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Unidade 01 O Transito Brasileiro

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INTRODUÇÃO
GESTÃO DO TRÂNSITO
Sejam bem-vindos a este curso autoinstrucional sobre Gestão de Trânsito.
Por ser autoinstrucional, este curso é feito sem o auxílio de tutores ou de professores e compete ao aluno avançar na construção dos conhecimentos propostos. Para tanto, o curso foi concebido de forma didática, em torno das seguintes unidades:
O trânsito brasileiro
O Sistema Nacional de Trânsito (SNT)
Gestão de Trânsito: Fundamentos e Princípios
Gestão Municipal do Trânsito
Convênios
O curso foi previsto para ter a duração total de 30 horas (2 horas em média por unidade). 
Cada unidade de conteúdo é concluída por um exercício de passagem para a unidade seguinte. 
Ao final do curso, isto é, da 5.ª unidade, o cursista poderá imprimir seu próprio certificado de conclusão. 
Bom aproveitamento em seu curso sobre Gestão de Trânsito.
Sendo um curso autoinstrucional, vamos procurar estabelecer uma dinâmica de comunicação com você, por meio dos seguintes avisos: 
Ênfase em alguma parte do conteúdo do curso. 
Indicação de algum aviso. 
Indicação de alguma questão importante. 
Você está pronto para iniciar?
Então, dirija-e à Unidade 1, clique no link indicativo da mesma e avance na interação com os conteúdos ali propostos.
UNIDADE 1
O TRÂNSITO BRASILEIRO
Algumas Considerações e Reflexões 
Ao iniciarmos este curso dirigido a profissionais que atuam na área de trânsito, é importante retomarmos a dimensão do significado expresso na palavra trânsito.
"Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos, animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, 
para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.”
CTB, Artigo 1°, §1°.
Atenção! 
Este curso, a ser feito totalmente sem tutoria, necessita de sua atenção, de sua disciplina e de seu engajamento. Sua participação responsável é essencial! 
O trânsito também é o resultado da distribuição dos diversos tipos de uso do solo das cidades e dos deslocamentos diários das pessoas para trabalhar, se educar, se divertir, cuidar da saúde, entre tantos outros.
Leia!
O trânsito não é só uma questão técnica, é também uma questão social e política, pois representa o movimento das pessoas no espaço urbano, numa sociedade industrial capitalista.
Eduardo Vasconcelos, escritor, 1985 (citado por Rodrigues, p. 154
Portanto, o trânsito não é um termo abstrato ou tampouco um fenômeno relacionado apenas aos grandes centros urbanos. Todas as pessoas – em todos os lugares e em todos os tempos – transitam. Em pequenos vilarejos ou em grandes cidades, o trânsito está presente e se reflete no ir e vir de sua gente: a pé, de bicicleta, de barco, de charrete, de automóvel, de ônibus... 
Resumindo, podemos dizer que trânsito é a movimentação e mobilização das pessoas, veículos e animais em via pública. Para tanto, há necessidade de os usuários negociarem essa ocupação, devendo observar as normas de circulação e conduta, a educação e o bom senso. 
Legislação de Trânsito
Importância da Legislação de Trânsito 
Como vimos, as normas são de fundamental importância para que se possa organizar o trânsito nas vias públicas.
O conhecimento da normatização e regulamentação expressas na legislação de trânsito brasileira constitui-se numa grande necessidade para os gestores de trânsito.
A legislação de trânsito deve ser a base para o trabalho e decisões tomadas em todos os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito. 
Para que a legislação seja efetivamente cumprida, é imprescindível que todos os órgãos e entidades que compõem o Sistema Nacional de Trânsito (nas esferas federal, estadual e municipal) estejam integrados e engajados, formando uma rede que priorize a defesa da vida.
Para que isto aconteça é preciso unidade nas ações dos responsáveis pelo trânsito e unidade se efetivará pelo conhecimento e aplicação da norma estabelecida na legislação. 
Atenção!
Não deixe lacunas em seu conhecimento! Sempre que necessário, recorra ao botão “voltar” e retome as informações que, eventualmente, não tiverem sido agregadas sob a forma de conhecimentos! 
