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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE JUIZ FORA/MG Processo nº ISABEL PIMENTA, solteira, médica, portadora da CI nº, inscrita no CPF sob o nº, residente e domiciliada na rua, nº, bairro, Juiz de Fora/mg, CEP, e-mail nos autos da AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE que lhe move REGINA, vem por seu advogado legalmente constituído que para fins do art. 106, I, CPC indica endereço comercial na rua, nº, bairro, cidade, estado, CEP, E-mail, vem perante Vossa Excelência apresentar sua CONTESTAÇÃO Pelos fatos e fundamentos jurídicos que, a seguir, expõe: DAS PRELIMINARES DA PEREMPÇÃO: Excelência foi verificado nos autos várias ações com as mesmas partes e pedidos, caracterizando o fenômeno da perempção, não podendo mais à Autora propor nova ação, tendo em vista, ter dado causa a extinção por 03 vezes com base art. 337, V c/c art. 486 § 3º, CPC. “Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: V – perempção” “Art. 486. O pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta a que a parte proponha de novo a ação. § 3o Se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a sentença fundada em abandono da causa, não poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito”. DA AUSÊNCIA DA LEGITIMIDADE: Destaca-se doto julgador, a falta de legitimidade do polo passivo, haja vista, a Autora deveria ter povoado o polo passivo também com seu ex companheiro André Neves como nos elucida os artigos 337, IX c/c art. 339, CPC: “Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização” “Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação”. DO MÉRITO DOS FATOS: A autora propôs ação declaratória de nulidade pleiteando a nulidade do contrato de compra e venda de um imóvel situado na rua Bucólica, nº 158 na data de 10/10/2016 alegando que houve simulação. Como diz na sua peça exordial, a Autora vivia em união estável com André Neves a oito anos, sendo dissolvida por sentença judicial em 23 de agosto de 2016, sendo realizada a partilha e constando o imóvel supracitado. Cabe ressaltar Excelência, que a Ré não conhecia o vendedor até a celebração do negócio, que pagou o calor de R$ 95.000,00 como pode ser verificado na escritura lavrada em cartório. Impende dizer doto julgador, que a Autora já propôs três ações com mesmos pedidos e abandonou as três vezes. Resta enunciado que não houve vício algum, a Ré comprou o imóvel no valor real, devendo portanto serem os pedidos improcedentes por ser a medida da mais imperiosa justiça. DOS FUNDAMENTOS: Nobre julgador, a ação pleiteia a nulidade do negócio jurídico celebrado, porém, não resta configurado tal vício pois não configurou transferir direitos a pessoas diversas das quais realmente se conferem, não contou nenhuma clausula não verdadeira como a lei civil exige como requisitos para configurar o vício da simulação como dispõe o art. 167, I, II, III, CC sendo interpretado ao contrário senso que assim nos elucida: Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. § 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem; II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira; III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados. Por todo exposto, a Ré requer a improcedência de todos os pedidos feitos pela Autora, validando o negócio jurídico celebrado. DOS PEDIDOS: Diante do exposto, requer a Vossa Excelência: Seja acolhida a primeira preliminar de perempção extinguindo o processo sem resolução do mérito com fulcro art. 485, CPC; Seja acolhida a segunda preliminar arguida de ausência de legitimidade, extinguindo-se o processo sem resolução do mérito com base art. 485; Sejam julgados os pedidos formulados pela Autora improcedentes e declarados em sentença Seja a Autora condenada ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios na base de 20% sobre o valor da causa. DAS PROVAS: Requer a produção de todas as provas e direito admitidos, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial documental, documental superveniente, pericial, testemunhal e depoimento pessoal da Autora. Nestes Termos, Pede Deferimento. ________,__,de ________ de ____ Advogado OAB
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