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Unidade 03 Gestao de Transito Fundamentos e Principios

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UNIDADE 3
GESTÃO DE TRÂNSITO: FUNDAMENTOS E PRINCÍPIOS 
Nas unidades anteriores, revisitamos conceitos fundamentais para o alcance dos objetivos deste curso; revimos as normas que regem o trânsito brasileiro, sua ordem de prevalência e analisamos os órgãos e entidades que constituem o Sistema Nacional de Trânsito (SNT), nas diferentes instâncias. 
Nesta unidade, estudaremos princípios da administração e características do gestor, com vistas a estabelecer relações com a ação e administração realizadas nos órgãos e entidades do SNT. 
Atuar e gerenciar organizações encarregadas de administrar as questões de trânsito, independentemente da esfera a que pertence, exige objetividade e sistematização de pressupostos teóricos sobre administração e gestão, não apenas dos gestores, mas de todos que trabalham nestas instituições.
O que é Administrar?
Administrar quer dizer dirigir ou gerir uma instituição, um negócio, um país, uma região... O período durante o qual uma pessoa dirige ou gerencia uma instituição, um negócio, um país, uma região é denominado gestão. Em nosso caso, portanto, gestor é aquele que por um determinado período dirige um órgão ou entidade do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
Fayol foi o primeiro a definir as funções básicas do administrador: planejar, organizar, controlar, coordenar e comandar (POCCC).
Atualmente, sobretudo com as contribuições da abordagem neoclássica da Administração, em que um dos maiores nomes é Peter Drucker, os princípios foram redefinidos e são conhecidos como planejar, organizar, dirigir e controlar (PODC).
Sendo assim, as principais funções administrativas são:
Fixar objetivos (planejar);
Analisar (conhecer) e solucionar problemas;
Organizar e alocar recursos (recursos financeiros e tecnológicos e as pessoas);
Comunicar, dirigir e motivar as pessoas (liderar); 
Tomar decisões;
Mensurar e avaliar (controlar).
Funções Administrativas do Gestor
Planejar
Planejar é definir o futuro do órgão ou entidade do SNT. É ter metas e saber como serão alcançadas, é ter consciência de quais são seus propósitos e seus objetivos.
O planejamento envolve a determinação no presente do que se espera para o futuro do órgão ou entidade do SNT, envolvendo quais as decisões deverão ser tomadas, para que as metas e propósitos sejam alcançados.
Organizar
Após traçadas as metas (os objetivos), é necessário que as atividades sejam adequadas às pessoas e aos recursos do órgão ou entidade do SNT, ou seja, chega à hora de definir o que deve ser feito, por quem deve ser feito, como deve ser feito, a quem a pessoa deve reportar-se. Enfim, o que é preciso para a realização de uma tarefa.
Logo, “organizar é o processo de dispor qualquer conjunto de recursos (financeiros e pessoais) em uma estrutura que facilite a realização de objetivos. O processo de organizar tem como resultado o ordenamento das partes de um todo, ou a divisão de um todo em partes ordenadas.
Liderar
Envolve influenciar e incentivar as pessoas para que trabalhem por um objetivo comum. Meta(s) traçada(s), responsabilidades definidas, será preciso neste momento uma competência essencial, qual seja, a de influenciar pessoas de forma que os objetivos planejados sejam alcançados.
Há pessoas que ainda pensam que para liderar é preciso usar do poder e da autoridade. Porém, um (a) gestor (a) precisa ter claro seu papel de orientador e facilitador dos esforços de seus subordinados para se desenvolverem e atingirem os objetivos a que a instituição se propõe. Assim, é importante que se faça a distinção entre dois termos que em nossa prática comumente se confundem.
Poder X Autoridade
Questões relativas ao poder e à autoridade estarão sempre presentes na prática de um (a) gestor (a) de trânsito. Por isso, é preciso saber “lidar” tanto com o poder quanto com a autoridade de forma consciente e equilibrada.  
Poder: ter a faculdade ou possibilidade de ter domínio ou influência para; ter força ou influência; ter permissão ou autorização para; ter motivo para, ter direito de.
Autoridade: direito ou poder de mandar; poder político ou administrativo; representante do poder público; influência que uma pessoa tem sobre as outras.
Define-se poder como a capacidade ou a possibilidade de agir, de produzir efeitos.
O poder se dá, então, quando o comportamento de uma pessoa e/ou de um grupo é determinado por outra pessoa. O  poder apresenta um caráter relacional, sendo sempre uma relação entre duas ou mais pessoas.
Não existe relação social onde não esteja presente, de qualquer forma, a ação do poder.
No caso de um (a) gestor (a) de trânsito, é possível afirmar que tem poder, pois possui a capacidade de exercer influência e de mudar o comportamento e as atitudes das outras pessoas.
A autoridade pode ser considerada como uma forma de poder que se baseia no reconhecimento da legitimidade ou na legalidade da tentativa de exercer influência. 
