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Resumo Patologia Geral ( morte celular, apoptose, pigmentações patológicas ....

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Resumo de Patologia Geral - Prova 2
MORTE CELULAR
 Ao atuarem sobre as células, os agentes lesivos causam lesões reversíveis ou morte celular. A morte celular é um processo e, come tal, uma sucessão de eventos, sendo as vezes muito difícil estabelecer qual é o fator que determina a irreversibilidade da lesão, ou seja, o chamado ponto de não retorno. 
 Nem sempre a morte celular é precedida de lesões degenerativas, pois o agente agressor pode causar morte rapidamente, não havendo lesões degenerativas que a precedam. 
 Duas principais vias de morte celular podem ser acionadas, dependendo da intensidade do agente lesivo: necrose (assassinato da célula) e apoptose (suicídio da célula).
Necrose
 Morte celular seguida de autorize que ocorre em organismo vivo.
 Tem sempre um agente lesivo, atuando no tecido, suficiente para matar a célula. Quando essas células morrem os lisossomos acabam em algum momento se rompendo e liberando uma quantidade de enzimas que eles têm no meio desse tecido.
 Quando a agressão é suficiente para interromper as funções vitais (cessam a produção de energia e as sínteses celulares) os lisossomos perdem a capacidade de conter as hidrolases no seu interior e estas saem para o citosol, são ativadas pela alta concentração de Ca++ no citoplasma e iniciam o processo de autólise. 
 Os lisossomos contêm hidrolases (próteses, limpasse, glicosidases, ribonuclease e desoxirribonucleases) capazes de digerir todos os substratos celulares. É a partir da ação dessas enzimas que dependem as alterações morfológicas observadas após a morte celular. Após necrose são liberadas alarmistas (HMGB1, uratos, fosfatou), que são reconhecidas em receptores celulares e desencadeiam uma reação inflamatória. 
Aspectos morfológicos:
Micro:
. Há aumento da eosinofilia (o tecido necrosado capita mais eosina, que é o pigmento que dá a cor rosa, devido as proteínas desnaturadas, que estão sendo destruídas no tecido necrosado irão corar de uma cor de rosa muito forte).
. Sempre há processo inflamatório ao redor da área necrosada.
. Alterações nucleares que podem ser observadas (irá depender do momento que a lâmina foi feita):
Pinocitose: o núcleo se torna intensamente condensado e basófilo.
Cariorrexe: fragmentação do núcleo pinocitado (quando o núcleo se fragmenta e dispersa no citoplasma)
Cariolise: digestão total do núcleo (digestão da cromatina, que faz desaparecer a afinidade tintorial dos núcleos).
Causas:
O aspecto da lesão varia de acordo com a causa, embora necroses produzidas por diferentes agentes possam ter aspecto semelhante. Os agentes agressores produzem necrose por:
(1) redução de energia, seja por obstrução vascular (isquemia, anóxia), seja por inibição dos processos respiratórios da célula; 
(2) produção de radicais livres; 
(3) ação direta sobre enzimas, inibindo processos vitais da célula (agentes químicos e toxinas); 
(4) agressão direta à membrana citoplasmática, criando canais hidrofílicos pelos quais a célula perde eletrólitos.
Principais tipos de necrose:
Necrose por coagulação ou isquêmica ou coliguativa
E a morte por hipóxia localizada que ocorre em todos os tecidos (exceto o cérebro).
E o tipo de necrose mais comum e mais importante. 
É a que ocorre na hipóxia quando a hipóxia atinge o ponto de não retorno.
Se houver uma hipóxia localizada no cérebro, por razões químicas bem especificas do cérebro, o quando morre por hipóxia ele liquefaz (derrete). 
. Macro: área cuneiforme, esbranquiçada com base voltada para a superfície do órgão, e com halo eritematoso ao redor.
 A área da necrose isquêmica tem um formato de cunha, a parte larga da cunha fica pra fora do órgão e a ponta lá pra dentro. O problema está na ponta, a hipóxia localizada ocorre por problema vascular, então o vaso que irriga a região afetada ele estará rompido, obstruído ou comprimindo, pois tem um problema bem na ponta da cunha, então o sangue não ira passa pros ramos desse vaso, e como o vaso ramifica no formato de arvore isso dará uma lesão com um formato mais triangular devido à disposição dos vasos sanguíneos.
