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Patologia Clínica Aula 1 – Adaptação Celular Patos – Dor e Sofrimento Logia – Conhecimento / Estudo Patologia Geral – Estudo das dores e conhecimentos sobre regiões comuns do corpo. 4 Raízes da Patologia Etiologia - Causados por agentes intrínsecos e extrínsecos Fatores endógenos e exógenos. Patogenia – Diz respeito a o que o agente etiológico pode causar no organismo Alterações Morfológicas – Relacionadas ao processo de alteração tanto tecidual celular quanto molecular causado pelo agente. Diagnóstico – Sinais que caracterizam a patologia Patologia - Câncer de Pulmão Etiologia – Tabaco Patogenia – Emagrecimento, Caquexia, dores, dispneia Alterações Morfológicas – Massa no parênquima pulmonar Significado Clinico e/ou Diagnóstico - Denominação do acometimento do indivíduo. Células que se submetem a situações diferentes das suas funcionalidades e tem o seu metabolismo alterado sofrem lesão reversível ou irreversível. Exemplo – Hipertensão Células cardíacas aumentam o volume e levam a cardiomegalia ou hipertrofia cardíaca onde as células bombeiam mais fortemente e levam a um maior aporte de sangue. Essa adaptação pode ser resolvida com um fármaco. Caso não ocorra o cuidado esse estímulo que aumenta gradativamente vai gerar o infarto agudo do miocárdio. Três processos mantém a homeostasia celular dos tecidos em todo o corpo visto que cada um tem um número determinado de células: APOPTOSE – Controle da proliferação celular PROLIFERAÇÃO – Controle da apoptose celular DIFERENCIAÇÃO – Regulam a expressão de células no tecido e a substituição de células que foram lesadas ainda que não estejam dispostas na mesma quantidade por todo o tecido. Esses três processos se interligam e controlam o volume tecidual celular. Alterações do volume celular são denominadas hipertrofia que é o aumento e, hipotrofia que é a diminuição do volume. Alterações em quantidade de células são denominadas hiperplasia para o aumento no número de células e hipoplasia na redução no número de células. Alteração na diferenciação da célula, mudança no tipo de diferenciação celular em um tecido é denominada metaplasia onde uma célula é substituída por outra. Alteração na proliferação e diferenciação celular é denominada displasia, sendo a principal via pra culminar em uma neoplasia visto que mudam tanto com o aumento do número de células quanto na proliferação. Diferença entre displasia e neoplasia. A displasia é estadiada e possui graduação, sendo que este tipo de alteração possui resposta a uma terapia medicamentosa até o grau 3. A displasia grau 4 e grau 5 são denominadas alteração pré-cancerosas pois podem culminar em uma neoplasia que como característica intrínseca uma maior dificuldade de terapêutica medicamentosa lançando mão de outros métodos. Os tecidos são compostos de três tipos celulares: -Permanentes: Depois da mitose são células que não se dividem. Estão restritos a apenas uma resposta adaptativa - Lábeis: Células que fazem divisão continuas - Quiescente: Células estáveis mas que podem voltar a se dividir caso necessário. 1 - HIPERPLASIA – Aumento no número de células do tecido podendo levar ao aumento do volume celular (hipertrofia). Geralmente ocorrem juntos visto que os estímulos são os mesmos. Ocorre apenas em células que realizam a síntese DNA (promovem a divisão celular). Órgãos como Cérebro e Coração não realizam Hiperplasia pois suas células não se dividem (células permanentes). - Fatores Limitantes Suprimento Sanguíneo – Limita o crescimento Integridade Morfofuncional – Membranas podem limitar o crescimento Inervação – Fundamental pro estimulo de divisão Capacidade Proliferativa – Característica intrínseca do tecido em proliferar. - Causas Fisiológicas ou Patológicas – Aumento da demanda funcional e aumento do estímulo hormonal 1 - Hiperplasia Fisiológica – dividida em Hormonal e Compensatória Hiperplasia hormonal • A qual aumenta a capacidade funcional de um tecido quando é necessário. Hiperplasia compensatória • Na qual ocorre aumento da massa tecidual após dano ou ressecção parcial. Pode ocorrer a partir de células remanescentes ou tronco. Encontrada no Figado ou Rim. - Mecanismos da hiperplasia - Produção local de fatores de crescimento. - Aumento dos receptores de fatores de crescimento nas células envolvidas. - Ativação de determinadas vias de sinalização intercelular. 