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resumo microeconomia

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RESUMÃORESUMÃOCURSO ON-LINECURSO ON-LINE – – NOÇÕES DE MICROECONOMIANOÇÕES DE MICROECONOMIA
AGENTE E ESCRIVÃOAGENTE E ESCRIVÃO  – – POLÍCIA FEDERALPOLÍCIA FEDERAL
PROFESSOR HEBER CARVALHOPROFESSOR HEBER CARVALHO
Prof. Heber CarvalhoProf. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.brwww.pontodosconcursos.com.br 1 de 291 de 29
Se bem é NORMALSe bem é NORMAL
Se bem é INFERIOR Se bem é INFERIOR 
RendaRenda↑↑, Demanda, Demanda↑↑
RendaRenda↓↓, Demanda, Demanda↓↓
RendaRenda↑↑, Demanda, Demanda↓↓
RendaRenda↓↓, Demanda, Demanda↑↑
1. RENDA do consumidor1. RENDA do consumidor
Bens substitutosBens substitutos
Bens complementaresBens complementares
PPYY↑↑, Demanda do bem X, Demanda do bem X↑↑
2. Preço de outro bem (P2. Preço de outro bem (PYY))
PPYY↓↓, Demanda do bem X, Demanda do bem X↓↓
PPYY↑↑, Demanda do bem X, Demanda do bem X↓↓
PPYY↓↓, Demanda do bem X, Demanda do bem X↑↑
RESUMÃORESUMÃO
Olá caros(as) amigos(as),Olá caros(as) amigos(as),
Para facilitar a revisão da disciplina, disponibilizo esta aula extra,Para facilitar a revisão da disciplina, disponibilizo esta aula extra,
contendo o resumão do curso. É apenas mais uma ferramenta paracontendo o resumão do curso. É apenas mais uma ferramenta para
auxiliá-los, que não substitui, em hipótese alguma, o estudo das aulas.auxiliá-los, que não substitui, em hipótese alguma, o estudo das aulas.
Assim, caso haja alguma dúvida sobre algum tópico do resumão, poste aAssim, caso haja alguma dúvida sobre algum tópico do resumão, poste a
dúvida no fórum da respectiva aula em que o assunto foi ministrado, ok?!dúvida no fórum da respectiva aula em que o assunto foi ministrado, ok?!
Antes, uma ERRATA da aula 06:Antes, uma ERRATA da aula 06:
 O gabarito da questão 15, aula 06, é ERRADO, conforme seO gabarito da questão 15, aula 06, é ERRADO, conforme se
depreende dos próprios comentários da questão.depreende dos próprios comentários da questão.
Então, vamos a ele: o resumão!Então, vamos a ele: o resumão!
DEMANDA OFERTADEMANDA OFERTA
Quem? Quem? Os Os consumidores consumidores demandam demandam Os Os produtores produtores ofertamofertam
Curva Curva Negativamente Negativamente inclinada inclinada Positivamente Positivamente inclinadainclinada
LEILEI Quanto maior o preço, menorQuanto maior o preço, menora quantidade demandada.a quantidade demandada.
Quanto maior o preço, maior aQuanto maior o preço, maior a
quantidade ofertada.quantidade ofertada.
Exceção à lei da demanda:Exceção à lei da demanda: bens de Giffenbens de Giffen (preço aumenta(preço aumenta  demandademanda
aumenta; preço diminuiaumenta; preço diminui  demanda diminui).demanda diminui).
Fator que provoca alterações na demanda E na oferta: PREÇOFator que provoca alterações na demanda E na oferta: PREÇO
 Alterações de preços provocam deslocamentosAlterações de preços provocam deslocamentos ao longoao longo das curvasdas curvas
de demanda e oferta.de demanda e oferta.
Fatores que provocam alterações na DEMANDA:Fatores que provocam alterações na DEMANDA:
 Nos casos abaixo, as alterações provocam deslocamentoNos casos abaixo, as alterações provocam deslocamento de toda ade toda a
curvacurva de demanda. Se a demanda aumenta, a curva é deslocadade demanda. Se a demanda aumenta, a curva é deslocada
para a direita. Se a demanda diminui, a curva é deslocada para apara a direita. Se a demanda diminui, a curva é deslocada para a
esquerda.esquerda.
RESUMÃORESUMÃOCURSO ON-LINECURSO ON-LINE – – NOÇÕES DE MICROECONOMIANOÇÕES DE MICROECONOMIA
AGENTE E ESCRIVÃOAGENTE E ESCRIVÃO  – – POLÍCIA FEDERALPOLÍCIA FEDERAL
PROFESSOR HEBER CARVALHOPROFESSOR HEBER CARVALHO
Prof. Heber CarvalhoProf. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.brwww.pontodosconcursos.com.br 2 de 292 de 29
CustosCustos↓↓, Oferta, Oferta↑↑
1. CUSTOS de produção1. CUSTOS de produção
CustosCustos↑↑, Oferta, Oferta↓↓
TecnologiaTecnologia↓↓, Oferta, Oferta↓↓
2. TECNOLOGIA2. TECNOLOGIA
TecnologiaTecnologia↑↑, Oferta, Oferta↑↑
3. Outros fatores:3. Outros fatores: expectativas, tamanho do mercado consumidor,expectativas, tamanho do mercado consumidor,
aspectos demográficos e climáticos, hábitos e gostos dos consumidores,aspectos demográficos e climáticos, hábitos e gostos dos consumidores,
etc.etc.
Fatores que provocam alterações na OFERTA:Fatores que provocam alterações na OFERTA:
 Nos casos abaixo, as alterações provocam deslocamentoNos casos abaixo, as alterações provocam deslocamento de toda ade toda a
curvacurva de oferta. Se a oferta aumenta, a curva é deslocada para ade oferta. Se a oferta aumenta, a curva é deslocada para a
direita. Se a oferta diminui, a curva é deslocada para a esquerda.direita. Se a oferta diminui, a curva é deslocada para a esquerda.
3. Preços de outros bens3. Preços de outros bens: se os preços de outros bens (que usam: se os preços de outros bens (que usam
o mesmo método de produção) subirem enquanto o preço do bem Xo mesmo método de produção) subirem enquanto o preço do bem X
não se altera, obviamente, os produtores procurarão ofertar aquelenão se altera, obviamente, os produtores procurarão ofertar aquele
bem que possui o maior preço e lhe trará maiores lucros.bem que possui o maior preço e lhe trará maiores lucros.
4. Outros fatores4. Outros fatores: expectativas, tamanho do mercado produtor,: expectativas, tamanho do mercado produtor,
aspectos climáticos, etc.aspectos climáticos, etc.
EQUILÍBRIO ENTRE DEMANDA E OFERTAEQUILÍBRIO ENTRE DEMANDA E OFERTA ocorre quando as curvasocorre quando as curvas
de demanda e oferta se encontram. Neste ponto, a determinado preço dede demanda e oferta se encontram. Neste ponto, a determinado preço de
equilíbrio, as quantidades ofertadas equilíbrio, as quantidades ofertadas igualam as quantidades demandadas.igualam as quantidades demandadas.
