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Letras Prof Silvana Monteiro.docx

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FAEC - INSTITUTO ATITUDE DE EDUCAÇÃO 
 
A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL 
2018
 
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................03
1 MARCOS FUNDAMENTAL A INCLUSÇAO ESCOLAR NO BRASIL ................04
2 EDUCAÇÃO DE SURDOS E ENSINO DA LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS...05
....................................................................................................................................06
CONCLUSÃO..............................................................................................................07
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................08
INTRODUÇÃO
O presente trabalho consiste em um breve panorama sobre a Historia da educação inclusiva no Brasil, buscando elementos que norteiam os avanços e limitações do seu processo. Indicando alguns dos documentos, legislações, decretos que ordenem e regulem os procedimentos.
O tema educação inclusiva surgiu em diferentes momentos e contextos, especialmente na década de 90, época marcada pelo sistema da reforma educacional e debates da inclusão escolar.
A educação inclusiva, ainda é um grande desafio a ser encarado nos dias atuais, mesmo com as mudanças de paradigmas educacionais ao longo da historia do Brasil, principalmente, quando se trata de incluir pessoas com necessidade educativas especiais em salas de aulas regulares, para que eles se sintam, de fato, incluídos no contexto escolar e social.
Portanto, uma educação inclusiva de qualidade para atender as demandas desse setor das escolas, não somente na aceitação, mas sim, na valorização das diferenças resgatando os valores culturais e o respeito do aprender e construir no espaço escolar.
1. MARCOS FUNDAMENTAL A INCLUSÇAO ESCOLAR NO BRASIL
No Brasil, o primeiro março da educação especial ocorreu no período imperial. Em 1854, Dom Pedro II, criou o Imperial Instituto dos Meninos Cegos. Em 1891 a escola passou a se chamar Instituto Benjamin Constant.
Em 1857, D. Pedro II também criou o Instituto Imperial dos Surdos-Mudos Em 1957 à escola passou a se chamar Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES. Em 1874, iniciou-se o tratamento de deficientes mentais no hospital psiquiátrico da Bahia (hoje hospital Juliano Moreira).
Por volta de 1930 surgiram várias instituições para cuidar da deficiência mental, em número bem superior ao das instituições voltadas para as outras deficiências.
O surgimento das primeiras entidades privadas marca mais um fator preponderante na história de nosso país: a filantropia e o assistencialismo. Estes dois fatores colocam as instituições privadas em destaque no decorrer da história da educação especial brasileira, pelo relato acima, podemos dividir a história do Brasil em dois momentos:
No primeiro, durante o Brasil Império, as pessoas com deficiências mais acentuadas, impedidas de realizar trabalhos braçais (agricultura ou serviços de casa).
No segundo momento, ao mesmo tempo em que surgia a necessidade de escolarização entre a população, a sociedade passa a conceber o deficiente como um indivíduo que, devido suas limitações, não podia conviver nos mesmos espaços sociais que os normais A lei 4.024/1961: Antiga Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional previa o direito dos “excepcionais” à educação, preferencialmente dentro do sistema geral de ensino.
Com a Lei 5.692/1971: Alterou a LDBEN de 1961 e definiu “tratamento especial” para alunos com deficiências físicas e mentais que se encontram em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e o superdotado não promove a organização de um sistema de ensino capaz de atender às necessidades educacionais especiais e acaba reforçando o encaminhamento dos alunos para as classes e escolas especiais.
Em 1973, o MEC cria o Centro Nacional de Educação Especial – CENESP, responsável pela gerência da educação especial no Brasil, 
Constituição Federal de 1988: A Constituição Federal de 1988 traz como um dos seus objetivos fundamentais “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” Lei 7.853-1989: Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Seu texto prevê a oferta obrigatória e gratuita de educação especial na rede pública de ensino, o oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial a nível pré-escolar, No momento em que o legislador prevê a matrícula compulsória para aqueles portadores de deficiência “capazes de se integrar no sistema de ensino regular”, ele indiretamente seleciona o público deficiente que terá acesso à escola, pois não há na legislação uma orientação sobre quem pode definir tal capacidade. 
