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Direito Constitucional III

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DIREITO CONSTITUCIONAL III
15/08/2016
Controle de constitucionalidade 
Natureza jurídica da declaração de inconstitucionalidade 
Teoria da nulidade (ex-tunc, ou seja efeito retroativa)
Teoria da anulabilidade (ex-nunc, efeito prospectivo)
Modulação dos efeitos da decisão de declaração de inconstitucionalidade 
Espécies de inconstitucionalidade 
Inconstitucionalidade por ação ou omissão 
Vícios por decoro parlamentar (ex mensalão) conforme artigo 55 parágrafo primeiro.
Inconstitucionalidade material
Inconstitucionalidade formal
Inconstitucionalidade total
Inconstitucionalidade parcial 
Inconstitucionalidade originária – quando o vício de inconstitucionalidade macula a norma desde a sua origem.
Inconstitucionalidade superveniente - quando esta incompatibilidade surge em um momento futuro a sua entrada em vigor, como a hipótese de emenda constitucional que traga disposição que torne inconciliável a norma inferior até então compatível com a lei fundamental.
Inconstitucionalidade por omissão – Ocorre quando o poder publico tem o dever de praticar o ato, mas se omite.
Momentos do controle (Preventivo e Repressivo)
Previa ou preventivo (Antes do nascimento da lei, ou seja no projeto de lei)
Realizado pelo legislativo (Realizado pela comissão de constituição e justiça)
Realizado pelo executivo (através do veto)
Realizado pelo judiciário (O parlamentar tem o direito subjetivo de participar do devido processo legislativo, e em razão disso o parlamentar poderá provocar o judiciário para que declare inconstitucional o projeto de lei ou a PEC és que sua participação na votação estará em desconformidade com as regras constitucionais.)
Controle repressivo
Controle de constitucionalidade Político: Nos estados onde o controle e exercido por um órgão distinto dos três poderes. Órgãos esse garantidor da supremacia da constituição. Tal sistema é comum na Europa. Como Portugal e Espanha. Sendo o controle realizado pelas cortes ou tribunais constitucionais.
Controle jurisdicional: o sistema de controle jurisdicional dos atos normativos é realizado pelo poder judiciário, atravessado controle concentrado ou difusos.
Controle híbrido: Mistura os dois sistemas. Algumas normas são realizadas o controle político, e outras normas pelo poder judiciário. 
Exceções ao controle jurisdicional repressivo do Brasil.
Conforme ART.62 o chefe do executivo pode deixa de cumprir a lei em razão deste ser inconstitucional.
Realizado pelo legislativo 
Realizado pelo executivo 
Formas de controle 
Difuso
Histórico 
Conceito 
Cláusula de reserva de plenário
Efeitos
Abstrativização na via difusa ou “ teoria da transcendência dos motivos determinantes da sentença no controle difuso.
Lei. 9868/99 ART. 27.
22/08/2016
Controle de constitucionalidade 
Controle difuso – qualquer juiz ou tribunal pode fazer o controle de constitucionalidade.
Concreto - é necessário que haja um caso concreto 
Incidental- Porque é um incidente dentro do processo.
Americano – Pois este modelo teve origem no direito norte americano.
CF 97 e 948 do NCPC
Origem histórica 
Reserva de plenário 
Mitigação das cláusulas de reserva do plenário 
Efeitos da decisão de controle difuso – Inter partes ou entre as partes.
Abstrativização do controle difuso e modulação temporal dos efeitos.
Controle concentrado -Controle Austríaco ou Kelsiniano
Espécies de ações de controle concentrado
ADI -Ação Direta de inconstitucionalidade 
ADC – Ação direta de constitucionalidade 
ADPF – Ação de descumprimento de preceito fundamental 
ADO -Ação dieta de inconstitucionalidade por omissão 
IF – Intervenção Federal
ADI genérica 
Conceito 
É o controle de inconstitucionalidade de ato normativo em tese, abstratos, marcado pela generalidade, impessoalidade e abstração. 
Objeto 
Leis ou atos normativos federais ou estaduais.
Efeitos 
Erga omnis, regra ex tunc com possível modulação dos efeitos.
Legitimidade 
ART.103 da CFRB. 