 Como não há a passagem de sangue a região ficara branca.
 O halo eritematoso (vermelhidão ao redor da cunha branca) se dá pelo processo inflamatório que esta em volta da necrose.
. Micro: a arquitetura tecidual é mantida por algum tempo, células sem núcleo, aumento da eosinofilia. 
 A membrana citoplasmática da demora um pouquinho mais para arrebentar, então a célula morre por dentro, mas demora um pouco para arrebentar. Se for feito uma lâmina no inicio do processo vera que a arquitetura/formato é mantido, mas podemos ver que esta morto pois a célula não apresentam núcleo (núcleo já foi completamente digerido).
Necrose por liquefação ou liquefativa:
O tecido morto de liquefaz.
É aquela em que a zona necrosada adquire consistência mole, semifluida ou mesmo liquefeita. 
- Ocorre em 2 situações:
a) Na morte por hipóxia localizada no cérebro (quando um vaso sanguíneo no cérebro arrebentou deu hipóxia localizada e o tecido morreu).
b) Em inflamações bactérias locais nos quais há grande liberação de enzimas que liquefazem o tecido. (determinados tipos de bactérias induzem uma liberação de enzimas no tecido, e esse monte de enzimas que ali e liberado começa a liquefazer esse tecido. E esse tecido morto liquefeito e o que chamamos de PUS).
- A liquefação é causada por liberação de grande quantidade de enzimas lisossômicas. Em inflamações purulentas, também há necrose por liquefação do tecido inflamado, produzida pela ação de enzimas lisossômicas liberadas por leucócitos exsudados.
OBS.: PUS e uma necrose por liquefação que contem bactérias mortas, leucócitos mortos e tecido liquefeito.
Necrose Caseosa
Ocorre na Tuberculose (mais avançada).
Assim denominada porque a área necrosada adquire aspecto macroscópico de massa de queijo (do latim caseum).
. Macro: área irregular, rugosa, friável (solta pedaços), branco-amarelada, com aspecto de “massa de queijo.
. Micro: área central de cariolise com núcleos picnoticos e em cariorrexe ao redor, circundada por inflamação crônica granulomatosa.
- Cariolise: área central toda cor de rosa, sem nenhuma estrutura uma área amorfa constituída de resto de citoplasma.
- Núcleos picnoticos: núcleos ao redor da cariolise.
- Cariorrexe: ‘’farelos’’ de núcleo, bem pequenos juntos aos núcleos picnoticos.
-Processo inflamatório: e o que está em volta disso tudo. Na tuberculose esse processo inflamatório e chamado de inflamação crônica granulosa.
 
Granuloma: é o processo inflamatório + área de necroso.
Esteatonecrose ou necrose enzimática do tecido adiposo:
Decorre da morte de adipócitos.
Comum na pancreatite e em traumatismo de tecido adiposo.
Na pancreatite o pâncreas começa a liberar enzimas na cavidade abdominal e essas enzimas destroem os adipócitos que ficam ali. Quando o adipócito morre ele arrebenta e a gordura que estava dentro dele fica solta ali no meio, na matriz.
Os adipócitos se rompem e a gordura liberada reage com sais alcalinos do meio (reação de saponificação) formando estruturas com aspecto Macro de pingo de vela.
Evolução das necroses
Células mortas e autorizadas comportam-se como um corpo estranho e desencadeiam uma resposta no sentido de promover sua reabsorção e de permitir reparo posterior. 
Dependendo do tipo de tecido, do órgão acometido e da extensão da área atingida, uma área de necrose pode seguir vários caminhos; os principais estão descritos a seguir.
Regeneração: ocorre quando o tecido tem capacidade regeneratia/proliferativa e a lesão for pequena. As células integras (que não foram afetadas pela necrose) que estão ao redor da área necrosada que foi fagocitada, começam a proliferam e refazem a região. A região fica perfeita e não pode ser diferenciada da não lesada.