As pessoas (ou grupos) que exercem influência são percebidas como tendo o direito de exercê-la dentro de limites reconhecidos; direito que decorre de sua posição formal numa organização, por exemplo.
O (A) gestor (a) de trânsito, então, tem a autoridade que lhe é conferida para exercer a influência sobre o comportamento das pessoas, sendo que esta autoridade deve ser reconhecida em virtude de sua atividade profissional.
Mas nem sempre poder e autoridade caminham juntos. Por exemplo:
Há pessoas que têm poder, mas não têm autoridade;
Há pessoas que têm autoridade, mas não têm poder;
Há pessoas que têm poder e o exercem pela autoridade.
Seria ideal que as pessoas que possuem autoridade, exercessem o poder por meio de sua competência, do exemplo de seus atos e não por meio da imposição ou da cobrança de obediência.
Atenção!
Os modos de exercer o poder são múltiplos e podem se apresentar por meio de comportamentos persuasivos, manipuladores e coercitivos. O que se pode extrair daí, é que a execução do poder se reduz, em certas ocasiões, a uma relação de conflito entre as partes integrantes. 
Para que possa haver o exercício da autoridade é preciso que haja o reconhecimento da pessoa que está em situação de poder, com respeito à sua reputação.
Caso contrário, podem existir conflitos e estados de revolta difíceis de administrar.
Assim sendo, para estabelecer seu papel de autoridade, o (a) gestor (a) de trânsito precisa primar pela honestidade, pela confiança, pela responsabilidade, pelo respeito e pelo senso de justiça, buscando dar um bom exemplo em suas atitudes e posicionamentos.
Um (a) gestor (a) de trânsito deve ter plena consciência de sua função para que não cometa deslize e perca o controle da situação. Caso isso ocorra, perderá, também, o respeito por parte de seus subordinados.
Armadilhas do poder...
Abuso de poder: é o ato de impor a sua vontade sobre a de outro, tendo por base o exercício do poder, sem considerar as leis vigentes. Critérios particulares são criados para fazer valer a sua vontade, muitas vezes, pessoal e não baseada em critérios justos.
Autoritarismo: comportamento em que a instituição ou a pessoa se excede no exercício da autoridade de que lhe foi investida; comete arbitrariedades, sem observar as regras e as leis.
Desta forma, é preciso que o (a) gestor (a) de trânsito reflita permanentemente sobre o seu comportamento, buscando identificar situações que possam se tornar “armadilhas” do poder.
Controlar
O (A) gestor (a) que planeja, organiza e lidera, também acompanha as atividades, a fim de se garantir a execução do planejado e a correção de possíveis desvios ou falhas. 
Controlar não significa expor os subordinados a situações constrangedoras nem mantê-los sob domínio ou vigilância. Para controlar ou acompanhar as ações executadas é imprescindível que o (a) gestor (a) esteja presente, reúna-se com sua equipe, dialogue e exercite – permanentemente – sua competência interpessoal. 
Você Sabia?
Competência interpessoal é a habilidade de lidar eficazmentecom relações interpessoais, de lidar com outras pessoas de forma adequada às necessidades de cada uma e às exigências da situação.
MOSCOVICI, Fela. Desenvolvimento interpessoal. 3. Ed. Rio de Janeiro: LTC 1985, p. 27.
Princípios para um Bom Administrador 
Administrar uma instituição,  um órgão ou entidade de trânsito, com sucesso,  exige que o administrador procure constantemente aprimorar sua ação. Para um bom administrador, é importante conhecer e colocar em sua prática diária, alguns preceitos e princípios, tais como: 
Saber utilizar princípios, técnicas e ferramentas administrativas.
Saber decidir e solucionar problemas.
Saber lidar com pessoas: comunicar eficientemente, negociar, conduzir mudanças, obter cooperação e solucionar conflitos.
Ter uma visão sistêmica e global da estrutura do órgão ou entidade do SNT.
Ser proativo, ousado e criativo.
Ser um bom líder.
Gerir com responsabilidade e profissionalismo.
Além destes preceitos, cabe destacar alguns princípios importantíssimos para o trabalho desenvolvido em órgãos integrantes do SNT, não apenas pelos dirigentes, mas por todos os que trabalham na área de trânsito.
Relações Humanas
Não há processos unilaterais na interação humana. Tudo que acontece no relacionamento interpessoal decorre de duas fontes: eu e outro(s).
As relações interpessoais desenvolvem-se em decorrência do processo de interação. Onde coexistem duas pessoas, certamente haverá um relacionamento.
Diante da vida moderna, torna-se cada vez mais necessário relacionar-se com diferentes pessoas e diferentes grupos, mesmo que sejam relacionamentos superficiais. E, na medida em que as relações interpessoais se estabelecem, surgem às emoções, a comunicação, a cooperação, o respeito e, também, os conflitos.