Legitimados universais: inciso I, II, II, VI,VII,VIII
Legitimados especiais: IV, V, 
Os especiais devem demonstrar interesse na aludida representação em relação a sua finalidade institucional. (pertinência temática)
Amigus curis – intervenção de terceiros. 
Ver ART.168 do CPN.
Trabalho para casa:
Pesquisar os seguintes tipos de inconstitucionalidade:
Antecedente e consequente 
Inconstitucionalidade direta ou antecedente: Acontece quando o juízo de inconstitucionalidade resulta do confronto direto entre a norma questionada e a Constituição. Não há ato normativo intermediário.
Inconstitucionalidade indireta: Quando há uma norma intermediária entre o ato normativo analisado e a Constituição. Se o vício da norma decorre de inconstitucionalidade de outra da qual ela depende, denomina-se inconstitucionalidade consequente.
Por arrastamento
A inconstitucionalidade por arrastamento ou por atração ocorre quando a declaração de inconstitucionalidade de uma norma impugnada se estende aos dispositivos normativos que apresentam com ela uma relação de conexão ou de interdependência.
Chapada e enlouquecida
A expressão “chapada” começou a ser utilizada pelo Min. Sepúlveda Pertence quando queria caracterizar uma inconstitucionalidade mais do que evidente, clara, flagrante, escancarada, não restando qualquer dúvida sobre o vício, seja formal, seja material.
Progressiva
Caracteriza-se a inconstitucionalidade progressiva quando o vício irrogado a um ato normativo é o desrespeito à CF por violação a norma infraconstitucional interposta.
05/09/16
Ação de descumprimento de preceito fundamental 
Conceito
É ação destinada a evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do poder público (união, estados ...) incluindo neste rol os atos anteriores a promulgação da constituição federal, tem natureza equivalente as ADIs, podendo questionar a constitucionalidade de uma norma perante a constituição federal, mas a norma deve ser municipal ou anterior a constituição federal de 1988.
Legitimados 
Art.103 da CF, ou seja, os mesmo da ADI
Aplicação 
Só se aplica em razão do art. 4 §1º da lei 9882/99
Objeto
Atos do poder público que violem ou ameacem violar preceito fundamental.
Competência
Compete ao STF julgar.
O que se entende por preceito fundamental? 
Guilherme pens afirma que p parâmetro da arguição de descumprimento de preceito fundamental compreende “ todos os preceitos constitucionais de natureza fundamental, isto e, regras e princípios que expressam valores constitucionais que asseguram a continuidade e a estabilidade do ordenamento jurídico democrático”.
Os princípios fundamentais, subdivididos em princípios republicanos, federativo, presidencialista, democrático, principio calibre inciativa e princípio da separação de funções estatais, elencado nos ART 1º ao 4º da CF/88
Direitos fundamentais, subdivididos em direito individuais, direitos meta- individuais, direitos sociais, direitos a nacionalidade, direitos políticos. Elencado entre os arts. 5º ao 14º.
Os princípios setoriais da administração pública, subdivididos em princípio da legalidade, princípio da impessoalidade, princípio da moralidade, princípio da publicidade, princípio da eficiência. Elencados no ART.37 da CF/88
As limitações materiais explícitas ao poder de reforma constitucional, ART.60º (cláusulas pétreas)
Medidas cautelares
É possível na ADPF, quando por decisão de maioria absoluta dos membros do STF. Observação: também será possível a cautelar monocrática. 
Amicus curi
A lei nada fala sobre a possibilidade do amicus Curi, entretanto o STF tem admitido na ADPF.
Efeitos
Efeito erga omnes e efeito vinculante – ex tunc art.27 com modulação dos efeitos.
Irrecorribilidade
Não cabe recurso contra a decisão do STF art.102. A parte interessada poderá propor reclamação constitucional uma sumula vinculante também pode-se interpor reclamação.
Reclamação constitucional - Significa que ingente do poder público não seguiu o que foi determinado nas súmulas vinculantes.
12/09/2016
ADC
O objetivoda ADC é transformar uma presunção relativa de constitucionalidade em absoluta.
OBJETO: 
Lei ou ato normativo federal.
Competência: 
Do Supremo Tribunal Federal 
LEGITIMADOS:
Os mesmos da ADI no Art.103
PROCEDIMENTOS: 
O MESMO DA ADI, algumas alterações. A doutrina entende que não é necessário a AGU ser citada.