- Quando o tecido que sofreu necrose tem capacidade regenerativa, os restos celulares são reabsorvidos por meio da resposta inflamatória que se instala. Fatores decrescimento liberados por células vizinhas e por leucócitos exsudados induzem multiplicação das células parenquimatosas; se o estroma tiver sido pouco alterado, há regeneração completa do tecido.
- É o que ocorre no fígado, por exemplo, se as áreas de necrose forem pequenas, permitindo a conservação da malha de fibras reticulares. Se a necrose é extensa, a trama reticular sofre colapso, e, embora regenerados, os hepatócitos não conseguem organizar-se no lóbulo hepático e tendem a formar nódulos que distorcem a arquitetura do órgão. 
Reparo/Cicatrização: há substituição do tecido necrosado por tecido conjuntivo.
Ocorre em duas situações:
Quando o tecido afetado não tem capacidade proliferativa
Quando o tecido tem capacidade proliferativa, mas a lesão e extensa.
Ex.: lesão no tecido muscular.
Encistamento: ocorre em necroses volumosas. Há formação de uma capsula de tecido conjuntivo em torno da necrose que vai, lentamente, liquefazendo e sendo reabsorvida pela região. 
 Quando há uma necrose muito volumosa (uma bola formada de tecido necrosado) os leucócitos do processo inflamatório têm dificuldade de entrar no meio desse tecido morto, então eles se concentram em volta desse tecido, onde será produzido uma capsula de tecido conjuntivo fibroso, a área de necrose será encapsulada (é como se o organismo estivesse isolando essa necrose do resto do corpo).
 Nesse tecido morto ficara rompendo lisossomos e consequentemente liberando enzimas ali dentro, então o tecido morto que esta encapsulado ficara cada vez mais liquido e vai sendo reabsorvido por essa região. Então com o tempo essa bola de necrose ira reduzindo de tamanho ate ela sumir completamente, inclusive a capsula some também.
- Quando o material necrótico não é absorvido por ser muito volumoso ou por causa de fatores que impedem a migração de leucócitos, a reação inflamatória com exsudação de fagócitos se desenvolve somente na periferia da lesão. 
- Esse fato causa proliferação conjuntiva e formação de uma cápsula que encista o tecido necrosado, o qual vai sendo absorvido lentamente, permanecendo em seu interior material progressivamente mais líquido.
Eliminação: ocorre quando a necrose atinge uma estrutura que se comunica com o meio externo e é, por ali, eliminada.
 Qualquer tipo de necrose em que o tecido desprenda e saia do corpo e chamada de eliminação. 
 - Se a zona de necrose atinge a parede de uma estrutura canalicular que se comunica com o meio externo, o material necrosado é lançado nessa estrutura e daí eliminado, originando uma cavidade. 
 - Esse fenômeno é comum na tuberculose pulmonar, em que o material caseoso (se solta do pulmão) é eliminado pelos brônquios e forma (buracos) as chamadas cavernas tuberculosas.
Calcificação: algumas necroses podem atrair cálcio e se tornarem calcificadas. Muito comum na necrose caseosa.
Alguns tipos de necroses atraem cálcio, e o cálcio começa a se depositar em cima desse tecido morto, e aí esse tecido vai ficando calcificado (igual a uma pedrinha). Se calcificar não pode ser descalcificado nunca a mais. Ex.: pulmão com tuberculose.
Gangrena: ocorre quando a necrose sofre influência do meio externo. Necroses que tem contato com o meio externo, ou seja, estão na superfície do corpo ou estão no trato digestório. É uma evolução da necrose.
Gangrena seca: há desidratação da necrose, que se torna escura e ressecada. Comum na necrose isquêmica de extremidade (pata, ponta da calda, ponta da orelha...).
Gangrena úmida ou pútrida: a necrose e infectada por bactérias produtoras de enzimas que liquefazem o tecido morto, e de gases fétidos que se acumulam em bolhas junto ao material liquefeito. 
 É uma gangrena na qual o tecido fica infeccionado, geralmente isso acontece quando eu tenho uma necrose que tem ferimento. Ex.: queimaduras. 
 Os ferimentos necrosados são muito susceptíveis a contaminação por bactérias que gostam de morar em tecido morto, essas bactérias começam a librar enzimas no meio desse tecido morto, e esse tecido vai ficando com o aspecto amarelado de PUS grudento/grosso. Essas bactérias também liberam um gás que possui um cheiro terrível.