2 - Hiperplasia Patológica - Causada pela estimulação excessiva das células alvos por fatores ou hormônios de crescimento. Hiperplasia Endometrial – Aumento das células do estroma endometrial causado pelo aumento da secreção de estrogênio e progesterona. Hiperplasia Prostática Benigna – Aumento das células por conta do aumento das secreção de hormônios andrógenos. A Hiperplasia patológica é a via mais comum para um paciente que desenvolva o câncer. 2 - HIPERTROFIA Aumento de volume celular que reflete no aumento do órgão porém não aumenta número de células. O órgão hipertrofiado não possui aumento de células. HIPERTROFIA x EDEMA Hipertrofia – ocorre aumento de volume celular proporcional ao número de mitocôndrias e as outras organelas. Edema – aumento de líquido mas nenhuma organela nova será produzida. Fatores limitantes - FORNECIMENTO DE O2 - Limita a célula por conta da regulação da respiração celular pelo transporte de O. Inervação - Fornece o estímulo pra resposta adaptativa Integridade celular - A integridade Fornecimento de nutrientes - Hipertrofia podem ter duas causas (fisiológicas ou patológicas) e ocorrem por aumento da demanda funcional e aumento do estímulo hormonal. Mecanismos de Hipertrofia Com o aumento da atividade celular também aumentam: ↑utilização de aminoácidos ↑consumo de oxigênio ↑síntese de proteínas e lipídeos ↑conteúdo de miofibrilas, mitocôndrias e REL ↑síntese de DNA, bloqueio em G2 e poliploidia O aumento da carga em uma atividade física leva ao aumento da célula muscular devido a demanda necessária. Fatores limitantes para a perpetuação da hipertrofia • Limitado suprimento vascular para as fibras hipertrofiadas; • Diminuição da capacidade oxidativa da mitocôndria; • Alterações na síntese; • Alterações do citoesqueleto. A hipertrofia pode regredir ou ainda evoluir pra morte celular por conta do aumento do volume e até hiperplasia celular. 3 – HIPOPLASIA Diminuição numérica das células porém mantendo as mesmas funções e atividades. Ainda podem ter causa fisiológica e/ou patológica. 4 – HIPOTROFIA/ATROFIA Diminuição do volume celular por perda de líquido. A redução no tamanho da célula devido à perda de substância celular é conhecida como atrofia/ hipotrofia. Quando um número grande de células estão envolvidos, o tamanho do órgão fica comprometido. Também ocorrem de forma fisiológica e patológica e pode ocorrer de forma local ou generalizada como a desnutrição que afeta todo os sistema. ATROFIA FISIOLÓGICA – Principalmente no período fetal, temos a Notocorda fetal que atrofia pra formar a coluna cervical. ATROFIA PATOLÓGICA Diminuição da demanda funcional - diminuição da atividade de um musculo Perda da inervação - movimentos forçados causam traumas nos nervos Diminuição do suprimento sanguíneo - acidentes que levam a hemorragia com ausencia de irrigação leva a atrofia de uma região. Deficiência nutricional – casos de anorexia nervosas Diminuição do estímulo hormonal - alterações na secreção Envelhecimento Pressão – presença de massa tumoral em uma região leva a trofia dos órgão ao redor por conta da pressão exercida. Lipofuscina é um pigmento característicos de tecidos que sofrem atrofia e é um determinante pra macroscopia. Macroscopia - Tecidos com coloração parda marcam a resposta de hipotrofia. Microscopia óptica - Pigmento Lipofuscina é um pigmento característicos de tecidos que sofrem atrofia Microscopia eletrônica - Autofagia e corpos residuais ou corpos autofágicos são caracteristicos de tecidos que responder com hipotrofia sendo denominado por alguns autores como sarcófagos. CÉLULAS ATRÓFICAS NÃO ESTAO MORTAS, a Hipotrofia é uma resposta cuja células estão em atividades reduzida. Mecanismo de Atrofia Quando a célula diminui sua demanda nutricional, aportes e outros nutrientes ocorre um estímulo para as ligases de Ubiquitina que vai modificar a sinalização celular e a mesma passa a estar marcada para os fagócitos. 