O Decreto nº 3.298/1999: regulamenta a Lei nº 7.853/89, ao dispor sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência.
2. EDUCAÇÃO DE SURDOS E ENSINO DA LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS
A história da nossa língua de sinais se mistura com a história dos surdos no Brasil. Até o século XV os surdos eram mundialmente considerados como ineducáveis. A partir do século XVI, com mudanças nessa visão acontecendo na Europa, essa idéia foi sendo deixada de lado. Teve início a luta pela educação dos surdos, na qual ficou marcada a atuação de um surdo francês, chamado Eduard Huet. Em 1857, Huet veio ao Brasil a convite de D. Pedro II para fundar a primeira escola para surdos do país, chamada na época de Imperial Instituto de Surdos Mudos. Com o passar do tempo, o termo “surdo-mudo” saiu de uso por ser incorreto, mas a escola seguiu forte e funciona até hoje, com o nome de Instituto Nacional de Educação de Surdos – o famoso INES.
A Libra foi criada, então, junto com o INES, a partir de uma mistura entre a Língua Francesa de Sinais e de gestos já utilizados pelos surdos brasileiros. Ela foi ganhando espaço pouco a pouco, mas sofreu uma grande derrota em 1880. Um congresso sobre surdez em Milão proibiu o uso das línguas de sinais no mundo, acreditando que a leitura labial era a melhor forma de comunicação para os surdos. Isso não fez com que eles parassem de se comunicar por sinais, mas atrasou a difusão da língua no país.
Com a persistência do uso e uma crescente busca por legitimidade da língua de sinais, a Libras voltou a ser aceita. A luta pelo reconhecimento da língua, no entanto, não parou. Em 1993 uma nova batalha começou, com um projeto de lei que buscava regulamentar o idioma no país. Quase dez anos depois, em 2002, a Língua Brasileira de Sinais foi finalmente reconhecida como uma língua oficial do Brasil.
Essa conquista se somou a outras mais atuais, que sempre passaram pelo campo da legislação. Nos últimos anos não foram poucas as leis e recomendações que buscaram regulamentar aspectos da língua de sinais para propagar seu o uso e garantir direitos à comunidade surda:
2004: Lei que determina o uso de recursos visuais e legendas nas propagandas oficiais do governo;
2008: Instituído o Dia Nacional do Surdo, comemorado em 26 de Setembro, considerado o mês dos surdos;
2010: Foi regulamentada a profissão de Tradutor e Intérprete de Libras;
2015: Publicação da Lei Brasileira de Inclusão (ou Estatuto da Pessoa com Deficiência), que trata da acessibilidade em áreas como educação, saúde, lazer, cultura, trabalho etc.;
2016: Anatel publica resolução com as regras para o atendimento das pessoas com deficiência por parte das empresas de telecomunicações;
 Com a lei 10.436/2002: Reconhece LÍBRAS (língua brasileira de sinais), como língua oficial no país juntamente com o Português. Portaria MEC 2.678/2002:Aprova diretrizes e normas para o uso, o ensino, a produção e a difusão do Sistema Braille em todas as modalidades de ensino, compreendendo o projeto da Grafia Braille para a Língua Portuguesa e a recomendação para o seu uso em todo território nacional.
Decreto 5.626/2005: Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Define que a formação de docentes para o ensino de Libras nas séries finais do ensino fundamental, no ensino médio e na educação superior deve ser realizada em nível superior, em curso de graduação de licenciatura plena em Letras: Libras ou em Letras: Libras/Língua Portuguesa como segunda língua.
CONCLUSÃO
A escola comum se caracteriza como inclusiva quando reconhece e valoriza as diferenças de características de seu alunado e quando luta contra práticas discriminatórias, segregacionistas e contra processos sociais excludentes, garantindo a todos o direito de aprender a aprender. 
A escola na perspectiva inclusiva, não o é somente pela presença física de sujeitos deficientes, muito menos por assegurar a matricula e a presença de educando especial em seu âmbito. Esse acesso deverá ser acompanhado de qualidade, permanência com êxito, mudança comportamental da comunidade escolar e o reconhecimento do aluno deficiente como sujeito de direito igual a todos, capaz de traçar sua própria trajetória, caso contrário será a exclusão dentro da inclusão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MAZZOTA, Marcos José da Silveira. Educação Especial no Brasil: Historia e Políticas Publicas. São Paulo: Cortez, 1996.
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, DF: MEC, 1997.
TRABALHO EXTRACLASSE COMO COMPLEMENTO DA CARGA HORÁRIA DA DISCIPLINA
Pólo: Sumaré - Faec
Aluno: Joseane M. de Lima
Prof.: Silvana Monteiro
Curso: Letras – 2ª licenciatura
Disciplina: Educação Inclusiva e Diversidade/ Libras
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