REQUISITOS 
Demonstração de controvérsia inconstitucional.
Para que a sua inicial seja aceita, deve ser juntado a cópia dos documentos relativos ao processo de formação da lei ou ato normativo federal aos autos.
EFEITOS: 
Erga omnes e vinculante.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NOS ESTADOS (representação de inconstitucionalidade).
O parâmetro será a constituição do estado. Previsto no art.125 §2ºda CRFB
O BJETO: 
lei ou atos normativos estaduais ou municipais em face da constituição estadual.
COMPETÊNCIA: 
Tribunais de justiça.
LEGITIMADOS: 
Pelo princípio da simetria pode ampliar o rol o que é previsto no artigo 162.
RECURSOS ESTRAORDINÁRIO E CONTROLE ABSTRATO ESTADUAL:
A regra é que a lei estadual ou municipal declarada inconstitucional perante a constituição estadual, não cabe recurso ao STF. Excepcionalmente pode correr a declaração de inconstitucionalidade de uma lei estadual ou municipal em face da constituição estadual, e essa norma seja de observância obrigatória (reprodução obrigatória). Neste caso cabe o recurso extraordinário, pois neste caso a lei pode violar também a constituição federal, pois haveria uma situação de usurpação de competência do STF. Trata-se, de utilização de recurso típico incidental no controle concentrado, e em abstrato estadual. Esse recurso extraordinário reproduzirá os efeitos da ADI. Possibilidade do STF analisar a constitucionalidade de lei municipal em face da CF com efeito erga omnes. Precedente RE 187142/RJ
RE- Recurso extraordinário só e aplica ao STF
Resp – Recursos especial só se aplicam aos TJs
TDE – pesquisar sobre Intervenção federal.
INTERVENÇÃO FEDERAL
A intervenção federal (e quando dizemos intervenção federal significa intervenção realizada pela União) nos Estados e no Distrito Federal estão taxativamente previstas no art. 34, sendo cabíveis para:
Manter a integridade nacional;
Repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
Pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; 
Para garantir o livre-exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
Para reorganizar as finanças da unidade da Federação que;
SOBRE AS ESPECIES DE INTERVENÇÃO FEDERAL
Podem ser:
Espontânea: Conforme exposto no Art. 34, incisos I, II, III e V, por meio do Presidente da República.;
Provocada por solicitação: art. 34, IV, combinado com o art. 36, I, primeira parte quando coação ou impedimento recaírem sobre o Poder Legislativo ou o Poder Executivo, impedindo o livre-exercício dos aludidos Poderes nas unidades da Federação, a decretação da intervenção federal, pelo Presidente da República, dependerá de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido;
Provocada por requisição: a) art. 34, IV, combinado com o art. 36, I, segunda parte se a coação for exercida contra o poder judiciário, a decretação da intervenção federal dependerá de requisição do Supremo Tribunal Federal; b) art. 34, VI, segunda parte, combinado com o art. 36, II no caso de desobediência à ordem ou decisão judicial, a decretação dependerá de requisição do STF, do STJ ou do TSE, de acordo com a matéria;
Provocada, dependendo de provimento de representação: a) art. 34,VII, combinado com o art. 36, III, primeira parte no caso de ofensa aos princípios cons titucionais sensíveis, previstos no art. 34, VII, da CF/88, a intervenção federal dependerá de provimento, pelo STF, de representação do Procurador-Ge ral da República (representação interventiva, conforme expusemos no capítulo so bre controle, item 6.7.5.2); b) art. 34, VI, primeira parte, combinado com o art. 36, III, segunda parte para prover a execução de lei federal (pressupondo ter ha vido recusa à execução de lei federal), a intervenção dependerá de provimento de representação do procurador- Geral da República pelo STF.
DECRETAÇÃO E EXECUÇÃO DA INTERVENÇÃO FEDERAL 
A decretação e execução da intervenção federal é de competência privativa do Presidente da República (art. 84, X), dando-se de forma espontânea ou provocada.
A decretação materializar-se-á por decreto presidencial de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução, e, quando couber, nomeará o interventor.