A convivência pode ser difícil e desafiante, pois o processo de interação humana é complexo e ocorre sob a forma de comportamentos manifestos e não manifestos verbais e não verbais.
Na prática do (a) gestor (a) de trânsito as relações humanas estarão presentes todo o tempo – não há como se isolar nesta atividade profissional.
Assim, é necessário refletir sobre algumas questões que podem orientar as experiências cotidianas:
A Primeira Impressão
O contato inicial entre as pessoas gera a chamada primeira impressão. Esta primeira impressão está condicionada a um conjunto de fatores da experiência anterior de cada pessoa, suas expectativas e sua motivação, no momento, e a própria situação e local do encontro.
Quando a primeira impressão é positiva, de ambos os lados, haverá uma tendência a estabelecer relações de simpatia e de aproximação, facilitando o relacionamento interpessoal e as atividades em comum. Porém, caso a primeira impressão seja negativa, o relacionamento tende a serem difícil e tenso, exigindo um esforço de ambas às partes para um conhecimento maior que possa modificar tal impressão.
Muitas vezes, as pessoas geram primeiras impressões errôneas porque não se dispõem a rever seu ponto de vista. Assim não conseguem confirmar ou modificar sua primeira impressão.
Competência Interpessoal
Como lidar bem com os outros?
Como entender os outros e se fazer entender?
Como conviver com as diferenças de opiniões e atitudes?
Estas perguntas, muitas vezes, povoam a mente das pessoas. Afinal, os seres humanos são gregários por natureza, ou seja, não conseguem viver sozinhos, e necessitam manter relações de entendimento e de convívio social.
Você Sabia?
O (A) gestor (a) de trânsito necessita desenvolver sua habilidade de relacionamento, uma vez que em seu dia-a-dia será abordado e abordará diferentes pessoas, em diversas situações e precisa estar preparado para estabelecer contatos positivos.
Administração de Conflitos
As pessoas diferem na maneira de perceber, pensar, sentir e agir. Portanto, as diferenças individuais são inevitáveis.
Estas diferenças, muitas vezes, podem trazer discordâncias, divergências de opiniões e de ideias. Podem gerar tensões, insatisfações e o conflito aberto podem ativar emoções e sentimentos, afetar a objetividade e transformar a condição emocional de qualquer pessoa.
As divergências podem estar relacionadas:
Aos fatos em si;
Aos objetivos de cada pessoa;
Aos valores, considerações morais, éticas etc.;
À diferença de percepção entre partes;
Ao papel social desempenhado por cada uma das partes.
Geralmente existem estágios que podem ser observados na evolução dos conflitos. É possível antecipar os primeiros sintomas de uma discussão, onde pontos de vista discordantes são declarados. 
Posteriormente, se estabelece a condição de conflito aberto, onde são evidenciados os antagonismos das posições. 
Os conflitos podem ser solucionados, dependendo:
Da intensidade; 
Do estágio de evolução;
Do contexto;
Da forma como são tratados. 
Como Lidar com o Conflito
No decorrer das atividades de um (a) gestor (a) de trânsito, é possível surgir situações onde os conflitos podem se declarar, principalmente em virtude do seu papel orientador e “controlador”.
Talvez o (a) gestor (a) encontre pessoas que não aceitem sua abordagem. Neste caso, é necessário que esteja preparado para enfrentar situações de conflito, assim como para evitá-los.
Como Evitar o Conflito
Para evitar que um conflito ocorra, o (a) gestor (a) de trânsito deve prezar pela qualidade da relação profissional com seus subordinados. Expressar-se de forma clara, em tom amistoso, mostrar-se simpático, utilizar uma linguagem corporal positiva, demonstrar segurança e conhecimento.
Se, em suas atitudes, o (a) gestor (a) fizer uso incorreto de seu poder e de sua autoridade, certamente gerará uma situação conflituosa.
Como Trabalhar o Conflito
Caso ocorra o conflito, o (a) gestor (a) deve se dispor a discutir de forma assertiva e madura as questões conflituosas, respeitando posições antagônicas apresentadas por outras pessoas.
Conseguir manter o controle emocional e manter o respeito e a educação nesses momentos é fundamental.
A habilidade de resolução de conflitos de forma construtiva faz parte da competência interpessoal.
Comunicação – O que significa comunicar?
A palavra comunicar vem do latim comunicare e significa tornar comum, compartilhar. Assim, comunicar é transmitir ideias e informações com o objetivo de promover o entendimento entre as pessoas.
Portanto, comunicar-se bem não se restringe ao ato de transmitir mensagens ou de recebê-las. A comunicação envolve troca e entendimento, como uma via de mão dupla.
E a tarefa de comunicar-se não estará concluída até que haja compreensão e/ou aceitação.