FAZENDO ALTERAÇÕES NA DEMANDA E/OU OFERTA:FAZENDO ALTERAÇÕES NA DEMANDA E/OU OFERTA:
Ao se deparar com um problema em que você tenha que descobrir,Ao se deparar com um problema em que você tenha que descobrir,
a partir de um acontecimento, os efeitos sobre o preço ea partir de um acontecimento, os efeitos sobre o preço e
quantidade de equilíbrio de determinado bem, siga os passosquantidade de equilíbrio de determinado bem, siga os passos
abaixoabaixo::
11 –– primeiro, verifique se este acontecimento é uma simples alteração deprimeiro, verifique se este acontecimento é uma simples alteração de
  preço. Se for, haverá deslocamento ao longo da curvas, provocando  preço. Se for, haverá deslocamento ao longo da curvas, provocando
escassez se o preço for abaixo do equilíbrio, ou excesso se o preço for escassez se o preço for abaixo do equilíbrio, ou excesso se o preço for 
acima do equilíbrio.acima do equilíbrio.
22 –– depois, verifique se o acontecimento afeta a demanda ou a oferta.depois, verifique se o acontecimento afeta a demanda ou a oferta.
Mudanças na renda do consumidor e nos preços de bens que tenham oMudanças na renda do consumidor e nos preços de bens que tenham o
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AGENTE E ESCRIVÃO  – POLÍCIA FEDERAL
PROFESSOR HEBER CARVALHO
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DEMANDA ELÁSTICA
DEMANDA INELÁSTICA,
ELASTICIDADE UNITÁRIA,
consumo relacionado provocam deslocamentos da curva de demanda.
Mudanças nos custos de produção (salários, tributos, taxa de juros,
 preços de matérias-primas), tecnologia e nos preços de bens que tenham
a produção relacionada provocam deslocamentos da curva de oferta.
3 – verifique para onde vai determinada curva, se para a direita ou
esquerda. Aumentos, sejam na demanda ou oferta, irão deslocar as
curvas para a direita, no sentido de aumento de quantidades
transacionadas, que estão representados no eixo horizontal, das
abscissas. Reduções, sejam na demanda ou oferta, irão deslocar as
curvas para a esquerda.
4 – após deslocar as curvas, verifique, por si só, as conseqüências sobreo novo preço e quantidade transacionada do bem .
ELASTICIDADES
ELASTICIDADE PREÇO DA DEMANDA (E PD )
A elasticidade preço da demanda (EPD) indica a variação percentual
da quantidade demandada de um produto em função da variação
percentual de 1% nos preços. De modo menos técnico, é a variação
percentual da demanda de um bem em função da variação
percentual dos preços. Assim, temos:
EPD = %% =




= ∆ .

∆ =

 .
∆
∆
EPD = %% > 1
EPD = %% < 1
EPD = %% = 1
Seguem as razões pelas quais as elasticidades preço demanda
variam de um bem para outro:
 Quanto mais essencial o bem, mais inelástica (ou menos
elástico) será a sua demanda.
 Quanto mais bens substitutos houver, mais elástica será a sua
demanda.
 Quanto menor o peso do bem no orçamento, mais inelástico será
a demanda do bem.
 No longo prazo, a elasticidade preço da demanda tende a ser 
mais elevada que no curto prazo.
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Quantidade 
de produtos 
Preço 
P1
Figura 01
Q1 Q1
 ΔP=P 2 -P 1 
CURVAS DE DEMANDA ELÁSTICA E INELÁSTICA
a) DEMANDA ELÁSTICA b) DEMANDA INELÁSTICA
Q2Q2
P2
 ΔQ=Q2-Q 1 
 ΔQ=Q2-Q 1 
P/2
Q/2 B
Preços 
Quantidades 
A
Figura 02
E PD  = 1 C
E PD > 1   Demanda elástica 
E PD < 1   Demanda inelástica 
E PD = 
E PD = 0 
 A elasticidade preço e o gráfico da demanda
 A elasticidade preço e a demanda linear 
Apesar do que falamos no item precedente sobre curvas planas e
verticais representando alta e baixa elasticidade, respectivamente, isto
não é correto do ponto de vista técnico, matemático. Nós usamos este
artifício apenas para fins didáticos. A curva de demanda linear apresenta
elasticidades em toda a sua extensão, sendo elástica em certas extensões
e inelástica em outras, conforme disposto na figura 02:
Casos especiais da elasticidade preço da demanda
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Qtde 
Preço 
D
Figura 03
Q*
CASOS ESPECIAIS DA ELASTICIDADE PREÇO DA DEMANDA
a) DEMANDA
INFINITAMENTE ELÁSTICA b) DEMANDACOMPLETAMENTE INELÁSTICA
P*
D
Relação entre E PD e a Receita Total (RT) das firmas
A Receita Total das firmas corresponde às quantidades vendidas
multiplicadas pelos seus respectivos preços. Logo, RT = P x Q. Segue
abaixo as relações entre a RT e a EPD:
 Demanda elástica: se a demanda do bem é elástica (sensível à
variação dos preços), um aumento do preço reduzirá a receita
total das firmas.
 Demanda inelástica: se a demanda do bem é inelástica (pouco
sensível à variação dos preços), um aumento do preço
aumentará a receita total das firmas.
 Demanda com elasticidade unitária: se a elasticidade é unitária,
a variação percentual do preço é igual à variação percentual das
quantidades demandadas, de tal maneira que não há alteração
na receita total quando variamos os preços.
ELASTICIDADE RENDA DA DEMANDA (E RD )
A elasticidade renda da demanda mede a sensibilidade da demanda
a mudanças de renda. Ela indica a variação percentual da quantidade
demandada de um bem em função da variação percentual de 1% na
renda. De modo menos técnico e mais prático, é a variação percentual da
demanda de um bem em função da variação percentual dos preços.
Assim, temos:
ERD = %% =




= ∆ .

∆ =

 .
∆
∆
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OFERTA INELÁSTICA,
ELASTICIDADE UNITÁRIA,
OFERTA ELÁSTICA,
Valor de ERD Situação
ERD > 1  Bem de luxo (tipo de bem normal) Elasticidade renda da demanda elástica
0 < ERD < 1  Bem normal  Elasticidade renda da demanda inelástica
ERD = 1  Bem normal  Elasticidade renda da demanda unitária
ERD > 0  Bem normal  Elasticidade renda da demanda positiva
ERD < 0  Bem inferior  Elasticidade renda da demanda negativa
ERD = 0  Bem de consumo saciado Elasticidade renda da demanda nula
ELASTICIDADE-PREÇO CRUZADA DA DEMANDA (E  XY  )
A elasticidade-preço cruzada da demanda mede o efeito que a
mudança no preço de um produto provoca na quantidade demandada de
outro produto, coeteris paribus. Se tivermos dois bens, X e Y, a
elasticidade-preço cruzada da demanda será:
Exy = %%
Valor de EXY Relação entre X e Y
EXY > 0  Bens substitutos
EXY < 0  Bens complementares
EXY = 0  Bens independentes
ELASTICIDADE PREÇO DA OFERTA (E PO )
A elasticidade preço da oferta mede a sensibilidade da quantidade
ofertada em resposta a mudanças de preço. Assim:
EPO = %% > 1
EPO = %% < 1
EPO = %% = 1
Casos especiais da elasticidade preço da oferta
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Qtde 
Preço 
D
Figura 04
Q*
CASOS ESPECIAIS DA ELASTICIDADE PREÇO DA OFERTA
a) OFERTA
INFINITAMENTE ELÁSTICA b) OFERTACOMPLETAMENTE INELÁSTICA
P*
D
TEORIA DA PRODUÇÃO
A Função de Produção
A produção da firma é função da mão-de-obra e do capital
existentes. Algebricamente:
Q = (L, K) ou
Y = (L, K)
Função de produção Cobb-Douglas:
Q = A . K α . L β
Q é a produção. A é o parâmetro que mede a tecnologia,
considerada por nós como sendo constante. K é o capital. L é a mão-de-
obra. α e β indicam a participação na produção entre o capital e a mão-
de-obra.
