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PONTES Renato Lefone Cargas móveis Aula 04 1. Introdução 1.1 Definições Carga móvel→ Sistema de cargas representativo dos valores característicos dos carregamentos provenientes do tráfego a que a estrutura está sujeita em serviço (trem-tipo). Trens-tipo ponte classe 45 – a base do sistema é um veículo-tipo de 450kN de peso total; ponte classe 30 – a base do sistema é um veículo-tipo de 300kN de peso total; ponte classe 12 – a base do sistema é um veículo-tipo de 120kN de peso total; 1.2 Normas ABNT NBR 7188:2013→ Carga móvel rodoviária e de pedestres em pontes, viadutos, passarelas e outras estruturas. Subdividida em três ações: - Pontes e viadutos; - Passarelas; - Carga móvel em estruturas para garagem. ABNT NBR 7189:1985→ Cargas móveis para projeto estrutural de obras ferroviárias CANCELADA E NÃO POSSUI SUBSTITUTA 2.1 Trem-tipo ABNT NBR 7188:2013→ Carga móvel rodoviária e de pedestres em pontes, viadutos, passarelas e outras estruturas. Subdividida em três ações: - Pontes e viadutos; - Passarelas 2. Ações em pontes e viadutos 2.1 Trem-tipo 2. Ações em pontes e viadutos Classe da ponte Peso total do veículo (kN) Carga uniformemente distribuída (kN/m2) p (em toda a pista menos na área do veículo) p’ (nos passeios) 45 450 5 3 30 300 5 3 12 120 4 3 2.1 Trem-tipo (ABNT NBR 7188:2013) 2. Ações em pontes e viadutos p : valor estático da carga móvel uniformemente distribuída P : valor estático de uma roda do veículo Trem-tipo classe 45: P=75 kN 2.2 Cargas móveis e coeficientes de ponderação 2. Ações em pontes e viadutos q : valor estático p acrescido de todos os coeficientes de ponderação CIV : Coeficiente de Impacto Vertical Q : valor estático de uma roda do veículo, acrescido de todos os coeficientes de ponderação � � � ∗ ��� ∗ �� ∗ �� q� � ∗ ��� ∗ �� ∗ �� CNF : Coeficiente do Número de Faixas CIA : Coeficiente de Impacto Adicional 2.2 Cargas móveis e coeficientes de ponderação 2. Ações em pontes e viadutos A carga móvel assume posição qualquer em toda a pista rodoviária com as rodas na posição mais desfavorável. A carga distribuída deve ser aplicada na posição mais desfavorável independentemente das faixas rodoviárias. Obras em anel rodoviário e obras com distância inferior a 100 km em rodovias de acesso a terminais portuários Majoração de 10% nas cargas móveis características (a critério da autoridade competente) 2.3 Cargas nos passeios 2. Ações em pontes e viadutos Adotar a carga uniformemente distribuída na posição mais desfavorável concomitante com a carga móvel rodoviária O elemento estrutural do passeio é dimensionado para carga distribuída de 5 kN/m2 As ações sobre os elementos estruturais dos passeios não são ponderadas pelos coeficientes CIV, CNF e CIA 2.4 Coeficientes de ponderação das cargas verticais 2. Ações em pontes e viadutos 2.4.1 Coeficiente de Impacto Vertical (CIV) + += 50 20 *06,11 Liv CIV 35,1=CIV Para estruturas com vão menor do que 10,0 m; Para estruturas com vão entre 10,0 m e 200,0 m. Onde Liv é o vão em metros para o cálculo CIV, conforme o tipo de estrutura. Sendo: • Liv usado para estruturas de vão isostático. Liv: média dos vãos nos casos de vãos contínuos; • Liv é o comprimento do próprio balanço para estruturas em balanço; 2.4 Coeficientes de ponderação das cargas verticais 2. Ações em pontes e viadutos 2.4.2 Coeficiente de números de faixas (CNF) onde: n é o número (inteiro) de faixas de tráfego rodoviário a serem carregadas sobre um tabuleiro Transversalmente contínuo. Acostamentos e faixas de segurança não são faixas de tráfego da rodovia 9,0)2(*05,01 >−−= nCNF 2.4 Coeficientes de ponderação das cargas verticais 2. Ações em pontes e viadutos 2.4.3 Coeficiente de impacto adicional (CIA) Empregado em regiões de juntas estruturais e extremidades da obra Utlizados em seções transversais do elemento estrutural que estejam a uma distância de até 5 m de uma junta ou descontinuidade estrutural 2.5 Forças horizontais 2. Ações em pontes e viadutos Frenagem e aceleração Força centrífuga Ações excepcionais (colisões) 2.6 Identificação pública da obra 2. Ações em pontes e viadutos 3. Disposição das cargas móveis Disposição das cargas móveis Carga em V1 segundo o corte B-B (passa pelo veículo) Disposição das cargas móveis Carga em V1 segundo o corte B-B (passa pelo veículo) 1 3. Disposição das cargas móveis Carga em V1 segundo o corte A-A (não passa pelo veículo) TREM-TIPO atuante em V1 trem-tipo simplificado Corte que passa pelo veículo Corte que não passa pelo veículo Exemplo Coeficiente de Impacto Vertical (CIV): Cálculo do valor de Liv: a. vão em balanço: b. vãos contínuos: mLiv 32,22 3 6,2075,256,20 = ++ = mLiv b 15,5== l