Para que haja uma boa comunicação é necessário:
Ter conhecimento sobre o assunto que vai falar;
Falar o que realmente é pensado;
Adequar à linguagem (palavra) a quem se destina a mensagem;
Utilizar palavras adequadas à ideia que se pretende emitir, evitando expressões de difícil acesso para o receptor; 
Ter claros os objetivos da mensagem que se pretende emitir;
Saber ouvir, ter paciência e atenção ao ouvir;
Procurar emitir ideias, conceitos e opiniões precisos;
Manifestar equilíbrio entre as expressões e os gestos;
Prever as consequências da comunicação, observando as possíveis modificações no comportamento do receptor, verificando suas reações.
Comunicação Verbal
As palavras são poderosas!
“Uma grande parte da infelicidade no mundo tem sido causada por confusão e fracasso de se dizer a palavra certa no momento certo. Uma palavra que não é proferida no momento certo é prejudicial e tem sido sempre assim.”  (Fiodor Dostoievski, in ‘Escritos Ocasionais’).
As palavras podem servir para levar a compreensão, promover o entendimento entre as pessoas, mas também podem, ao contrário, servir para mentir, enganar, distorcer.
As palavras compõem a comunicação humana e, por meio delas, as pessoas constroem ideias e pensamentos, tomam e comunicam decisões e, principalmente, relacionam-se entre si.
As palavras têm o poder de esclarecerou confundir, de facilitar ou complicar, de destruir ou criar, dependendo da forma como são empregadas. É preciso entender que as palavras são poderosas, que causam efeitos e que as pessoas serão avaliadas pelo que dizem.
Para refletir...
Como você se sente diante das seguintes palavras? 
Crescer, acreditar, confiar, amar, sonhar, melhorar, desenvolver, orientar, sonhar, acolher.
Destruir, fugir, cair, odiar, enganar, sofrer, matar.
Por meio das palavras e do comportamento não verbal (expressões, gestos, olhares etc.) é que se estabelece o processo de comunicação.
Resumindo... 
É preciso pensar sobre o que dizer como dizer, para quem dizer e por que dizer.
Comunicação Não Verbal
“Os olhos conversam tanto quanto as línguas que utilizamos, com a vantagem de que o dialeto ocular, embora não precise de dicionário, é entendido no mundo todo.” (Ralph Wando Emerson).
Na comunicação diária, as pessoas utilizam meios que dispensam o uso da palavra. Por meio de gestos, mímicas, expressões fisionômicas e corporais, movimentos, olhares. Até mesmo a maneira como uma pessoa se veste e como se comporta em determinado ambiente pode comunicar preferência e modos de vida.
Atenção!
Atualmente, a frequência com que se convive com a linguagem não verbal são cada vez maiores e mais intensas. Isto porque o cinema, a televisão, a fotografia, os computadores, os veículos publicitários têm encontrado, neste tipo de linguagem, um instrumento de comunicação muito eficaz em virtude da velocidade com que as mensagens são transmitidas.
Por isso, o (a) gestor (a) de trânsito deve se preocupar em manter expressões corporais e fisionômicas positivas, a fim de conquistar o respeito e a confiança de seus subordinados, assim como da população.
Afinal, todo (a) gestor (a) de trânsito deve, acima de tudo, servir ao público. 
Você sabia?
Aquele que tem olhos para ver e ouvidos para ouvir pode chegar a convencer-se de que nenhum mortal pode guardar um segredo. Embora seus lábios estejam silenciosos, ele fala com a ponta dos dedos. A traição mina cada um de seus poros.
Sigmund Freud
A Comunicação do Gestor de Trânsito no dia-a-dia
A comunicação entre o (a) gestor (a), seus subordinados e o público pode ter ruídos, ou seja, pode causar incompreensão por uma das partes e, consequentemente, gerar conflitos.
Algumas atitudes podem evitar tais ruídos e contornar situações conflituosas, tais como:
Saber ouvir – ouvir atentamente o que a outra pessoa diz, sem interrompê-la, auxilia a diminuir a tensão do momento;
Demonstrar interesse –  expressar interesse pelos problemas ou situações alheias é prova de respeito;
Olhar para a outra pessoa – colocar-se diante da outra pessoa e olhar  para o seu rosto, sua boca, seus olhos, suas mãos, bem como sua linguagem corporal, pode contribuir para compreender a mensagem de forma mais eficaz;
Colocar-se no lugar da outra pessoa – esforçar-se para compreender o ponto de vista do outro, tentando perceber seus sentimentos, gera confiança;
Expressar-se com clareza de ideias –  ter clareza e objetividade, sem rodeios, evita mal entendidos;
Observar a própria maneira de falar – avaliar o tom de voz que utiliza analisar seus gestos, enfim, perceber-se e reconhecer-se é fundamental para transmitir uma mensagem de forma positiva;   
Verificar se foi entendido – é importante perguntar à outra pessoa, educadamente, se sua mensagem foi compreendida;
Deixar emoções para trás – o (a) gestor (a) de trânsito deve ter equilíbrio emocional suficiente para não deixar que seus problemas pessoais,  sua raiva momentânea e outros sentimentos negativos afetem sua comunicação;
Evitar classificar – em certas ocasiões, as pessoas tendem a pré-julgar o outro. Assim, a percepção daquilo que diz ou do que quis dizer fica submetida à apreciação pessoal. Portanto, julgamentos precipitados devem ser evitados;
Ter calma e paciência – deixar com que a outra pessoa fale sem interrompê-la é demonstração de interesse e transmite confiança.
