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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA Curso de Graduação em Engenharia Aeronáutica Uberlândia, 30 de junho de 2017. Aluno: CAIO ROBERTO BOTTER (11421EAR006) LEONARDO DIAS DA SILVA CABRAL (11421EAR020) MESSIAS ALVES PEREIRA NETO (11421EAR007) PEDRO ISMAEL PAVINSKI PIMENTEL (11421EAR012) Relatório do laboratório 5 e 6 da disciplina de Controle de Sistemas Lineares (FEMEC42060) 1. Introdução Em muitas situações reais o projeto de controladores para determinadas plantas esbarra em um grave inconveniente: o não conhecimento das leis que regem a planta a ser controlada. Portanto, é necessário antes de se pensar no controlador propriamente dito, identificar o sistema a ser controlado através da coleta de dados experimentais do input e do output da planta, da seleção de um modelo e dos parâmetros que regem este modelo e da validação do modelo. Uma vez que obtivemos um modelo representativo do sistema partimos para o projeto do controlador. Para tanto, é necessário identificar os requisitos de projeto, como por exemplo, amortecimento, tempo de acomodação e erro do sistema compensado e calcular um compensador teórico que os satisfaçam. Entretanto, os controladores são constituídos de elementos físicos como resistores, capacitores e amplificadores operacionais, que seguem padrões comerciais, ou seja, em muitos casos, o controlador teórico não será idêntico ao real. 2. Objetivos Projetar um controlador de Rede em Atraso para uma planta cuja lei de controle é desconhecida de modo que o sistema compensado atenda aos seguintes requisitos de projeto: 𝜉 = 0,7; 𝑇𝑠 = 6 𝑠 e 𝐾𝑝 = 100. 3. Procedimento 3.1.Identificação da Planta A partir dos dados obtidos da planta foi realizada a identificação de um modelo representativo, para tanto, foram utilizados dois conjuntos de dados, um conjunto para a determinação do modelo e outro para sua validação. Esses dados passaram por um pré- processamento visando retirar suas médias e tendências. Para tanto, foram seguidos os seguintes passos: 1) Abertura do software MatLab®; 2) Carregamento dos dados na Command Window utilizando-se o comando load. Deve-se carregar dois conjuntos de dados, o de determinação do modelo e o de validação; Figura 1: Carregamento dos dados. 3) Abertura da Identification Toolbox através do comando ident; Figura 2: Abertura da Identification Toolbox. Figura 3: Identification Toolbox. 4) Na janela de identificação clicamos em Import data e então em Data objetct para importar os dados; Figura 4: Importação dos dados. 5) Na janela de importação digitamos o nome dos arquivos em Object e clicamos em Import para concluir a importação; Figura 5: Importação dos dados. 6) Após a importação dos dados devemos realizar os pré-processamentos, para tanto clicamos em Preprocess e selecionamos Remove Means; Figura 6: Pré-processamento dos dados. 