 O grande problema é que essas bactérias que gostam de ficar em tecido mortos produzem toxinas muito fortes, e elas podem cair na corrente sanguínea e ocasionar um Choque Séptico.
 - Decorre de invasão da região necrosada por microrganismos anaeróbios produtores de enzimas que tendem a liquefazer os tecidos mortos e a produzir gases de odor fétido que se acumulam em bolhas juntamente com o material liquefeito. 
 - Esse tipo de gangrena é comum em necroses do tubo digestivo, pulmões e pele, onde condições de umidade a favorecem. Absorção de produtos tóxicos da gangrena pode provocar reações sistêmicas fatais, induzindo choque do tipo séptico.
Gangrena gasosa: semelhante a pútrida, mas a infecção se dá por bactérias que vivem na terra.
 Forma mais gases do que a pútrida, mas o risco é o mesmo, de ocasionar um choque Séptico.
 - A gangrena gasosa é secundária à contaminação do tecido necrosado com germes do gênero Clostridium que produzem enzimas proteolíticas e lipolíticas e grande quantidade de gás, sendo evidente a formação de bolhas gasosas.
Apoptose 
 A APOPTOSE é uma via de morte celular induzida por um programa de suicídio estritamente regulado no qual as células destinadas a morrer ativam enzimas que degradam seu próprio DNA e as proteínas nucleares e citoplasmáticas.
 As células apoptóticas se quebram em fragmentos, chamados CORPOS APOPTÓTICOS, que contém porções do citoplasma e núcleo. As membranas plasmáticas da célula apoptótica e seus corpos apoptóticos permanecem intactos, mas sua estrutura é alterada de tal maneira que a célula e seus fragmentos tornam-se alvos para os fagócitos. 
 As células mortas e seus fragmentos são rapidamente devorados, antes que seus conteúdos extravasem, e desse modo a morte celular por esta via não inicia uma resposta inflamatória no hospedeiro. Possui causas fisiológicas e patológicas, a necrose so possui causa patológica.
 
Aspectos morfológicos:
A cromatina se condensa junto a carioteca a membrana citoplasmática emite brotamentos ao mesmo tempo que o núcleo se fragmenta os “brotos”, com ou sem fragmentos de núcleo, se soltam, formando Corpos Apoptóticos os corpos apoptóticos são fagocitados por células vizinhas sem acionar processo inflamatório.
Causas da Apoptose 
 
 Fisiológicas 
 A morte por apoptose é um fenômeno normal que funciona para eliminar células que não são mais necessárias e para manter, nos tecidos, um número constante das várias populações celulares. 
 - EMBRIOGÊNESE E MORFOGÊNESE 
 - INVOLUÇÃO DEPENDENTE DE HORMÔNIOS 
 - CONTROLE DA POPULAÇÃO CRESCENTE 
 - ELIMINAR LINFÓCITOS AUTO-REATIVOS POTENCIALMENTE NOCIVOS 
 - ELIMINAR CÉLULAS QUE JÁ CUMPRIRAM A SUAS FUNÇÕES. 
 
 Patológicas 
 A apoptose elimina células que são lesadas de modo irreparável, sem produzir reação 
do hospedeiro, limitando, assim, lesão tecidual paralela. 
 - DANOS IRREPARÁVEIS DO DNA (radiação, drogas citotóxicas, hipóxia) 
 - ACÚMULO DE PROTEÍNAS ANORMALMENTE DOBRADAS (mutações) 
 - CÉLULAS INFECTADAS (vírus, bactérias, resposta imune) 
 - ATROFIA PATOLÓGICA (uso de gesso, ocasiona perda de massa muscular) 
 - TUMORES EM FASE DE REGRESSÃO 
 - ASSOCIADA À NECROSE
 Um agente lesivo mais intenso ira matar a célula causando necrose, mas se o agente lesivo tiver uma intensidade menor ele pode danificar essa célula de uma tal forma que ela não morreu, mas ela também não consegue mais concertar aquele estrago, a célula então ira acionar o mecanismo do apoptose.