Conclusões sobre a função de produção Cobb-Douglas:
Se (α + β) = 1, temos rendimentos constante de escala. Isto
significa que se aumentarmos K e L em determinada proporção, Q
aumentará nesta mesma proporção.
Se (α + β) > 1, temos rendimentos crescentes de escala (ou
economias de escala). Neste caso, aumentos de K e L em determinada
proporção provocam aumentos de Q numa proporção maior.
Se (α + β) < 1, temos rendimentos decrescentes de escala (ou
deseconomias de escala). Aqui, aumentos de K e L em determinada
proporção provocam aumentos de Q numa proporção menor.
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PRODUÇÃO NO CURTO PRAZO (apenas um insumo variável)
 Produto marginal da mão-de-obra (PmgL): é o volume de
  produção adicional gerado (ΔQ) ao se acrescentar 1 trabalhador 
(quando ΔL=1). Algebricamente, este conceito é representado
assim: PmgL = ΔQ/ΔL
 Produto médio da mão-de-obra (PmeL): o PmeL é a produção
 por trabalhador . Basta dividir a produção total pela quantidade de
trabalhadores. Algebricamente, temos: PmeL = Q/L
 Produto marginal do capital (PmgK): é o acréscimo na produção
(ΔQ) ocasionado pelo acréscimo de uma unidade de capital (quando
ΔK=1). Algebricamente: PmgK = ΔQ/ΔK 
Lei dos rendimentos marginais decrescentes: à medida que
aumentamos o uso de determinado fator de produção (capital ou
trabalho), mantendo-se os outros insumos constantes, chegamos a um
 ponto em que a produção adicional resultante começa a decrescer.
Relações válidas sobre o PmgL, PmeL e/ou Q (produção):
a) A produção total cresce enquanto o PmgL é positivo.
b) A produção total decresce enquanto o PmgL é negativo.
c) Quanto o PmgL=0, a produção total é máxima.
d) O PmgL atinge o seu máximo para o mesmo número de
trabalhadores em que a produção total muda a direção da
concavidade da curva.
e) Enquanto o PmgL for maior que PmeL, este último é crescente.
f) Quando PmgL e PmeL forem iguais, PmeL é máximo.
g) Enquanto o PmgL for menor que PmeL, este último édecrescente.
PRODUÇÃO NO LONGO PRAZO (dois insumos variáveis)
  Isoquantas: são curvas convexas, ao longo das quais o nível de
produção, para diferentes quantidades de capital e trabalho, é igual. A
inclinação destas isoquantas, que é decrescente, é determinada pela taxa
marginal de substituição técnica entre capital e mão-de-obra.
Algebricamente, a TMgST pode ser definida como:
TMgST K,L = ΔK  com a produção (Q) constante
 ΔL
 Isoquantas mais altas indicam maior produção.
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Ao invés de multiplicarmos,
invertemos a fração e a operação 
(multiplicação por divisão).
PmgL 
PmgK 
Inclinação da LINHA DE ISOCUSTOS 
Inclinação da ISOQUANTA
Linhas de isocustos: a linha de isocustos é uma reta sobre a qual os
custos da firma são constantes para diversas combinações de capital e
mão-de-obra. Quanto mais alta a linha de isocustos, mais altos serão os
custos totais da firma. Quanto mais baixa, menores serão os custos
totais. Segue abaixo a equação que representa a linha de isocustos:
CT = W.L + C.K 
CT é o custo total. L é quantidade de trabalhadores. W é o salário
(preço/custo da mão-de-obra). C é o custo da unidade de capital. K é a
quantidade de capital.
A inclinação da linha de isocustos é dada por W/C (é a razão
entre os preços da mão-de-obra e capital).
Ótimo da firma: acontece quando a linha de isocustos toca (tangencia) a
isoquanta mais alta possível. Ou seja, quando as inclinações desta linha
de isocustos e da isoquanta forem iguais. Algebricamente:
TMgST K,L = ΔK = W  ótimo da firma
 ΔL C 
Mas veja que podemos manipular o ΔK/ΔL, de forma que, ainda
assim, manteremos a igualdade:
 ΔK = ΔK  / ΔQ =  ΔK . ΔQ = ΔQ . ΔK = ΔQ / ΔQ
 ΔL  ΔL/ ΔQ   ΔQ ΔL ΔL ΔQ ΔL ΔK 
Concluímos então que TMgST (ΔK/ΔL) é a razão entre as
produtividades marginais da mão-de-obra e do capital. Isto porque
ΔQ/ΔL é o produto marginal da mão-de-obra (PmgL) e ΔQ/ΔK é o produto
marginal do capital (PmgK).
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Custo marginal da mão-de-obra ou 
simplesmente: preço da mão-de- 
obra 
Custo marginal do capital ou 
simplesmente: preço do capital 
Podemos reescrever assim a condição de equilíbrio (ótimo), dada
uma produção Q1 e os preços do capital e mão-de-obra C e W:
PmgL = W 
PmgK  C 
Assim, temos que, dada uma produção Q1 e os preços da mão-de-
obra (W) e do capital (C), a firma minimizará o custo de produção
quando ela utilizar capital e mão-de-obra até o ponto em que seus
custos marginais relativos sejam apenas iguais às suas
produtividades marginais. Ou ainda, de modo mais simples,
podemos dizer que a firma atinge o equilíbrio quando a razão
entre as produtividades marginais de mão-de-obra e capital seja
igual à razão de seus preços.
TEORIA DO CONSUMIDOR 
Utilidade e Utilidade Marginal
Utilidade (U) é a satisfação, prazer ou benefício do consumidor.
Utilidade marginal (Umg): é o acréscimo de utilidade (U) em virtude
do acréscimo de uma unidade de consumo (C) de um bem qualquer. De
forma matemática: Umg=ΔU/ΔC 
Lei da utilidade marginal decrescente: à medida que
aumentamos o consumo de determinada mercadoria, a utilidade marginal
dessa mercadoria diminui.
 Quanto mais se consume de um bem, maior a utilidade (total);
 Quanto mais se consume de um bem, menor a utilidade marginal.
A utilidade (U) é máxima quando a utilidade marginal (Umg)
é igual a ZERO.
PREFERÊNCIAS
Premissas das preferências:
1. Integralidade ou exaustividade: as preferências são
completas. Isso quer dizer que os consumidores podem
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Renda 
Preço do bem X 
Quantidade de X 
Preço do bem Y 
Quantidade de Y 
comparar e ordenar todas as cestas de mercado. Assim, para
quaisquer cestas que existam, o consumidor é capaz de ordená-
las em uma ordem de preferência e dizer se ele prefere uma ou
outra ou, ainda, se ele é indiferente a qualquer uma delas em
relação à outra.
2. Transitividade: as preferências são transitivas. Transitividade
quer dizer que, se um consumidor prefere a cesta de mercado A
à cesta B e prefere B a C, então ele também prefere A a C. Por
exemplo, se ele prefere picanha a alcatra e prefere alcatra a
coxão duro, também prefere picanha a coxão duro.
3. Quanto mais melhor: a maior quantidade de um bem é sempre
preferível à menor quantidade do mesmo. Este princípio também
é chamado de princípio da não saciedade.