Esse é um desafio que exige, principalmente:
a melhoria da qualidade de desempenho dos órgãos e das entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, por meio da capacitação e do aperfeiçoamento permanentes de pessoal em todas as áreas relacionadas ao trânsito;
o fortalecimento dos Conselhos Estaduais de Trânsito e das Juntas Administrativas de Recursos de Infração;
a busca de soluções legais, políticas e técnicas para o aprimoramento dos sistemas de controle e gestão de recursos financeiros destinados ao trânsito;
a padronização de ações e procedimentos. 
Breve Histórico
A chegada dos primeiros automóveis no Brasil deu-se por volta de 1890. Porém, somente em 17 de dezembro de 1929, por meio do Decreto n.º 19.038, foi promulgada a convenção internacional relativa à circulação de automóveis, firmada em Paris em 24 de abril de 1926. 
Quinze anos mais tarde, em 28 de janeiro de 1941, o Brasil instituiu o primeiro Código Nacional de Trânsito (Decreto-Lei n.º 2.994). Em setembro do mesmo ano, outro Decreto-Lei, n.º 3.651, deu nova redação ao Código, criando o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), com sede no Distrito Federal (na época, o Rio de Janeiro), subordinado diretamente ao Ministro da Justiça e Negócios Interiores, e os Conselhos Regionais de Trânsito (CRT) nas capitais dos Estados, subordinados aos respectivos governos.
Este Decreto, composto de 143 artigos, estabeleceu pioneiramente uma terminologia para interpretação do Código, definindo entre outros termos, trânsito ou tráfego como “movimento de pessoas, animais montados ou em tropa, veículos e outros meios ou aparelhos de transporte, isolados ou agrupados, fazendo uso de rua, estrada ou caminho; via pública como toda rua, caminho, estrada, ou passagem de domínio público, em zona urbana, suburbana e rural, destinados ao trânsito público.”
Teve, entretanto, curta duração, pois oito meses depois foi revogado pelo Decreto-Lei n.º 3.651, de 25 de setembro de 1941 que, basicamente, manteve as mesmas disposições, deferindo expressamente aos Estados a atribuição de regulamentar o trânsito de veículos automotores, devendo, contudo, a legislação adaptar-se à Lei Nacional.
No II Congresso Nacional de Trânsito, realizado em 1958, em Quintandinha (PR), surgiu o primeiro anteprojeto de um novo Código de Trânsito, em substituição ao que vigia desde 1941, tendo o documento sido entregue ao Ministro da Justiça em dezembro de 1958. Em 26 de agosto de 1960 foi remetida ao Congresso Nacional a Mensagem n.º 329/1960, do Poder Executivo. 
Leia!
"O Código Nacional de Trânsito, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 3.651, de 25 de setembro de 1941, em que pese seu alto teor, está, no consenso unânime dos que lhe devem dar aplicação ou cobrar-lhe respeito, como de quantos se sujeitam às suas regras, a reclamar reforma, a fim de se adequar às exigências das novas conquistas no campo da técnica e oferecer ou possibilitar solução a problemas levantados pelo crescimento da população dos grandes centros e pelo enorme desenvolvimento do tráfego urbano e interestadual."
Trecho da Mensagem n.º 329/60.
Em 21 de setembro de 1966, a Lei n.° 5.108 instituiu o segundo Código Nacional de Trânsito. Cinco meses depois, em 28 de fevereiro de 1967, o Decreto-Lei n.º 237, modificou o Código e criou o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), integrante do Ministério da Justiça e dos Negócios Interiores. 
Finalmente, trinta e um anos após a vigência da Lei n.º 5.108, foi instituído o Código de Trânsito Brasileiro (Lei n.º 9.503, de 23 de setembro de 1997), vigorando a partir de 22 de janeiro de 1998.
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) trouxe muitas inovações. Uma das mais significativas é que, pela primeira vez na história do trânsito brasileiro, os municípios são efetivamente reconhecidos como responsáveispelas questões relativas ao transitar de seus habitantes. 
Por meio das competências que lhe são atribuídas no CTB, os municípios,  independentemente do tamanho, devem oferecer maior segurança à sua população. 
Devem descobrir suas reais necessidades e adotar medidas preventivas; devem planejar e executar ações que promovam o exercício da cidadania no espaço urbano, de modo que todas as pessoas usufruam o seu direito de ir e vir.
