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Unidade I ESTUDOS DISCIPLINARES A evolução da mulher no mercado de trabalho Profa. Bernadete Lenza A evolução da mulher no mercado de trabalho Vamos refletir sobre o panorama mundial da trajetória da luta da mulher para a conquista da sua inserção no mercado de trabalho. Apenas depois da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), segundo Leskinen (2004), é que a presença da mulher no mercado de trabalho se fez sentir de forma consistente e crescente. Os homens iam para as batalhas e as mulheres passaram a assumir os negócios da família e o lugar dos homens no mercado de trabalho. A evolução da mulher no mercado de trabalho No Brasil, o ingresso das mulheres no mercado de trabalho foi lento até a década de 1970 quando, então, passou a crescer em um ritmo mais acelerado. Em épocas mais remotas, cabia à mulher a tarefa de manter a sobrevivência da espécie e, ao homem, o labor no suprimento de alimentos. A evolução da mulher no mercado de trabalho A transferência da produção têxtil da casa para o centro da fábrica foi, talvez, a mais rápida transformação acarretada pela Revolução Industrial. O sistema fabril gerado pela Revolução Industrial oferecia às mulheres um meio de sobrevivência, de independência econômica. Nessa época, as mulheres e as crianças eram preferidas nas indústrias, pois elas recebiam um salário inferior aos dos homens, mesmo estando na mesma função. Acker & Van Hauten (1974) citam que, na pesquisa de Hawthorne, as operárias, ao contrário dos homens, eram punidas se conversassem. A evolução da mulher no mercado de trabalho A liberdade e a independência financeira das mulheres aparecem como a maior reviravolta da segunda metade do século XX. O desemprego na família e o rebaixamento do valor da mão de obra provocaram o aumento da presença feminina no mercado de trabalho para compensar a perda do poder aquisitivo do grupo familiar. A evolução da mulher no mercado de trabalho É necessário destacar que em 8 de março de 1908, em uma indústria têxtil, em Nova York, cento e cinquenta mulheres foram queimadas vivas, trancadas por seus patrões dentro de uma fábrica, por reivindicarem melhores salários e menor jornada de trabalho. O dia 8 de março foi, desde então, considerado o Dia Internacional da Mulher, em homenagem a essas mártires da justiça. Interatividade Com o passar dos séculos, as mulheres foram conquistando o mercado de trabalho. Assim, é correto afirmar que: a) apesar do seu trabalho ser considerado de baixo nível, elas formavam um exército de trabalhadoras bem remuneradas. b) depois da Segunda Guerra, a presença da mulher no mercado de trabalho se fez sentir de forma consistente. c) o sistema fabril gerado pela Revolução Industrial oferecia às mulheres um meio de sobrevivência, de independência econômica, de elevar-se da mera subsistência. d) mais recentemente, as mulheres têm condições de trabalho e de remuneração iguais ou superiores às dos homens. e) as profissões em que há mais mulheres são as de executivos e técnicos. Resposta Com o passar dos séculos, as mulheres foram conquistando o mercado de trabalho. Assim, é correto afirmar que: a) apesar do seu trabalho ser considerado de baixo nível, elas formavam um exército de trabalhadoras bem remuneradas. b) depois da Segunda Guerra, a presença da mulher no mercado de trabalho se fez sentir de forma consistente. c) o sistema fabril gerado pela Revolução Industrial oferecia às mulheres um meio de sobrevivência, de independência econômica, de elevar-se da mera subsistência. d) mais recentemente, as mulheres têm condições de trabalho e de remuneração iguais ou superiores às dos homens. e) as profissões em que há mais mulheres são as de executivos e técnicos. A evolução da mulher no mercado de trabalho Mais recentemente, as mulheres, a fim de serem admitidas no mercado de trabalho, foram levadas a aceitar condições de trabalho e de remuneração inferiores às dos homens. Não são raros os empregadores que ainda hoje consideram o salário feminino como um rendimento “de ajuda” à família. A evolução da mulher no mercado de trabalho Alguns empregadores ainda argumentam que as mulheres não têm conhecimentos suficientes, tornando-se incapazes, portanto, de ocuparem cargos de maior prestígio. Outro fator a ser salientado é que as profissões onde há mais homens são as de executivos e técnicos, enquanto aquelas onde há mais mulheres são as de empregados, qualificados ou não. A evolução da mulher no mercado de trabalho Ainda hoje existem profissões pouco valorizadas e mal pagas que são verdadeiros guetos femininos, como: professora da Educação Fundamental; administração pública; saúde; ensino; serviços comunitários; serviços pessoais; comunicação. A evolução da mulher no mercado de trabalho Alguns ramos da indústria moderna, como o eletroeletrônico, também empregam mulheres para funções que requerem qualidades culturalmente atribuídas às mulheres, como: paciência; docilidade; meticulosidade; delicadeza. No meio rural, as mulheres são a maioria entre os que trabalham sem remuneração, em atividades para o próprio consumo ou na produção familiar. A evolução da mulher no mercado de trabalho A participação feminina nos cargos de direção é muito restrita e a das mulheres negras é bem menor que a das