Conceito de curva de indiferença: uma curva que liga as
várias combinações de consumo de dois bens quaisquer que
proporcionam igual utilidade ou satisfação.
PROPRIEDADES DAS CURVAS DE INDIFERENÇA
1. Curvas mais altas são preferíveis.
2. Curvas de indiferença não se cruzam.
3. Curvas de indiferença são inclinadas negativamente.
4. As curvas de indiferença são convexas.
5. A TMgS significa a inclinação da curva de indiferença e é
decrescente.
6. Cada consumidor possui as suas preferências.
Restrição Orçamentária (ou “linha do orçamento”): é a linha que
reflete as combinações possíveis de consumo de dois bens
quaisquer para determinada renda de um consumidor. Segue o
formato da equação da reta de restrição orçamentária:
R = P  X .X + P Y .Y 
A inclinação da linha de orçamento é dada por PX/PY (razão
entre os preços do bem X e do bem Y). Logo, caso o preço de algum
bem da cesta mude, haverá mudança na inclinação da linha de
orçamento. Se houver mudança da renda do consumidor, toda a linha de
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Preço do bem X 
Preço do bem Y 
Inclinação da LINHA DE ORÇAMENTO 
Inclinação da CURVA DE INDIFERENÇA
Coca-cola 
Pepsi 
Figura 05
Sapato direito 
1 
1 
2 
2 
3 
3 
Sapato 
esquerdo 
orçamento será deslocada (para fora, se houver aumento de renda; ou
para dentro, se houver redução de renda).
Ótimo (Equilíbrio) do Consumidor: Ocorre quando, dada uma reta
de restrição orçamentária, o consumidor encontra a curva de indiferença
mais alta possível.
TMgS = ΔY = P  X  equilíbrio do trabalhador 
 Δ X P Y 
Manipulando algebricamente o ΔY/ΔX, chegamos à conclusão que
ele é igual a UmgX/UmgY. Assim, o ótimo do consumidor é quando:
UmgX = P  X 
UmgY  P Y 
CASOS ESPECIAIS: substitutos e complementos perfeitos
Dois bens são substitutos perfeitos quando a taxa marginal
de substituição de um bem pelo outro é constante. Nesse caso, as
curvas de indiferença que descrevem a permuta entre o consumo
das mercadorias se apresentam como linhas retas (a inclinação de
retas é uma constante – ou seja, um número que não muda. Assim, a
TmgS também será constante, já que a inclinação da curva de indiferença
é dada pela TmgS).
O gráfico da direita, na figura 05, ilustra as preferências de um
consumidor por sapatos esquerdos e direitos. Para este consumidor, os
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dois bens são complementos perfeitos (ou complementares), uma vez que
um sapato esquerdo não aumentará seu grau de satisfação ou utilidade, a
menos que ele possa obter também o sapato direito como
correspondente.
QUESTÕES ECONÔMICAS FUNDAMENTAIS
a) O que e quanto produzir?  eficiência alocativa.
b) Como produzir?  eficiência produtiva
c) Para quem produzir?  eficiência distributivaCusto de oportunidade: t udo que deixamos ou abrimos mão de fazer ao
realizar uma escolha é chamado de custo de oportunidade.
EFICIÊNCIA ECONÔMICA
Eficiência nas trocas
 Em uma distribuição eficiente, ninguém consegue melhorar seu
bem-estar/utilidade sem reduzir o bem-estar de outra pessoa. Esta
situação é denominada de eficiência de Pareto ou Pareto
eficiente.
 A melhoria de Pareto é uma troca, em alocação ineficiente, que
objetiva atingir a eficiência de Pareto.
 Sempre que as TMgSs de dois consumidores forem diferentes, há
possibilidade de trocas mutuamente benéficas, pois elas mostram
que a distribuição dos recursos não é eficiente – logo, é possível
alterar a distribuição inicial de mercadorias e fazer com que os dois
consumidores melhorem seu bem-estar. Assim, a eficiência nas
trocas ou, em outras palavras, uma distribuição de mercadorias é
eficiente apenas quando elas são alocadas de tal forma que a taxa
marginal de substituição entre qualquer par de mercadorias seja a
mesma para todos os consumidores. Assim, a igualdade nas
TMgSs é condição obrigatória para a ocorrência do ótimo de
Pareto.
 A curva de contrato apresenta todas as alocações a partir das
quais não há mais troca que seja mutuamente vantajosa, ou seja,
todas as alocações economicamente eficientes.
  A eficiência econômica e os mercados competitivos: o
primeiro teorema econômico do bem-estar afirma que a alocação de
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bens ou insumos que resulta de um equilíbrio geral competitivo é
eficiente em termos econômicos. Assim, temos que um mercado
concorrencial (concorrência perfeita) ou competitivo, quando está
em equilíbrio, implica alocações de recursos eficientes
economicamente.
 Equidade e eficiência: eficiência não quer dizer equidade e vice-
versa.
 Fronteira de Possibilidades de Utilidades (FPU): curva sobre a
qual existem apenas alocações eficientes para dois consumidores.
Ou seja, há somente aquelas alocações que estão também sobre a
curva de contrato.
  Segundo teorema econômico do bem-estar: Qualquer alocação
de bens e insumos eficiente em termos econômicos pode ser
atingida com um equilíbrio geral competitivo por meio de uma
realocação dos recursos da economia. Ou: Se as preferências são
convexas, então cada alocação eficiente (cada ponto na curva de
contrato) é um equilíbrio competitivo para alguma alocação inicial
de recursos.
Eficiência na Produção
  Uma determinada alocação de insumos para o processo produtivo é
considerada eficiente se a produção de uma mercadoria não puder
ser aumentada sem que ocorra uma diminuição na quantidade
produzida da outra mercadoria.
  Uma alocação eficiente na produção ocorrerá quando as inclinações
de cada par de isoquantas forem iguais. Ou seja, quando as taxas
marginais de substituição técnica (TMgST) entre trabalho e capital
forem iguais.
  Na eficiência nas trocas, a linha que continha as alocações eficientes
era chamada de curva de contrato. Na eficiência na produção, a
linha que contém as alocações eficientes, onde as TMgSTs são
iguais para cada par de isoquantas, é chamada de curva de
contrato de produção.
  Se os mercados dos insumos são competitivos, um ponto de
produção eficiente será alcançado. Assim, percebe-se que qualquer
equilíbrio de um mercado competitivo de insumos deverá estar na
curva de contrato da produção, sendo eficiente na produção das
mercadorias consideradas.
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  Fronteira de Possibilidades de Produção (FPP): curva sobre a
qual estão todas as alocações eficientes de insumos na produção de
duas mercadorias.
  Taxa marginal de transformação (TMgT) é a taxa com que se
abre a mão de produzir um bem para produzir outro bem. A TMgT á
a própria inclinação da FPP.
  FPP é côncava, porque a TMgT é crescente à medida que
elevamos a produção de determinado bem na FPP. Outra
decorrência da concavidade da FPP é a existência de custos de
oportunidades crescentes.
  A concavidade da FPP é a regra geral. Isto acontece porque os
insumos da produção não são perfeitamente substituíveis na
produção das diferentes mercadorias. O custo de oportunidade é
crescente ou o rendimento é decrescente porque, quando
deslocamos capital e trabalho da produção de um bem para a
produção de outro bem, estes recursos deslocados, que eram
adequados e eficientes na produção de um bem, apresentam-se
ineficientes e inadequados para produzir outro bem.