CONTROLE EXERCIDO PELO PODER LEGISLATIVO
Nos termos dos §§ 1.º e 2.º do art. 36, o Congresso Nacional (Legislativo) realizará controle político sobre o decreto de intervenção expedido pelo Executivo no prazo de 24 horas, devendo ser feita a convocação extraordinária, também no prazo de 24 horas, se a Casa Legislativa estiver em recesso parlamentar. Assim, nos termos do art. 49, IV, o Congresso Nacional ou aprovará a intervenção federal ou a rejeitará, sempre por meio de decreto legislativo, suspendendo a execução do decreto interventivo nesta última hipótese.
Em caso de rejeição pelo Congresso Nacional do decreto interventivo, o Presidente da República deverá cessá-lo imediatamente, sob pena de cometer crime de responsabilidade (art. 85, II — atentado contra os Poderes constitucionais do Estado), passando o ato a ser inconstitucional.
HIPOTESES EM QUE O CONTROLE POLÍTICO DO CONGRESSO NACIONAL É DISPENSADO
art. 34, VI para prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
art. 34, VII quando houver afronta aos princípios sensíveis da CF.
QUANTO AO AFASTAMENTO DAS AUTORIDADES ENVOLVIDAS
Por meio do decreto interventivo, que especificará a amplitude, prazo e condições de execução, o Presidente da República nomeará (quando necessário) interventor, afastando as autoridades envolvidas. Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal (art. 36, § 4.º).
19/09/2016
MATÉRIA DE PROVA 
REPRESENTAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE 
Encontra-se regulada no art. 125, § 2º.
Obrigatoriamente, a constituição estadual tem que criar a ação de Representação de Inconstitucionalidade de lei estadual ou municipal em face da constituição do estado.
O estado tem que prever a existência desta ação nos moldes em que se encontra determinado na CRFB. Ele não poderá criar outro mecanismo de controle da constitucionalidade, que não o previsto no art. 125 § 2º. Ele não pode, por exemplo, criar mecanismo para controlar lei estadual que fere a constituição do estado e a CRFB, ou para controlar lei municipal que fere a lei orgânica. O STF entende que o controle da constitucionalidade é de índole constitucional, e deve estar previsto da CRFB. Para criar tais mecanismos de controle, portanto, a CRFB teria que ser emendada. Caso contrário, a norma que prevê tais mecanismos será inconstitucional.
Ela é uma ação direta no nível estadual
CONTROLE PREVENTIVO PELO JUDICIÁRIO
O controle de constitucionalidade preventivo ocorre antes da promulgação de uma lei ou emenda. Pode ser exercido pelo Poder Legislativo, por meio das Comissões de Constituição e Justiça, pelo Poder Executivo, através do veto jurídico, e excepcionalmente pelo Poder Judiciário. 
O Poder Judiciário, ainda que de forma excepcional, também poderá exercê-lo caso seja impetrado um mandado de segurança por Parlamentar, em razão da inobservância do devido processo legislativo constitucional, como ocorre no caso de deliberação de uma proposta de emenda tendente a abolir cláusula pétrea. Os parlamentares têm direito público subjetivo à observância do devido processo legislativo constitucional. Por isso, apenas eles, e nunca terceiros estranhos à atividade parlamentar, têm legitimidade para impetrar o mandado de segurança nessa hipótese. A iniciativa somente poderá ser tomada por membros do órgão parlamentar perante o qual se achem em curso o projeto de lei ou a proposta de emenda. Trata-se de um controle concreto,uma vez que a impetração do mandado surge a partir da suposta violação de um direito (ao devido processo legislativo).
ADI - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 
A Ação Direta de Inconstitucionalidade, mais especificamente Ação Direta de Inconstitucionalidade Genérica (ADI ou ADIn) é um instrumento que deve ser estudado no controle direto da constitucionalidade das leis e atos normativos, exercido perante o Supremo Tribunal Federal brasileiro. A ação direta de inconstitucionalidade é regulamentada pela Lei 9.868/99.[1]
Ela tem fundamento na alínea "a" do inciso I do artigo 102 da Constituição Federal e pode ser ajuizada, em nível federal, perante o STF, contra leis ou atos normativos federais ou estaduais que contrariem a Constituição Federal. É conhecida doutrinariamente como ADIn Genérica.
