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CASO CONCRETO 3 - DIREITO ADMINISTRATIVO 1

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CASO 3 
 
José está inscrito em concurso público para o cargo de assistente administrativo da 
Administração Pública direta do Estado de Roraima. Após a realização das provas, ele foi 
aprovado para a fase final do certame, que previa, além da apresentação de documentos, 
exames médicos e psicológicos. A lista dos candidatos aprovados e o prazo para a 
apresentação dos documentos pessoais e para a realização dos exames médicos e 
psicológicos foram publicados no Diário Oficial do Poder Executivo do Estado de Roraima após 
01 (um) ano da realização das provas; assim como foram veiculados através do site da Internet 
da Administração Pública direta do Estado, tal como previsto no respectivo edital do concurso. 
 
Entretanto, José reside em município localizado no interior do Estado de Roraima, onde não 
circula o Diário Oficial e que, por questões geográficas, não é provido de Internet. Por tais 
razões, José perde os prazos para o cumprimento da apresentação de documentos e dos 
exames médicos e psicológicos e só toma conhecimento da situação quando resolve entrar em 
contato telefônico com a secretaria do concurso. Insatisfeito, José procura um advogado para 
ingressar com um Mandado de Segurança contra a ausência de intimação específica e pessoal 
quando de sua aprovação e dos prazos pertinentes à fase final do concurso. Na qualidade de 
advogado de José, indique os argumentos jurídicos a serem utilizados nessa ação judicial. 
 
R: O prazo para a realização da segunda fase do concurso após 01 (um) ano da fase 
inicial é demasiadamente longo, e a vida hodierna nos enche de responsabilidades e 
preocupações, de maneira que é desarrazoado exigir que durante todo esse prazo, o 
candidato verifique na internet todos os dias se sua tão sonhada nomeação foi realizada. 
A situação se torna mais dramática em se tratando de candidatos que não dispõe de 
internet em suas casas, o que não é nada impressionante em se cuidando de Brasil. 
Imagine-se a quantidade de dinheiro que os candidatos ao final de desse ano terão 
despendido, gastando com acesso à internet por ciber. 
Ademais, se o candidato de concurso público tem obrigação de manter seus dados 
cadastrais atualizados, não faz sentido desprezá-los no momento mais importante: o da 
nomeação. A Administração não pode comunicar o aprovado por mera publicação em 
diário oficial. Portanto, caso haja justificativa que de maneira embase a razão da perda 
do prazo em data prevista no edital, pode ser que na via judicial o magistrado entenda 
razoável abrir novo prazo para que o candidato realize o cumprimento da segunda fase 
do referido concurso.

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