  Pode haver casos em que os insumos da produção são
perfeitamente substituíveis na produção de duas mercadorias.
Neste caso, a TMgT, os rendimentos e os custos de oportunidades
serão constantes ao longo da FPP, que será uma reta em vez de
uma curva.
  Deslocamento da FPP: mudança nos investimentos, melhorias
tecnológicas, melhorias institucionais.
Eficiência na Substituição
  Uma economia estará produzindo eficientemente apenas se, para
cada consumidor, a TMgS for igual à TMgT.
CONCEITO E PRINCÍPIOS DE TRIBUTAÇÃO
Objetivos de um sistema tributário:
 Obtenção de receitas para financiar os gastos públicos;
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Princípio da capacidade ou
habilidade de pagamento
 Os tributos seriam escolhidos de forma a minimizar sua
interferência no sistema de mercado, a fim de não torná-lo (mais)
ineficiente.
 Cada indivíduo deveria ser taxado de acordo com sua habilidade
para pagar;
 Os tributos deveriam ser universais, impostos sem distinção para
indivíduos em situações similares;
Princípios teóricos da tributação:
 Princípio da neutralidade
 Princípio da equidade
  Princípio da Neutralidade: a tributação não deve interferir ou
distorcer os preços relativos (preço de um produto em relação aos
outros) dos bens e serviços. Ou seja, os impactos causados não
devem alterar, ou intervir minimamente na alocação de recursos na
economia.
  Princípio Da Equidade: tem por objetivo a garantia de uma
distribuição eqüitativa do ônus tributário pelos indivíduos (“justiça
fiscal”). Este princípio pode ser dividido em dois outros
(sub)princípios:
 Princípio da capacidade contributiva: a repartição
tributária deveria ser baseada na capacidade individual de
contribuição.
 Princípio do benefício: o ônus tributário deveria ser
repartido entre os indivíduos de acordo com o benefício que
cada um recebe em relação aos bens e serviços prestados
pelo governo.
  Princípio do benefício: este princípio afirma que as pessoas
devem pagar impostos com base nos benefícios que obtêm dos
serviços do governo. Quanto maior o benefício, maior seria a
contribuição e vice-versa.
  Equidade horizontal  significa que os indivíduos com iguais
capacidades devem pagar o mesmo montante de tributos (exemplo:
tributos proporcionais).
Princípio do benefício
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  Equidade vertical significa que indivíduos com diferentes habilidades
devem pagar tributos em montantes diferenciados (exemplo:
tributos progressivos).
  Impostos Diretos e Indiretos: a diferença básica entre esses tributos
está na incidência. Enquanto os tributos diretos incidem sobre a renda e
riqueza (patrimônio) das pessoas (exemplos: IR, IPTU e IPVA), os tributos
indiretos são aqueles que incidem sobre os bens e serviços adquiridos
pela sociedade (exemplos: ISS, ICMS e IPI).
  Impostos específicos e ad valorem:dentro dos impostos indiretos,
nós podemos ainda ter os impostos específicos e os ad valorem. Imposto
específico ou ad rem é aquele cobrado com base em um valor único,
dependente da quantidade transacionada da mercadoria. Imposto ad 
valorem é aquele cobrado com base em uma alíquota que incide sobre o
valor da transação.
 Impostos ad valorem por fora e por dentro: Podemos ter dois tipos
de impostos ad valorem: os cobrados por fora ou por dentro. Os cobrados
 por fora incidem sobre o valor da mercadoria, de modo que o imposto é
uma porcentagem sobre o preço de venda, onde ainda não está incluso o
imposto. O imposto ad valorem cobrado  por dentro incide sobre o preço
de venda, de modo que o valor do imposto é uma porcentagem sobre o
preço de venda, onde já está incluso o imposto. O imposto ad valorem
cobrado por dentro é mais oneroso.
 Impostos Proporcionais, Progressivos e Regressivos
  Impostos proporcionais: aplica-se a mesma alíquota de imposto para
os diferentes níveis de renda. Este tipo de tributo coaduna-se com a
equidade horizontal , em que indivíduos com capacidades iguais de pagar,
pagam o mesmo montante percentual de suas rendas.
  Impostos progressivos: aplicam-se maiores percentuais de impostos
para as classes de renda mais alta. Este tipo de tributo coaduna-se com a
equidade vertical , em que indivíduos com capacidades desiguais para
pagar, pagam montantes percentuais desiguais de suas rendas.
  Impostos regressivos: quanto menor o nível de renda, maior é o
percentual de imposto a ser pago pelo indivíduo. É o caso dos impostos
sobre o consumo no Brasil, onde o indivíduo mais pobre é mais apenado
pelo ônus fiscal.
 Impostos Cumulativos e Não Cumulativos
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 Impostos cumulativos: são aqueles que incidem sobre todas as etapas
da produção. Também são chamados de impostos em cascata,
 justamente por incidirem sobre todas as etapas produtivas.
  Impostos não cumulativos: são aqueles que incidem apenas sobre o
valor adicionado em cada etapa de produção, também denominados IVA
(Imposto sobre Valor Agregado).
Diferenças IVA x Cumulativos: no imposto cumulativo, há incentivo à
integração vertical. A fiscalização tributária é mais transparente no caso
do IVA, devido ao trilho de auditoria. O IVA é considerado mais neutro.
  A Curva de Laffer: quando o nível dos impostos passa de um certo
limite, a arrecadação do governo começa a cair em vez de aumentar.
REPARTIÇÃO DO ÔNUS TRIBUTÁRIO: Quando um bem é tributado, os
seus compradores e vendedores compartilham o ônus dos impostos. A
regra de bolso diz que quem reage mais, paga menos. Em outras
palavras, quem é mais elástico, paga menos.
OS EXCEDENTES DO CONSUMIDOR E PRODUTOR
Excedente do consumidor: é o benefício total que os consumidores
recebem além daquilo que pagam pela mercadoria. Em outras palavras: é
o que ele estaria disposto a pagar menos o que realmente pagou. Assim,
funciona como uma medição do bem-estar dos consumidores.
Excedente do produtor : é o benefício total que os produtores recebem
além do preço que estariam dispostos a produzir. É o que eles recebem
pela mercadoria menos o preço que faria com que eles produzissem os
mesmos produtos. É uma medição do bem-estar dos produtores.
Os excedentes e a eficiência econômica: quando os excedentes estão
maximizados, o mercado é eficiente economicamente (ótimo de Pareto).
Em um equilíbrio de mercado competitivo, isso ocorre.
O Peso Morto dos Impostos: as perdas suportadas pelos compradores
e vendedores, a partir da implementação do imposto, superam a receita
obtida pelo governo e o quantum dessa diferença é o montante do peso
morto. Assim, a imposição de um imposto conduz o mercado à
ineficiência econômica (os excedentes não estão maximizados), além de
reduzir a quantidade transacionada do produto.
Determinantes do peso morto: quanto maiores forem as elasticidades
da demanda/oferta, maior será o peso morto de um imposto.
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Subsídios: é uma espécie de imposto ao contrário. O objetivo é, por
meio do uso de receitas do governo, aumentar os excedentes do
consumidor e produtor. No entanto, parte dessas receitas acabam sendo
 “desperdiçadas” pois os excedentes do consumidor e produtor aumentam
em montante menor que o valor despendido pelo governo, gerando, desta
forma, peso morto. Igual ao que acontece nos impostos, temos que
quanto mais elásticas a demanda/oferta, maior será o peso morto do
subsídio. Ademais, ainda temos que o grupo mais inelástico desfruta da
maior parte do benefício do subsídio.
