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Fundamentos da Soldagem Oxi-combustível Docente: Mário Bittencourt Sumário 1. Descrição do Processo 2. Princípios de Operação 2.1. Variáveis de Soldagem 3. Instalação Oxiacetilênica 4. Equipamento de Soldagem 4.1. Maçarico de Soldagem 4.2. Regulador de Pressão 4.3. Válvulas Corta-chama 4.4. Mangueiras Sumário 5. Gases Utilizados 5.1. Oxigênio 5.2. Acetileno 6. Metal de Adição 6.1. Fundente 7. Brasagem 7.1. Brasagem em Forno 8. Aquecimentos Diversos “Operação que tem por objetivo a união de duas ou mais peças, produzida por aquecimento até uma temperatura adequada, com ou sem a utilização de pressão e/ou material de adição, assegurando entre elas uma perfeita continuidade metálica e mantendo, por conseqüência, suas propriedades.” Soldagem A produção do calor necessário a fusão do metal de base e do metal de adição, se usado, é realizado por meio da chama produzida pela combustão de gases (energia química). 1. Descrição do Processo 1. Descrição do Processo 1. Descrição do Processo A combustão é uma reação rápida acompanhada pela geração de calor, que é transferido da chama para a peça por meio da convecção forçada e pela radiação. 1. Descrição do Processo 2. Princípios de Operação Na soldagem oxiacetilênica, o soldador tem considerável controle sobre a operação do processo, pois manipula a fonte de calor e o metal de adição. 2. Princípios de Operação Quando a variação do calor adicionado pela chama é devidamente coordenada com a velocidade de soldagem, as características da poça de fusão (tamanho, viscosidade e tensão superficial) e da taxa de deposição, podem ser controlados já que o calor pode ser aplicado, preferencialmente, no metal de base ou no metal de adição. 2. Princípios de Operação Estas qualidades fazem da soldagem oxiacetilênica um processo ideal para unir peças finas de metal. Seções espessas também podem ser soldadas por este processo, mas de modo menos econômico do que pela soldagem a arco. Isto porque a temperatura da chama atinge cerca de 3000°C, enquanto a temperatura do arco elétrico alcança valores acima de 6000°C. 2.1. Variáveis de Soldagem Ajuste da chama Técnicas de deslocamento da chama 2.1.1-Chama Oxi-combustível A combustão ocorre em dois estágios. O primeiro estágio utiliza o oxigênio suprido pelo equipamento. - A reação pode ser percebida pelo pequeno cone formado no interior da chama. - A temperatura mais alta da chama é encontrada em um ponto junto a este cone. O segundo estágio utiliza o oxigênio fornecido pelo ar da atmosfera que circunda a chama. - Esta zona de combustão é denominada “penacho”. 2.1.1-Chama Oxi-combustível 2.1.1-Chama Oxi-combustível A temperatura da chama e o calor produzido dependem do tipo do gás combustível e seu poder calorífico. Uma chama de alta temperatura, requer, no entanto, um grande volume de oxigênio para completar a combustão. 2.1.1-Chama Oxi-combustível 2.1.2-Ajuste da Chama Oxi-combustível Chama Neutra VOLUME IGUAL DOS GASES Chama Carburante EXCESSO COMBUSTÍVEL Chama Oxidante EXCESSO OXIGÊNIO 2.1.2-Ajuste da Chama Oxi-combustível NEUTRA CARBURANTEOXIDANTE 2.1.2-Ajuste da Chama Oxi-combustível CARBURANTE NEUTRA OXIDANTE 2.1.3-Técnicas de Deslocamento da Chama Soldagem a direita – A vareta desloca-se atrás da chama, no sentido da soldagem. É um processo rápido e econômico. Soldagem a esquerda – A vareta desloca-se à frente da chama, no sentido da soldagem. É um processo lento, que consome muito gás; embora produza soldas de bom aspecto e de fácil execução. 