Ordem de Prevalência das Normas que regem o Trânsito Brasileiro
Legislação de trânsito é o conjunto de normas legais que regem o trânsito no País.
Pela ordem de prevalência, as normativas legais que regem o trânsito brasileiro, são as seguintes: 
Constituição Federal
Código de Trânsito Brasileiro
Convenção sobre Trânsito Viário de Viena
Acordo sobre Regulamentação Básica Unificada de Trânsito (Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai)
Leis relacionadas ao trânsito
Decretos federais
Resoluções do Contran 
Portarias
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 
Promulgada pelo Congresso Nacional, (Assembleia Nacional Constituinte), em 1988, a Constituição Brasileira estabelece os princípios, os direitos e as garantias fundamentais, a organização do Estado, a organização dos poderes, a defesa do Estado e das instituições democráticas, a tributação, o orçamento, a ordem econômica e financeira e a ordem social.
Atenção!
Um excelente recurso para a retenção de informações é a tomada de notas. Use um bloco e faça suas anotações a respeito do conteúdo! 
A Constituição Federal reserva privativamente à União, competência para legislar sobre trânsito e transporte (Artigo 22, inciso XI).
Preceitua ser de competência comum à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a proteção do meio ambiente e o combate à poluição em qualquer de suas formas (Artigo 23, inciso VI); o estabelecimento e a implementação da política de educação para a segurança no trânsito (Artigo 23, inciso XII).
A Constituição Federal atribui ao município competência para promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo (Artigo 30, inciso VII). 
Por vezes, alguns estados e municípios têm procurado criar novas regras, por meio de legislação estadual ou municipal, porém o Supremo Tribunal Federal (STF) tem, reiteradas vezes, considerado inconstitucionais leis estaduais e municipais que invadem competência privativa da União, legislando, por exemplo, sobre sinalização, valores e anistia de multas.
São exemplos disso as duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade  apresentadas a seguir.
ADI 2802 /RS – RIO GRANDE DO SUL
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Relator(a): Min. ELLEN GRACIE
Julgamento: 09/10/2003 Órgão Julgador:Tribunal Pleno 
Publicação: DJ DATA-31-10-2003 PP-00014 EMENT VOL-02130-02 PP-00307
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI N. 11.604, DE 23.04.2001, DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. TRÂNSITO. INVASÃO DA COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DA UNIÃO PREVISTA NO ART. 22, XI DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Já é pacífico neste Supremo Tribunal o entendimento de que o trânsito é matéria cuja competência legislativa é atribuída, privativamente, à União, conforme reza o art. 22, XI da Constituição Federal. ADI n. 2.064, Maurício Corrêa e ADI n. 2.137-MC, Sepúlveda Pertence. Em casos análogos ao presente, esta Corte declarou a inconstitucionalidade formal de normas estaduais que exigiam a sinalização da presença de equipamentos de fiscalização eletrônica, fixavam limites de velocidade nas rodovias do Estado-membro e instituíam condições de validade das notificações de multa de trânsito. Precedentes: ADI 1.592, Moreira Alves, ADI 2.582, Sepúlveda Pertence e ADI 2.328-MC, Maurício Corrêa. Ação direta cujo pedido se julga procedente.
ADI 1592 / DF – DISTRITO FEDERAL
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Relator(a): Min. MOREIRA ALVES
Julgamento: 03/02/2003 Órgão Julgador: Tribunal Pleno
Publicação: DJ DATA-09-05-2003 PP-00043 EMENT VOL-02109-01 PP-00161
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI N. 1.407, DE 17 DE MARÇO DE 1997, DO DISTRITO FEDERAL. A Lei em causa é inconstitucional por invadir a competência privativa da União prevista no artigo 22, XI, da Constituição, inexistindo a autorização por Lei complementar aos Estados aludida no parágrafo único do mesmo dispositivo constitucional. Ação que se julga procedente, para declarar-se a inconstitucionalidade da Lei n. 1.407, de 17 de março de 1997, do Distrito Federal.
A respeito da competência, vale ainda a lição de Hely Lopes Meirelles, que expõe: “de um modo geral, pode-se dizer que cabe à União legislar sobre os assuntos nacionais de trânsito e transporte, ao Estado-membro compete regular e prover os aspectos regionais e a circulação intermunicipal em seu território, e ao município cabe a ordenação do trânsito urbano, que é de seu interesse local.