7) Então devemos realizar a Remoção das tendências, novamente no sub menu Preprocess, clicando em Remove Trends; Figura 7: Pré-processamento dos dados. 8) Repetimos os passos 6 e 7 para os dados de validação; 9) Após o pré-processamento dos dados é necessário verificar a existência de um delay no sistema, para tanto, é necessário clicar em Time Plot; Figura 8: Exibição dos dados. 10) Com o gráfico aberto, damos zoom nos dados experimentais e verificamos a inexistência de delay; Figura 9: Plotagem dos dados no domínio do tempo. Figura 10: Zoom nos dados experimentais para a verificação da existência de delay. 11) Deve-se então estimar o modelo, neste caso, utilizaremos modelos por funções de transferência, para tanto, no sub menu Estimate, clicamos em Transfer Function Models; Figura 11: Seleção de modelos de funções de transferência. 12) Deve-se definir a função de transferência utilizada na modelagem do sistema escolhendo o número de polos, zeros e o delay. O número de polos é definido no campo Number of poles, enquanto que o de zeros, em Number of zeros; o delay é ajustado clicando-se no sub menu I/O Delay, neste caso, selecionamos um delay variável de 0 a 6 segundos; Figura 12: Janela para a determinação dos parâmetros da função de transferência. 13) Com a função de transferência criada podemos avaliar a representatividade do modelo clicando nas opções Model Output e Model Resids. Inúmeras funções de transferência foram criadas, porém, determinou-se que a que melhor representava o sistema possuía 4 polos e 2 zeros; Figura 13: As várias funções de transferência testadas. Figura 14: Os resíduos das várias funções de transferência testadas. Figura 15: Comparação do modelo com os dados. Figura 16: Avaliação dos resíduos do modelo. A função de transferência escolhida possui 4 polos e 2 zeros e possuí a seguinte forma: 𝐺(𝑠) = 39,16 ∗ 𝑠2 + 0,7245 ∗ 𝑠 + 1,948 𝑠4 + 24,06 ∗ 𝑠3 + 57,76 ∗ 𝑠2 + 2,174 ∗ 𝑠 + 2,846 , 3.2.Projeto teórico da lei de controle A partir do modelo identificado e dos requisitos de projeto (𝜉 = 0,7; 𝑇𝑠 = 6 𝑠 e 𝐾𝑝 = 100) um controlador de rede em atraso foi projeto. 𝜔𝑛 = 4 𝜉 ∗ 𝑇𝑠 → 𝜔𝑛 = 4 0,7 ∗ 6 = 0,9524. 𝐾𝑝 = lim 𝑠→0 ( 𝑎1 ∗ 𝑠 + 𝑎0 𝑏1 ∗ 𝑠 + 1 ∗ 39,16 ∗ 𝑠2 + 0,7245 ∗ 𝑠 + 1,948 𝑠4 + 24,06 ∗ 𝑠3 + 57,76 ∗ 𝑠2 + 2,174 ∗ 𝑠 + 2,846 ) → 𝐾𝑝 = 100 = 𝑎0 ∗ 1,1948 2,846 → 𝑎0 = 238,1590. 𝑠1 = −𝜉 ∗ 𝜔𝑛 + 𝜔𝑛 ∗ √1 − 𝜉2 ∗ 𝑗 → 𝑠1 = −0,6667 + 0,6801 ∗ 𝑗. |𝑠1| = 0,9524. 𝐺(𝑠1) = 0,8243 − 0,3299 ∗ 𝑗. |𝐺(𝑠1)| = 0,8878. 𝛽 = 134,4270°. 𝜓 = 338,1878°. 𝑎1 = sin(𝛽) + 𝑎0 ∗ |𝐺(𝑠1)| ∗ sin (𝛽 − 𝜓) |𝑠1| ∗ |𝐺(𝑠1)| ∗ sin (𝜓) = −273,4353. 𝑏1 = sin(𝛽 + 𝜓) + 𝑎0 ∗ |𝐺(𝑠1)| ∗ sin (𝛽) −|𝑠1| ∗ sin (𝜓) = 429,3192. O coeficiente 𝑎1 calculado a partir dos requisitos de projeto resultou em um número negativo, ou seja, este compensador desestabiliza a planta em questão, como podemos ver no root-locus do sistema compensado abaixo. Figura 17: Root-Locus do sistema compensado com tempo de acomodação de 6 segundos. Desse modo, para que fosse possível projetar um controlador para a planta, o controlador de rede em atraso foi substituído por um PID. Assim , temos que: 𝜔𝑛 = 1,9048. 