento não verbal 
 Linguagem falada (fala) 
 Linguagem escrita 
 Linguagem pictórica (sinais, símbolos, desenhos, etc.) 
 
Comportamento Verbal 
 
 Definição comportamentalista/behaviorista: 
 
Comportamento verbal é o comportamento que não age diretamente sobre o mundo físico 
e é reforçado por um ouvinte treinado de acordo com as práticas do grupo do qual o 
ouvinte e ofalante são membros.(Skinner, 1957) 
 
 Estímulos verbais (fala, sons, etc.), ainda de acordo com Skinner, são os produtosdo 
comportamento verbal - são definidos como estímulos, de fato, apenasquando especificam 
relações entre os eventos que o antecedem e algum comportamento subsequente. 
 Para o behaviorismo - fala como um elemento funcional 
 
 Outras correntes teóricas e abordagens (Psic. Social, Psic. Sócio histórico, Psic. do 
Desenvolvimento, entre outras) analisam o comportamento verbal com metodologias 
distintas, dentre as quais: 
 A análise do comportamento verbal pode envolver os conteúdos da fala; 
 Estabelecimento de classes e categorias - estudo de sua relação com representações sociais, 
padrões e normas culturais; 
Idéia é 
Codificada. 
Transmitida em 
Código. 
Decodificada pelo 
Destinatário 
 
 
 Em síntese: observação do comportamento verbal como ferramenta de análise da 
psicologia humana de modo mais holístico. 
 
Comportamentonão verbal 
 
 Definição de Giri(2009): 
 
Inclui o uso de sinais visuais como a linguagem corporal (kinesics), distância (proxemics), de 
voz (paralanguage) e de toque/sensação (haptics). Também pode incluir cronêmicos (o uso do 
tempo) e oculesics(contato visual e as ações de olhar enquanto falando e ouvindo, frequência de 
olhares, padrões de fixação, dilatação da pupila e taxa de piscar). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inclui o uso de sinais visuais como a linguagem corporal (kinesics), distância (proxemics), de 
voz (paralanguage) e de toque/sensação (haptics). Também pode incluir cronêmicos (o uso do 
tempo) e oculesics(contato visual e as ações de olhar enquanto falando e ouvindo, frequência de 
olhares, padrões de fixação, dilatação da pupila e taxa de piscar). 
 
Inclui o uso de sinais visuais como a linguagem corporal (kinesics), distância (proxemics), de 
voz (paralanguage) e de toque/sensação (haptics). 
Também pode incluir cronêmicos (o uso do tempo) e oculesics(contato visual e as ações de 
olhar enquanto falando e ouvindo, frequência de olhares, padrões de fixação, dilatação da pupila 
e taxa de piscar). 
 
 Envelopecultural da comunicação não-verbalem humanos. 
 Pesquisa se iniciou com Darwin no livro“A expressão das emoções nos homens e nos 
animais” 
 Por que a comunicação não verbal humana tem sinais faciais específicos e como isso 
funciona? 
 
Comportamento Verbal x Não verbal 
 
 Zettlee Hayes (1982) -classificação dos elementos de comunicação verbal em: estímulos 
verbais discriminativos;estabelecedores; eliciadores; reforçadores, etc.; 
 Posteriormente, estendem essa classificação aos estímulos não verbais, que podem 
assumir essas mesmas funções, mas por meio de processos diferentes 
 Estímulos verbais são atribuídos de sentido pela decodificação de seu conteúdo linguístico - 
palavras são interpretadas pelo que significam em sua definição (ex.: “Levante-se, por 
favor” –significado em língua portuguesa: levantar = erguer o corpo para assumir posição 
ereta + por favor = pedido cordial) 
 Estímulos não verbais são atribuídos de sentido pela história de reforço diferencial de um 
indivíduo em sua cultura (ex: um suspiro de uma senhora em pé no ônibus pode ser 
interpretado como um pedido para que eu me levante de meu assento) 
 
Paralinguagem é um conceito que se aplica 
às modalidades da voz (modificações de 
altura, intensidade, ritmo) que fornecem 
informações sobre o estado afetivo do 
locutor, e ainda outras emissões vocais tais 
como o bocejo, o riso, o grito, a tosse. O tom 
de voz e a maneira de falar são exemplos de 
paralinguagem. 
 
Como observar e como analisar? Exemplos de estudos observacionais de comportamento verbal e 
não verbal. 
 
