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CAPÍTULO 2 - MINERALOGIA

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CAPÍTULO 2 
MINERAIS 
 
I Conceitos 
 Mineralogia é a ciência geológica que trata das espécies inorgânicas chamadas minerais, os 
quais, isoladamente ou formando rochas, constituem a Crosta Terrestre e, que se enquadram como 
matéria-prima indispensável para o desenvolvimento de uma Nação. É um campo de estudo integra-
do, relacionado intimamente, de um lado com a geologia e, de outro, com a física e a química. Os 
elementos químicos naturais formam mais de 3.000 diferentes combinações químicas denominadas 
minerais, que constituem o reino mineral. 
 Mineral é um corpo produzido pelos processos da natureza inorgânica, tendo uma composi-
ção química definida capaz de ser expresso por uma fórmula e forma, sob condições favoráveis, uma 
certa estrutura molecular característica exibido em sua forma cristalina e outras propriedades físicas. 
Um mineral pode ser uma substância homogênea mesmo quando examinado ao microscópio. 
 Os minerais são sólidos, com exceção da água e do mercúrio que se apresentam no estado 
líquido (CNTP). A água passa para o estado sólido a 0C e o mercúrio a -39°C. 
 A composição química por si só não é suficiente para a definição das propriedades de um 
mineral. Minerais formados de uma mesma composição química, porém com propriedades físicas 
distintas, são denominados de polimorfos. 
Ex.: C  Diamante x Grafite 
 CaCO3  Calcita x Aragonita 
 
 Quando vários minerais possuem composição química diferente, porém cristalizam-se com a 
mesma forma, os denominamos isomorfos. 
Ex.: Feldspatos Plagioclásios ( ) ( ) : 
 Albita (Na) 
Oligoclásio 
Andesina 
Plagioclásio 
Labradorita 
Bitownita 
Anortita (Ca) 
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 A característica essencial do mineral é a sua ocorrência natural. Podem ser: 
 Elementos químicos – Cu, Au, Pt, As, S, Hg; 
 Compostos químicos – Fe2O3, SiO2, CaCO3. 
 
Foto 1 – Cobre (Cu) nativo. Fonte http://www.tuplaneta.es/foros/viewtopic.php?t=15715 
 
 Mineralóides são substâncias formadas por processos orgânicos ou inorgânicos, não pos-
suindo estrutura interna organizada (amorfos) de ocorrência natural. 
Ex.: Âmbar, carvão, petróleo, vidro, opala, etc. 
 
 Cristais são minerais que, sob condições favoráveis, podem se manifestar externamente por 
superfícies limitantes, planas e lisas. 
 Um mineral se encontra em estado cristalino quando seus átomos possuem arranjo interno 
ordenado e são separados por distâncias interatômicas constantes. 
 Um sólido cristalino com faces bem formadas, diz-se que é idiomorfo ou euédrico. Se possui 
faces imperfeitas é subdiomorfo ou subédrico. Se não possui faces é xenomorfo ou anédrico. 
 O sólido quando é do tipo cristalino, sem retículo, tem chances de crescer indefinidamente 
enquanto houver espaço para tanto. O sólido amorfo não. 
 O ramo da mineralogia que estuda os cristais é a Cristalografia. Esta trata do sistema de for-
ma entre os cristais, sua estrutura e formas de agregação. 
 Cristal é um mineral, porém, um mineral pode ocorrer de maneira a não formar um cristal. 
 Minério é toda a massa monomineral, polimineral ou mineralóide de onde se pode extrair 
economicamente um elemento químico ou um composto químico. 
Ex.: Hematita (Fe2O3) – mineral de ferro 
 
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 Geralmente o leigo imagina que os minerais ocorrem em grandes depósitos, lençóis, etc. Isto 
é fantasia. Os minerais economicamente aproveitáveis estão escassamente dispersos na Crosta 
Terrestre, e dificilmente seriam encontrados se não fosse a feliz ocorrência localizada, sob certas 
condições geológicas de concentrações capazes de proporcionarem um retorno rápido e lucrativo do 
grande investimento que se realiza para sua descoberta. 
 Dos 3.000 minerais citados anteriormente apenas cerca de 300 são considerados economi-
camente interessantes. Além disso, apenas 50 minerais são constituintes mais comuns da maioria 
das rochas. 
 Jazida é qualquer depósito mineral que contenha reservas economicamente desejável de 
alguma substância útil. 
 Mina é uma jazida em produção econômica de um ou mais minerais. 
 Rocha é um agregado natural de minerais, material vítreo ou orgânico, que forma uma parte 
essencial da Crosta Terrestre e tem características químicas e mineralógicas específicas, distintas 
dos agregados mineralógicos adjacentes. O que caracteriza uma rocha é a sua morfologia, disposi-
ção e percentagem de seus constituintes. 
 Estudo dos minerais, ou sua identificação, pode ser realizado de duas maneiras. Macroscopi-
camente, o mineral pode ser observado e analisado em amostras de mão a olho nu, com uso de lupa 
de mão ou de lupa binocular de pequeno aumento. 
 Microscopicamente, através de microscópios especializados, o petrográfico e o eletrônico. 
 
a) Lupa binocular e microscópio petrográfico. 
 
b) Amostra de granitóide mostrando o esquema de 
corte para a confecção das lâminas. 
 
c) Lâmina de granitóide, mostrando em primeiro 
 
d) Lâmina de granitóide, mostrando em primeiro 
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plano um feldspato zonado. plano um grão de titanita – esfeno. 
Foto 2 – Análise de rochas e de seus minerais. 
 Além dos métodos mineralógicos acima referidos, os minerais podem ser identificados por: 
 Análise química – qualitativa e quantitativa; 
 Análise microquímica; 
 Análise termo-diferencial; 
 Raios-X; 
 Análise espectográfica; 
 Outros. 
 