Quotas e Tarifas De Importação: o objetivo é limitar as importações. A
diferença básica entre as duas é que a tarifa gera receita para o governo
enquanto a quota não arrecada nada para os cofres públicos. Ambas
geram peso morto e interferem na alocação eficiente de recursos na
economia. Há ainda uma tendência a elevação dos preços, em virtude da
limitação da importação de produtos que, em tese, seriam mais baratos.
Preços Máximos: o objetivo é estabelecer um teto de preços. Assim
como outras políticas de intervenção, os preços máximos causam peso
morto, portanto, são ineficientes economicamente, além de provocar
escassez e nível de produção abaixo do desejado.
Preços Mínimos: o objetivo é elevar os preços, estabelecer um piso de
preços. Também causa morto, sendo ineficiente economicamente.
enquanto a política preços máximos causa suboferta do bem, a política de
preços mínimos causa superoferta do bem (excesso de oferta).
Quotas de Produção: o objetivo é limitar a produção interna de
determinado produto. O resultado é nível de produção abaixo do
desejado, preço de transação mais elevado, além da existência de peso
morto, é claro.
RACIONALIDADE ECONÔMICA DO GOVERNO
O mercado normalmente não é eficiente economicamente, o que
enseja a intervenção do governo. Os motivos que levam os mercados a
não serem eficientes são chamados de “falhas de mercado”:
a) Externalidades,
b) Existência de bens públicos,
c) Falhas na competição (poder de mercado),
d) Mercados incompletos,
e) Riscos pesados
f) Falhas de informação (informações assimétricas) e
g) Existência de desemprego e inflação.
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Falhas de Mercado
Externalidades: As transações entre produtores e consumidores
exercem efeitos incidentes sobre outras pessoas (terceiros). Esses efeitos,
que podem ser positivos ou negativos, escapam ao mecanismo de preços.
Esses efeitos, não refletidos nos preços, são conhecidos por “efeitos
externos” ou “externalidades”, que podem ser positivas (benéfica para a
sociedade) ou negativas (prejudicial à sociedade).
Bens públicos: são bens não rivais ou não exclusivos (não excludentes).
A não rivalidade é o mesmo que dizer que o bem é indivisível ou não
disputável . A não exclusividade refere-se à impossibilidade de excluir as
pessoas do consumo dos bens públicos. É difícil (ou até mesmo
impossível) impedir que um determinado indivíduo usufrua de um bem
público. A falha de mercado decorre do fato de ser impossível mensurar
quanto cada cidadão usufrui destes bens, o que naturalmente é sinal de
ineficiência, uma vez que a alocação de recursos será ineficiente (ocorre a
presença dos free riders – os caronas, que desfrutam dos serviços sem
pagar)
Poder de mercado: é a presença de mercados não competitivos, ou
seja, não eficientes.
Mercados incompletos: elevados custos, riscos ou insegurança sobre o
futuro podem fazer com que um bem X, apesar de demandado pela
sociedade, não sejaproduzido. Neste caso, temos um mercado
incompleto (o bem X não é ofertado).
Riscos pesados: Há algumas atividades que são demasiadamente
arriscadas e, por isso, podem não ser exploradas pela iniciativa privada.
  Informações assimétricas: quando uma das partes detem mais
informações que a outra parte, gerando assimetria nas informações, o
que é uma falha de mercado, pois altera as decisões dos agentes. A
informação assimétrica gera, nas relações econômicas, a seleção
adversa e o risco moral. A seleção adversa é um problema pré-
contratual, enquanto o risco moral (moral hazard ) é um problema pós-
contratual. Nos casos de falhas de informação, a intervenção do Estado
  justifica-se em razão de o mercado por si só não fornecer dados
suficientes para que os agentes tomem suas decisões racionalmente. Uma
forma de ação do Estado poderia ser a montagem de um cadastro de
inadimplentes, ou um cadastro de empresas que sofreram processos na
  justiça por problemas contratuais. Enfim, qualquer ação que torne mais
eficiente o fluxo de informações na economia será desejável a fim de
eliminar ou reduzir essa falha de mercado.
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Desemprego e inflação: Inflação é o aumento de preços. Desemprego é
a quantidade de pessoas que quer trabalhar, mas não encontra emprego.
Assim, fica claro que estes são dois (grandes) problemas existentes no
mercado. De uma forma geral, podemos até dizer que são as falhas de
mercado que merecem a maior parte das atenções por parte do governo
(junto com os bens públicos) e da população. A intervenção
governamental é desejável, pois os mercados livres não são capazes de
solucionar esses problemas (inflação e desemprego) sozinhos. Nesse
sentido, é recomendável a ação estatal a fim de manter a economia
funcionando a mais próxima possível do pleno emprego (sem
desemprego) e com estabilidade de preços (sem inflação).
FUNÇÕES DO GOVERNO
 Função alocativa – ajuste na alocação de recursos;
 Função distributiva – distribuir a renda visando à equidade;
 Função estabilizadora – garantir estabilidade à economia; e
 Função reguladora – regular os mercados.
Função alocativa: diz respeito a ajustamentos na alocação de recursos
necessários e almejados pela sociedade, mas que, no entanto, não são
providos pela iniciativa privada.
Função distributiva: mesmo quando o mercado eficientemente do ponto
de vista econômico, a distribuição de renda não é equitativa. Assim, neste
caso, o governo intervirá no mercado para cumprir a sua função
distributiva. Isso pode ser feito através de impostos progressivos,
transferência de renda, subsídios, etc.
Função estabilizadora: manutenção da estabilidade econômica. Para
isso, o governo utiliza instrumentos de política macroeconômica, visando
à manutenção de níveis adequados de emprego, renda, inflação, taxa de
câmbio, contas externas, endividamento público, etc.
Função reguladora: regular os mercados a fim de evitar falhas de
mercado, em especial aquelas que podem ensejar malefícios a população
em geral em contrapartida a lucros abusivos de setores dominantes.
REGULAÇÃO DE MERCADOS
 A regulação de mercados é um meio usado pelos governos para
prevenir e punir práticas abusivas entre os concorrentes no
mercado.
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 Quando a regulação é usada para estimular a competição, temos
que ela geralmente trará ganhos de eficiência ao mercado.
 A concentração de mercado, apesar de benéfica para os setores
concentrados, é prejudicial para a competição no mercado.
Sendo prejudicial para a concorrência/competição, há
necessidade de regulação, para que não haja abuso de poder de
mercado por parte das empresas dominantes.
 Os mercados não contestáveis ensejam a presença
reguladora do Estado. Mercado contestável é aquele em que há
possibilidade da entrada de novas empresas que possam
competir em igualdade de condições com as empresas já
existentes, sendo essa entrada lucrativa para as novas
empresas.
 Um mercado pode ser não contestável, por exemplo, pela
existência de barreiras à entrada ou pela existência de custos
irreparáveis, afundados ou sunk costs.
 A presença de mercados não contestáveis e/ou custos
irreparáveis associados desincentiva a entrada de mais empresas
no mercado, prejudicando a competição. Por tal motivo, deve ser
objeto de regulação governamental.
 As economias de escala ocorrem quando é possível reduzir o
custo de produção unitário produzindo em larga escala. Um
exemplo de economias de escala, aliadas a custos afundados ou
enterrados e a mercados não contestáveis, é o monopólio
natural, bastante comum na prestação de serviços de utilidade
pública (energia elétrica, água, etc).