 
 
Elementos da comunicação interpessoal 
 
 
 
Elementos da comunicação interpessoal 
 As expressões das emoções fazem parte da paralinguagem; 
 Como adequar os princípios de objetividade e precisão dos métodos de observação para „dar 
conta‟ dos aspectos implícitos da paralinguagem? 
 
Observação das emoções 
 
 Uma das formas mais comuns de estudo das emoções humanas é através da observação das 
expressões faciais; 
 Paul Ekman, influenciado pelos estudos de Darwin, evidenciou a relação existente entre o 
comportamento da face humana e as emoções; 
 Darwin propôs o que quase um século depois veio a ser confirmado pelas pesquisas de 
Ekman: 
 
As emoções humanas têm expressões faciais universais, não apenas transculturais, como 
também partilhadas com outras espécies animais. 
 
 
Elementos da 
Comunicação 
Interpessoal
7% conteúdo falado (palavras) 
38% tom de voz 
55% linguagem corporal 
 
Prof. Dr. Albert Mehrabian 
Universidade da California, Los Angeles 
(UCLA) 
 
Observação das emoções 
Expressões faciais 
 
 Evidências de estudos transculturais de Ekman(1972) apontam para a universalidade na 
expressão de seis emoções humanas: 
 
 
 
 
 
 
 
 42 músculos envolvidos na expressão facial –possibilidade infinita de combinações gerando 
micro expressões 
 
A luta por um método objetivo: O sistema de codificação das unidades de ação da face 
(FACS) 
 Desafios metodológicos para o estudo observacional das emoções... 
 Ekman e Friesen construíram o primeiro instrumento que permite fazer a análise e descrição 
objetivas movimentos dos músculos da face humana: O Facial Action Coding System 
(FACS) 
 O instrumento: 
 Mede toda expressão facial ou comportamento facial visível, e não apenas ações que 
presumivelmente podem estar relacionadas a uma emoção. 
 Distinguem 44 unidades de ação, estas são as unidades mínimas anatomicamente separadas 
ligadas aos movimentos faciais. 
 
 Todos os movimentos faciais podem ser descritos em termos de uma ação particular da 
unidade que, isoladamente ou em combinação com outras unidades, produz a expressão. 
 
FACS–Etapa 1 
Cada região da face recebe um número específico 
 
 
 
 
 
 
FACS–Etapa 2 
As regiões recebem subcódigos referentes as possibilidades de movimentação 
 
 
FACS–Etapa 3 
As combinações de códigos e subcódigos configuram a expressão das emoções 
 
 
 
 
Universalidade das emoções codificadas pelo FACS –evidências em primatas não-humanos 
 
 
 
A luta por um método objetivo: O sistema de codificação das unidades de ação da face 
(FACS) 
 Duas descobertas importantes foram feitas com a construção do FACS: 
 
1. Existem músculos da face que não podem ser voluntariamente manipulados, no entanto, 
estão envolvidos na expressão natural (espontânea) de certas emoções - contribui para a 
interpretação do comportamento facial e detecção de fraudes (mentiras) 
2. O ato de mimetizar uma expressão facial de uma emoção, ativa um processo fisiológico 
correspondente a tal emoção (Ex: choro porque estou triste, ou estou triste por que choro?) 
 
 Apesar do estudo das micro expressões, a categorização das emoções de Ekmanse restringe 
as 6 emoções universais... 
 
Observação das emoções 
Expressões faciais 
 
 Plutchik (1980) – teoria psicoevolucionistadas emoções 
 Proposta de um espectro mais amplo de emoções a partir de 8 dimensões emocionais 
básicas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Confiança 
2. Medo 
3. Surpresa 
4. Tristeza 
5. Nojo 
6. Raiva 
7. Antecipação/Ansiedade 
8. Alegria 
 
Registro de observação das emoções através das expressões faciais 
 
 Expressão facial como o aspecto geral, num dado momento, do rosto de uma pessoa; 
 Reflete, no conjunto, as disposições espaciais em que se encontram a cabeça, a testa, as 
sobrancelhas, os olhos, o nariz, as bochechas, a boca e o queixo; 
 Conjunto de disposições espaciais de vários segmentos do rosto que podem se alterar 
com rapidez–necessidade de registros contínuos e uso de vídeos e fotografias! 
 
Registro de observação das emoções através das expressões faciais 
Exemplos 
 
 
 
 
 
Observação das emoções 
Expressões faciais 
 
 Estudo através de pistas de micro expressões–complexidade das emoções e dos estados 
emocionais humanos 
 Necessidade de protocolos objetivos 
 Exercício feito com fotografias - expressões estáticas 
 
Como classificar a observação das pistas não verbais em contextos reais de interação? 
 