Outro dado de muita importância é a sua ocorrência no campo, ou seja, sua localização. Prin-
cipalmente para a economia mineral, o fator localidade é imprescindível; pois gera viabilidade eco-
nômica. 
 
II Propriedades dos minerais 
 Os minerais se caracterizam por suas propriedades físicas, químicas, óticas e eletromagnéti-
cas, que permitem sua identificação muitas vezes por testes relativamente simples. 
 
II.1 Propriedades Físicas 
 
II.1.1 Estrutura: refere-se ao arranjo interno dos cristais, onde os átomos são dispostos regularmen-
te segundo sistemas fixos e constantes. 
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Foto 3 – Sistemas Cristalinos (estruturas cristalinas). 
 
II.1.2 Hábito Cristalino: muitos cristais apresentam forma própria que é o aspecto apresentado de-
vido ao maior ou menor desenvolvimento relativo de suas faces. Esta forma externa é uma reflexão 
da estrutura interna dos cristais, estando intimamente ligado ao seu retículo. Várias são as formas 
que tomam os cristais isolados: 
Ex.: Prismático (colunares, tabulares, aciculares, capilares, fibrosos, filiformes e laminares), octaédri-
co, cúbico, romboédrico, dodecaédrico, micáceo (lamelar), dendrítico, radiado, botrioidal, globular, 
mamelonar, pisolítico, entre outros. 
 
Foto 4 – Laterita com hábito pisolítico. RS 122, Rio Grande do Sul. 
 
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II.1.3 Clivagem: é a maior ou menor facilidade que uma substância possui em se dividir em planos 
paralelos. A clivagem reflete planos de fraqueza na estrutura e, por conseguinte é geralmente per-
pendicular as direções nas quais as ligações iônicas são de baixa resistência. Todas as amostras de 
uma determinada espécie mineral possuem a mesma clivagem, porque todos apresentam o mesmo 
arranjo interno comum dos átomos e, portanto, as mesmas direções de fraqueza. 
A clivagem pode ser: proeminente (micas, galenas); perfeita (feldspatos); distinta (fluorita) e 
indistinta (apatita). 
A clivagem pode ser em uma direção, lamelar (micas), três direções, cúbica (halita), etc. Não 
se deve confundir planos de clivagem com faces de um cristal, embora ambos sejam planos do retí-
culo cristalino, a clivagem representa características internas da estrutura do mineral, enquanto as 
faces de um cristal representam terminações de crescimento que, uma vez destruídas, não admite 
duplicações porsubdivisões sucessivas. 
 
II.1.4 Dureza: é a resistência oferecida por um mineral à abrasão ou ao risco. Essa propriedade 
ajuda no reconhecimento rápido dos minerais. Todo mineral tem uma dureza ou variação de dureza 
que, em última análise, depende da resistência das suas ligações químicas. 
 Os graus diferentes de dureza podem ser determinados riscando um mineral com o outro. 
Esta operação relativamente simples quebra as ligações e desorganiza o arranjo atômico do mineral 
mais mole. Indica-se a dureza de um mineral, ou de qualquer outra substância em termos da Escala 
de Mohs. Esta consiste de 10 minerais arranjados na ordem crescente de dureza. 
 Para testes de dureza, traço, cor e outros, deve-se tomar superfícies frescas, não alteradas 
do mineral, pois superfícies alteradas apresentam propriedades um pouco diferentes. 
Tabela 1 – Escala de Mohs. 
Escala de MOHS 
Mineral padrão Composição química Dureza 
Talco hidrosilicato de magnésio 1 
Gipsita sulfato hidratado de cálcio 2 
Calcita carbonato de cálcio 3 
Fluorita fluoreto de cálcio 4 
Apatita fluorfosfato de cálcio 5 
Ortoclásio silicato de alumínio e potássio 6 
Quartzo sílica ou bióxido de silício 7 
Topázio flúor silicato de alumínio 8 
Corindon óxido de alumínio 9 
Diamante carbono puro 10 
 
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II.1.5 Tenacidade: é a resistência que os minerais oferecem ao choque, corte e esmagamento. In-
cluindo ainda, o comportamento plástico do mineral. Os minerais quanto à tenacidade podem ser 
denominados de: 
 quebradiço: quando quebra ou pulveriza facilmente ao ser golpeado – diamante e quartzo (não 
confundir com dureza); 
 maleável: quando esmagado se reduz a uma lâmina – ouro; 
 dúctil: quando pode ser estirado para formar fios – cobre; 
 séctil: quando se corta em lâminas com facilidade, pode ser seccionado – talco, gipsita; 
 elástico: quando cessada a pressão original o mineral retorna à sua forma normal – mica; 
 plástico ou flexível: quando cessada a pressão original o mineral não retorna à forma normal – 
talco e clorita. 
Estas propriedades de tenacidade estão ligadas diretamente a ligações químicas e suas forças 
de ligação. 
 