não negras. As trabalhadoras negras, discriminadas por gênero e por raça, se enquadram entre as que: são as mais pobres; trabalham em situações mais precárias; têm menos anos de estudo; têm menos possibilidades de carreira; têm rendimentos mais baixos; têm as mais altas taxas de desemprego. A evolução da mulher no mercado de trabalho Além de sofrerem discriminações, as mulheres necessitam enfrentar outro cruel dilema que lhes impõe a sociedade moderna, ou seja, a de ter que escolher entre a profissão e a maternidade. A maternidade, apesar de ser valorizada socialmente, é um dos mais fortes motivos de discriminação. A evolução da mulher no mercado de trabalho Apesar do aumento do trabalho externo, as mulheres têm, após o trabalho, que organizar, planejar e executar as tarefas domésticas, além de cuidar tanto do cônjuge como das crianças. Mesmo as mulheres que contratam outras mulheres para as atividades domésticas, têm, mesmo assim, que gerenciar essas funcionárias. As mulheres que “não trabalham fora” fazem parte da chamada população economicamente não ativa, embora suas atividades sejam fundamentais para que outros membros da família possam exercer atividades remuneradas. A evolução da mulher no mercado de trabalho Os dados mais recentes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada mostram que as brasileiras dedicam 26 horas semanais às tarefas domésticas ocupando, inclusive, os fins de semana, enquanto os homens gastam apenas 10 horas. Interatividade Com relação à visão sobre a mulher no mercado de trabalho, é correto o que se afirma em: a) alguns empregadores não confiam na capacidade das mulheres para ocuparem cargos de maior prestígio. b) não existem mais profissões mal pagas em guetos nos quais as mulheres dominam. c) mais recentemente, as mulheres não mais aceitam remunerações inferiores às dos homens na mesma função. d) a participação feminina nos cargos de direção é igualmente restrita às mulheres brancas e negras. e) a maternidade é um dos mais fortes motivos de respeito à mulher, não interferindo na suadiscriminação. Resposta Com relação à visão sobre a mulher no mercado de trabalho, é correto o que se afirma em: a) alguns empregadores não confiam na capacidade das mulheres para ocuparem cargos de maior prestígio. b) não existem mais profissões mal pagas em guetos nos quais as mulheres dominam. c) mais recentemente, as mulheres não mais aceitam remunerações inferiores às dos homens na mesma função. d) a participação feminina nos cargos de direção é igualmente restrita às mulheres brancas e negras. e) a maternidade é um dos mais fortes motivos de respeito à mulher, não interferindo na sua discriminação. A evolução da mulher no mercado de trabalho Em 2003, o Instituto Ethos radiografou a situação da desigualdade globalizada das mulheres no mundo do trabalho e na sociedade em geral. Segundo a Secretaria Geral das Nações Unidas = ONU =, existem, em todo o planeta, pessoas vivendo abaixo da linha de extrema pobreza, sendo que, mais da metade é composta por mulheres, fenômeno identificado como “feminização da pobreza”. A evolução da mulher no mercado de trabalho O fenômeno identificado como “feminização da pobreza”: impede as mulheres de viver plenamente seus direitos de cidadania; dificulta sua capacidade de reagir; com isso, forma-se um círculo vicioso que piora cada vez mais a qualidade de vida de milhões de mulheres em todo o mundo; essa situação atinge, também, os filhos dessas mulheres, o que contribui para a piora do quadro de miséria. A evolução da mulher no mercado de trabalho A quebra desse círculo vicioso é uma das condições para diminuir a pobreza do mundo. Outro fator agravante para a “feminização da pobreza” diz respeito à escolaridade. Sabe-se que dois terços dos analfabetos do mundo são mulheres. Para capacitar as mulheres a ocupar papéis mais ativos na sociedade é necessário dar oportunidades iguais aos meninos e às meninas ao acesso à escolarização. A evolução da mulher no mercado de trabalho No Brasil, entretanto, as mulheres já alcançaram um nível de escolaridade maior do que o dos homens e são quase metade da população economicamente ativa. Inclusive, “atingir a universalização do ensino fundamental” já foi parcialmente alcançada no Brasil. O grande desafio brasileiro, atualmente, é ampliar o tempo de permanência das crianças na escola. Interatividade Com relação à escolaridade, que é um dos fatores agravantes para “feminização da pobreza” e a situação da mulher, pode-se afirmar que: a) Dois terços dos miseráveis do mundo são mulheres. b) Apesar da “feminização da pobreza”, as mulheres que aí se enquadram não perderam sua dignidade. c) A escolarização informal será um dos alicerces para capacitar as mulheres a ocupar papéis mais ativos na economia e na política do país, garante o Instituto Ethos. d) No Brasil, as mulheres ainda têm um nível de escolaridade bem inferior ao dos homens. e) O grande desafio brasileiro, atualmente é ampliar o tempo de permanência das crianças na escola. Resposta Com relação à escolaridade, que é um dos fatores agravantes para “feminização da pobreza” e a situação da mulher, pode-se afirmar que: a) Dois terços dos miseráveis do mundo são mulheres. b) Apesar da “feminização da pobreza”, as mulheres que aí se enquadram não perderam sua