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PRINCÍPIOS PENAIS DE GARANTIA: O Estado - assumiu o dever de zelar pelo bem estar comum - guardião do interesse coletivo e do próprio indivíduo. criou normas regulamentares do convívio social, punição para aqueles que causam distúrbios à paz social. antes ou enquanto está sendo aplicada a punição, garantias são dadas ao homem Essas garantias foram conquistadas ao longo dos anos, tratando-se dos princípios basilares ou princípios penais de garantia. 1 – PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (NULLUM CRIMEN, NULLA POENA SINE PRAEVEA LEGE). O princípio da legalidade faz do direito penal um sistema fechado. - “numerus clausus”. Essa é a maior limitação ao poder do Estado = de interferir nas liberdades dos indivíduos. Está expresso no art. 5º, inciso XXXIX, da Constituição Federal ("não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal") e, também, no art. 1º do Código Penal. Histórico: Magna Carta Inglesa de 1215, art. 39, de João Sem Terra. Em 1748, Montesquieu, em O Espírito das Leis, com a idéia da separação dos poderes, lançou a idéia que só a lei pode proibir, e o que não está proibido, esta permitido. Século XVIII, durante a Revolução Francesa, em 1789, na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, em que imperava o iluminismo, que tal princípio ganhou notoriedade, ao ser prescrito no art. 8º da "Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão", No Brasil, ganhou status constitucional em 1824, art. 179 II e, a partir de então, sempre esteve presente em todas as constituições subseqüentes. Sendo também repetido no código criminal de 1830 e de 1890, ambos no art. 1º. Exceção: não existe o princípio da legalidade no direito penal inglês, pois o costume é fonte de criação das normas incriminadoras, Também não há no direito escocês, onde admite a analogia como fonte criadora das infrações penais. O código soviético de 1926 admitia a aplicação da lei penal por analogia, tal situação perdurou até 1958. Na Alemanha também se admitia a analogia Fundamento jurídico desse princípio: o conteúdo do tipo penal incriminador e da pena devem ser descrito concretamente na lei. A incriminação genérica? Vaga? e indeterminada? viola o princípio da legalidade. = principio da TAXATIVIDADE OU DETERMINAÇÃO o conjunto de normas penais incriminadoras é taxativo - e não exemplificativo. Fundamento político desse princípio: garantir proteção da pessoa contra o arbítrio do poder punitivo estatal. Esse princípio enuncia duas regras basilares aplicáveis no âmbito do Direito Penal: a) a anterioridade da lei penal, pois "não há crime sem lei anterior que o defina"; "não há pena sem prévia imposição legal" (princípio da anterioridade). Fatos: imorais, anti-sociais ou danoso à sociedade? b) a reserva legal, pois "não há crime sem lei que o defina"; "não há pena sem cominação legal" (princípio da legalidade ou da reserva legal). * apenas a lei em sentido formal (oriunda do Poder Legislativo) OBS: a terminologias: “crime”, “Lei” e “pena” Leis delegadas? : art. 68§ 1º II, “direitos individuais” – art. 5º inciso XXXIX. Leis estaduais? art. 22 § único da C.F., Jjurisprudências? Súmulas? Artigo de Medida provisória? outros princípios que seriam desdobramentos do princípio da legalidade, a saber: - nulla crimen, nulla poena sine lege praevia, art. 5º II; art. 39 da C.F., que proíbe a edição de leis retroativas que fundamentem ou agravem a punibilidade; - nulla poema sine juditio, (não há pena sem julgamento) = art. 5º LIV, - nullum crimen, nulla poena sine lege scripta, significando que a lei incriminadora deve ser estrita; vedada a fundamentação ou o agravamento da punibilidade pelo direito consuetudinário; - nullum crimen, nulla poena sine lege stricta, que veda a fundamentação ou o agravamento da punibilidade pelo uso da analogia; impede a aplicação, no âmbito do Direito Penal, da analogia in malam partem; não obsta, a aplicação da analogia in bonam partem. - nullum crimen, nulla poena sine lege certa, que proíbe a existência de leis penais indeterminadas, que descrevam vagamente a conduta ilícita, O princípio da Reserva legal e o Tipo aberto # e as leis penais em branco: Tipo aberto=. Ex: ato obsceno (233); art. 137 C.P.; crítica: art. 20 da lei 7.170/83 “praticar atos de terrorismo”. No tipo penal aberto a função complementar é do juiz e não da lei As "leis penais em branco", (complementado por outra lei federal ex. art. 236 do CP, seja quando o preceito exige complementação de norma jurídica emanada de poder diverso do que o editou, como leis estaduais ou municipais, portarias, resoluções, instruções normativas, decretos etc. ex. lei tráfico entorpecentes ou art. 269 do CP, que é complementado por atos administrativos do Ministério da Saúde). Obs: Tribunal Militar de Nuremberg, criado para julgar criminosos da 2º guerra mundial. 2 – PRINCÍPIO DO ESTADO DE INOCÊNCIA (PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA ou NÃO-CULPABILIDADE) Constituição no art. 5º, LVII, nos seguintes termos: "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". O Indivíduo é presumido inocente, cabendo ao Estado comprovar a sua culpabilidade. Regra geral: pena após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. o Supremo Tribunal Federal - "a prisão provisória não viola o princípio constitucional da presunção de inocência" (HC 72663-1/SP). Prisões Cautelares? O efeito maior é o impedimento de que se lance o nome do réu no rol dos culpados, enquanto não estiver definitivamente condenado. * diversos efeitos secundários (reincidência, impedimento do benefício da suspensão condicional da pena – sursis, revogação de sursis, revogação de reabilitação etc.).
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