Tais atitudes podem ser resumidas em uma única palavra: respeito. Tratar as pessoas com respeito faz com que se sintam importantes, ampliando a possibilidade de comunicação.
O respeito faz crescer o entendimento interpessoal, diminuindo erros e enganos.
A partir de uma comunicação respeitosa, o (a) gestor (a) construirá uma imagem positiva de si mesmo e do órgão ou da entidade de trânsito a qual representa. 
Além disso, agindo respeitosamente, merecerá o respeito de seus subordinados e a comunicação fluirá de maneira positiva.
Qualidade no Atendimento
Um (a) gestor (a) de trânsito é, antes de tudo, um (a) gestor (a) público (a). Portanto, seu trabalho deve ser voltado ao bem público, ou seja, ao bem da sociedade. E, para tanto, um (a) gestor (a) não pode se encastelar no órgão ou entidade em que trabalha, devendo ouvir e atender às necessidades e expectativas da população. 
Nesse sentido, o tratamento dispensado pelo (a) gestor (a) deve ser respeitoso, justo, amável. É importante tratar o público com presteza, boa vontade, comprometimento. Assim, elevará o nome do órgão ou da entidade de trânsito.
E o mais importante: quando houver reclamações por parte da população, o (a) gestor (a) deve encará-las como oportunidades para (re) avaliar seu comportamento e agir de maneira diferente em outra oportunidade.
Bases da qualidade no atendimento ao público
É fundamental que, ao atender as pessoas, o (a) gestor (a) de trânsito procure sempre, dando o exemplo aos que com ele trabalham:
Controlar seu tom de voz, sendo claro e o mais natural possível, evitando falar alto;
Manter a calma e a tranquilidade, sendo paciente e amistoso;
Ter interesse e iniciativa para dar atenção especial às pessoas;
Ser  polido, educado, simpático e atencioso, procurando sempre demonstrar interesse em ajudar as pessoas;
Oferecer um tratamento adequado (senhor, senhora etc.), evitando intimidades;
Atender as pessoas com um sorriso, olhando nos olhos (linguagem não verbal);
Demonstrar conhecimento sobre as normas da instituição e dispor de todas as informações necessárias para orientar as pessoas;
Entender o que faz e por que faz. 
Os sete pecados do atendimento ao público do (a) gestor (a) de trânsito
Postura inadequada. 
Linguagem inadequada. 
Má vontade em atender (sem atenção ou com desprezo). 
Apropriação da autoridade indevida (abuso de autoridade e de poder). 
Falta de conhecimento (não conhecer os procedimentos corretos a serem adotados). 
Demora a apresentar soluções às questões apresentadas. 
Irritação com eventuais oposições das pessoas. 
A Qualidade do Atendimento no Serviço Público
O (A) gestor (a) de trânsito precisa ter a consciência de que ao assumir esta posição, assume, também, um compromisso público; um compromisso com o público. Por isso, deve prezar pelo bom atendimento e considerar todas as reclamações que, eventualmente, sejam manifestadas pelas pessoas.
Além disso, deve ter em mente que a questão da qualidade no atendimento não é assunto exclusivo da iniciativa privada. É uma preocupação também da administração pública.
Para se ter uma ideia, o Governo Federal, por meio do Decreto n.º 3.507, de 13 de junho de 2000, dispõe sobre o estabelecimento de padrões de qualidade do atendimento prestado aos cidadãos pelos órgãos e pelas entidades da Administração Pública Federal direta, indireta e fundacional, e dá outras providências.
Este Decreto determina que os órgãos e as entidades públicas federais devem estabelecer padrões de qualidade sobre a atenção, o respeito, a cortesia no tratamento a ser dispensado pelos usuários, os procedimentos para atender às reclamações, entre outros aspectos. 
Embora seja destinado a servidores públicos federais, deve ser conhecido também pelos servidores que atuam nas esferas estadual e municipal.
Responsabilidades e Competências Legais do Gestor de Trânsito
Além da atenção e do cuidado permanente com seu relacionamento interpessoal,seja com seus subordinados ou com o público em geral, o (a) gestor (a) de trânsito tem responsabilidades desafiadoras que compreendem o cumprimento das competências que são atribuídas pela Constituição Federal (CF) e pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) ao órgão ou entidade de trânsito em que atua, assim como a responsabilidade pelos recursos financeiros.