dignidade. c) A escolarização informal será um dos alicerces para capacitar as mulheres a ocupar papéis mais ativos na economia e na política do país, garante o Instituto Ethos. d) No Brasil, as mulheres ainda têm um nível de escolaridade bem inferior ao dos homens. e) O grande desafio brasileiro, atualmente é ampliar o tempo de permanência das crianças na escola. A evolução da mulher no mercado de trabalho A Revista Exame (2014) aponta que 83% dos cargos de gerência ou superiores na Microsoft são ocupados por homens. Acrescenta ainda que, dos 14 vice-presidentes, apenas três são mulheres. Embora seja crescente o número de mulheres em postos de comando, fica evidente a pequena participação feminina na cúpula das empresas e, as que estão lá, ocupam cargos que quase nunca formam presidentes. A evolução da mulher no mercado de trabalho Mais estatísticas Segundo a revista Exame (2015), no mundo, as mulheres ocupam apenas 13% da alta liderança, enquanto no Brasil as mulheres detêm 35% dos cargos de média gerência e 16% dos altos cargos executivos. Entre os presidentes de empresa, as mulheres são apenas 2%. No Congresso Nacional, menos de 10% das bancadas na Câmara de Deputados são ocupadas por mulheres. A evolução da mulher no mercado de trabalho Por sua vez, mesmo que mulheres se formem, por exemplo, em medicina, normalmente estão quase ausentes nos mais prestigiados campos, como o da cirurgia. A explicação para esse fato não reside no nível de escolaridade das brasileiras, mas sim, nas barreiras invisíveis para a carreira das mulheres no mundo do trabalho. A evolução da mulher no mercado de trabalho Existem pelo menos três formas de discriminação da mulher: a direta; a indireta ou não assumida; a autodiscriminação. A evolução da mulher no mercado de trabalho Discriminação direta É baseada em regras legais ou institucionais. Por exemplo: normas internas de empresas que impediam a contratação de mulheres para determinadas funções; o estabelecimento de critérios para a contratação que eliminam mulheres casadas e com filhos. A evolução da mulher no mercado de trabalho Discriminação indireta ou não assumida São as principais formas de discriminação contra a mulher. Estruturam-se em ideias preconcebidas que atribuem habilidades e competências de acordo com o sexo, a cor da pele, a idade etc. Tendem a valorizar: a inteligência, a força física, o discernimento e a capacidade de decisão como habilidades masculinas; a afetividade, meticulosidade, paciência, inconstância e indecisão como atributos femininos. A evolução da mulher no mercado de trabalho Autodiscriminação As próprias mulheres estabelecem limites para seus espaços de atuação. As próprias mulheres dirigem-se para profissões consideradas femininas e, normalmente, mais mal remuneradas. Poucas são as mulheres que ousam se imaginar em espaços considerados masculinos, como chefes de tecnologia de informação, diretores de empresas etc. Interatividade Contribuindo para as desvantagens das mulheres no mundo do trabalho e na sociedade estão três formas de discriminação: a direta, a indireta e a autodiscriminação. Com relação à discriminação indireta, pode-se afirmar que: a) as próprias mulheres limitam-se para as profissões. b) apresenta normas empresariais que impedem a contratação de mulheres para determinadas funções. c) é baseada em regras legais ou institucionais. d) as próprias mulheres não se imaginam como diretoras de empresas. e) são as principais formas de discriminação contra a mulher. Resposta Contribuindo para as desvantagens das mulheres no mundo do trabalho e na sociedade estão três formas de discriminação: a direta, a indireta e a autodiscriminação. Com relação à discriminação indireta, pode-se afirmar que: a) as próprias mulheres limitam-se para as profissões. b) apresenta normas empresariais que impedem a contratação de mulheres para determinadas funções. c) é baseada em regras legais ou institucionais. d) as próprias mulheres não se imaginam como diretoras de empresas. e) são as principais formas de discriminação contra a mulher.ATÉ A PRÓXIMA! Slide Number 1 A evolução da mulher no mercado de trabalho A evolução da mulher no mercado de trabalho A evolução da mulher no mercado de trabalho A evolução da mulher no mercado de trabalho A evolução da mulher no mercado de trabalho Interatividade Resposta A evolução da mulher no mercado de trabalho A evolução da mulher no mercado de trabalho A evolução da mulher no mercado de trabalho A evolução da mulher no mercado de trabalho A evolução da mulher no mercado de trabalho A evolução da mulher no mercado de trabalho A evolução da mulher no mercado de trabalho A evolução da mulher no mercado de trabalho Interatividade Resposta A evolução da mulher no mercado de trabalho A evolução da mulher no mercado de trabalho A evolução da mulher no mercado de trabalho A evolução da mulher no mercado de trabalho Interatividade Resposta A evolução da mulher no mercado de trabalho A evolução da mulher no mercado de trabalho A evolução da mulher no mercado de trabalho A evolução da mulher no mercado de trabalho A evolução da mulher no mercado de trabalho A evolução da mulher no mercado de trabalho A evolução da mulher no mercado de trabalho Interatividade Resposta Slide Number 34
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