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CASO CONCRETO 8 Resposta: a) Trata-se de contrato unilateral, gratuito, consensual e solene, pois independe da entrega da coisa está ligado ao direito contratual; b) Tratando-se de doação não sujeita a encargo, se não houver aceitação por parte de Aquiles, o contrato será dado como celebrado, caracterizando-se o seu silêncio como manifestação de vontade. Caso a propriedade exigir acima do salário mínimo vigente, deve-se ser realizada escritura pública. 0004072-49.2015.8.19.0212 - APELAÇÃO Des(a). MARIANNA FUX - Julgamento: 18/04/2018 - VIGÉSIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL CONSUMIDOR AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA. PRETENSÃO AUTORAL FUNDADA EM INSTRUMENTO PARTICULAR DE DOAÇÃO DE IMÓVEL DE PAIS PARA FILHOS ANTE A ALEGAÇÃO DE RECUSA DO GENITOR DOADOR A OUTORGAR A ESCRITURA DEFINITIVA DO BEM. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. APELAÇÃO CÍVEL DOS AUTORES. 1. O caso versa sobre adjudicação compulsória, ação pessoal decorrente de contrato de promessa de compra e venda de imóvel quando, devidamente quitado, o promitente vendedor se recusa, sem justificativa, a proceder à escritura definitiva do bem, nos termos do art. 1.418 do Código Civil. 2. Os apelantes, filhos dos promitentes compradores, fundamentam o direito à escritura definitiva do imóvel em seus nomes em razão do contrato particular de doação de pais para filhos firmado em 2012, sendo que seu genitor, réu da ação, expressamente se opõe ao ato. 3. A doação, nos termos do art. 541 do Código Civil, é ato formal e será feita tanto por escritura pública como por instrumento particular, devendo-se observar a ressalva do art. 108 do referido diploma, segundo a qual a doação de imóveis de valores superiores a 30 salários mínimos exige a escrituração pública. 4. O imóvel sub judice é avaliado em R$ 450.000,00, fazendo-se forçoso reconhecer que o contrato de doação pelo instrumento particular não tem o condão de obrigar o recorrido a abrir mão do bem, razão pela qual, ausente o animus donandi, a pretensão dos recorrentes, fundada em doação nula, carece de fundamento jurídico. Precedentes: 0051720-45.2016.8.19.0000 - Agravo de Instrumento - Des(a). José Carlos Paes - Julgamento: 22/03/2017 - Décima Quarta Câmara Cível; 0002375- 86.2005.8.19.0068 - Apelação - Des(a). Carlos Eduardo Da Rosa Da Fonseca Passos - Julgamento: 04/08/2015 - Décima Oitava Câmara Cível. 5. Recurso desprovido. Majoração dos honorários sucumbenciais para 11% sobre o valor da causa, nos termos do art. 85, § 11, do CPC.
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