O poder de ajuizar essa ação, chamado de legitimação, é dado pelos incisos I a IX do artigo 103 da Constituição Federal, constituindo-se em uma legitimação restrita àqueles enumerados nos dispositivos retro mencionados. São eles: o presidente da República; o Procurador Geral da República; os Governadores dos Estados e o Governador do Distrito Federal; as mesas (órgãos administrativos) da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, da Câmara Legislativa do Distrito Federal; a Mesa de Assembleia Legislativa; Partidos Políticos com representação no Congresso Nacional; Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); Entidades de Classe de Âmbito Nacional e Confederações Sindicais.
CONTROLE DIFUSO
Controle de constitucionalidade difuso é uma das espécies de controle de constitucionalidade realizadas pelo poder judiciário. Define-se como um poder-dever de todo e qualquer órgão do poder judiciário, a ser exercido no caso concreto em qualquer grau de jurisdição ou instância.
Seus efeitos:
Inter Partes, ou seja o controle difuso só produz efeito entre as partes do processo (autor e réu).
Ex tunc (retroatividade da lei): do ponto de vista temporal, tem efeitos Ex Tunc, ou seja retroage no tempo desde a data da publicação da lei ou ato normativo inconstitucional. Excepcionalmente, porém com base nos princípios da segurança jurídica e boa-fé poderá a declaração conter efeitos Ex Nunc, ou seja não retroativos, desde que razões de ordem social ou pública exijam.
TRANSCENDÊNCIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES 
A transcendência dos motivos determinantes é a teoria pela qual o STF pode ampliar o efeito dos casos do controle difuso, dando a este efeito erga omnes (válido para todos em todo Brasil), sendo que para isto é necessário que a decisão seja enviada ao Senado, que irá, através de ato discricionário, suspender a execução da lei (CF 52, X). 
ABSTRATIVIZAÇÃO DO CONTROLE DIFUSO
Enquanto o controle difuso só possui efeitos entre as partes envolvidas, na contramão do controle concentrado que possui efeito erga omnes (para todos). A abstrativização é a aplicação do efeito erga omnes do controle concentrado em casos do controle difuso, ou seja, feito pelos tribunais, podendo o efeito ser modulado assim como nos casos em que se aplica controle concentrado.
24/10/2016
ADO – AÇÃO DIRETA DE INSCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO 
INTRODUÇÃO 
O estado deve adotar medidas necessárias à concretização das normas constitucionais, tornando-as efetivas e, em caso de descumprimento da imperatividade da norma constitucional, haverá violação negativa do texto constitucional, logo, incidirá na inconstitucional por omissão. 
 LEGITIMIDADE 
Os mesmos legitimados das ADIs do art. 103 da CFRB. Especiais e universais. 
Polo passivo: O poder público inerte na produção do ato exigido pela constituição. 
 COMPETÊNCIA 
Supremo tribunal federal 
OBEJTO
qualquer norma constitucional de eficácia limitada.
FINALIDADE 
Efetivar as normas constitucionais de eficácia limitada. Sempre que houver omissão legiferante dos poderes constituídos para efetivar tais normas, haverá uma inconstitucionalidade por omissão. Possibilidade de medida cautelar.
EFEITOS 
Com relação ao poder competente: 
Em respeito à independência dos poderes, será dada simples ciência da decisão. Sem estipulação de prazo para o suprimento da omissão inconstitucional.
com relação ao órgão administrativo: Este deverá suprir a omissão inconstitucional em 30 dias , sob pena de responsabilidade. 
Possui efeito erga omnes
DOS MANDADOS DE INJUNÇÃO
INTRODUÇÃO 
O mandado de injunção é um remédio introduzido pelo constituinte originário de 1988, tem por objetivo o combate à síndrome de inefetividade das normas constitucionais de eficácia limitada. Este fenômeno ocorre quando há o descumprimento da norma constitucional mandamental da norma constitucional, que determina o exercício de certos direitos a edição da lei, a qual, no entanto, simplesmente não é efetivada. 
De acordo com a constituição, na forma do Art. 5, LXXI , dever-se-á conceder um mandando de injunção nos casos em que a falará de norma regulamentadora torne inviável o exercício das liberdades direitos constitucionais. E das prerrogativas inerentes à nacionalidade e a soberania e a cidadania. Diferente da ADO por mandado de injunção, é um instrumento de controle incidental de constitucionalidade por omissão.