Mecanismo:
- Quando a célula vai entrar em apoptose ela vai ativar os genes responsáveis por fazer a apoptose acontecer, o mais famoso é o gene BAX, então na hora de entrar em apoptose vai ser ativado o Gene BAX.
- O gene BAX vai codificar uma proteína que tem o mesmo nome que ele, a Proteína BAX. Essa proteína vai lá na mitocôndriae abre um furo/ buraco na mitocôndria, que e chamado de mega canal mitocondrial, esse canal é aberto para que saia de dentro da mitocôndria duas coisa: o Citocromo C e o AIF (fator indutor da apoptose) que são tirados de dentro da mitocôndria e vão para o citoplasma.
- No citoplasma existe um grupo de enzimas inativas chamadas de CASPASES que são as responsáveis ela apoptose/fazem a apoptose acontecer. As caspases precisam ser ativadas, elas são ativadas pelo o Citocromo C e AIF (por isso eles devem ser tirados de dentro da mitocôndria).
- As Caspases fazem duas coisas a mesmo tempo, elas induzem uma alteração no Citoesqueleto, e preciso que o citoesqueleto se modifique para que a célula possa mudar de forma/emitir os brotamentos; A outra coisa que as Caspases fazem é ativar a Endonuclease, que é uma enzima que se encontra no núcleo e é responsável por fragmentar o núcleo.
- Uma vez que começou o processo segue sozinho, o brotamento fecha e solta.
Principais vias de ativação do apoptose:
Via receptor de superfície
Via usada em situações fisiológicas, não há presença de um agente lesivo.
Para essa célula entrar em apoptose uma outra célula tem que mandar ela entrar (célula A manda célula B entrar em apoptose).
A célula A vai produzir dentro dela e jogar na matriz proteínas sinalizadoras, essas proteínas levam a mensagem da apoptose. São proteínas altamente especificas levando uma mensagem especifica para a célula alvo (célula B).
Na célula alvo, em todas as células do organismo, existem receptores de superfície específicos para a mensagem da apoptose, os chamados receptores de morte.
A célula A mandou a proteína sinalizadora que ira ligar no receptor de morte da célula B. 
Do momento em que a célula A produz a proteína canalizadora ate ela ligar no receptor e chamado de VIA DE SINALIZAÇAO EXTRACELULAR.
Os receptores de morte possuem uma parte no meio intracelular e outra no meio extracelular, eles atravessam a membrana. Quando a proteína sinalizadora se liga ao receptor do lado de fora ele se modifica do lado de dentro, quando ele se modifica do lado de dentro isso aciona uma reação em cadeia, pois ligado ao receptor do lado de dentro possui proteínas e quando ele se modificas as proteína também se modificam (estão ligadas/vão se modificando em cascata). A partir do momento em que o receptor se modificou começa uma reação química em cadeia dentro da célula, a mensagem está sendo transmitida dentro da célula até chegar no núcleo e o Gene BAX ser ativado. Essa sequencia é chamada de VIA DE SINALIZAÇAO INTRACELULAR.
Algumas vezes a célula A manda uma outra proteína sinalizadora que se liga a um outro tipo de receptor de morte, irá ocorrer a reação em cadeia. As vezes ao invés da reação chegar lá no núcleo e ativar o gene bax, algumas vezes as reações em cadeia vai direto nas CASPASES e a ativa diretamente.
Via dano à membrana mitocondrial
Via mais comum de ativação de apoptose, ocorre em situações patogênicas.
Há a presença de um agente lesivo e esse agente consegue furar a mitocôndria da célula, de forma que o Citocromo C e o AIF saiam de lá de dentro, e irão ativar Caspase imediatamente.
Não há ativação do gene bax. 
Ex.: radicais livres, radiação ionizante...
Via dano a membrana citoplamatica
Ocorre em situações patológicas.
Presença de um agente lesivo que está estragando a membrana citoplasmática. Não estraga o suficiente para matar essa célula por necrose, mas é um estrago que a célula não consegue concertar.
Do lado de dento da membrana ligado a ela tem uma enzima inativa chamada Esfingomielinase. Quando a membrana estraga essa Esfingomielinase é ativada e começa a emulsionar. Essa enzima reage com componentes da membrana produzindo Ceramidas, e essas ceramidas ativam o gene Bax.