II.1.6 Fratura: é a maneira pela qual o mineral rompe ao longo de uma superfície que não seja de 
clivagem. Numa fratura as ligações químicas são rompidas de um modo irregular, não relacionado 
com a simetria da estrutura interna. As fraturas dos minerais são expressas por termos que dão uma 
idéia da natureza do rompimento. Ela é denominada conchoidal, quando as superfícies são lisas e 
curvas, semelhantes à superfície interna das conchas – quartzo, vidro vulcânico. Quando o mineral 
se rompe mostrando estilhaços ou fibras, diz-se que ela é estilhaçada ou fibrosa – amianto. Serrilha-
da é o nome dado à superfície de fratura que mostra bordas denteadas, irregulares e cortantes. 
 
II.1.7 Peso Específico ou Densidade Relativa: densidade é um número adimensional, que indica 
quantas vezes um certo volume desse mineral é mais pesado que um mesmo volume de água desti-
lada, a uma temperatura de 4C. 
A título de ilustração foram relacionados alguns minerais mais conhecidos com suas respecti-
vas densidades relativas: 
Tabela 2 – Densidades de alguns minerais. 
Halita 2,10 Dolomita 2,87 
Grafita 2,20 Hematita 5,26 
Quartzo 2,65 Mercúrio 13,60 
Calcita 2,71 Ouro 19,40 
 
 A maioria dos minerais formadores de rochas possui densidades de 2,5 a 4,0 e, os minerais 
minérios, de 4,0 a 7,5. 
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 A densidade é uma propriedade importante na identificação dos minerais, principalmente 
quando se manuseia cristais raros ou pedras preciosas, porquanto muitos testes ou ensaios danifi-
cam as amostras. 
 
II.2 Propriedades Óticas 
 
II.2.1 Transparência: é a propriedade dos minerais quanto à penetração da luz. 
 Transparente: quando vemos objetos com nitidez através dos minerais – quartzo, diamante; 
 Translúcido: quando só deixa passar a luz, não permitindo a observação de objetos através 
dele – opala, calcedônia; 
 Opaco: quando não se deixa atravessar pela luz incidente – galena, magnetita. 
 
II.2.2 Brilho: é a capacidade que os minerais possuem de reflexão da luz incidente em suas faces. 
Podemos reconhecer dois tipos de brilho: 
 Metálico: é uma propriedade dos minerais opacos. Um mineral tem brilho metálico, quando 
apresenta aspecto de um metal polido – hematita, pirita, galena, ouro; 
 Não metálico: é uma propriedade característica dos minerais transparentes e translúcidos – 
quartzo, calcita, enxofre, diamante. 
 
 Há vários tipos de brilho não metálico, tais como: 
 Vítreo: semelhante ao dos vidros – Quartzo, Topázio, Berílio; 
 Resinoso: semelhante ao do breu do enxofre nativo; 
 Perláceo ou nacarado: semelhante ao da madrepérola como a Gipsita lamelar, superfície de 
clivagem dos Feldspatos, e algumas amostras de Calcita; 
 Sedoso: típico dos minerais fibrosos – Crisotila1; 
 Adamantino: característico do Diamante, Rutilo, Esfalerita. Não é fácil definir este tipo de brilho 
e, para quem não tem prática, um brilho vítreo cintilante poderá ser confundido com o brilho 
adamantino; 
 Ceroso: é o que lembra o aspecto de um pedaço de cera – Calcedônia. 
 
II.2.3 Cor: é uma das propriedades óticas mais importantes para a determinação dos minerais. A 
cor é função da absorção seletiva de certos comprimentos de onda da luz por alguns átomos dos 
minerais. Uma fração de luz é refletida e a outra é transmitida. 
A cor raramente é útil ao diagnóstico de minerais por causa das impurezas que os mesmos 
possuem, bem como em consequência do estado de cristalinidade e de imperfeições estruturais, que 
exercem ampla influência na cor resultante. 
 
1
 Variedade de serpentina, conhecida por asbesto ou amianto, cujas fibras lembram perfeitamente o aspecto de fios de 
seda. 
 26 
O Quartzo pode ser incolor, leitoso, enfumaçado, róseo ou ainda admitir várias tonalidades 
devido às impurezas. O mesmo acontece com a Fluorita. Quanto à cor, os minerais podem ser: 
 Idiocromáticos: são minerais que tem cor própria, constante para a mesma espécie mineral – 
S(Enxofre, pirita e galena), cinábrio, malaquita, hematita; 
 Alocromáticos: são os minerais de cores variáveis – quartzo, fluorita, calcita. 
 