Assim, não se discute o direito do município regular o trânsito em seu território, sem, para tanto, infringir as normas federais ou supletivas estaduais.
Entretanto, os municípios podem: instituir sentido único de trânsito; proibi-los para veículos ou animais; estabelecer limites de velocidade, de peso e dimensões; firmar áreas de estacionamento; proibir conversão ou retorno; impor restrições ao uso das vias, mediante fixação de local, horário e período para estacionamento, embarque e desembarque de passageiros ou cargas. Mas não cabe ao município disciplinar o trânsito nas estradas estaduais ou o Estado regulamentar o uso das ruas da cidade.
Código de Trânsito Brasileiro (CTB)  
Instituído pela Lei n.º 9.503, de 23 de setembro de 1997, e publicada no dia 24 do mesmo mês, entrou em vigor em 22 de janeiro de 1998 (cento e vinte dias após a publicação).
O CTB é resultado de um debate que teve início com a Portaria Ministerial n. 345-B, de 21 de setembro de 1973, que nomeou uma comissão de técnicos para proceder à revisão da Lei n.º 5.108, de 21 de setembro de 1966, o antigo Código Nacional de Trânsito.
Pelo Decreto Presidencial de 06 de junho de 1991, foi criada a comissão especial vinculada ao Ministério da Justiça e coordenada pelo Presidente do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), destinada a elaborar o anteprojeto do novo Código Nacional de Trânsito, estabelecendo o prazo de 120 dias para conclusão dos trabalhos, posteriormente prorrogado em mais 90 dias, por meio do Decreto Presidencial de 11 de novembro de 1991.
Elaborado o anteprojeto, por determinação do Ministro da Justiça, na Portaria n.º 330, de 7 de julho de 1992, foi publicado no Diário Oficial da União, na edição de 13 de julho de 1992, abrindo-se à sociedade o prazo de 30 dias para o oferecimento de sugestões a serem encaminhadas ao Ministro da Justiça.
Depois de tramitar na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, em 23 de setembro de 1997, o Presidente da República, por meio da Mensagem n.° 1.056, vetou vários dispositivos do Projeto de Lei n.° 3.710, de 1993, e instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, Lei n.° 9.503, de 23 de setembro de 1997.
Convenção sobre Trânsito Viário de Viena (CTV) 
Firmada em Viena, na Áustria, em 8 de novembro de 1968, e à qual o Brasil aderiu como Parte Contratante, foi aprovada pelo Decreto Legislativo n.º 33, de 13 de maio de 1980, entrando em vigor para o Brasil, nos termos de seu Artigo 47, Parágrafo 2º, em 29 de outubro de 1981, sendo promulgada pelo Decreto n.º 86.714, de 10 de dezembro de 1981, do Executivo Federal, com algumas reservas.
Vigora no Brasil nos aspectos que não contrariam o CTB.
Trata-se de um ato internacional que o Brasil não denunciou e, portanto, continua em vigor para o trânsito internacional de condutores oriundos de outros países contratantes em trânsito no Brasil.
De igual forma, é válido para o condutor brasileiro em trânsito no território de país estrangeiro signatário da Convenção.
O nosso próprio código assimiloumuito das normas e disposições da CTV ao seu próprio texto.
Os conflitos, por isso mesmo, são de pequena monta, pouco significativos e não os incompatibiliza, no essencial.
Acordo sobre Regulamentação Básica Unificada de Trânsito (Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru eUruguai) 
Trata-se de acordo internacional firmado pelo Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai sobre o trânsito estrangeiro nos territórios destes países.
Regulamentado por meio do Decreto Federal, de 3 de agosto de 1993, o acordo unifica procedimentos para o trânsito internacional, inclusive quanto à obrigatoriedade recíproca de se reconhecer os documentos originais de habilitação dos condutores oriundos de outro país contratante, bem como as licenças dos veículos: Os países signatários deste Acordo reconhecerão a licença nacional de dirigir emitida por qualquer um dos demais países signatários (Artigo. IV, 9).
Atenção!
É importante observar que o condutor estrangeiro está obrigado a cumprir as leis e regulamentos vigentes no país em que se encontra. 
