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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara cível da Comarca de Itabuna/BA. JOANA, brasileira, solteira, técnico em contabilidade, portadora da identidade nº xxxxxx, expedida pelo xxxx, inscrito no CPF/MF xxxxx, moradora de Itabuna/BA, por seu advogado, com endereço profissional xxxxxx, para fim do artigo 77, inciso V do CPC. Vem a este juízo, propor. Ação de Anulação de negócio jurídico pelo procedimento comum, em face de JOAQUIM, brasileiro, portador da identidade nº xxxxx, expedida pelo xxxx, inscrito no CPF/MF kkkkk, morador de Itabuna/BA, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor. Gratuidade de justiça A autora possui insuficiência de recursos para pagar as taxas judiciárias e despesas processuais, na forma do artigo 115 do decreto lei estadual nº 5/75, e do artigo 98 do CPC, não tendo prejuízo do sustento próprio, motivo pelo qual tem direito a gratuidade de justiça. Audiência de conciliação ou mediação A autora é favorável a audiência de conciliação ou mediação, visando maior celeridade na solução do conflito e reaver seu bem jurídico. Dos fatos A autora recebeu a notícia que seu filho Marcos, de 18 anos de idade, tinha sido preso de forma ilegal e estava no presídio xxxxx. A autora procurou um advogado criminalista para atuar no caso, sendo lhe cobrado o valor de R$ 20.000,00 de honorários. A autora ao chegar em sua residencia, comentou com o réu o ocorrido, que propôs comprar o carro da autora, pelo valor de R$20.000,00, sendo que o valor de mercado do carro é de R$50.000,00. Como a autora estava pressionada pela situação do seu filho, celebrou o negócio jurídico com o réu. No dia seguinte, a autora descobriu que a avó paterna do seu filho havia contratado outro advogado para seu filho e que havia conseguido a liberdade do mesmo, mediante Habeas Corpus. Com esses acontecimentos, a autora procurou o réu para desfazer o negócio jurídico, não obtendo exito pois o réu não pretendia desfazê-lo. Dos fundamentos O vício de consentimento, manifestamente comprovado pelas testemunhas e provas apresentada, autoriza o Autor a formular seu pedido com fundamento nos art. 157 e 171, II do Código Civil: Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. §1º Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico. § 2o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito. Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. Dos pedidos Diante do exposto, o autor requer a esse juízo: I – Gratuidade de justiça; II – Designação de audiência e intimação do réu; III – Citação do réu para integrar a relação processual; IV – que seja julgado procedente o pedido; V – que seja julgado procedente o pedido para condenar o réu a devolver o bem jurídico com a devida conservação do bem, para que não se perca o valor do bem. Itabuna, xx, xxx de 2018 Aldair Menezes Neto OAB/RJ xxxxxxx
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