Previsão Legal da Responsabilidade
Conforme o Artigo 37, Capítulo VII, da Constituição Federal:
“A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. [grifo nosso]”
“§6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”.
De acordo com o CTB:
“Artigo 1º... 
§ 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar medidas destinadas a assegurar esse direito.
§ 3º  Os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito respondem, objetivamente, por danos causados aos cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na execução e manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o exercício do direito do trânsito seguro.”
Os municípios, diante da nova realidade, assumem responsabilidades de gestão do trânsito, exigindo-se assim maior capacidade de comando e coordenação.
Ainda conforme a Constituição Federal (CF):
“Art. 22 Compete privativamente à União legislar sobre: (...)
XI - Trânsito e transporte.
Art. 23 É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (...)
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança no trânsito.”
A CF preceitua, no inciso I do Artigo 30, que compete aos Municípios legislar sobre assuntos de interesse local.
Assim, não há interesse local que não seja reflexamente da União e dos Estados-membros, como também, não há interesse regional ou nacional que não ressoe nos Municípios, como partes integrantes da Federação brasileira.
O objetivo de um órgão ou entidade de trânsito, portanto, deve ser o de proporcionar instrumentos e condições para que o processo de circulação de bens e pessoas desenvolva-se em padrões de acessibilidade, segurança, racionalidade, eficiência, fluidez e conforto.
A CF determina:
“Art.140 - A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos (...) 
Art. 205 - A educação, direito de todos e dever do Estado (...)” 
Os órgãos e entidades que compõem o SNT não possuem apenas o poder de regular e reprimir, mas agregam ainda as competências de produzir um trânsito seguro aos cidadãos.
O CTB, por sua vez, define uma divisão de responsabilidades entre os três níveis de governo e os órgãos e entidades componentes do SNT que precisa ser implementada, respeitada e continuamente reforçada. 
Leia!
A sociedade democrática requer a discussão transparente e ampla de soluções para os problemas coletivos, o que implica tanto na abertura do Estado para a sociedade e os usuários das vias quanto no respeito às leis e às decisões tomadas em processos democráticos legítimos por parte das pessoas e de entidades públicas e privadas.
O trânsito e o transporte público são de responsabilidade do Estado, conforme definido na CF. A definição de normas gerais referentes a estas áreas, bem como o seu planejamento e fiscalização são atribuições próprias do Poder Público; estas atribuições devem ser exercidas de forma transparente, considerando as contribuições da sociedade e da iniciativa privada.
A cidade é um ambiente de uso coletivo, cujo acesso por meio dos sistemas de transporte deve ser compartilhado democraticamente. Isto implica em atribuir prioridade no uso do sistema viário à circulação de pedestres, aos ciclistas e aos meios de transporte público coletivo, especialmente os ônibus. Esta nova postura deve refletir uma mudança de paradigma, por meio do qual se rompe com a formulação de políticas de apoio ao uso do automóvel e se alteram as políticas de desenvolvimento urbano, transporte e trânsito, na direção da "gestão da mobilidade urbana". Esta gestão é entendida como ação coordenada baseada em princípios relacionados ao interesse público e da maioria dos usuários.
O desenvolvimento do Estado contemporâneo, associado ao desenvolvimento das formas de participação política da sociedade, requer a formação de um novo pacto de ação em torno das políticas públicas. Este pacto deve aumentar a eficiência da ação própria do Estado e incentivar novas formas de participação da iniciativa privada e da sociedade no planejamento, financiamento e acompanhamento dos projetos e investimentos.
O sucesso da administração plena do trânsito depende da ação coordenada de todos e não pode ser conseguida apenas pela atuação isolada de um ou mais membros.
Aspectos legais sobre a gestão, uso e a destinação dos recursos financeiros do trânsito 
O Artigo 260 do CTB determina que:
“As multas serão impostas e arrecadadas pelo órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via onde haja ocorrido a infração, de acordo com a competência estabelecida neste Código.”
A Resolução n.º 66/1998 do Contran, alterada pela Resolução n.º 121/2001, institui tabela de distribuição de competência dos órgãos executivos de trânsito. 
Frente a esta previsão legal, tem-se como fontes de recursos, todas as infrações que tem como penalidade a multa de trânsito.
Ademais, o Artigo 6º da Lei n.º 9.602/1998 dispõe que se constituem recursos do Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito (Funset), destinando o percentual de 5% do valor das multas de trânsito arrecadadas, a que se refere o Parágrafo Único do Artigo 320 do CTB.