𝑎0 = 238,1590. 𝑠1 = −1,3333 + 1,3603 ∗ 𝑗. 𝐺(𝑠1) = 0,6616 − 0,7734 ∗ 𝑗. |𝑠1| = 1,9048. |𝐺(𝑠1)| = 1,0178. 𝛽 = 134,4270°. 𝜓 = 310,5447°. 𝐾𝑖 = 10. 𝐾𝑝 = −sin(𝛽 + 𝜓) |𝐺(𝑠1)| ∗ sin (𝛽) − 2 ∗ 𝐾𝑖 ∗ cos (𝛽) |𝐺(𝑠1)| = 13,2441. 𝐾𝑑 = sin(𝜓) |𝑠1| ∗ |𝐺(𝑠1)| ∗ sin (𝛽) + 𝐾𝑖 |𝑠1|2 = 10,4097. A partir dos parâmetros calculados acima obtivemos o seguinte controlador para a planta: 𝐺𝑐(𝑠) = 13,2441 + 10 𝑠 + 10,4097 ∗ 𝑠. O root-locus para o sistema compensado pode ser visto na imagem abaixo. Figura 18: Root-Locus do sistema compensado por um controlador PID . 3.3.Projeto teórico do circuito elétrico que implementa a lei de controle projetada O circuito elétrico para o compensador em questão é composto de três elementos, um detector de erros, o controlador e um inversor de sinal. O detector de erros é basicamente um amplificador operacional inversor, que subtrai as duas entradas de voltagem e as multiplica por um fator de resistências, abaixo,um desenho esquemático do componente. Figura 19: Desenho esquemático de um detector de erros. A voltagem de saída é dada pela seguinte expressão: 𝑉𝑠 = 𝑅2 𝑅1 ∗ (𝑉2 − 𝑉1). As resistências do amplificador de erro podem ser iguais a 100 ohms, por exemplo. A solução para o controlador do tipo PID pode ser aproximado pelo seguinte circuito, sendo que 𝑍1(𝑠) e 𝑍2(𝑠) são conjuntos de capacitores e resistores, como mostrado nas Figuras 21 e 22, respectivamente. Figura 20: Circuito genérico de um controlador. Figura 21: Circuito equivalente ao elemento 𝑍1. Figura 22: Circuito equivalente ao elemento 𝑍2. Onde a função de transferência do controlador pode ser definida como: 𝐺𝑐(𝑠) = − [( 𝑅2 𝑅1 + 𝐶1 𝐶2 ) + 𝑅2 ∗ 𝐶1 ∗ 𝑠 + 1 𝑅1 ∗ 𝐶2 𝑠 ] Os valores das resistências e capacitâncias foram encontrados a partir de tabelas de amplificadores operacionais e capacitores comerciais mais populares e foram selecionados de modo a atender as condições propostas pelos dados adquiridos analiticamente para o compensador, sendo assim, seguem abaixo os valores obtidos para o controlador: 𝑅1 = 0,379 𝑘𝛺 𝐶1 = 2,7 𝜇𝐹 𝑅2 = 3,855 𝑀𝛺 𝐶2 = 0,264 𝜇𝐹 𝐺𝑐(𝑠) = − [( 𝑅2 𝑅1 + 𝐶1 𝐶2 ) + 𝑅2 ∗ 𝐶1 ∗ 𝑠 + 1 𝑅1 ∗ 𝐶2 𝑠 ] Com isso, ao utilizar-se do software Proteus, foi possível encontrar como amplificador operacional o modelo LM348 e como capacitor comercial o de 2,7 𝜇𝐹. O inversor de sinal, assim como o diferencial, apresenta um circuito característico, que é exibido na figura abaixo, na qual, a partir da igualdade nos valores das resistências, o potencial de saída corresponderá ao inverso do potencial de entrada. Dessa maneira, como a fórmula prevista na equação do controlador possui um sinal negativo, o inversor de sinal inverte esse sinal, deixando o potencial novamente positivo. Figura 23: Desenho esquemático de um inversor de sinais. Equação que rege o inversor de sinais: 𝑉𝑠 = −𝑉𝑒 ∗ ( 𝑅2 𝑅1 ). O circuito montado no Proteus, considerando um motor como planta, os amplificadores operacionais e o compensador