5 - METAPLASIA Ocorre quando a célula é modificada por outro tipo celular por um estímulo externo afim de que o novo tipo celular possa resistir melhor à este estímulo. Este processo pode gradualmente se tornar crônico. Causa Agressão mecânica repetida Irritação prolongada pelo calor local Irritação química prolongada Inflamação crônica Os tipos mais comuns são: Troca do epitélio colunar para escamoso e do escamoso para colunar. Metaplasia do epitélio colunar para o escamoso Ocorre no trato respiratório em resposta à irritação crônica. Na pessoa que fuma, as células epiteliais colunares ciliadas normais da traquéia e dos brônquios são geralmente substituídas, focalmente ou extensamente, pelo epitélio escamoso estratificado Metaplasia do epitélio colunar para o escamoso O epitélio escamoso estratificado, mais resistente, é capaz de sobreviver em circunstâncias nas quais o epitélio colunar especializado, mais frágil, provavelmente teria sido destruído. Mas apesar delas sobreviverem, perde-se um importante mecanismo protetor: a secreção de muco desaparece. Esôfago de Barrett - O epitélio escamoso esofágico é substituído por células colunares semelhantes a células intestinais sob a influência de refluxo de ácido gástrico. Mecanismos - A diferenciação de células-tronco em uma linhagem em particular ocorre por meio de sinais gerados por: - citocinas - fatores de crescimento - componentes da matriz extracelular 6 - DISPLASIA Aumento da proliferação celular , perda progressiva da diferenciação celular , surgimento de atipias celulares e da arquitetura tecidual. Causas Irritação crônica Agressão mecânica repetida Irritação prolongada pelo calor local Irritação química prolongada Inflamação crônica Displasia, pode regredir ou evoluir pra neoplasia. Lesão Reversível As células se adaptam a estímulos agressivos de diversas formas principalmente as parenquimatosas. Quando estas agressões superam os limites de respostas adaptativas ocorre o processo denominado lesão reversível. A lesão reversível vai até um determinado ponto e depende da susceptibilidade da célula à agressão, e depende da intensidade e persistência do estímulo. Princípios que estão relacionados as lesões: - A resposta celular a agressão vai depender do tipo celular, gravidade e duração do estímulo. - As consequências causadas pelo estímulo depende do tipo, estado e grau de adaptação da célula submetida. - A lesão resulta de alterações funcionais e bioquímicas nas atividades celulares. Até um determinado limite de estímulo a célula é capaz de retomar suas atividades e compensar os danos causados porém estímulos longos ou intensos podem levar a um dano irreversível. Definição - Células com lesão reversível possuem alterações bioquímicas que levam ao aumento no acúmulo de substâncias. Tambem podem ser denominadas degeneração intracelular. As lesões reversíveis ou degenerações intracelulares são classificadas quanto ao tipo de substância acumulada sendo elas: - água; - lipídeos; - glicídeos; - proteínas; Degeneração intracelular por acúmulo de água Denominada como edema intracelular ou degeneração hidrópica, podendo ser denominada também por tumefação turva, degeneração granular, degeneração albuminosa e degeneração vacuolar sendo os mais afetados rins, fígado e coração. - Alterações Morfológicas – Aumentam peso e volume e adquirem coloração parda. Microscópicas - Células aumentam o volume intracelular, vácuolos opticamente vazios e citoplasma com aspecto granuloso. - Causas As degenerações hidrópicas