Além desta fonte de recurso podemos citar:
As doações específicas consignadas na Lei de Orçamento ou em créditos adicionais;
As doações ou patrocínios de organismos ou entidades nacionais, internacionais ou estrangeiros, de pessoas físicas ou jurídicas nacionais ou estrangeiras;
O produto da arrecadação de juros de mora e atualização monetária incidentes sobre o valor das multas no percentual previsto no inciso I deste artigo; 
O resultado das aplicações financeiras dos recursos;
Taxas ou emolumentos provenientes de serviços administrativos de trânsito executados pelos órgãos executivos estaduais ou municipais previstos no CTB.
Atenção!
"A receita arrecadada com a cobrança das multas de trânsito será aplicada, exclusivamente, em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito. 5% das multas arrecadadas serão depositados mensalmente no Funset, destinado à segurança e educação de trânsito".
Artigo 320 do CTB.
A administração do trânsito em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal – Aspectos da Lei Complementar n.º 101/2000
Aspectos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) 
O desequilíbrio fiscal, ou seja, o gasto sistematicamente superior às receitas predominou na administração pública do Brasil até recentemente. As consequências para a economia foram (e são) bastante negativas.
Nesse contexto, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) representa um importante instrumento para auxiliar os governantes a gerir os recursos públicos sob um marco de regras claras e precisas, aplicadas a todos os gestores de recursos públicos e em todas as esferas de governo, relativas à gestão da receita e da despesa públicas, ao endividamento e à gestão do patrimônio público.
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF):
É um código de conduta para os administradores públicos de todo o País, que passa a valer para os três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), nas três esferas de governo (Federal, Estadual e Municipal);
Mudou a históriada administração pública no Brasil. Por meio dela, todos os governantes deverão obedecer a normas e limites para administrar as finanças, prestando contas sobre quanto e como gastam os recursos da sociedade;
Tem como principal objetivo melhorar a administração das contas públicas no Brasil. Com ela, todos os governantes assumiram compromisso com orçamento e com metas, que devem ser apresentadas e aprovadas pelo respectivo Poder Legislativo;
Fixa limites para despesas com pessoal, para dívida pública e ainda determina que sejam criadas metas para controlar receitas e despesas.
Além disso, segundo a LRF, nenhum governante pode criar uma nova despesa continuada (por mais de dois anos), sem indicar sua fonte de receita ou sem reduzir outras despesas já existentes. Isso faz com que o governante consiga sempre pagar despesas, sem comprometer o orçamento atual ou orçamentos futuros.
Pela LRF, ainda, são definidos mecanismos adicionais de controle das finanças públicas em anos de eleição. 
De acordo com a LRF, cada governante terá que publicar a cada quatro meses o Relatório de Gestão Fiscal, que vai informar, em linguagem simples e objetiva as contas da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, do Ministério Público e dos Poderes Legislativo e Judiciário de todas as esferas de governo. Assim, os eleitores, os credores, os investidores e todos os cidadãos terão acesso às contas, com o objetivo de ajudar a garantir a boa gestão do dinheiro público. 
Além disso, segundo a LRF, nenhum governante pode criar uma nova despesa continuada (por mais de dois anos), sem indicar sua fonte de receita ou sem reduzir outras despesas já existentes. Isso faz com que o governante consiga sempre pagar despesas, sem comprometer o orçamento atual ou orçamentos futuros.
Pela LRF, ainda, são definidos mecanismos adicionais de controle das finanças públicas em anos de eleição. 
De acordo com a LRF, cada governante terá que publicar a cada quatro meses o Relatório de Gestão Fiscal, que vai informar, em linguagem simples e objetiva as contas da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, do Ministério Público e dos Poderes Legislativo e Judiciário de todas as esferas de governo. Assim, os eleitores, os credores, os investidores e todos os cidadãos terão acesso às contas, com o objetivo de ajudar a garantir a boa gestão do dinheiro público. 
A busca da transparência na gestão fiscal é um dos elementos fundamentais para a manutenção do equilíbrio das contas públicas, pois:
Atesta o atendimento dos limites, condições, objetivos e metas;
Firma responsabilidades;
Justifica desvios e indica medidas corretivas;
Define o prazo estimado para correção;
Dá acesso público a dados concisos e substanciais das contas públicas.
Em caso de não cumprimento de suas normas, a LRF estabelece várias sanções institucionais e pessoais.
É exemplo de sanção institucional: suspensão das transferências voluntárias para aquele governo que não instituir, prever e arrecadar impostos de sua competência, entre outras.
Além das sanções institucionais há as sanções pessoais, previstas na Lei de Crimes de Responsabilidade Fiscal (Lei n.º 10.028/2000), que prevê que os governantes poderão ser responsabilizados pessoalmente e punidos com a perda de cargo, inabilitação para exercício de emprego público, prisão e multa.
As penalidades alcançam todos os responsáveis, dos três Poderes da União, Estados, Municípios e todo cidadão será parte legítima para denunciar.
A fiscalização da aplicação do Artigo 320 do CTB
Entre outras, a CF define como competência do Tribunal de Contas dos Estados: julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Publico Federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário publico.