Obs.: Metabolismo de grande quantidade de gordura produz Ceramidas, além de produzir os radicais livres. 
Via dano ao DNA/TP53
Ocorre em situações patológica.
Esta relacionada com o ciclo celular.
Quando a célula vai se dividir por mitose para ela dar origem a duas células iguais, ela precisa dobrar de tamanho e depois dividir ao meio. Passa, portanto, por fases.
Fase G1 a célula começa a crescer e a duplicar as organelas
Fase S a célula para tudo o que está fazendo para duplicar o DNA 
Fase G2 termina de crescer, para chegar em M da mitose e dividir em duas.
Na mitose eu tenho que ter duas células absolutamente idênticas a célula original e entre si. Para isso acontece o ciclo celular deve ser muito bem vigiado e não pode ter erros.
A célula vigia o ciclo celular em alguns momentos do ciclo celular os chamados CHECKPOINTS (pontos de checagem), são os momentos do ciclo celular que a célula para tudo o que está fazendo para pode se conferir. Ira conferir: se tem oxigênio suficiente, se tem glicose entrando, se o meio extracelular esta favorável; se já duplicou o tanto de mitocôndria necessária; se a membrana citoplasmática esta integra. Se encontrar algum problema as células ficam paradas nesse checkpoint ate esse problema ser resolvido. Se consertado a célula é liberada e continua progredindo.
No final da fase G1 existe um checkpoint exclusivo para conferir o DNA, antes de ser duplicado da fase S. Nesse checkpoint será ativado o Gene TP53 e ele vai codificar a proteína TP53, essa proteína “guardiã do DNA” ela ira conferir se tem mutações no DNA, ira, portanto, percorrer o DNA buscando erros/mutações. A partir disso pode ocorrer 3 situações:
- Não achar nenhum erro (raro), se estiver tudo certinho TP53 libera essa célula para a fase S
- Encontrou erros (normal), quando um erro é encontrado a proteína ativa os genes de reparo do DNA, responsáveis por fazer pequenos consertos no DNA. Após o conserto a célula é liberada para a fase S.
- Encontrou erros, ira ativar os genes de reparo, mas eles não conseguem fazer o reparo. Como não pode manter a célula presa nesse checkpoint e nem pode deixa-lo ir para a fase S. então a proteína TP53 ira ativar BAX e a célula entra em apoptose.
- Encontrou erros e a proteína ativa os genes de reparo mas esses genes de reparo estão mutados, não haverá reparo e a proteína irá ativar Bax.
- Encontrou erro, genes de reparo não conseguem fazer reparo, proteína tenta ativar Bax mas o gene Bax esta mutado. Nessa situação a TP53 e obrigada a liberar essa célula para a fase S, podendo ocasionar câncer. 
Obs.: Câncer: o câncer aparece, pois, as aflatoxinas e outros vários carcinógenos causam mutação Gene TP53. Se não fosse pela proteína TP53 nos morreríamos de câncer muito novos, pois algumas vezes esses erros no DNA acontecem com genes envolvidos com a proliferação celular, quando eu tenho mutação nesse gene a célula começa a proliferar de forma descontrolada, e é isso que é o início do câncer.
Pigmentações Patológicas
 Pigmento é a designação dada a substâncias que têm cor própria e origem, composição química e significado biológico diversos. Os pigmentos acham-se distribuídos amplamente na natureza e são encontrados em células vegetais e animais, nas quais desempenham importantes funções (p. ex., clorofila, citocromos, melanina).
 
 Denomina-se pigmentação o processo de formação e/ou acúmulo, normal ou patológico, de pigmentos no organismo. 
 
Pigmentação patológica pode ser sinal de alterações bioquímicas pronunciadas; em muitas doenças, o acúmulo ou a redução de certos pigmentos é um dos aspectos mais marcantes. 
 Grande número de pigmentos origina-se de substâncias sintetizadas pelo próprio organismo: são os pigmentos endógenos. Outros, denominados pigmentos exógenos, são formados no exterior e, por via respiratória, digestiva ou parenteral, penetram e depositam-se em diversos órgãos.
Bilirrubina (Bb)
 A bilirrubina e produzida a partir de morte de hemácias (hemocaterese).