II.2.4 Traço: a cor do pó deixado por um mineral sobre um outro que lhe seja mais duro é conhecido 
como sendo o seu traço. A cor do traço dos minerais é freqüentemente usada na sua identificação, 
principalmente dos minerais metálicos ou dos minerais Idiocromáticos. 
Para aferir a cor dos minerais se usa geralmente uma placa de porcelana branca, cuja dureza 
é aproximadamente igual a 7. Os minerais de dureza inferior a 7 deixam nessa placa um traço cuja 
cor será melhor apreciada espalhando-se o pó, muito fino, que caracteriza o traço. 
O traço é muitas vezes mais importante na identificação de um mineral, do que sua cor, uma 
vez que a influência do estado de agregação será menor2. A cor do mineral pode ser diferente do 
traço: 
Tabela 3 – Cor e Traço de alguns minerais mais conhecidos. 
Mineral Cor Traço 
Ouro Amarelo Amarelo 
Pirita Amarelo Cinza esverdeado 
Magnetita Cinza escuro Preto 
Hematita Escuro Avermelhado 
Limonita Escuro Amarelo 
 
 
 
 
Foto 5- Traço avermelhado de Hematita 
 
2
 Dimensões dos grãos, compactação, etc. 
 27 
 
II.2.5 Luminescência: qualquer emissão de luz por parte dos minerais, que não seja resultante de 
incandescência, é conhecido como luminescência. 
 
II.2.6 Fluorescência: alguns minerais se tornam luminescentes quando expostos à luz ultravioleta,raios-X ou raios catódios. Neste caso eles são ditos fluorescentes. Se a luminescência persiste após 
a extinção da fonte luminosa, o mineral é dito fosforescente. 
 
II.3 Propriedades Elétricas, Magnéticas e Radioativas 
 
II.3.1 Piezoeletricidade: se uma carga elétrica é desenvolvida na superfície de um cristal em conse-
qüência de pressões exercidas nas extremidades de seu eixo cristalográfico, o cristal é dito possuir 
piezoeletricidade. 
O Quartzo é o mineral piezoelétrico mais importante, sendo bastante sensível a este fenôme-
no, por isso muito empregado na indústria eletrônica. 
 
II.3.2 Piroeletricidade: o desenvolvimento simultâneo de cargas elétricas, negativas e positivas, nas 
extremidades opostas de um cristal, sob determinadas condições de mudanças de temperatura, é o 
que se denomina piroeletricidade. Ex.: Turmalina 
 
II.3.3 Magnetismo: àqueles minerais, que em condições naturais são atraídos por um imã são ditos 
magnéticos. Poucos minerais são magnéticos naturalmente. Ex.: Magnetita e Pirrotita 
 
II.3.4 Radioatividade: são vários os minerais radioativos, isto é, minerais que emitem energia ou 
partículas que impressionam uma chapa fotográfica. Os elementos mais radioativos são: Ra, Th, U. 
Dentre os minerais radioativos, temos: Monazita, Pirocloro, Uraninita. 
 
II.4 Propriedades Químicas 
 A composição dos minerais é de importância fundamental, pois suas propriedades químicas e 
demais propriedades são, em grande parte, funções dela. 
 Todavia, essas propriedades dependem não somente da composição química, mas da geo-
metria – ou arranjo atômico – e da natureza das forças elétricas que agrupam os átomos. 
 De acordo com o esquema de classificação de Dana (1912) os minerais são divididos em 
classes, dependendo do grupo de ânions predominantes. 
 Assim, os minerais que possuem o mesmo grupo aniônico em sua composição possuem uma 
inconfundível série de semelhanças, muito mais acentuadas e mais marcantes que aqueles reunidos 
em grupos catiônicos. 
 28 
 Deste modo, um carbonato de ferro – Siderita, guarda uma semelhança muito maior com os 
demais carbonatos, do que, digamos, com um sulfeto de ferro – Pirita. 
 Alguns minerais são constituídos por um único elemento químico – Au, Pt, Ag, S, Diamante e 
Grafite. Como existem na Natureza livres de qualquer combinação são denominados de elemento 
nativos. 
 Os outros minerais são compostos químicos, por vezes bastante complexos, podendo ser 
agrupados nas seguintes classes: 
Tabela 4 – Algumas classes minerais e seus íons classificadores. 
Classe Íon sempre presente 
Elementos nativos Metais, semi-metais, não metais. Ex. Prata 
Sulfetos S. Ex. Galena (PbS) e Pirita ( ) 
Óxidos e hidróxidos O, OH. Ex. Hematita ( ) 
Haletos (Sais) Cl, F. Ex. Halita (NaCl) 
Carbonatos e bromatos , . Ex. Calcita ( ) 
Nitratos . Ex. Gerardita ( Cu2NO3(OH)3 ) 
Sulfatos, cromatos, molibdatos, tungstanatos , , , . Ex. scheelita ( ) 
Fosfatos, vandanatos, arseniatos , , . Ex.apatita( Ca5(PO4)3(F,OH,Cl) ) 
Silicatos e aluminossilicatos . Ex. quartzo ( ) 
 
III Principais classes minerais 
 
 As tabelas contendo alguns nomes de minerais seguem o esquema a seguir: 
 
 
 
Tabela 5 – Propriedades dos minerais. 
Nome C.Q.
3
 S.C.
4
 Cor Traço D
5
 d
6
 Observações 
 