PID, pode ser visto abaixo. Figura 24: Circuito de malha fechada. Universidade Federal de Uberlândia Faculdade de Engenharia Mecânica Disciplina: Controle de Sistemas Lineares Caio Botter 11421EAR 006 Leonardo Dias 11421EAR020 Messias Alves 11421 EAR007 Pedro Pavinski 11421 EAR012 Uberlândia 2017 Dado um sistema, seja ele mecânico ou elétrico, existe um modelo que o define, uma lei que relaciona a entrada do sistema à saída. Mas, por muitas vezes para alcançar determinadas características desejadas sobre o projeto, precisamos elaborar formas de alcançar os padrões requeridos, usando assim, controladores. Construir um Controlador de Rede em atraso para o sistema dado. Dessa forma, deve-se: Identificar o sistema em questão; Elaborar de maneira teórica o controlador; Construir o circuito teórico representativo do controlador. Abrir no MATLAB os dados obtidos experimentalmente, tanto os de construção da planta quanto os de validação desta; Construir a lei, por uma função de transferência que rege os dados, através da Identification Toolbox; Construir o Root-Locus da planta, para analisá-la. 4 polos e dois zeros 𝐺 𝑠 = 39,16 ∗ 𝑠2 + 0,7245 ∗ 𝑠 + 1,948 𝑠4 + 24,06 ∗ 𝑠3 + 57,76 ∗ 𝑠2 + 2,174 ∗ 𝑠 + 2,846 Cálculo dos parâmetros, através das especificações dadas; Elaboração da lei do controlador; Análise do controlador; Reformulação, se necessário. 𝜉 = 0,7; 𝑇𝑠 = 6 𝑠; 𝐾𝑝 = 100 𝜔𝑛 = 4 𝜉∗𝑇𝑠 → 𝜔𝑛 = 4 0,7∗6 = 0,9524 𝐾𝑝 = lim 𝑠→0 𝑎1∗𝑠+𝑎0 𝑏1∗𝑠+1 ∗ 39,16∗𝑠2+0,7245∗𝑠+1,948 𝑠4+ 24,06∗𝑠3+57,76∗𝑠2+2,174∗𝑠+2,846 → 𝐾𝑝 = 100 → 𝑎0 = 238,1590. 𝑠1 = −𝜉 ∗ 𝜔𝑛 + 𝜔𝑛 ∗ 1 − 𝜉2 ∗ 𝑗 → 𝑠1 = −0,6667 + 0,6801 ∗ 𝑗 𝑠1 = 0,9524; 𝐺 𝑠1 = 0,8243 − 0,3299 ∗ 𝑗 𝐺 𝑠1 = 0,8878 ; 𝛽 = 134,4270°; 𝜓 = 338,1878°; 𝑎1 = sin 𝛽 +𝑎0∗ 𝐺 𝑠1 ∗sin(𝛽−𝜓) 𝑠1 ∗ 𝐺 𝑠1 ∗sin(𝜓) = −273,4353 𝑏1 = sin 𝛽+𝜓 +𝑎0∗ 𝐺 𝑠1 ∗sin(𝛽) − 𝑠1 ∗sin(𝜓) = 429,3192 Não garante estabilidade!!!! Alterar o controlador para PID. Assim: 𝜔𝑛 = 4 𝜉∗𝑇𝑠 → 𝜔𝑛 = 4 0,7∗6 = 0,9524 𝑎0= Kp/(1.195/2.846) = 238,1590 𝑠1 = 0.9524 𝐺 𝑠1 = 0.8878 𝛽 = 134,4270° 𝜓 = −21.8125 𝐾𝑖 = 10 𝐾𝑝𝑟= (-sin(𝛽 + 𝜓) / ( 𝐺 𝑠1 *sin(𝛽 ))) – (2*𝐾𝑖*cos(𝛽)/ 𝑠1 ) 𝐾𝑑 = = sin(𝜓) / ( 𝑠1 * ( 𝐺 𝑠1 *sin(𝛽)) + 𝐾𝑖/ 𝑠1 ^2 Assim: 𝐺𝑐(𝑠) = 10.41 s^2 + 13.24 s + 10 s 𝐺𝑐(𝑠) = 10.41 s^2 + 13.24 s + 10 s Garante estabilidade!! Uso do software Protheus; Identificar os subsistemas necessários; Construir o circuito baseado da lei encontrada para o controlador na Etapa 2 Detector de Erros; Amplificador Operacional; Amplificador Operacional Inversor. Representado como um amplificador operacional diferencial; Uso de Resistores para alterar o potencial de saída em relação ao de entrada, dando o erro; Resistências de 100 Ohm. 𝑉𝑠 = 𝑅2 𝑅1 ∗ 𝑉2 − 𝑉1 Definido pela lei matemática do controlador; Uso de capacitores e resistores; 𝑅1 = 0,379 𝑘𝛺 𝐶1 = 2,7 𝜇𝐹 𝑅2 = 3,855 𝛺 𝐶2 = 0,264 𝜇𝐹 𝐺𝑐 𝑠 = − 𝑅2 𝑅1 + 𝐶1 𝐶2 + 𝑅2 ∗ 𝐶1 ∗ 𝑠 + 1 𝑅1 ∗ 𝐶2 𝑠 Definido por resistências; Inverte o sinal do potencial de saída em relação ao de entrada 𝑉𝑠 = −𝑉𝑒
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