são causadas por: - Agressões diretas a membrana celular por agentes químicos, físicos e biológicos; - Agressões que reduzam a atividade mitocondrial e a fosforilação oxidativa; E: hipóxia diminui a tensão parcial de Oxigênio e altera a atividade da cadeia transportadora de elétrons. - Agressões que reduzam a síntese proteica e altere a estrutura de membrana; - Evolução e Consequências: Se o estímulo for controlado ou interrompido há regressão e retorno a atividade normal celulares, caso haja continuidade do estímulo vai haver progressão pra lesão irreversível e morte celular. Degeneração intracelular por acúmulo de Lipídeos Denominadas de acordo com o lipídeo acumulado: Esteatose – Acúmulo de Triglicerídeos; Lipidose – Acúmulo de colesterol e seus ésteres; Lipidoses Acúmulo intracelular de colesterol e seus ésteres podendo ocorrer de duas formas: - Locais: aterosclerose, xantomas - Sistêmicas: esfingolipidoses Lipidoses Locais Aterosclerose – Diversos são os fatores que podem causar a lesão dos vasos sanguíneos e iniciar uma cascata que vai aumentar a expressão de fatores de crescimento e moléculas de adesão ao endotélio. Estes fatores gradualmente e progressivamente vão acumulando células defesas como Macrófagos envolvidos no reparo celular, proteínas transportadores de Lipídeos, plaquetas e etc. O acúmulo dessas substâncias gradualmente vai formar a placa de Ateroma que vai causar o turbilhonamento do sangue, que pode levar ao levantamento da placa e a interrupção do fluxo sanguíneo. Com a interrupção a região que fica sem o aporte sanguíneo causa a morte celular do tecido. O descolamento da placa pode ser levada pela circulação até que a mesma fique retida em vasos de menores calibres causando a trombose. Arteriosclerose X Aterosclerose – Arteriosclerose é o envelhecimento das artérias e a diminuição da função conforme a idade, já a Aterosclerose é a formação da placa de Ateroma. Xantoma – Acúmulo subcutâneo de lipídios e formação de nódulos com uma quantidade de colágeno, macrófagos e tecido fibroso. Lipidoses Sistêmicas Doença de armazenamento de esfingolipídeo associado a ausência ou deficiência de enzimas lisossômicas que atuam na degradação de seus componentes e produtos resultando no acúmulo do substrato. Os mais comuns são Doença de Nieman-Pick, Tay- Sachs e Gaucher. - Nieman-Pick: Ausência de esfingomielinase causando acúmulo de esfingomielina e causa hepatoesplenomegalia, retardamento mental e morte precoce. - Gaucher: Ausência de beta-glicocerebrosidase causando acúmulo de cerasina causa hepatoesplenomegalia e retardo mental em crianças. - Tay-Sachs: Ausência de Hexoaminidase leva o acumulo de gangliosídeo em neurônios na retina a região da mácula aparece em destaque causa cegueira e retardo mental severo levando a óbito em dois anos. Esteatose Acúmulo de triglicerídeos em células que não os armazena também denominada degeneração gordurosa ou metamorfose gordurosa afetando em grande parte, rins, fígado e coração. Morfologia – aumento do órgão, diminui a consistência e adquire coloração amarelada. Microscópica – Citoplasma com aspecto vacuolizado e coloração SUDAN positivo corados em preto. O acúmulo é causado pela ingestão de ácidos graxos que precisam ser associados a proteínas para serem transportados. A alteração no metabolismo hepático leva ao acúmulo deste como aumento na síntese de lipídeos, diminuição na formação de lipoproteínas e as causas mais comuns da lesão hepática são hipóxia Um agente que causa este acúmulo é o álcool que lesiona os hepatócitos que realizam esta associação Degeneração intracelular por acúmulo de glicídeos Depósito anormal de glicídeos intracelular por deficiência metabólica genética ou por agressão classificando-se como: - infiltração glicogênica; - glicogenoses; - mucopolissacaridoses; Mucopolissacaridoses Gargoilismo – acúmulo de dermatam-sulfato por ausência da enzima metabólica nos fibroblastos causando grave retardamento