LEGITIMIDADE 
No polo ativo qualquer pessoa física ou jurídica sempre que na falta de norma regulamentadora estiver inviabilizando o exercício dos direitos, liberdades e prerrogativas a nacionalidade, soberania e à cidadania. [
No polo passivo a pessoa estatal responsável pelo dever de regulamentar a constituição.
COMPETÊNCIA 
STF ART. 102,I,q
STJ ART.105, I,h
TSE e TRE ART.121, § 4º, V
OBJETO: 
Qualquer norma constitucional de eficácia limitada.
 FINALIDADE 
Viabilizar o exercício de direito subjetivo constitucionalmente conferido. 
 EFEITOS 
4 posições acerca do assunto:
CONCERTISTA GERAL: ocorre quando o STF vem a legislar no caso concreto, cujo a decisão produz efeito erga omnes até o momento em que o legislativo cumpra com seu dever.
CONCERTISTA INDIVIDUAL: é aquela que se implementa o direito no caso concreto, cujo a decisão tem eficácia para o autor do mandado de injunção diretamente.
CONCRETISTA INTERMEDIÁRIA: é aquela em que só há o implemento do direito ao caso concreto, quando legislativo não cumprir com o prazo estipulado pelo judiciário para elaborar a norma regulamentadora. 
NÃO CONCRETISTA: ocorre quando o judiciário decretava inércia do poder omisso, não reconhecendo direito no caso concreto.
Lei 13.300/16 - Mandados de injunção.
31/10/2016
HABEAS CORPUS
IMPÉRIO ROMANO
Interdito de homine Libero exhibendo
 Os casos de coação ilegal a liberdade de ir e vir, passou-se a usar o " interdito de homine Líbero exhibendo", por ele, após prévio exame da capacidade processual, o pretor determinava que o coator exibisse o paciente em público e sem demora. Caso o coator assim não o fizesse, era condenando pagamento de uma sanção pecuniária. 
INGLATERRA 
1215 (João sem Terra) -Writ
1679/1816 Habeas corpus Act.
Durante o reinado de João sem Terra (Lackland) o povo inglês vivia momentos de grande opressão, pois o rei afirmava que seu poder tinha lhe sido outorgado por Deus, não aceitava se submeter a nenhum tipo de lei ou documento que fosse capaz de drenar seus poderes. Frente à população fazendo surgir direitos individuais do cidadão frente ao estado. 
Contudo devido às pressões realizada pelos barões ingleses, em 15 de junho de 1215, impuserem ao rei Joao sem-terra a assinatura da magana carta. 
Com passar do tempo a carta magna passou a ser desrespeitada, e a liberdade de locomoção dos homens livres deixou de ser garantida na Inglaterra, em especial quando se trata-se de prisão motivada por decreto real. A situação agravou-se ainda mais no reinado de Carlos I.
A programação do princípio contido na carta magna não era suficiente, pois se tornava indispensável a regulamentação de seu processo. Veio então o Habeas corpus Act de 1679, destinado a disciplinar processualmente, a proteção ao direito de liberdade. 
Finalmente, sobreveio o Habeascorpus Act de 1816, visando sanar o Habeas corpus Act de 1679, o qual se revelava imperfeito. 
No Brasil 
O código de processo criminal de 1832 previu o Habeas corpus. A referida garantia foi incluída no texto constitucional em 1891. E de lá para cá todas previram o Habeas corpus. 
 
QUEM PODE IMPETRAR HABEAS CORPUS? 
Qualquer um.
DELEGADO PODE IMPETRAR HABEAS CORPUS? 
Pode, mas não no exercício da função de delegado?
O MINISTÉRIO PÚBLICO PODE IMPETRAR HABEAS CORPUS? 
Sim, pode! 
A concessão de Habeas corpus é a única exceção ao princípio da inércia do poder judiciário! 
LEGITIMIDADE DO POLO PASSIVO: 
Qualquer pessoa que tenha injustamente tenha seu direito de locomoção cessado.
LEGITIMIDADE DO POLO ATIVO: depende o do órgão em questão, por exemplo: STJ, TJs, juízes estaduais e delegados civis. TRFs, juízes federais delegados federais e delegados federais. TREs, juizes eleitorais, tribunal superior eleitoral e STF.