3 C.Q. – composição química. 
4 S.C. – sistema cristalino. 
5 D – dureza. 
6 d – densidade. 
29 
 
 
III.1 ELEMENTOS NATIVOS 
 
Ouro Au Sistema cúbico Amarelo Amarelo 3 19  Bom condutor de calor e eletricidade; 
 Maleável; 
 Sempre c/Ag 
Prata Ag Sistema cúbico Branco Branco 2,5 10,5  Excelente condutor de calor e eletricidade; 
 Muito maleável; 
 Freq. c/Hg, Cu e Au 
Cobre Cu Sistema cúbico Vermelho Verme-
lho 
3 8,5  Maleável; 
 Excelente condutor de eletricidade; 
 Freq. c/Fe, Ag e Au 
Ferro Fe Sistema cúbico Cinza a preto Cinza 4,5 7,5  Maleável; 
 Magnético; 
 Oxida-se fácil ao ar 
Platina Pt Sistema cúbico Cinza Cinza 4,5 17  Raro; 
 Maleável; 
 Magnético (c/Fe); 
 Bom condutor de eletricidade 
Arsênico As Sistema trigonal Preto Cinza 3,5 5,5  Raro; 
 Aquec. à chama de vela, produz fumaça branca e cheiro de alho 
Enxofre S Sistema rômbico Amarelo Amarelo 2 2  Queima com chama azul; 
 Odor característico de SO2 
Diamante C Sistema cúbico Incolor – 10 3,5  Excelente dureza; 
 Uso joalheria, abrasivo, etc. 
Grafite C Sistema hexagonal Preto Preto 1 2  Bom condutor de eletricidade; 
 Uso diversos ramos da indústria 
 
 30 
III.2 SULFETOS 
 
Pirita FeS2 Sistema cúbico Amarelo ou 
marrom escuro 
Amarelo esverdeado 6 5  Sulfeto + comum; 
 Não é riscado p/aço (canivete); 
 Chamado de “ouro dos trouxas” 
Galena PbS Sistema cúbico Cinza Cinza 2,5 7,5  Assoc. c/qzo, blenda, pirita, calcita e fluorita, 
c/Ag; 
 + importante minério de Pb 
Calcopirita CuFeS2 Sistema tetragonal Amarelo Preto esverdeado 4 4 
 Facilmente oxidado (malaquita e calcosina); 
 Principal minério de Cu 
Blenda ou Esfalerita ZnS Sistema cúbico Castanho escuro Castanho claro 4 4  Termoeletricidade polar; 
 Principal minério de Zn 
 
III.3 ÓXIDOS 
 
Hematita Fe2O3 Sistema trigonal Cinza a preto Vermelho 5,5 5 
 Importantes reservas de Fe; 
 Também usado c/pigmento 
Limonita FeO(OH).nH2O Amorfa Castanho a 
preto 
Marrom amare-
lado 
5 4  Contém  15% de água; 
 Assoc. c/hematita e pirolusita; 
 Usado c/pigmento (amarelo-ocre) e c/minério de 
Fe 
Magnetita Fe3O4 Sistema cúbico Preto Preto 6 5  Fortemente magnética 
Cromita FeCr2O4 Sistema cúbico Preto Castanho 6 4,5  Único minério de Cr 
Pirolusita MnO2 Sistema tetragonal Preto Preto 1,5 5 (agr) 
5,5 (crst) 
 Dissolve em HCl c/desprendimento de Cl; 
 Suja os dedos 
Manganita MnO2.Mn(OH)2 Sistema monoclínico Preto Castanho 3,5 4 
 Frequentemente associado c/pirolusita; 
 Dissolve em HCl conc. c/desprendimento de Cl; 
Psilomelano mMnO.MnO2.nH2O Sistema rômbico Preto Preto 5 4,5  Frequentemente associado c/pirolusita 
Cassiterita SnO2 Sistema tetragonal Castanho a 
preto 
Castanho escuro 6,5 7  É a única matéria prima p/indústria de Sn 
 
 31 
 
III.4 HALOGENADOS 
 
Halita NaCl Sistema cúbico Incolor 
Branco 
Verme-
lho 
– 2 2  Sabor salgado; 
 Usado c/produto alimentício, meio de conservação de alimentos, 
indústria química, ... 
Silvita KCl Sistema rômbico Incolor – 2 2  Sabor + salgado que halita; 
 É dos últimos sais a precipitar; 
 Fonte de K, fertilizantes 
Carnalita KMgCl3.6H2O Sistema rômbico Branco – 2,5 1,5  Deliqüescente: capaz de ficar líquido em contato c/ar; 
 Fonte p/extração de K e Mg 
 
III.5 CARBONATOS 
 
Calcita CaCO3 Sistema 
trigonal 
Incolor ou 
branco leitoso 
– 3 2,5  Efervesce c/HCl frio; 
 Qdo. transparente é usado p/confecção de instrumentos óticos; 
 Uso c/corretivo da acidez do solo, ... 
Dolomita CaMg(CO3)2 Sistema 
trigonal 
Branco acinzentado – 3,5 2  Reage c/HCl qdo. reduzido a pó; 
 Usado como material de construção, fundente de alto forno, forro refratário 
(conversão de aço) e matéria prima p/certos tipos de cimento 
Siderita FeCO3 Sistema 
trigonal 
Branco – 4 4  Torna-se magnético qdo. aquecido em chama de vela 
 
III.6 FOSFATOS 
 
Apatita Ca5(F,Cl,OH)(PO4)3.HNO3.H2SO4 Sistema 
hexagonal 
Incolor – 5 3  Dissolve em HCl; 
 Usado c/fertilizante, cerâmica muito resistente, ...; 
 É o único minério de P comum; 
 Colofana: apatita maciça, criptocristalina (rocha 
fosfatada de origem fóssil). 
 