Exemplo CIV: 293,1 5032,22 20 *06,11 = + +=CIV contínuo 305,1 15,5275,256,202 )15,52(384,1)75,256,202(293,1 = ×++× ×++× =CIV ponderado 384,1 5015,5 20 *06,11 = + +=CIV balanço Exemplo Coeficiente de números de faixas (CNF): 2=n 9,0)2(*05,01 >−−= nCNF , logo: 1=CNF Coeficiente de impacto adicional (CIA): 25,1=CIA (concreto armado) Coeficiente de majoração de cargas (Φ): 25,1*1*305,1** == CIACNFCIVϕ 631,1=ϕ Exemplo - Corte B-B (passa pelo veículo) Exemplo - Corte A-A (não passa pelo veículo): Reações em V1: R1= 2 x φ x P x b1 / l1 = 2 x 1,631 x 75 x (6,20 + 1,5) /6,2 = 303,84 kN r1 = φ x p x a1x b1 / l1 = 1,631 x 5 x 3x(6,20+1,5)/ 6,2 = 24,47 kN/m r2 = φ x p x a2x b2 / l1=1,631 x 5 x 6,20 x 3,10 /6,20 = 25,28 kN m r3 = 0 Trem-tipo atuante em V1: Q = 303,84 kN q1 = r1 + r2 + r3 = 49,75 kN/m q2 = r2 + r3 = 25,28 kN/m Exemplo - Corte A-A (não passa pelo veículo): Trem-tipo atuante em V1: Q = 303,84 kN q1 = 49,75 kN/m q2 = 25,28 kN/m Trem-tipo simplificado: Q’ = Q – (q1 – q2) x 6 / 3 = 254,90 kN q = q1 = 49,75 kN/m 4. Determinação dos esforços devidos à carga móvel Traçado da linha de influência + aplicação do trem-tipo Linha de influência � Carga unitária se deslocando de um extremo a outro da viga da ponte, provoca esforços diferentes em uma seção considerada, em função das diversas posições ocupadas pela carga � Linhas de influência são diagramas que permitem definir as posições mais desfavoráveis do trem- tipo e ainda calcular os respectivos valores das solicitações Traçados das L.I. Sistemas isostáticos Exercício 2 Longarina (vista longitudinal) Seção transversal Carga permanente Carga uniformemente distribuída (g1) devido ao peso próprio da estrutura da ponte: � � 25 � ���� ��ó���� �� ���� ��������� ���/m) Trem-tipo: Carga móvel Exercício 3 Determinar os valores dos momentos fletores máximos positivo e negativo na seção S produzidos pelo seguinte carregamento: peso próprio: g=10kN/m carga acidental móvel (trem-tipo): Adotar γperm = 1,35 e γcmóvel = 1,5 "# � $%&'( ∗ ") � $*(ó+&, ∗ "- Traçados das L.I. Sistemas hiperestáticos Utilização das tabelas de Anger para a obtenção das L.I. de vigas contínuas. L.I. de Momentos Fletores L.I de Esforços Cortantes L.I de Reações de Apoio As L.I são apresentadas calculadas para: décimos de vão esforços máximos Tem-se tabelas para: vigas sobre 3 apoios (2 vãos) – desde a relação 1:1 (e1: e2) até a relação 1:2,5 vigas sobre 4 apoios (3 vãos) – desde a relação 1:1:1 (e1: e2) até a relação 1:2:1 vigas sobre 5 apoios (4 vãos) – desde a relação 1:0,8:0,8:1 (e1: e2) até a relação 1:2:2:1 Exemplo: Tabela de Anger para LIde Momento Fletor de viga sobre 4 apoios (3 vãos). Relação 1:1,25:1 Exemplo: Tabela de Anger para viga sobre 4 apoios (3 vãos). Relação 1:1,25:1 Exemplo (continuação): Obter a L.I. de momento fletor na seção S5 e posicionar o trem-tipo. 4,22 S5 S14 -1,13 0,2575 S25 L.I. momentos fletores vãos Seção Tab Anger Exemplo (continuação): Obter a L.I. de momento fletor na seção S5 e posicionar o trem-tipo. L.I. momentos fletores balanços -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 -5 0 5 10 15 20 25 30 1kN 5,15 0,194l1 = 4m 0,271l1 = 5,6m ηi X2X1 95,1 46,20 3,1046,20 15,5 =⇒ − −− = η η i i 24,1 46,20 4 15,5 1 1 =⇒ − = X X Exemplo (continuação): Obter a L.I. de momento fletor na seção S5 e posicionar o trem-tipo. L.I. momentos fletores balanços -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 0 5 10 15 20 25 30 35 ηf X2 X1 0,194l1 = 4m 0,272l1 = 5,6m 1kN 5,15 1725,0 6,20 3,10 345,0 =⇒= η η f f345,0 6,575,25 24,1 6,5 2 2 =⇒ − = X X Exemplo (continuação): Obter a L.I. de momento fletor na seção S5 e posicionar o trem-tipo. L.I. momentos fletores -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 -5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 trechos retos nos balanços e lajes de transição (isostático) 1,95 4,22 (S5) -1,13 (S14) Por aproximação linear: ηi = 2,11 e ηf = 0,129 0,175 Exemplo (continuação): Obter a L.I. de momento fletor na seção S5 e posicionar o trem-tipo. L.I. momentos fletores -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 -5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Q’ = 117,58 kN q = 50,87 kN L. I. de Esforço cortante Tabelas de Anger → Valores para l1 (Q0) e l2(Q10) valores (+): para cima; (-) : para baixo Exemplo: Tabela de Anger para viga sobre 4 apoios (3 vãos). Relação 1:1,25:1 L. I. de Esforço cortante Q10e=Q0-1 Exemplo de L. I. de Esforço cortante Exemplo: Tabela de Anger para viga sobre 4 apoios (3 vãos). Relação 1:1,25:1 “Quando você quer alguma coisa, todo o universo conspira para que você realize o seu desejo.” Paulo Coelho Conclusão
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