No caso de ser negado o o Habeas corpus, não caberá impetração de novo Habeas corpus a entidade superior. Mas sim o recurso ordinário constitucional ( ROC).
 Habeas corpus só se aplica ao direito de locomoção, pode ser repressivo (indivíduo já preso)ou preventivo ( indivíduo em liberdade sob condições que possam cessar a liberdade deste) .
MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL E COLETIVO
Mandado de segurança é um remédio constitucional. É também conhecido como garantia constitucional. É um mecanismo para garantir direitos previstos na Constituição.
Mandado de segurança individual é aquele que protege um indivíduo ou um grupo de individuo sem vinculação a uma determinada situação específica de uma coletividade.
O Mandado de Segurança individual está previsto no art.5º, inciso LXIX, da CF, o qual diz que conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por “habeas-corpus” ou “habeas-data”, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
Assim, o Mandado de Segurança é cabível para proteção de direito líquido e certo. Direito Líquido e certo é aquele que se verifica por meio de provas documentais. Desta feita, não se admite produção de prova testemunhal, nem pericial.
Cuidado: Se não houver documentos, em determinados casos o simples texto da lei ou da CF autorizam o mandado de segurança. Ex. direito à intimidade que está sendo violada por um órgão estatal.
É cabível quando não for caso nem de habeas-corpus (direito de locomoção), nem de habeas data (direito de ter acesso e corrigir informações que estão em um órgão público).
Deve haver abuso de uma autoridade pública, ou de alguém investido de tal autoridade. Pode ser alguém da administração pública direta ou indireta.
NÃO CABE MANDADO DE SEGURANÇA QUANDO:
Em caso de recurso administrativo que tenha efeito suspensivo, independentemente de caução;
De decisão judicial transitado em julgado.
contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público.
O MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO PODE SER IMPETRADO POR:
a) partido político com representação no Congresso Nacional.
Assim, qualquer partido político que tenha um Deputado ou um Senador no ato da propositura do mandado de segurança coletivo. Nesse caso será protegido às pessoas vinculadas aquele partido
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados.
Quando é dito organização sindical está se referindo aquelas organizações que procuram proteger os sindicalizados. Como exemplo de entidade de classe, tem-se a OAB. Quando é dito associação legalmente constituída, pode-se uma associação de moradores de certo bairro.
Cuidado: o prazo de um ano pode ser dispensado, tendo em vista a relevância do direito a ser protegido. Assim, ao peticionar deve-se requerer de forma fundamentada ao juiz que dispense o prazo. São mecanismos para garantir direitos previstos na Constituição.
Qual a diferença básica entre mandado de segurança individual e mandado de segurança coletivo?
R: O mandado de segurança coletivo é corporativo, porque protege grupos de pessoas, portanto, a diferença principal está na legitimidade ativa.
PS: Ler Lei n. 12016/2009.
 PERGUNTAS
1) O mandado de segurança é um remédio constitucional?
R: é um remédio constitucional. É uma garantia constitucional. É um mecanismo para garantir direitos previstos na Constituição.
2) Qual a diferença entre o mandado de segurança individual e o mandado de segurança coletivo?
R: O mandado de segurança individual está previsto no inciso LXIX, art.5º, da CF, e o coletivo no inciso LXX, art.5º, da CF. O mandado segurança individual protege uma pessoa ou um grupo de pessoas que não aquelas vinculadas a um partido político, organizações sindicais, entidades de classe, ou associação. Já o mandado de segurança coletivo é corporativo, porque protege certos grupos de pessoas expressamente previstos na CF. Assim, a legitimidade ativa, é a principal diferença.
3) Quais os requisitos constitucionais para o mandado de segurança coletivo?
R: Para o mandado de segurança coletivo, o pólo ativo deve ser:
 partido político com representação no Congresso Nacional. Assim, qualquer partido político que tenha um Deputado ou um Senador no ato da propositura do mandado de segurança coletivo;
 organização sindical; entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, para defender direitos constitucionalmente garantido aos seus membros ou associados.
4) O mandado de segurança pode ser utilizado a qualquer tempo?
R: Não, pois o art. 23 da Lei 12016/2009 estabelece um prazo decadencial de 120 dias, contados da ciência pelo interessado (impetrante) do ato impugnado.

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