 32 
III.7 SULFATOS 
 
Anidrita CaSO4Sistema 
rômbico 
Branco – 3,5 3  Na presença de umidade transforma-se em gipsita; 
 Usado p/fabricação de cimento, ácido sulfúrico e gesso 
Gipsita CaSO4.2H2O Sistema 
monoclínico 
Branco – 2 2,5  Usado na fabricação de gesso, ornamentação e de cimento tipo Por-
tland. 
 
III.8 SILICATOS 
 
 Os silicatos formam os minerais mais frequentes da Crosta e encerram o maior número de espécies. A sua sistemática é bastante complexa. A 
célula unitária é o tetraedro, que pode se encontrar isolado, em cadeia e em 3 dimensões. 
 Quanto às propriedades físicas e mecânicas os silicatos se caracterizam pela falta de cor própria, sem aspecto metálico, pelo traço branco, dureza 
muito variada e densidade baixa. 
 
GRUPO DA SÍLICA 
Quartzo SiO2 Sistema 
trigonal 
Incolor 
Branco 
Cinza 
– 7 2,7  Possui forte tendência a piro e piezoeletricidade; 
 Grande estabilidade física e química; 
 Uso c/pedra preciosa, material de construção, ind. do vidro, abrasivos, aparelhos óticos, 
prisma, lentes na reprodução de luz monocromática, ind. eletrônica, ... 
 
Variedades: 
a) Variedades cristalinas de granulação grosseira: 
 Cristal de Rocha: quartzo incolor, cristais bem desenvolvidos; 
 Ametista: quartzo violeta, coloração devido ao íon férrico; 
 Qzo. Róseo: sem forma definida, tem sua cor devido ao Ti; 
 Qzo. Enfumaçado: cor parda devido à exposição a materiais radioativos (não bem esclarecido); 
 Qzo. Citrino: cor amarelo claro, também conhecido como “Falso Topázio”; 
 Qzo. Leitoso: cor branco-leitoso devido a diminutas inclusões de fluídos, geralmente de brilho graxo. 
 
 33 
 
b) Variedades criptocristalinas: 
 Também denominado quartzo fibroso, inclui as variedades ágatas e calcedônias. A cor e a distribuição das faixas dão origem às seguintes varie-
dades: 
 Cornalina: cor vermelha; 
 Sardo: cor parda; 
 Crisoprásio: cor verde-maçã; 
 Ágata: apresenta camadas alternadas de calcedônia e opala, ou qzo. criptocristalino granular. Diversas cores distribuídas irregularmente; 
 Heliotrópio ou Pedra de Sangue: cor verde c/manchas vermelhas. 
 
c) Variedades granulares: 
 Sílex – semelhante à calcedônia na aparência, porém opaco e varicolorido, de cores escuras; 
 Chert – semelhante ao sílex, porém de cores claras; 
 Jaspe – cor vermelho devido às inclusões de hematita; 
 Prásio – cor verde opaco; 
 Ônix – cores escuras, castanho, marrom ou preto; 
 Flint – cor preto; 
 Novaculite – cor branco. 
 
continuação do Grupo da Sílica 
Opala SiO2.nH2O Amorfo Incolor – 5 2 
 Deposita graças ao resfriamento de águas termais – geisers; 
 Usado c/adorno ou p/polir metais e rochas, produção de filtros, ... 
Tridimita SiO2 Sistema 
rômbico 
Incolor – 7 2,26  Polimorfo do qzo 
Cristobalita SiO2 Sistema 
tetragonal 
Incolor ou 
branco 
– 7 2,32  Polimorfo do qzo 
 
 Observação: cada um destes tipos estruturais pode ser transformado em outro mediante o rompimento das ligações silício-oxigênio e rearranjo dos 
tetraedros em novos padrões. Os polimorfos são: Quartzo, Tridimita, Cristobalita, Coesita, Sílica Fibrosa 
 
 34 
GRUPO DOS FELDSPATOS 
 
 Os feldspatos constituem um grupo de minerais dos mais importantes e dos mais abundantes. São alumino-silicatos de K, Na e Ca. 
 A estrutura cristalina é constituída por um tetraedro de AlO4 ligado a outro tetraedro de SiO2, formando uma estrutura tridimensional. Na estrutura 
dos feldspatos o Al não é constituinte substituível, cuja percentagem varie de amostra para amostra, ou que possa ser substituído pelo silício, sendo por-
tanto um constituinte essencial, a não ser com a quebra da estrutura cristalina. 
 Os feldspatos se alteram e transformam em minerais argilosos sob a ação de águas contendo CO2. 
 Formam dois grandes subgrupos: feldspatos potássicos e feldspatos calco-sódicos (ou plagioclásios). 
 