 Quando as hemácias ficam velhas e o sangue passa pelo baço os macrófagos do baço fagocitam essas hemácias velhas. No baço os macrófagos abrem a hemácia pegam a hemoglobina e parte a hemoglobina emtrês pedaços:
- Porção heme
- Ferro 
- Porção globina
 A porção heme é transformada em um pigmento verde chamado Biliverdina, esse pigmento verde vai viram um pigmento amarelo que é chamado de Bb não-conjugada.
 A Bb não-conjugada não é necessária para o nosso organismo, por isso deve ser retirado do nosso organismo, mas para ela sair do nosso corpo de alguma forma (fezes, urina...) ela tem que se tornar hidrossolúvel, e isso ocorrerá no fígado.
 Portanto, os macrófagos do baço irão jogar essa Bb não-conjugada na corrente sanguínea. No sangue ela irá circular de duas formas: 
- Porção livre da Bb 10%: circularão ligados à Apolipoproteína D (se houver alguma situação em que essa porção livre fique em excesso no organismo, essa porção livre consegue atravessar a barreira hematoencefálica de recém-nascidos e podem causar lesão cerebral, chamada de Kernicterus).
- Porção ligada à albumina 90%.
 A porção da Bb ligada a albumina vai para o fígado, se solta da porteira (albumina) e entra dentro do hepatócito. Quando ela entra dentro do hepatócito a Bb tem uma tendência a sair do hepatócito, então e preciso “segurar” ela lá dentro para que ela se torne hidrossolúvel. A Bb é ligada a duas proteínas que já existem dentro do hepatócito, as proteínas Y (ligandina) e Z. 
 Após ser presa dentro da hemoglobina a Bb ela será transformada em hidrossolúvel, isso será feito a partir da reação/conjugação da Bb não-conjugada com o ácido glicurônico. A partir dai a Bb se tornara hidrossolúvel e passara a se chamar de Bb conjugada (ela já poderá ser retirada do organismo).
 Os hepatócitos jogam a Bb conjugada nas vias biliares e ela chegara ao intestino. No intestino a Bb conjugada sofrera ação das bactérias e vai ser transformada em duas coisas:
- Estercobilina (maior parte): pimento que da coloração as fezes. Portanto a principal forma de tirar a Bb do organismo é através das fezes.
- Urobilinogenio (um pouco da Bb): será reabsorvido pelo intestino, voltara para o sangue e do sangue ele divide. Uma parte vai para os rins e sai na urina como um pigmento chamado urobilina. A outra parte volta para o fígado e volta para o intestino novamente e sai pelas fezes.
 Esse será o metabolismo normal da Bb.
 Pontos importantes:
 . A Bb e produzida a partir da morte de hemácias. Portanto é um pigmento produzido o tempo todo, porque eu tenho hemácias morrendo o tempo todo.
 . Precisasse do fígado para retirar Bb de forma normal do organismo, que é através das fezes. 
Hiperbilirrubinemia: é o excesso de bilirrubina no organismo
 Quando há um excesso de Bb no organismo, essa Bb começa a se depositar em todos os tecidos do corpo. Como a Bb é um pigmento amarelão, quando ela vai se depositando nos tecidos o animal aí ficando amarelo. Quando um animal está amarelo falamos que ele está com ICTERÍCIA.
 A Icterícia e o sinal clinico da hiperbilirrubinemia.
 Existem dois motivos para que o animal tenha icterícia, ou ele tem hemácias de mais morrendo (síntese de Bb estará muito alta) chamado de anemia hemolítica, ou devido a algum problema no fígado (não consegue eliminar Bb) a chamado insuficiência hepática. 
 Qualquer motivo para insuficiência hepática pode dar icterícia, geralmente quando chega a ver a icterícia já está em uma insuficiência hepática mais grave.
Icterícia Hemolítica 
- Quando há uma anemia hemolítica.
A produção de Bb nos macrófagos do baço é muito alta, pois há muitas hemácias morrendo.
A Bb não-conjugada está sendo mandada para o fígado e o fígado mandara Bb conjugada para o intestino, será formado então Estercobilina (fezes normais) e Urobilinogenio.