mental, opacificação da córnea e morte antes dos 10 anos. Glicogenoses Síndrome de Von Gierke – Deficiência de Glicose-6-Fosfatase, acumula glicogênio e afeta rins e figado. Síndrome de Pompe - Deficiência de Alfa,1-4-Glicosidase também causa acumulo de glicogênio e causa distribuição generalizada. Infiltração Glicogênica Popularmente conhecida como Diabettes, afetando rins e fígado sem efeitos macroscópicos visíveis microscopicamente apresenta: - Citoplasma vacuolizado - vacúolos vazios com PAS positivo. Diabetes – acumulo de glicogênio nas alças de Henle e nas células B das ilhotas. Pode ser congênita, adquirida decorrente de fatores como Obesidade, Hipertensão e hipercolesterolemia ou gestacional. Degeneração intracelular por acúmulo de Proteínas Denominada de degeneração hialina ou infiltração hialina podendo ser esse acúmulo por proteína exógena ou endógena. Sendo visível alterações microscópicos onde o citoplasma se torna acidófilo e vítreo. Glomerulonefrite Crônica – coagulação de proteínas intracelular por absorção exógena Corpúsculo de Mallory – causa absorção de proteína endógena e coagulação nos hepatócitos por alcoolismo ou hepatite virótica. Lesão Irreversível Necrose – ocorre em quando há dano severo na célula, o rompimento dos lisossomos leva a liberação de enzimasno citoplasma que degradarão todas as estruturas celulares. Apoptose – Estímulos Nocivos podem induzir a célula a morte programada, que leva a dissolução da membrana nuclear, clivagem do DNA e formação de corpos apoptóticos que serão digeridos. * Características Necrose - Citoplasma mais eosinofílico ou acido (cora-se fortemente por rosa) - Citoplasma com vacúolos; - Figuras de Mielina- fragmentos de esfingolipídeos com membranas que se tornam espiraladas O Núcleo apresenta três características: Apoptose - membrana celular integra durante todo o processo - cromatina agrupada na periferia do núcleo - clivagem do citoesqueleto e dispersão de blebs ou corpos apoptóticos pra serem fagocitados. NECROSE A alteração morfológica da necrose é resultado de uma progressiva alteração estrutural nas proteínas celulares. Incapazes de manter a integridade celular a morte celular acontece. * Morfologia Alteração na Membranas Lise dos lisossomos – o rompimento dos lisossomos leva a dispersão de enzimas no citoplasma Eosinofilia – citoplasma mais ácido por conta da degradação do núcleo e liberação dos fragmentos de DNA e RNA Lise do RE Figuras Mielínicas – membranas lisadas se enrolar e ficam dispersas no citoplasma. Tem afinidade por cálcio sendo os principais componentes na calcificação do local. cariólise – cromatina mais esmaecida, clara por degradação causada por DNAses picnose – núcleo celular fica retraído e mais escurecido (basófilo) cariorrexe – núcleo picnótico sofre fragmentação Existem duas formas de lise necrótica: autólise – Lise celular causada pelas enzimas lisossomais heterólise – Lise celular causada por enzimas de linfócitos Classificação Os tipos de necrose são classificadas quanto a causa, órgão afetado e o aspecto morfológico Necrose por coagulação – A lesão é causada por um coágulo que interrompe o fluxo sanguíneo e interrompe o suporte sanguíneo. A causa da necrose é causada por hipóxia ou por coagulantes. A morte celular acontece porém a estrutura do tecido se mantém integro e firme por alguns dias. A lise celular não ocorre e as células são fagocitadas por conta da infiltração de leucócitos. Este processo ocorre em todos os tecidos exceto no cérebro. O ápice da necrose é onde se localiza o ponto de interrupção Necrose por liquefação – O processo é mais agressivo ao tecido visto que consiste na digestão das células mortas convertendo o tecido em uma massa viscosa e liquida. Bem observado em infecções bacterianas focais ou fúngicas pois estes micro-organismos estimulam a infiltração de leucócitos. O material necrótico é o denominado pus. As causas mais comuns são anóxia do tecido