Leis relacionadas ao trânsito
Promulgadas pelo Congresso Nacional e sancionadas pelo Presidente da República, estabelecem regras que valem para todo o território nacional.
Na área de trânsito há leis que, embora não alterem dispositivos do CTB, tratam objetivamente da matéria ou têm estreita relação com o trânsito. Como exemplos:
A Lei n.º 5.970, de 11 de dezembro de 1973, que exclui a aplicação de dispositivos do Código de Processo Penal, em casos de acidentes de trânsito, quando os veículos permanecerem no leito da via e estiverem atrapalhando a livre circulação.
A Lei n.º 6.194, de 19 de dezembro de 1974 (alterada pela Lei n. 8.441/92), que instituiu o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT).
Decretos Federais
São baixados pelo Presidente da República e regulamentam dispositivos das leis de competência do Poder Executivo. O texto do decreto pode ser originado em qualquer Ministério, sendo posteriormente encaminhado à Casa Civil da Presidência da República, que após análise jurídica e política, é encaminhado ao Presidente da República para assinatura.
Como exemplo, podemos citar:
O Decreto n.º 4.710, de 29 de maio de 2003, que criou a Câmara Interministerial de Trânsito e dispõe sobre o seu funcionamento.
O Decreto n.º 4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito e sobre a composição do Contran, revogando o Decreto n.º 2.327, de 23 de setembro de 1997.
Resoluções do Denatran
O primeiro e mais importante caráter das Resoluções do Contran, que regulamentam o CTB, é que tem força de lei, como bem cita Arnaldo Rizzardo:
Desde o momento em que a lei delega a um órgão expedir normas sobre determinadas matérias, tais normas obrigam, não se permitindo o descumprimento em razão de não inseridas em leis específicas. Por outras palavras, induvidoso que possuem força de lei as determinações do CONTRAN sobre trânsito.
Você Sabia?
Atualmente existem cerca de 360 resoluções do Contran publicadas, tratando dos mais variados aspectos referentes ao trânsito: habilitação de condutores, registro e licenciamento de veículos, segurança para fabricação e transformação de veículos, componentes e equipamentos veiculares, engenharia de trânsito (sinalização viária). 
Os conteúdos das resoluções podem ser sugeridos pelos órgãos ou entidades de trânsito, fabricantes de veículos, entidades não governamentais, associação de classe e outras entidades públicas e privadas.
O texto básico da resolução é discutido e aprofundado nas Câmaras Temáticas e no Fórum Consultivo, acompanhados pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e levados à reunião do Contran para aprovação.
Nos casos de urgência e de relevante interesse público, o presidente do Contran poderá deliberar ad referendum do Colegiado, como dispõe o seu Regimento Interno (Artigo 6º, inciso IX)
Portarias
São atos administrativos baixados pelo Denatran e têm por objetivo regulamentar práticas operacionais e administrativas na relação entre os órgãos e entidades do SNT e o Denatran, bem como regulamentar resoluções do Contran. 
Como exemplos, citamos: 
A Portaria n.º 17, de 22 de março de 2000, do Denatran, que regulamentou os procedimentos para aplicação da Resolução n.º 78, de 19 de novembro de 1998, do Contran, que trata das normas e requisitos de segurança para a fabricação, montagem e transformação de veículos.
A Portaria n.º 14, de 27 de novembro de 2003, do Denatran, que trata do registro dos contratos de alienação fiduciária de veículos registrados e licenciados junto à sua base estadual do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam).
A Portaria n.º 3, de 11 de março de 2004, do Denatran, que traz instruções complementares para a operacionalização do Registro Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf), conforme determinam os Artigos 6º e 7º da Resolução n.º 155, de 28 de janeiro de 2004, do Contran.
A Portaria n.º 147, de 2 de junho de 2009,  que aprova as Diretrizes Nacionais da Educação para o Trânsito na Pré-Escola e no Ensino Fundamental.
Para ter acesso às demais portarias, deliberações e resoluções, visite o site do Denatran: http://www.denatran.gov.br.
Atenção!
Antes de passar para a Unidade 2, além de fazer os exercícios de verificação dos conhecimentos construídos, esteja seguro de ter apreendido corretamente todo o conteúdo proposto na Unidade 1. Caso seja necessário, volte, releia e reveja suas anotaçòes!

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