2.1.3-Técnicas de Deslocamento da Chama 3. Instalação Oxi-combustível CILINDRO DE OXIGÊNIO MAÇARICO DE SOLDA VÁLVULA CORTA-CHAMA MAÇARICO MANGUEIRA DE OXIGÊNIO REGULADOR DE PRESSÃO DE OXIGÊNIO REGULADOR DE PRESSÃO DE GÁS COMBUSTÍVEL MANGUEIRA GÁS COMBUSTÍVEL EXTENSÃO DE SOLDA VÁLVULA CORTA-CHAMA REGULADOR CILINDRO DE GÁS COMBUSTÍVEL VÁLVULA CORTA-CHAMA REGULADOR 3. Instalação Oxiacetilênica 3. Instalação Oxiacetilênica 4. Equipamento de Soldagem O equipamento utilizado é versátil, de baixo custo e, normalmente, portátil. 4.1. Maçarico de Soldagem O maçarico de soldagem recebe o oxigênio e o combustível, faz a mistura desses gases na proporção, volume e velocidade apropriados a produzir a chama desejada à operação de soldagem. VÁLVULA DO OXIGÊNIO VÁLVULA DO COMBUSTÍVEL PUNHO CÂMARA DE MISTURA EXTENSÃO DE SOLDA 4.1. Maçarico de Soldagem PUNHO + BICO DE SOLDA (MONO CHAMA) PUNHO + EXTENSÃO DE SOLDA (MONO CHAMA) Extensão de Solda 4.1. Maçarico de Soldagem Ele pode ser usado para soldagem, pré-aquecimento e pós-aquecimento, e também ser convertido em um equipamento de corte com a simples troca da tocha ou maçarico. 4.1. Maçarico de Soldagem PUNHO EXTENSÃO AQUECIMENTO TIPO CHUVEIRO CABEÇA CORTADORA 4.1. Maçarico de Soldagem 4.1. Maçarico de Soldagem 4.1. Maçarico de Soldagem 4.1. Maçarico de Soldagem Soldagem a gás – múltiplos maçaricos 4.1. Maçarico de Soldagem 4.2 – Regulador de Pressão 4.2 – Regulador de Pressão 4.2 – Regulador de Pressão 4.2 – Regulador de Pressão Retrocesso de chama 4.3. Válvula Corta-chama 4.3. Válvula Corta-chama Contra-fluxo e corta-chama 4.3. Válvula Corta-chama 4.3. Válvula Corta-chama Instalada na saída do regulador de pressão Instalada na entrada do maçarico Válvulas corta-chama ao longo das mangueiras de alimentação dos gases. 4.3. Válvula Corta-chama Integração das válvulas corta-chama no cabo do maçarico. 4.3. Válvula Corta-chama 4.3. Válvula Corta-chama Existem diversos fabricantes de válvulas corta-chama e consequentemente, diversas formas de apresentação. 4.3. Válvula Corta-chama ATENÇÃO: as válvulas de RETENÇÃO DE GASES possuem a aparência semelhante às válvulas CORTA CHAMA, mas não impedem o retrocesso da chama. Tem a finalidade de transportar os gases do regulador de pressão até o maçarico de soldagem. As mangueiras são tubos de borracha sintética resistentes a ação dos gases (oxigênio e combustível) e reforçadas com fios resistentes a ruptura e a tração, com uma outra cobertura de borracha, resistente a abrasão e cortes. 4.4. Mangueiras As mangueiras devem ser especificadas de acordo com o fluido e a pressão de trabalho. 4.4. Mangueiras Não devem ficar expostas a fagulhas, pingos de metal fundido e escória. Devem ser protegidas do contato com peças quentes e condutores de energia elétrica. Devem ser fixadas com abraçadeiras adequadas. 4.4. Mangueiras 5. Gases Utilizados O oxigênio e o acetileno são os principais gases usados na soldagem a gás. O oxigênio sustenta a combustão dos gases combustíveis, e estes fornecem o calor e a atmosfera necessários para a soldagem. 5.1. Oxigênio O oxigênio é encontrado, abundantemente, na natureza, mas, para ser utilizado na soldagem, deve ter o grau de pureza de 93,5% no mínimo. As impurezas trazem efeitos nocivos a combustão. O uso de oxigênio puro aumenta a velocidade da reação e também a temperatura da chama. Normalmente, o oxigênio é armazenado em cilindros deaço na forma de gás comprimido; mas, se o consumo for muito alto, poderá ser utilizado o oxigênio líquido. 5.1. Oxigênio Os cilindros de oxigênio são fabricados a partir de tubos sem costura para resistirem às altas pressões de enchimento (200 bar). 5.2. Acetileno O acetileno é o gás combustível que produz a mais alta temperatura de chama e, por isso, é o mais utilizado. A mistura de oxigênio e acetileno proporciona uma temperatura de 3092°C e produz uma alta temperatura localizada, necessária para a soldagem, podendo ainda, com o perfeito ajuste da chama, formar a atmosfera protetora para a poça de fusão. Este gás combustível é composto de carbono e hidrogênio (C2H2), e sua completa combustão é representada pela equação química: C2H2 + 2,5O2 → 2 CO2 + H2O 5.2. Acetileno Intensidade da chama primária para diferentes gases combustíveis em função da razão de mistura. 