FELDSPATOS POTÁSSICOS 
Ortoclásio 
KAlSi3O8 
Sistema monoclínico Verde 
Incolor 
Branco 
Creme 
Cinza 
Verme-
lho 
 
– 
 
6 
 
2,5 
 Usados na indústria cerâmica, porcelana, 
vidro, ... 
Microclínio Sistema triclínico 
 
FELDSPATOS CALCO-SÓDICOS (ou PLAGIOCLÁSIOS) 
 NaAlSi3O8 
 
Albita (Na) 
Oligoclásio 
Andesina 
Labradorita 
Bitownita 
Anortita (Ca) 
% Albita 
100 – 90 
90 – 70 
70 – 50 
50 – 30 
30 – 10 
10 – 0 
% Anortita 
0 – 10 
10 – 30 
30 – 50 
50 – 70 
70 – 90 
90 – 100 
 
 
 
Sistema 
triclínico 
 
 
 
Incolor 
Branco 
Cinza azulado 
 
 
 
– 
 
 
 
6 
 
 
 
2,6 
 Forma uma série isomorfa comple-
ta 
 
 35 
 
GRUPO DOS FELDSPATÓIDES 
Obs.: quimicamente semelhante aos feldspatos, porém c/menor teor em sílica. 
Nefelina (Na,K)AlSiO4 Sistema hexagonal Incolor 
Branco acizentado 
Cinza 
 
– 
 
5,5 
 
2,6 
 Usado na indústria do vidro 
Leucita K(AlSi2O6) Dimorfa: 
T>620C – Sistema cúbico 
T<620C – Sistema tetragonal 
Incolor 
Branco 
Cinza 
 
– 
 
5,5 
 
2,5 
 Matéria prima p/obtenção K e Al metálico 
 
GRUPO DAS MICAS 
Muscovita KAl2(AlSi3O10).(OH)2 Sistema 
monoclínico 
Incolor – 2,5 3  Usado c/isolante térmico, condens. p/telefones, lâmpadas elétricas, ... 
Biotita K(Mg,Fe)3(AlSi3O10).(OH)2 Sistema 
monoclínico 
Preto 
Castanho 
– 2,5 2,5  Usado em argamassas para revestimentos arquitetônicos. 
 
GRUPO DA CLORITA 
Clorita Mg6(Si4O10).(OH)8 Sistema 
monoclínico 
Verde – 2,5 2,5  Normalmente em rochas metamórficas; 
 De origem secundária p/alteração de silicatos de Fe e Al; 
 Em pó é usada na fabricação de papel 
 
GRUPO DOS PIROXÊNIOS 
Obs.: os piroxênios pertencem ao grupo dos inosilicatos, no qual os tetraedros de silício estão ligados na cadeia pelo O de cada 
tetraedro adjacente. 
Augita Ca(Mg,Fe,Al)[(Si,Al)2O6] Sistema monoclínico Verde escuro preto – 5,5 3,5 
 
 36 
GRUPO DOS ANFIBÓLIOS 
Obs.: os anfibólios formam um grupo paralelo ao dos piroxênios, porém com a presença da hidroxila na sua composição. 
Hornblenda Ca2Na(Mg,Fe)4(Al,Fe)[(Si,Al)4O11](OH)2 Sistema 
monoclínico 
Verde 
Casta-
nho 
– 5,5 3  Clivagem boa em 2 direç. 
c/ângulos de 56 e 124; 
 Cristais prismáticos alongados 
 
GRUPO DAS ARGILAS 
 
 Os argilo-minerais podem ser definidos de 3 modos: 
1. Tamanho das partículas – qualquer partícula menor que 5 (0,005 mm) é considerada argila, não importa que seja quartzo, feldspato ou calcita. É 
uma definição puramente textural (granulométrica). Definiçãousada pelos Sedimentólogos e Oceanógrafos. 
2. Estrutura e composição mineralógica – as argilas são Hidrosilicatos de Al. Quanto a estrutura dos minerais de argilas, estes são caracterizados pela 
estrutura em folhas, denominada foliar, onde os tetraedros de SiO4 e os tetraedros de Al2O6 são como que empilhados regularmente em camadas. 
 Caulinitas – sistema monoclínico, incolor (lâminas soltas) e branco (massa), D = 1 e d = 2,5. Tem sua aplicação em vários ramos da indústria tais 
como a de cerâmica, papel, tintas, matéria impermeável e protetora, etc. 
 Esmectitas (ou Montmorilonitas) – de cor branca, densidade inconstante. Uso, pela grande capacidade adsorvente, na indústria do petróleo (limpar 
impurezas), industria têxtil, indústria de cosméticos, etc.. 
 Illitas – de composição química inconstante, normalmente é produto da hidrólise parcial da muscovita. 
 
 Estes 3 subgrupos são definidos ou identificados através de exame de raios-X, análise termo-diferencial ou microscópio eletrônico. São na realida-
de os verdadeiros minerais de argila. 
 
 37 
 
3.Petrografia microscópica: além das Caulinitas, Esmectitas e Illitas, são incluídas as micas menores que 20. 
 