Como está chegando muita Bb para o fígado ele não irá conseguir processar tudo que está chegando, portanto, esse excesso irá acumular no sangue, causando Icterícia. 
Normalmente uma parte do urobilinogenio volta para o fígado e sai pelas fezes de novo, mas como o fígado está sobrecarregado com Bb ele não ia pegar esse urobilinogenio que está chegando até ele não. O urobilinogenio é hidrossolúvel e está no sangue, e como o fígado não aceita ele, ira para o rim e será liberado pela urina, a urina fica normal (acolúrica).
BAÇO Acumulo (Icterícia) 
(Bb não-conj.) 
 SANGUE
 RIM Urina Acolúrica (Urina Norma)
 FIGADO
 (Bb conj.) Estercobilina (Fezes Normais)
 INTESTINO 
 Urobilinogenio 
Sintomas:
(anemia hemolítica)
- Fezes normal
- Urina normal
- ICTERÍCIA
Principais causas de icterícia hemolítica:
Anemia hemolítica devido a:
 - agentes químicos
 - eritroblastose fetal
 - veneno de cobra
 - vet: piroplasmose, anaplasmose, leptospirose, anemia infecciosa equina
Icterícia Obstrutiva
- Quando há insuficiência hepática.
 A quantidade de hemácias morrendo e a produção de Bb não-conjugada lá no baço está normal. Portanto a Bb não-conjugada está chegando no fígado em quantidade normal, e o fígado consegue conjuga-la. 
 O problema e que quando se tem insuficiência hepática por qualquer motivo as vias biliares (ductos, canalículos) ficam comprimidas, portanto, o fígado conjuga a Bb mas não consegue manda-la para o intestino, devido a problemas nas vias biliares que estão comprimias ou até obstruídas.
 Se a Bb não é mandada para o intestino então não haverá formação de Estercobilina (fezes ficarão sem cor) e nem de Urobilinogenio.
 Como não consegue mandar a Bb hidrossolúvel para o intestino, ele irá manda-la para o sangue, como ela é hidrossolúvel e não tem como ela sair pelas fezes ela ira para os rins e começará a sair pela urina.
 Quando há eliminação de bilirrubina pela urina, a urina fica com uma cor muito escura “quase cor de coca cola”. Urina escura/com Bb = Urina Colúrica. 
 O processamento renal é lento, então o rim demora muito para mandar a Bb para a urina. Portanto a Bb que esta chegando no sangue ela ira acumular no sangue e era depositada nós tecido o que ocasiona a Icterícia.
BAÇO Acumulo (Icterícia) 
(Bb não-conj.) 
 SANGUE
 RIM Urina Colúrica (Urina Escura)
 FIGADO
 (Bb conj.) Estercobilina = (Fezes Claras)
 INTESTINO 
 Urobilinogenio 
Sintomas:
(insuficiência hepática grave causa)
- Fezes claras
- Urina escura
- ICTERÍCIA
Principais causas de icterícia obstrutiva:
- esteatose hepática intensa
- obstrução dos ductos biliares por verminoses
- cirrose
- cálculos biliares
- compressão por neoplasias
Dentro dos macrófagos, a hemoglobina é quebrada em 3 partes:
Ferro: É transportado no sangue pela transferrina até a medula óssea, para a produção de novos eritrócitos, ou até o fígado e outros tecidos para armazenamento na forma de ferritina.
Porção Globina: reaproveitada pelo macrófago.
Porção Heme: é transformada em biliverdina....
Hemossiderina
Pigmento marrom-dourado produzido a partir do ferro da hemoglobina.
 
 Porção Heme
Macrófago Hemoglobina Porção Globina 
 Ferro + apoferritina ferritina + ferritinaHemossiderina
Quando o macrófago fagicita muita hemácia ele fica com muita ferritina dentro dele, e essas ferritinas começam a se fundir e formar o pigmento Hemossiderina.
O macrófago funciona normalmente quando esta cheio de hemossiderina, mas a presença de hemossiderina indica que esse macrófago fagocitou hemácia de mais.
Deposição sistêmica: presença de macrófagos com hemossiderina em vários órgãos. Indica quadro de anemia hemolítica
Deposição localizada: macrófagos com hemossiderina em um local do corpo: indica rompimento vascular (hemorragia)