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teoria da argumentação jurídica
Professor Celso Leopoldo Pagnan.
Reportagem do G1
Londrina - 2018
Charles Eduardo Hervatim
Isabella Barreiros Balog
Maria Leticia Rodrigues Guerra
Matheus Assunção Ribeiro dos Santos
Thauany Gabriela de Souza Lopes
Introdução:
Abordaremos aqui um fato publicado pelo portal G1 no Facebook em 12/03/2018 onde um jovem de dezenove anos foi absolvido e colocado em liberdade depois de ficar por quase seis meses preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) Belém I, em São Paulo, acusado de roubar uma motocicleta junto com um adolescente, que ainda se encontra apreendido.
O objetivo deste trabalho é analisar os comentários feitos por seguidores do portal G1 onde esta reportagem foi publicada, dizer se tais comentários têm fundamento, e por fim dizer se são válidos ou falaciosos.
A reportagem relata que o vendedor Vinícius Duarte de Barros foi abordado pela polícia no dia 03/09/17 no bairro Campo Limpo, Zona Sul de São Paulo, após receber uma denúncia pelo 190 que emitiu um alerta aos policiais que patrulhavam a região. Segundo a polícia e a SSP a ação da polícia foi legitima, não havendo irregularidade pois as características dos indivíduos relatado pela vítima eram compatíveis com o vendedor e seu amigo, ocasionando a condução dos suspeitos à delegacia para averiguação dos fatos onde houve o reconhecimento pessoal e assinatura dos autos. 
A reportagem diz que, segundo os advogados do acusado, a própria vítima não forneceu as “características” deixando de cumprir os requisitos do artigo 226 do Código do Processo Civil (CPC), onde diz que inicialmente a vítima deve citar as características físicas e de vestimenta dos acusados e que devem constar nos documentos da polícia tais relatos, o que não ocorreu. 
Descreve que não foi garantido ao acusado, o direito de contatar um advogado e ou familiares sendo a família informada sobre a prisão através de um bilhete escrito pelo acusado e encaminhado pela mãe de outro detento, sendo possível o recluso ver sua mãe somente um mês depois de ter encaminhado o bilhete.
A decisão que absolveu Vinícius foi do Juiz Marcelo Matias Pereira, da 10° Vara Criminal que considerou a materialidade do roubo da motocicleta, mas desconsiderou a autoria do crime por parte do réu, uma vez que a própria vítima afirmou que o acusado não levou sua motocicleta. 
 
 
 No comentário acima, Diego faz uma alusão do casamento com a prisão, no casamento temos a opção de fazer as malas e ir embora, (Se divorciar a qualquer momento) já na cadeia, após a condenação, não é tão simples se divorciar-se da cela. 
No caso da reportagem do G1, mostra o quão falha nossa lei é, não achando o verdadeiro culpado pelo tal crime não citado.
Consequentemente o vendedor tem uma indenização a receber do estado.
A Constituição Federal estabelece, no art. 5º, LXXV, que o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença, garantindo a tal dever, caráter de direito fundamental do cidadão
 
Nossa lei não admite que um cidadão normal tenha posse de arma, mesmo sendo pego no ato sem nenhum homicídio acarretado na arma, ele iria responder por porte ilegal de arma, No caso do porte ilegal de arma de uso permitido, foi mantida a pena de detenção de 2 a 4 anos para o réu primário, mas aumentada, em caso de reincidência, para de 4 a 8 anos de detenção.
Como nosso “conhecido” estava com uma arma com três homicídios acarretado, consequentemente, por portar a arma, é ele quem leva a culpa, não somente de porte ilegal, mas pelo três homicídios. Precisará de um bom advogado com ótimos argumentos e com provas concretas para livra-lo dessa.
 