4. Observações 
 Composicionalmente, as argilas nunca são mineralógicamente puras, mas grande parte é plástica quando misturada com água. Esta plasticidade é 
conferida pela presença da Esmectita, geralmente presente. Ressaltando, todo argilo-mineral é uma argila, mas nem toda argila é um argilo-mineral. 
 A estrutura da Esmectita é do tipo T–O–T, e a atração interfoliar é muito fraca, permitindo a mesma reter água ou substâncias orgânicas polares 
(glicol, glicerina, álcool, etc.) entre suas camadas. 
 Quando aquecida a 200C, a Esmectita possui uma eqüidistância de 9,8 Å, entre suas camadas foliares. Colocada numa atmosfera de vapor 
d’água, essa eqüidistância ultrapassa a 20 Å. Quando isto acontece, diz-se que a Esmectita incha. 
 De um modo geral, as Esmectitas sódicas tendem a permanecer em suspensão na água. A cálcica tende a flocular. A magnesiana tende a perma-
necer no meio termo. 
 As Caulinitas formam argilas muito estáveis devido a sua estrutura que não se expande em contato com a água. Quando estão úmidas são mode-
radamente plásticas e não estão sujeitas a aumento de volume ou expansão quando se saturam, como as Esmectitas. 
 As Ilitas tem uma estrutura com menor atração à água que as anteriores, apresentando uma capacidade de hidratação mais limitada. Assim suas 
propriedades expansivas são também menores e seus coeficientes de atrito interno são mais elevados do que os das Esmectitas. 
 
Tabela 6 – Olivinas e suas propriedades. 
GRUPO DAS OLIVINAS (ou PERIDOTOS) 
Forsterita Mg2SiO4 
Sistema 
rômbico 
Incolor 
 
 
– 
 
 
7 
 
 
3 
 Formam uma série isomorfa. 
Fayalita Fe2SiO4 Amarelo 
Escuro a 
preto 
 
 38 
Tabela 7 – Outros silicatos. 
OUTROS SILICATOS 
Granada a3b2(SiO4)3 
sendo: 
a = Ca, Mg, Fe e Mn 
b = Al, Fe, Ti e Cr 
Sistema 
cúbico 
Varicolorida – 7 4  Cor varia conforme a composição; 
 Comum em rochas metamórficas; 
 Usado em joalheria, c/abrasivo, ind 
papel, fáb. de lixas (p/ polimento de 
madeira, vidros, peles, ...) 
Turmalina (Na,Ca).(Mg,Al)6.[B3Al3Si6.(O,OH)30] Sistema 
trigonal 
Varicolorida – 7,5 3  Cor depende da composição; 
 Propriedade piezoelétrica; 
 Usado em joalheria, radiotecnia, 
fab. de placas p/estabilizar as on-
das das emissoras 
Berilo Be3Al2(Si6O18) Sistema 
hexagonal 
Varicolorido – 8 2,5  Cor variada; 
 Variedades: esmeralda e água 
marinha 
 Uso na ind. de aviação, medicina, 
... 
 
19 
 
 
IV Guia p/descrição macroscópica de minerais 
 
IV.1 Propriedades Cristalográficas 
a) Forma dos cristais, classe de simetria e sistema; 
b) Grau de perfeição, tamanho dos grãos; 
c) Tipo de agrupamento, maclas; 
d) Imperfeições dos cristais – estrias, faces curvas, figuras de corrosão; 
e) Hábito. 
 
IV.2 Propriedades Físicas 
a) Clivagem, fratura, partição; 
b) Dureza; 
c) Tenacidade; 
d) Densidade; 
e) Propriedades dependentes da luz – brilho, cor (zonações), traço, transparência, luminescência, 
etc.; 
f) Propriedades magnéticas; 
g) Outras propriedades físicas particulares. 
 
Bibliografia 
Barbosa, A. L. M. (1968). Curso de Geologia. UFOP, Ouro Preto, MG. 1° fascículo. 
Betejtin, A. (1977). Curso de Mineralogia. Editora Mir, Moscou, 3ª edição. 
Dana & Hurlbut (1959). Dana’s Manual of Mineralogy. John Willey and Sons, Inc., London, 609 p. 
Ferreira, J. B. (1980). Dicionário de Geociências. Fundação Gorceix, Ouro Preto, MG. 
Font-Altaba, M. (1960). Atlas de Mineralogia. Livro Íbero-Americano, Ltda., Rio de Janeiro, RJ. 
Leinz, V. e Amaral, S. E. (1978). Geologia Geral. Companhia Editora Nacional, 7ª edição. 
Leinz, V. e Souza Campos, J. E. de. (1962). Guia para determinação de minerais. Faculdade de Filo-
sofia, Ciências e Letras, USP, São Paulo, SP, 3ª edição. 
Lisboa, M. A. (1967). Manual de Mineralogia. UFOP, Ouro Preto, MG, 319 p. 
Nery, G. G. et alli. (1986). Geologia para Engenheiros de exploração, perfuração e produção. 
PETROBRÁS, SEPES-DIVEN-SEN/BA, 3ª edição. 
The American Geological Institute (1984). Dictionary of Geological Terms. Robert L. Bates & Julia A. 
Jackson, Ed., 3ª edição. 
Wanderley, P. R. M. et al. (1984). Noções de Minerais e Rochas. Editora da Universidade Federal de 
Alagoas.

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