 Outro problema que torna aconselhável a regulação é a
existência de assimetria de informações, na forma de seleção
adversa ou risco moral (maiores detalhes, aula 05, páginas 26 e
27). Quando as informações são assimétricas, cabe ao governo
impor regras claras para que o lado em vantagem na transação
(aquele que detém mais informações) não imponha condições
abusivas ao outro lado.
 Regra de bolso para saber se deve ou não haver regulação
de mercados: quando há falhas de mercado, há
necessidade de intervenção reguladora do governo, no
sentido de melhorar a eficiência do mercado e o bem-estar
geral (tanto do consumidor quanto do produtor).
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 Importância e objetivos da regulação
Principais funções do órgão regulador:
 A defesa e interpretação das regras, além da sugestão de novas
regras que facilitem as relações que resolvam os conflitos entre os
atores – incluindo também os conflitos com o poder concedente;
 A definição operacional de alguns conceitos fundamentais a serem
incluídos nos contratos de concessão;
 A investigação e a denúncia de atividades anticompetitivas ou o
abuso do monopólio concedido.
Objetivos da regulação:
 O bem-estar do consumidor;
 A melhora da eficiência alocativa, onde se realiza o maior volume de
transações econômicas, com a geração de maior renda agregada
possível;
 A melhora da eficiência distributiva, onde, em virtude da regulação,
é reduzida a capacidade do produtor de apropriar excedentes
econômicos;
 A melhora da eficiência produtiva, onde se busca o máximo
rendimento ao menor custo;
 Universalização e a qualidade dos serviços (a serem prestados por
um preço justo);
 Interconexão entre os diferentes provedores (interoperabilidade da
rede pública);
 Segurança e a proteção ambiental;
 Estabelecimento de regras de concorrência, definindo quais
mercados serão abertos, para quantos concorrentes e como
assegurar uma justa competição;
 Determinação da estrutura tarifária, principalmente no que diz
respeito ao tipo de mecanismo de controle das tarifas dos
segmentos regulamentados.
Para que um sistema regulatório seja eficiente são
necessários:
 Política tarifária definida e estável (busca do preço justo);
 Existência de marcos reguladores (regras) claramente definidos,
que detalhem as obrigações e os direitos de cada setor envolvido;
 Um mecanismo ágil e eficiente para a solução de divergências e
conflitos entre o poder concedente e a concessionária;
 Garantia contra os riscos econômicos e políticos;
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 Criação de um órgão regulador (agência reguladora) dosetor,
dotado de especialidade, imparcialidade e autonomia nas decisões.
REGRAS DE REGULAÇÃO E REAJUSTES DE TARIFAS 
a) Tarifação pelo custo do serviço (TIR – Taxa Interna de Retorno)
Este método visa estabelecer uma taxa de retorno pré-determinada
à empresa concessionária. De posse dos custos que foram/são incorridos
pelo prestador, decide-se o preço que será cobrado dos usuários para que
a rentabilidade que foi pré-determinada seja alcançada.
Segue a sua regra de cálculo:
 =
. − .  − . 
. 
Onde:
TIR é a taxa de retorno;
P é o preço da tarifa;
Q é o total de usuários que pagará a tarifa;
w é o salário de cada trabalhador;
L é a quantidade de trabalhadores;
r é o custo de utilização do capital (que é a estrutura de produção);
K é a quantidade de capital utilizada;
 p é o valor do capital.
Antes do preço da tarifa (P) ser decidido, todos os outros valores já
são conhecidos ou pré-determinados, inclusive a TIR. Assim, calcula-se o
preço da tarifa (P) a partir da equação citada. Vale ressaltar que essa
regra de cálculo não é para ser decorada. Ela serve apenas para elucidar
o método de tarifação pela TR, ok?!
Este método foi o mais utilizado até recentemente, sendo a forma
de tarifação tradicionalmente utilizada para a regulação dos setores de
monopólio natural. Visa, principalmente, à obtenção da eficiência
distributiva, tendo em vista que, pela igualdade de custos e receitas mais
a predeterminação de uma taxa de retorno ao investidor, tenta evitar que
o produtor se aproprie de lucros extras.
Os principais problemas decorrentes da utilização deste método
são:
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 Dificuldade de avaliar os custos que servem de base para a
determinação do preço, especialmente devido à assimetria de
informações entre as empresas e o órgão regulador;
 Caráter controvertido da definição dos custos;
 Dificuldades em definir ou arbitrar a taxa de retorno
adequada.
A experiência demonstrou que esse método de tarifação não trouxe
incentivos para a concessionária reduzir os custos. Como a rentabilidade é
pré-definida a partir dos custos incorridos, a firma não se interessa em
melhorar a produtividade e reduzir os custos. Ela sabe que se for
ineficiente (produzir com custos elevados), bastará aumentar o preço da
tarifa para que a taxa de retorno pré-determinada seja alcançada. Ou
seja, sendo eficiente ou ineficiente, sua rentabilidade estará garantida por
este método de tarifação.
Pelo exposto, fica claro que as firmas, para manter a rentabilidade,
preferem repassar os custos aos consumidores a investir em ganhos de
eficiência na produção, o que é bastante prejudicial aos usuários do
serviço. Além disso, a adoção desse método de tarifação depende de
elevados custos reguladores, ainda mais se levarmos em conta que
haverá elevadas assimetrias de informação entre a concessionária do
serviço e o órgão regulador.
b) Sliding Scale Plane
Este método é uma variação da tarifação pelo custo do serviço. Ele
acrescenta um parâmetro que socializa, entre produtores e consumidores,
a diferença entre a taxa de retorno desejada e aquela observada na
prática. Seu principal objetivo é criar mecanismos de incentivo à eficiência
produtiva das firmas através do exercício de um sistema inovador de
revisão tarifária pelo regulador.
Apesar de ser generalizado nos Estados Unidos, principalmente no
setor de telecomunicações, seu uso é recente, não existindo ainda
análises definitivas sobre seus efeitos práticos sobre o comportamento
das firmas e a eficiência econômica.
Destaca-se, como vantagem desse método, a possibilidade de o
regulador beneficiar os consumidores e minorar o risco dos investidores,
ao reduzir os preços em função dos ganhos de produtividade e repassar
(para os consumidores) os custos eventuais não previstos nos períodos de
revisão das tarifas.
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Sua desvantagem refere-se ao custo regulatório elevado,
semelhante àquele incorrido na versão tradicional da tarifação pelo custo
do serviço, já que é necessário um cálculo apurado de taxas de retorno
das firmas e um monitoramento contábil, ambos sujeitos a todos os
problemas oriundos das assimetrias de informações de um mercado
monopolista.
c) Tarifação com base no custo marginal 
Este método visa cobrar tarifas diferenciadas dos consumidores,
com base no custo adicional (marginal) que cada um impõe à empresa
que presta o serviço público. Por exemplo, imagine um consumidor que
decida instalar uma fábrica em uma região distante da cidade. A firma
que presta o serviço de abastecimento de energia elétrica incorrerá em
custos adicionais (marginais) elevados para prestar o serviço a este
consumidor. O mesmo acontecerá com a firma que presta o serviço de
abastecimento de água. Assim, este consumidor provoca custos adicionais
muito mais elevados do que aquele consumidor que simplesmente aluga
um imóvel no centro de uma grande cidade e decide utilizar os mesmos
serviços.
