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Sistema auditivo

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Sistema auditivo
Existem pelo menos três fenô- menos pré-receptores de grande importância para a meca- notransdução auditiva. Em primeiro lugar, o comprimento do conduto auditivo externo e as propriedades mecânicas da orelha média determinam a faixa de freqüências tempo- rais transmitidas até as células mecanorreceptivas, situadas na orelha interna. Em segundo lugar, a amplificação do sinal acústico, que ocorre na orelha média do homem e de outros mamíferos, compensa a enorme atenuação devida às diferenças de impedância4 acústica entre o ar, no qual o estímulo se origina, e os líquidos cocleares, nos quais es- tão situadas as células mecanorreceptivas. E, finalmente, as propriedades mecânicas da membrana basilar fazem com que a onda de pressão acústica se propague da base para o ápice da cóclea e, de acordo com sua freqüência temporal, dissipe-se primordialmente em uma região ressonante es- pecífica dessa membrana, um dos principais mecanismos responsáveis pela tonotopia coclear.
Os mecanorreceptores da audição são as células ciliadas do órgão espiral de Corti, um epitélio especializado situado sobre a membrana basilar, no interior da cóclea, o qual leva o nome do anatomista italiano Alfonso Corti (1822-1876).
Uma vez que a resposta neural ao som é gerada no ouvido interno, o sinal é transferido para uma série de núcleos no tronco encefálico, onde é processado. A eferência desses núcleos é enviada a um núcleo de retransmissão no tálamo, o núcleo geniculado medial (NGM). Por fim, o NGM projeta-se ao córtex auditivo primário, ou A1, localizado no lobo temporal. Sob um aspecto, a via auditiva é mais complexa do que a via visual, pois existem mais etapas intermediárias entre os receptores sensoriais e o córtex. Entretanto, os sistemas possuem componentes análogos. Cada um inicia com receptores sensoriais que fazem conexões nas etapas iniciais de integração sináptica (na retina, para a visão, e no tronco encefálico, para a audição), seguindo, assim, a um núcleo de retransmissão talâmico e, então, ao córtex sensorial.
As aferências do gânglio espiral entram no tronco encefálico pelo nervo ves- tibulococlear. No nível do bulbo, cada axônio ramifica-se de modo a fazer sinapse simultaneamente com neurônios do núcleo coclear posterior e do núcleo coclear anterior, ipsilaterais à cóclea, de onde os axônios se originam. A partir desse ponto, o sistema torna-se mais complicado, e as conexões são menos compreendidas, pois existem múltiplas vias paralelas. As células do núcleo coclear ventral projetam seus axônios à oliva superior (também chamada de núcleo olivar superior) de ambos os lados do tronco encefálico. Os axônios dos neurônios olivares ascendem pelo lemnisco lateral (um lem- nisco é um conjunto de axônios) e inervam o colículo inferior, no mesencé- falo. Muitos axônios eferentes do núcleo coclear posterior seguem por uma rota similar à via do núcleo coclear anterior, mas a via posterior segue diretamente, sem parar na oliva superior. Embora existam outras vias dos núcleos cocleares ao colículo inferior com outros núcleos de retransmissão intermediários, todas as vias auditivas ascendentes convergem para o colículo inferior. Os neurônios do colículo inferior enviam seus axônios ao núcleo geniculado medial (NGM) do tálamo, o qual, por sua vez, projeta-se ao córtex auditivo.

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