Uso das técnicas observacionais em entrevistas 
 
 Entrevista - técnica de coleta de dados que supõe o contato face a face entre a pessoa que 
recolhe a que fornece informações, em geral sobre si própria, muito embora tais informações 
possam se referir a outras pessoas e eventos relevantes (Seidl-de-Moura& Ferreira, 2005). 
 
 Sempre envolvem comunicaçãoverbal - necessidade de técnicas que considerem a interação 
dos conteúdos verbais x não verbais; 
 Podem diferir quanto ao nível de estruturação, mas sempre implicam em algum grau de 
interação interpessoal. 
 Cria-se um cenário de interação observacional 
 
Entrevista 
Cenário de interação observacional 
 
 Diferentes unidades em interação 
 
 
 
 
 
 
Entrevista 
Diferentes estruturas 
 
ESTRUTURADAS 
Apresentamum formulário previamente elaborado de perguntas, redigidas em consonância com os objetivos do 
estudo, contendo um número limitado de opções de respostas. 
(Fontana & Frey, 1994) 
 
INESTRUTURADAS 
Não requeremum roteiro prévio de perguntas, sendo compostas apenas de estímulos iniciais, ditados pelos 
objetivos da pesquisa. 
 
SEMI-ESTRUTURADAS 
Ponto intermediário entre as duas técnicas anteriorese se apresenta sob a forma de um roteiro preliminar de 
perguntas que se molda à situação concreta da entrevista. 
 
Abordagem sistêmica de Neil Cowie(2009) 
 Escolhas necessárias: 
 
 
Comportamento do 
entrevistador 
(fala, reações imediatas, 
expressões faciais, pistas) 
 
Comportamento do entrevistado 
(respostas, linguagem corporal, 
cronêmicas, etc.) 
 
Moderada pelo tipo (estrutura) da entrevista 
 
 
Contexto da entrevista 
(ambiente físico e social) 
 
Observador 
= 
Entrevistador??? 
 
•Observação participante 
ou não-participante 
•Registro de memória 
ou registro imediato 
 
 
 
Interação 
a) Da unidade de observação, considerando a interação entre elas 
b) Das técnicas de coleta e registro apropriadas 
 
Técnicas de coleta e registro nas entrevistas 
 
 Quatro alternativas comuns no uso de entrevistas: 
 
1. Recolher a informação de forma simultânea, enquanto o entrevistado fala –desvia a atenção do 
entrevistador 
 
2. Recolher a informação imediatamente após a finalizaçãoda entrevista –implica perda de informação 
 
3. Tomar notas duranteda entrevista e completar a informação no final 
 
4. Utilização de gravações de vídeo ou áudio 
 Importante: 
 Consentimento livre e informado do participante 
 Nos registros simultâneos, não escrever nada que o entrevistado não possa ler! 
 
 
Bourdieu(1999) 
 
Sugestões para a realização de entrevistas científicas 
 
 A presença do gravador, como instrumento de pesquisa, em alguns casos pode causar 
inibição/constrangimento, aos entrevistados; 
 
 Uma transcrição de entrevista não é só o mecânico de passar para o papel o discurso gravado do 
informante - não ignorar silêncios, gestos, os risos, a entonação de voz do informante durante a 
entrevista; 
 Esses “sentimentos” que não passam pela fita do gravador são muito importantes na hora da análise - 
comunicação verbal x não verbal 
 
 
 
Grupos focais 
 
Definições 
 
Uma técnica de pesquisa qualitativa, derivada das entrevistas grupais, que coleta informações por 
meio das interações grupais. 
Forma de entrevistas com grupos, baseada na comunicação e na interação. Seu principal objetivo é 
reunir informações detalhadas sobre um tópico específico a partir de um grupo de participantes 
selecionados. 
Busca colher informações que possam proporcionar a compreensão de percepções, crenças, atitudes 
sobre um tema, produto ou serviços. 
Morgan, D. L. (1997) 
Kitzinger, J. (2000) 
 
Difere da entrevista individual por basear-se inteiramente na interação entre as pessoas para obter os 
dados necessários à pesquisa – não há análise de indivíduos e sim de processos grupais 
 
 
 Três tradições estão associadas a essa ideia: 
 
1. Terapia de grupo 
2. Avaliação da eficácia da comunicação (Merton; Kendall) 
3. Dinâmicas de grupo (Psic. Social) (Kurt Lewin) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Etapas 
 
1. Introdução - O facilitador apresenta a visão geral e os objetivos da discussão. Os 
participantes se apresentam. 
2. Etapa da Construção do Entendimento - Para iniciar a discussão e a relação entre o grupo 
o facilitador faz perguntas simples aos participantes 
3. Discussão Profunda - O facilitador faz perguntas relacionadas ao objetivo principal do 
grupo focal, que incentive a discussão que revele os pensamentos e opiniões dos 
participantes. É nesta etapa que a informação mais importante é recolhida. 
4. Conclusão -O facilitador resume a informação discutida e os participantes esclarecem ou 
confirmam a informação. O facilitador responde a qualquer pergunta, agradece aos 
participantes e encerra. 
 