5.2. Acetileno 5.2. Acetileno 5.2. Acetileno O acetileno em estado gasoso livre tende a se decompor, com o aumento da pressão e da temperatura, em carbono e hidrogênio. Experiências na indústria do acetileno mostram, contudo, que pressões inferiores a 1,5 kgf/cm² são consideradas seguras. Portanto, o gás acetileno NÃO deve ser comprimido, quando livre, a pressões superiores a 1,5 kgf/cm². 5.2. Cilindros Os cilindros de acetileno podem ser fabricados com soldagem, pois são enchidos a baixa pressão (20 bar). 5.2. Cilindros 5.2. Cilindros Em função do acetileno se encontrar dissolvido em acetona e na massa porosa, a retirada do gás do cilindro não é realizada de forma instantânea. Para se evitar o arraste de acetona junto com o gás é necessário respeitar a taxa de retirada de gás do cilindro que é de 1/9 da capacidade de gás contido no cilindro. Ex.: capacidade do cilindro = 9kg taxa de retirada = 1kg/h Cestas de cilindros de acetileno conectados. 5.2. Acetileno 5.2. Acetileno A vazão de acetileno é função da espessura a ser soldada e do tamanho da extensão de solda utilizada. Normalmente, utilizam-se cilindros de gás comprimido, que são designados para cada tipo de gás. Por exemplo, o tamanho e o tipo de rosca do cilindro de oxigênio diferem das do cilindro de acetileno. 5.3 – Abastecimento dos Gases ACETILENO ROSCA FEMEA ESQUERDA OXIGÊNIO ROSCA MACHO DIREITA Quando um equipamento portátil não é requerido e o consumo de gás é grande, podem ser construídas instalações permanentes, e os gases são supridos por vasos de armazenamento, centrais de distribuição (MANIFOLDS) ou geradores de gás. 5.3 – Abastecimento dos Gases Central de cilindros individuais. 5.3 – Abastecimento dos Gases Pallet (cesta) de cilindros. 5.3 – Abastecimento dos Gases Tanque criogênico. 5.3 – Abastecimento dos Gases 5.3 – Abastecimento dos Gases 6. Metal de Adição 6. Metal de Adição São classificados de acordo com as especificações da norma AWS Filler Metal Specifications by Material and Welding Process. 6. Metal de Adição 6. Metal de Adição 6.1. Fundentes Sua função é remover os óxidos da região da solda durante a soldagem. 6.1. Fundentes Óxidos que têm ponto de fusão maior que o metal de base dificultam a operação de soldagem e, ainda, podem formar inclusões. Por isto, os fundentes na soldagem a gás são usados somente para aços inoxidáveis, bronze, alumínio e outros ferrosos, não havendo necessidade de seu uso para a soldagem de aço-carbono. 7. Brasagem É um processo de união de materiais metálicos pelo qual, aplicada uma determinada temperatura, funde-se somente o metal de adição. 7. Brasagem 7. Brasagem 7. Brasagem 7. Brasagem 7. Brasagem 7.1. Brasagem em Forno 7.1. Brasagem em Forno 8. Aquecimentos Diversos Realizados antes e após a soldagem, desempeno, conformação, etc. 8. Aquecimentos Diversos - Desempeno 8. Pré e Pós-aqueciento 8. Aquecimentos Diversos - Flamagem Granito Bibliografia SILVA, F. J. G., Tecnologia da soldadura, 1 ed., Porto, PRT, Editora Publindústria, 2014. WAINER, E.; BRANDI, S.; MELLO, F., Soldagem: processos e metalurgia, São Paulo, SP, Editora Blucher, 2013. SENAI-SP, Soldagem, 1 ed., São Paulo, SP, Editora SENAI-SP, 2013. MARQUES, P. V.; MODENESI, P. J.; BRACARENSE, A. Q., Soldagem fundamentos e tecnologia, 3 ed., Belo Horizonte, MG, Editora UFMG, 2009. ALMEIDA, M. B. Q., Oxicorte, 1 ed., Rio de Janeiro, RJ, Editora SENAI/RJ, 2000. MACHADO, I. G., Soldagem e Técnicas Conexas - Processos, 1 ed., Porto Alegre, RS, Editado pelo autor, 1996.
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