Na CF88 - Art. 5º, XLVII, diz que “não haverá pena de morte, salvo em caso de guerra declarada. No Brasil, se discute muito sobre isso, pena de morte para quem comete crimes graves. Pessoas ainda ousam em dizer que: “Pena de morte? Claro que existe! Os bandidos prendem, julgam, condenam e executam pessoas no Brasil diariamente”. Mas no Brasil esse tipo de ação somente em caso de guerra declarada. Existem pena de morte em outros países, como na Indonésia, dois brasileiros foram condenados á morte por fuzilamento, pelo crime de tráfico de drogas. 
Sabemos e não é de hoje, que nossa constituição é cheia de lacunas, “espaços que ratos imundos conseguem fugir”. Segundo nossa CP, pessoas retardadas, com insanidade mental são inimputáveis.
O art.26 do CP isenta de pena o indivíduo que pratica ato típico e ilítico quando, no momento da ação/omissão delitiva, era portador de doença mental ou desenvolvendo mental incompleto (menoridade ou retardado), e era completamente incapaz de compreender a ilicitude de sua conduta ou de determinar-se de acordo com ela.
Infelizmente pessoas com um grande conhecimentos os usam para praticar maldade, como por exemplo, burlar as leis.
Cabe a justiça brasileira, com profissionais capacitados e honestos recorrerem para descobrir a verdade.
Daniel Lopes assevera em seu comentário, que de certa forma induz o leitor a julgar que a instituição policial atua de forma arbitrária e sem preparo. Analisando o aludido relato, vê-se que não há informações sobre a versão da autoridade policial, tornando tal comentário incompleto.
Com efeito, a diligencia feita pelos policias, demonstrou cautela, pois, conduziram os suspeitos para a unidade policial e enquanto estavam na delegacia para prestar esclarecimentos os verdadeiros culpados foram localizados.
O reconhecimento feito por “uma menina de 10 anos e de uma mulher desesperada” não foram provas suficientes para mantê-los ali e nem fez com que a polícia encerrasse a diligencia do caso, julgando ser eles os únicos e possíveis culpados.
Assim, os policiais cumpriam seu papel, pois conduziram os suspeitos para averiguações, repiso.
O Daniel, mencionou ainda que estava em uma barbearia momentos antes de ser abordado, algo que provavelmente seria verificado pela polícia e constatado sua inocência.
Constata-se, portanto, que apesar de ser um fato narrado por quem vivenciou, está incompleto e com falhas próprias de um leigo no conhecimento de leis e direitos que se deixa levar pelo conhecimento do senso comum e a opinião da maioria igualmente leiga.
Ricardo Oliveira comenta a reportagem do G1 de forma mais crítica e embasada no conhecimento que sua experiência de escrivão de polícia traz.
Menciona o Código de Processo Penal como quem está acostumado com o mesmo. Afirma que os advogados do acusado pronunciam meias verdades sobre o assunto com a finalidade de apelar para o emocional dos leigos. Porém ao examinarmos a reportagem vê-se parcialmente comentado pelo jornalista as alegações da defesa sobre o caso.
O escrivão de polícia, apesar de ter colocado até o link do acesso ao processo que é algo público a todo e qualquer cidadão, não se ateve em ler o processo e comentar a publicação com imparcialidade e de forma justa. Fez alusão de que o rapaz foi preso por receptação, ou seja, posse de produto, objeto de furto ou roubo.
Concluo que o profissional autor do comentário, apesar de sua falta de imparcialidade no comentário, traz um pouco de visão crítica acerca do fato, mostra para o cidadão leigo que muitas vezes a mídia não traz notícias fundamentadas e completas, mesmo quando se trata de sites respeitados e sérios como o G1.
Robson Almeida levanta uma indagação sobre o objeto do roubo e a possível culpa dos acusados alegando que não há menção do fato na reportagem.
Apesar de não ser totalmente esclarecido o acontecimento na reportagem do G1, há sim a declaração do réu que alega que foi apresentado pelos policiais uma motocicleta roubada e que ele não havia nem visto o veículo pois estava com sua própria moto. 
Aqui vemos que o Robson não leu com atenção a reportagem, e fez um comentário incoerente com as informações contidas ali. Poderia ele ter questionado a situação pois na reportagem não traz osfatos completos o que gera interpretações por parte dos leitores, mas não o fez corretamente. 
Infelizmente existe uma diferença de tratamento entre povo e empresários/políticos, no mundo perfeito da jurisdição não existe mas na realidade é o que acontece, senadores fazem leis a seu favor, como foro o privilegiado 
Foro privilegiado é um direito adquirido por algumas (leia-se todas) autoridades públicas, de acordo com o ordenamento jurídico brasileiro, garantindo que possam ter um julgamento especial e particular quando são alvos de processos penais, perante a lei somos todos iguais mas porque na hora de julgar somos todos diferentes?!!
 CONCLUSÃO
Vimos que todos comentários tem fundamentos, exceto o primeiro que faz uma alusão ao casamento deixando o comentário cômico, todos comentários são válidos, alguns trazem consigo raiva, indignação, e um conhecimento superficial sobre o assunto, o Brasileiro mostrou através dos comentários não somente esses apresentados mas em grande parte na publicação da matéria, que não conhecem os seus direitos, são leigos quando se trata de política e direitos, não são curiosos, não caçam a verdade dos fatos, podendo ser facilmente controlados.
Vimos também que redes sociais são uma descarga emocional e ideológica para as pessoas.
Não há uma manifestação virtual que possa fazer efeitos avassaladores na vida real, salvo os casos em que se organizam para fazer manifestos nas ruas ou que o assunto seja de interesse geral, como a internet, quando sua forma de consumo ia ser alterada, ai sim houve uma manifestação geral virtualmente
BIBLIOGRAFIA
Pesquisa na Constituição Federal de 1988
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
Pesquisa no Código Penal
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm
Pesquisa no site Jus Brasil
www.jusbrasil.com.br
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10660633/artigo-226-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
Reportagem publicada em 12/03/18 no site do G1 e compartilhada na página do Facebook do mesmo.
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/justica-absolve-vendedor-que-ficou-6-meses-preso-por-engano-em-sp.ghtml?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=g1
https://www.facebook.com/g1/posts/2058089717576436

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