Diferentes modalidades – Morgan (1997) 
 
 Grupos autorreferentes (amostragem de um grupo maior sob o qual se pretende fazer 
inferências. Ex: grupo focal de imigrantes, grupo focal de professores, etc.) 
 Grupo como técnica complementar/preliminar para avaliação de programas de 
intervenção e construção de questionários e escalas; 
 Grupo em proposta multi-métodos, que integra resultados com entrevistas individuais em 
profundidade - confronto de opiniões. 
 
Diferentes modalidades – Fern(2001) 
 
 Exploratórios–centrados na produção de conteúdos; orientação teórica voltada para a 
geração de hipóteses e desenvolvimento de modelos e teorias. 
 Clínicos – centrados na compreensão das crenças, sentimentos, comportamentos - prática 
voltada para descobrirprojeções, identificações, vieses e resistência a persuasão. 
 Vivenciais - os processos internos ao grupo são o alvo da análise e estão subordinados a 
dois propósitos: na vertente teórica, de permitir a comparação com outras evidências –na 
vertente prática, de permitir o entendimento da linguagem do grupo, suas formas de 
comunicação, preferências compartilhadas. Ênfase na análise intragrupal. 
 
 
 
 
 
 
Observação 
participante 
 
Entrevistas 
em profundidade 
 
Grupos focais 
 
Como observar? 
 
 Geralmente, grupos focais envolvem entre 6 a 15 pessoas - como utilizar a observação nesse 
cenário? 
 Um modelo teórico para guiar o protocolo de observação é imprescindível! 
 
Análise do comportamento não verbal 
Abordagem funcional ou de análise interpretativa 
(conteúdos implícitos) 
 
Análise do comportamento verbal 
Abordagem funcional ou de conteúdo/discurso 
 
Análise do comportamento não verbal 
 
Segundo Dana e Matos (2006), pistas não verbais podem ser analisadas através: 
 
 Do comportamento motor 
 Estabelecimento e alteração de contato físico entre os indivíduos 
 Mudanças na postura ou posição 
 Locomoções 
 As expressões faciais 
 Aspectos „paralinguísticos‟ do comportamento vocal (tonalidade, risadas, volume, etc.) 
 
Análise do comportamento verbal – abordagem de conteúdo 
 
 Foco nos fenômenos, processos, ideias comunicadas, padrões e tendências de respostas. Ao 
analisar os resultados o pesquisador deve considerar: 
 
Palavras: avalie o significado das palavras utilizadas pelos participantes. 
Contexto: considere as circunstâncias nas quais um comentário foi feito, tom e intensidade do 
comentário. 
Concordância interna: descubra se a mudança de opiniões durante as discussões foi causada 
pela pressão do grupo. 
Precisão de respostas: verifique quais respostas foram baseadas em experiência pessoal. 
Quadro geral: defina as idéias preponderantes. 
Propósito do relatório: considere os objetivos do estudo e a informação necessária para a 
tomada de decisão. 
 
Análise do comportamento verbal –abordagem funcional 
 
 Técnica de verificação da atividade planejada (Hall, 1975) 
 O observador: 
 
a) Define o comportamento que deseja registrar; 
b) Divide o período total da sessão em intervalos de tempo; 
c) No tempo pré-determinado (início ou fim do intervalo), o observador contaquantos 
indivíduos estão apresentando o comportamento definido, e registra esse total 
d) Conta o total de indivíduos presentes no grupo 
e) O número de indivíduos que apresentam o comportamento é dividido pelo número de 
indivíduos presentes e multiplicado por 100 –porcentagem de ocorrência do comportamento 
naquele intervalo 
 
𝑷𝒐=𝑵𝒐𝑵𝒕 
Po – porcentagem de observação do comportamento 
No – Número de indivíduos exibindo o comportamento 
Nt – Total de indivíduos presentes 
 
 
 
Vantagens e desvantagens

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