Por este método de tarifação, o consumidor que gera custos
marginais mais elevados pagará tarifas mais elevadas. Desta maneira,
podemos ter tarifas diferenciadas de acordo com as distintas categorias
de consumidores (residencial, comercial, industrial, rural, etc) e com
outras características do sistema, tais como estações do ano, horários de
consumo, níveis de voltagem, regiões demográficas, etc.
Este método apresenta a vantagem de propiciar maior neutralidade
e maior eficiência alocativa (quem provoca maiores custos, pagará mais).
Ao mesmo tempo, há melhor aproveitamento da capacidade instalada
(estrutura produtiva), já que a firma tem a demanda mapeada. Assim, ela
pode realizar os investimentos necessários e pontuais para o tipo de
demanda que existe em determinada região, aproveitando da melhor
forma possível os seus recursos produtivos.
Alguns dos obstáculos à implantação deste modelo de tarifação são:
 Ineficiência produtiva;
 Assimetria de informações;
 A presença de elevados custos fixos em determinados setores
torna necessária a construção de sofisticados modelos tarifários
para a distribuição desses custos fixos entre os consumidores, já
que a remuneração exclusivamente pelo critério do custo marginal
poderia trazer prejuízos às empresas;
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 A implantação do modelo também é prejudicada pela complexidade
do levantamento de dados necessários para o seu
desenvolvimento.
d) Sistema do teto de preço (price-cap)
O  price-cap é um sistema de tarifação que impõe limites para o
reajuste das tarifas. Definido o valor inicial da tarifa, o seu reajuste não
pode ultrapassar um valor máximo (preço teto), conforme a expressão
abaixo:
ç   =  + çã − % çã  
Pela expressão, definido o preço inicial da tarifa, o novo preço
reajustado será acrescido da inflação do período menos um parâmetro
previamente fixado de redução de custos. Esse parâmetro de redução de
custos é fixado anteriormente a partir de comparações internacionais.
Assim, a grande vantagem deste método consiste no incentivo aos
ganhos de produtividade. Quanto mais a empresa ganhar em
produtividade, maior será o seu lucro. Deixe me explicar melhor: suponha
que o preço inicial da tarifa seja R$ 1, a inflação anual seja 10% e o
parâmetro de redução de custos previamente estabelecido pelo governo
seja 2% também anual. Assim, após um ano, a tarifa reajustada valerá
ç   =  +  − % çã 
ç   = 1+ 0,1 − 0,02 = 1,08
Pelo exposto acima, percebe-se que após um ano, a tarifa poderá
ser reajustada em até 8%. No entanto, se a firma conseguir reduzir os
custos de produção em mais de 2% (parâmetro estabelecido pelo
governo), ela não precisará repassar esse ganho de produtividade ao
consumidor. Se, por exemplo, ela conseguir um ganho de produtividade
que reduza seus custos em 10%, ela poderá apropriar esse ganho na
forma de lucros (apenas 2% da redução de custos serão repassados para
o consumidor), o que é uma vantagem deste método: o incentivo à
inovação tecnológica. Desta forma, é criado um mecanismo para que a
empresa se esforce para reduzir os custos acima do previsto na revisão
tarifária, na busca incessante de aumento da eficiência produtiva. A
diferença entre o preço máximo e os custos da produção será apropriada
na forma de maiores lucros.
As principais dificuldades residem na dificuldade em transferir em
datas futuras a redução dos custos para os consumidores, persistindo,
portanto, os problemas de ineficiência alocativa e distributiva. Além disso,
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surge a dificuldade de tratar das situações onde há vários produtos em
  jogo, o que exigiria a introdução de “tetos de preços” diferentes.
Ademias, é complexa a definição do preço inicial da tarifa, da qual se
parte os reajustes periódicos a partir da fórmula.
 Conclusão sobre os métodos: não existe um modelo ótimo de
tarifação que possa ser recomendado para qualquer área,
independentemente das especificidades de cada país. A experiência
tem mostrado a importância da utilização de mecanismos
complementares, tais como intervalos de tarifas, padrões de
desempenho (yardstick competition/regulation) e licitações pelo
preço do serviço. Há também o estabelecimento de padrões de
desempenho (regulação por padrão de desempenho), realizado
através de esquemas que buscam garantir a qualidade dos bens ou
serviços. Existe ainda a regulação por padrão de comparação,
em que o regulador impõe as tarifas e a qualidade do
serviço/produto baseado naquilo que é feito pelas empresas mais
eficientes do mercado (com certa tolerância). O inconveniente deste
último é a possibilidade de conluio entre as firmas para se
favorecerem de sobrelucros.
  A TEORIA DA CAPTURA estatue que, com o passar do tempo, a
regulação acaba por ser utilizada de acordo com os interesses da indústria
que pretendia regular.
DISTRIBUIÇÃO DE RENDA
Legislação do salário mínimo provoca aumenta de bem-estar para
aqueles que têm seus salários aumentados, ao mesmo tempo em que
provoca perda de bem estar àqueles que perdem seus empregos, em
virtude da redução na demanda por trabalhadores em virtude do aumento
de salários. A magnitude desses efeitos (ganho x perda de bem-estar)
dependerá da elasticidade da demanda. Se a demanda por trabalhadores
for inelástica, haverá pouca redução do nível de emprego. É nesse
argumento que se baseiam muitos defensores do mínimo. Os críticos, por
outro lado, argumentam que a demanda por trabalhadores é mais
elástica, especialmente no longo prazo, quando as empresas podem
ajustar a produção de forma a necessitar de menos empregados. Os
críticos também afirmam que o mínimo tende a ajudar muitos que não
precisam, como, por exemplo, adolescentes de famílias de classe média,
de modo que o salário mínimo acaba sendo uma política imperfeita de
redução da pobreza.
Suplementação de renda pelo governo Uma crítica comum a estes
programas é que eles criam incentivos para que as pessoas se tornem
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  “necessitadas”. Por exemplo, mulheres pobres, sem perspectiva de
arrumar emprego para se sustentarem, poderiam ser impelidas a
engravidar para, assim, conseguir renda do governo. Desta forma, o
sistema estaria exacerbando um problema que deveria sanar. Os
defensores, por outro lado, afirmam que ser uma mãe solteira e pobre
dependente de renda do governo é, na melhor das hipóteses, uma vida
difícil e duvidam que as pessoas seriam incentivadas a levar esse tipo de
vida.
Outra crítica a programas de transferência de renda pelo governo
refere-se ao fato de que tais programas têm o efeito colateral de
desencorajar a busca pelo trabalho e a fuga da pobreza. Se uma
família, com uma renda bastante baixa, recebe um benefício do governo
e, ao mesmo tempo, recebe uma proposta de emprego cujos valores
remuneratórios são parecidos àqueles pagos pelo governo, naturalmente,
haverá rejeição a trabalhar se a decisão de aceitar o emprego implicar a
perda dos benefícios do governo.
 Imposto de renda negativo famílias ricas pagariam altos impostos,
famílias de classe média pagariam impostos menores, já as famílias
pobres “pagariam” um “imposto negativo”, isto é, receberiam dinheiro do
governo. Com um imposto negativo, as famílias pobres receberiam
assistência financeira sem que precisassem demonstrar necessidade, pois
bastaria a renda ser baixa e o benefício estaria garantido. A principal
crítica a este instrumento é que ele beneficiaria não apenas os menos
afortunados, mas também aqueles que são simplesmente preguiçosos e
que, na visão de muitos, não merecem ajuda do governo.

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