nervoso e inflamações purulentas. Necrose Gangrenosa – aplicado pra necrose por coagulação em um membro usualmente inferior. Pode acontecer uma superposição por necrose liquefativa denominada gangrena úmida. Geralmente apresenta uma cor escura no tecido necrosa. Causado por diabetes (pé diabético) ou lesão por frio extremo. Necrose Caseosa – encontrada em focos de infecção tuberculosa, também chamado de granuloma. Possui o nome cáseo por ter uma característica de queijo, levemente amarelado e com presença de grânulos. Esteatonecrose – Regiões focais necrosadas de tecido adiposo destruídos por lipases ativadas na substância do pâncreas . Apoptose Morte celular programada regulada pela própria célula. A célula dispersas corpos apoptóticos que são pequenas vesículas com conteúdo citoplasmático que rapidamente são fagocitados e não desencadeiam processo inflamatório. * Características - Retração celular – A célula se encolhe condensando todo o citoplasma e diminuindo o tamanho. - Condensação da cromatina – Se agrega perifericamente ao núcleo - Formação de bolhas citoplasmáticas - a célula apoptótica expõe bolhas superficiais e vão se fragmentando formando os corpos apoptóticos envoltos em membrana. - Fagocitose por macrófagos – Corpos apoptóticos possuem expressão de fosfatidilserina o que atrai fagócitos e impede o extravasamento do líquido O processo de apoptose elimina células indesejáveis ou que sofreram dano extenso ao DNA. Ocorre tanto de forma patológica quanto fisiológica: Fisiológica > Involução por baixa hormonal como no período menstrual onde ocorre o desprendido do estroma endometrial. > Eliminação de linfócitos autorreativos para impedir autoimunidade. Patológicas > Lesão de DNA por radiação induz a apoptose afim de evitar mutação ou translocação > Morte celular em infecções virais como um mecanismo de defesa contra a ameaça. Morfologia - tamanho diminuído - cromatina condensada - bolhas citoplasmáticas e corpos apoptóticos Bioquímica da Apoptose Ativação das Caspases – Caspases são enzimas divididas em ativadoras e e executora. São marcadores pra células apoptóticas e usualmente encontradas como pró-caspases que requerem ativação pra atuação. Quebra do DNA e Proteínas – São realizadas quebras do DNA por enzimas em fragmentos durante a apoptose. Alterações de Membrana e Reconhecimento por fagocitos – Troca dos fosfolipideos do folheto interno pra externo marcam a célula pra apoptose. * Mecanismos de Apoptose Via intrinseca (mitocondrial) – aumento da permeabilidade de membrana e liberação de moléculas pró-apoptóticas no citoplasma que é a sinalização que induz a apoptose. O equilíbrio é regulado pela Bcl-2 que mantém o equilíbrio entre a pró e anti apoptose mantendo a permeabilidade de membrana. Quando o DNA lesado começa a expressar proteínas diferentes ativam sensores de lesão que ativam domínios de Bcl que vão induzir a expressão de Bax e Bak que produzem um poro na membrana mitocondrial e cria o canais que alteram a sua permeabilidade liberando no citoplasma proteínas mitocondriais que vão ativar as caspases como o Citocromo C. Via Extrinseca ( Morte iniciada por receptor) – Apoptose mediada por ativação dos receptores de morte como TNF e Fas que ativam a cascata e clivam pró-caspase iniciando o processo de apoptose. O ligante Fas é expresso em células T e ao ativar o receptor Fas se liga a proteína FAAD que atrai pra si pró-caspases que vão ativando umas as outras e ativando outras pró-caspases vão mediar a fase efetora da apoptose. Fase Efetora – Caspases clivam diversas ptns que vão dar execução ao processo, como ativar DNAses, formação de fagossomas com organelas citoplasmáticas e degradam a matriz nuclear. Fase Final – A formação dos corpos apoptóticos quebra a célula em fragmentos minusculos que possuem moléculas que atraem os fagocitos para evitar que ocorra necrose e seu conteudo seja extravasado.
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