De acordo com a Lei Orgânica do TCE a jurisdição do Tribunal abrange qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie, ou administre dinheiro, bens e valores públicos, ou pelos quais o Estado ou o Município respondam, ou que em nome destes, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Os responsáveis pela aplicação de quaisquer recursos repassados pelos Estados ou Municípios a pessoas jurídicas de direito público ou privado, mediante convênio, acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento congênere, e pela aplicação das subvenções por eles concedidas a qualquer entidade de direito privado.
A Lei Complementar n.º 101/2000 em seu Artigo 14 dispõe que:
“A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições:
§ 1º A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.” 
Você Sabia?
A partir de 2001 os Municípios passaram obrigatoriamente a incluir nas leis orçamentárias todo o planejamento referente ao trânsito. Os projetos não constantes desta peça (Lei de Diretrizes Orçamentárias) foram inviabilizados. O planejamento destas ações deve identificar os objetivos e com isto gerar processo capaz de garantir, em tempo certo, a disponibilidade da estrutura e dos recursos necessários. 
Planejamento Estratégico
Para administrar um órgão ou entidade do SNT vimos que é necessário trabalhar para as pessoas e em prol das pessoas (subalternos, colegas, público em geral), assim como gerenciar – da melhor forma possível – recursos financeiros.
Entretanto, uma administração correta, consciente, transparente, que obedeça aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, conforme determina a CF, só será possível a partir de um rigoroso planejamento estratégico.
Como todos sabem, o conceito de estratégia é oriundo de um cenário de guerra. Chiavenato diz que as constantes lutas e batalhas ao longo dos séculos fizeram com que os militares começassem a pensar antes de agir.
A condução das guerras passou a ser planejada com antecipação. Basta assistir a um bom filme de guerra para ver claramente a estratégia aplicada. Este conceito sofreu uma série de refinamentos e hoje, sem planejamento, uma instituição pública ou privada não sobrevive.
Isso porque um planejamento estratégico oferece uma visão de futuro. Independentemente do porte do órgão ou entidade de trânsito, o plano estratégico indica a direção certa. 
Leia!
Planejamento estratégico é um processo contínuo de, sistematicamente e com o maior conhecimento possível do futuro contido, tomar decisões atuais que envolvam riscos; organizar sistematicamente as atividades necessárias à execução destas decisões e, através de uma retroalimentação organizada e sistemática, medir o resultado dessas decisões em confronto com as expectativas alimentadas.
Drucker
O processo de planejamento estratégico pode conter as seguintes discussões:  
a) O (A) gestor (a) precisa conhecer e compreender a finalidade do órgão ou entidade de trânsito (sua missão), suas competências legais, seu organograma, seu regimento interno, suas áreas (coordenações), etc. A partir de uma visão sistêmica será possível perceber as inter-relações entre as diferentes áreas. Esta compreensão é fundamental para o processo de definição do planejamento estratégico.
b) Análise de ambiente interno e externo: esta etapa é muito importante para a definição das metas e estratégias, pois é da análise de ambiente que as estratégias são formuladas. A análise de ambienteé a definição das forças, fraquezas, ameaças e oportunidades que afetam o órgão ou entidade de trânsito no cumprimento da sua missão. 
c) Formulação de estratégias: as estratégias são escritas com base na análise de ambiente levantada, após uma priorização de principais objetivos e agrupamento por temas. A estratégia precisa estar voltada para o futuro do órgão ou entidade de trânsito. Independentemente do tempo de duração de uma administração, o (a) gestor (a) consciente pensa no futuro.
d) Implementar programas e/ou projetos e controlar: esta etapa garante a execução daquilo que foi levantado e priorizado. Não adianta definir um desafiador planejamento se não houver implementação e acompanhamento. E para isso os profissionais/servidores que atuam no órgão ou entidade de trânsito precisam conhecer o plano estratégico. É fundamental ressaltar que nenhum gestor pode executar ações sozinho, pois depende da força de trabalho de toda a equipe. O comprometimento de todos é a chamada gestão participativa. Outro aspecto importante para o sucesso da implementação do planejamento estratégico é estar em permanente atualização. 
No caso específico do órgão ou entidade de trânsito, o (a) gestor (a) deve promover/participar de cursos de atualização e de reciclagem, comparecer a eventos relacionados à área, procurar e trocar informações com outros órgãos ou entidades do SNT. Isso porque um planejamento estratégico não pode ser fixo, o processo precisa ser “vivo” e com a disciplina bem aplicada trará bons resultados.
Atenção!
Finalizamos, agora, mais uma unidade de nosso curso de Gestão de Trânsito. Antes de passar para a última unidade do curso, e também antes de fazer o exercício de verificação dos conhecimentos propostos na Unidade 3, faça uma revisão do conteúdo e siga em frente com segurança.

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