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1 2 Compactação dos Solos Na construção de taludes rodoviários e barragens de terra, por exemplo, os solos “soltos” devem ser compactados para que seus pesos específicos sejam aumentados; Com a compactação dos solos é possível aumentar sua resistência, o que, por sua vez, aumentará a capacidade de suporte dos mesmos; A compactação dos solos também reduz os recalques indesejados de obras civis e aumenta a estabilidade de taludes dos aterros. 3 Rolos compactadores lisos, pé de carneiro, de pneus de borracha e vibratórios geralmente são empregados no campo para a compactação dos solos; Os rolos compactadores vibratórios são utilizados, principalmente, na densificação de solos granulares (areias, por exemplo); Muitas vezes, na prática da engenharia geotécnica, o solo de determinado local não apresenta as condições requeridas pela obra. Pareceria razoável, em tais circunstâncias, simplesmente relocar a obra. Deve−se notar contudo, que outras considerações que não geotécnicas, frequentemente, impõem a localização da obra. Assim sendo, o engenheiro é forçado a realizar o projeto com o solo que se apresenta no local. 4 O processo de compactação dos solos pode ser executado de forma manual ou mecânica e é feito tanto no laboratório quanto no campo; Quando o solo é compactado, procura-se atingir os seguintes objetivos: torna-lo um material mais “homogêneo”, aumentar o contato (entrosamento) entre as partículas sólidas e reduzir o volume de poros; Em outras palavras, torna-se o solo mais denso, isto é, aumenta-se o peso específico aparente seco, por meio da aproximação das partículas sólidas do mesmo, com consequente redução do índice de vazios, de modo a proporcionar melhoria nas características mecânica e hidráulica dos solos. 5 Pode-se citar como exemplo de melhorias mecânicas e hidráulicas do solo, o aumento da resistência ao cisalhamento, a redução da permeabilidade e a redução da compressibilidade (deformabilidade); Portanto, de modo geral, a densificação de solos “soltos/desestruturados”, por meio da redução do índice de vazios, conduz à melhoria dos solos. 6 APLICAÇÃO A compactação dos solos é usada intensivamente em obras de terra. É quase impossível a construção de rodovias, ferrovias, pistas de aeroportos e mesmo, em muitos casos, a execução de fundações sem a utilização de processo da compactação dos solos. Os principais fatores que interferem no processo de compactação são o teor de umidade do solo, o tipo de solo e a energia de compactação aplicada ao solo. e mantenha OBJETIVO PRINCIPAL Obter um solo, de tal maneira estruturado, que possua comportamento adequado ao longo de toda a vida útil da obra. 7 No laboratório, deve-se realizar o ensaio de compactação para obter a curva de compactação do solo e determinar a umidade ótima e o peso específico aparente seco máximo; Já a capacidade de suporte do solo compactado é determinada por meio do ensaio de CBR (California Bearing Ratio). Para solos tropicais, foi desenvolvida uma metodologia específica conhecida como MCT (Miniatura, Compactado, Tropical); Para executar a compactação do solo no campo, podem ser utilizados vários tipos de equipamentos em função do material que será compactado, sendo parâmetros abordados determinados no na disciplina de que o controle é feito com base nos laboratório. (detalhes sobre isto serão Pavimentação) 8 COMPACTAÇÃO vs. ADENSAMENTO PRIMÁRIO No processo de compactação dos solos, a redução de volume do solo se dá por conta da saída de ar contido em seus poros, de forma diferente do processo de adensamento primário dos solos, onde ocorre a saída de água dos interstícios do solo; Além disto, as cargas aplicadas quando da compactação dos solos são geralmente de natureza dinâmica e consegue-se o efeito “imediato”, enquanto que o processo de adensamento dos solos é diferido no tempo (pode ser necessário vários anos para que o processo ocorra por completo, a depender do tipo de solo e de outros fatores). Neste caso, as cargas são normalmente estáticas. ENSAIO DE COMPACTAÇÃO O ensaio de compactação dos solos foi desenvolvido por Ralph Proctor em 1933 e consiste na relação entre peso específico aparente seco, o teor de umidade do solo e a energia de compactação aplicada ao solo; O principal objetivo do ensaio é a obtenção da curva de compactação do solo. ramo seco ramo úmido 9 ENSAIO DE COMPACTAÇÃO Para baixos teores de umidade, as forças capilares são elevadas o que gera baixos valores de peso específico aparente seco. Com o aumento do teor de umidade, as forças capilares diminuem e isto causa o aumento do valor do peso específico aparente seco. No entanto, quando há água em excesso, esta absorve considerável parcela da energia aplicada e ocorre não ocorre a compactação adequada; A norma que descreve o ensaio de compactação é a NBR 7182 (ABNT, 2016). 10 11 ENSAIO DE COMPACTAÇÃO O ensaio consiste em compactar uma porção de solo em um cilindro padrão de 1000 cm³, com um soquete de 2,5 kg, o qual é solto em queda livre de uma altura de 30,5 cm; Para a energia padrão conhecida como Proctor Normal, o solo pode ser colocado no cilindro pequeno em 3 camadas, sendo que sobre cada uma destas aplica-se 26 golpes com o soquete pequeno. As outras energias padronizadas são: Proctor Intermediário (5 camadas, 26 golpes por camada) e Proctor Modificado (5 camadas, 55 golpes por camada), ambas utilizando- se o cilindro grande. 12 13 14 ENSAIO DE COMPACTAÇÃO Para a determinação da curva de compactação do solo deve-se moldar 5 corpos de prova utilizando-se energia especificada e variando-se a quantidade de água incorporada ao solo; 𝛾 Os corpos de prova são “pesados” e deve-se determinar, ainda, o teor de umidade de cada um deles. Com estes dados calcula-se: 𝛾𝑑 = 1+𝑤 ; 15 Segundo a norma NBR 7182 (ABNT, 2016), o ensaio pode ser feito com ou sem reuso do solo. Sem reuso exige-se maior quantidade de material, mas obtém-se resultados mais confiáveis. Por quê? Entendendo a Umidade Ótima 16 17 Curva de Saturação ENSAIO DE COMPACTAÇÃO A curva de saturação corresponde ao lugar geométrico dos valores de teor de umidade e peso específico aparente seco para o solo no estado saturado (S = 100%); Podem ser determinadas curvas para diversos graus de saturação, sendo importante ressaltar que a curva de compactação se localiza à esquerda da curva de saturação para S = 100%, ainda que diferentes energias de compactação sejam empregadas. 18 𝐸 𝐶 = 𝑃 ∙ ℎ ∙ 𝑁 ∙ 𝑒 𝑉 Ec é a energia de compactação; P é o peso do soquete; 19 h é a altura de queda do soquete; N é o número de golpes por camada; n é o número de camadas; V é o volume do solo compactado. Estrutura de Solos Compactados apresentam Os solos compactados estruturas diferentes que variam com a quantidade de água presente nos seus poros. 20 Influência do Tipo de Solo 21 22 Resistência dos Solos Compactados A resistência dos solos compactados é analisada por meio da determinação do CBR ou ICS (Índice de Suporte Califórnia). Após a compactação dos corpos de prova, os mesmos são imersos em água durante, no mínimo, 4 dias, para a medição da expansão dos corpos de prova; Para a determinação da resistência, leva-se o corpo de prova à prensa, onde mede-se a penetração de um pistão padrão no solo compactado, conforme NBR 9895 (ABNT, 2016); Por fim, relaciona-se a tensão aplicada, obtida a partir da força aplicada, medida pelo anel dinamométrico, e a área do corpo de prova, com a penetração do pistão, medida pelo deflectômetro.
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