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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS FACULDADE DE AGRONOMIA “ ELISEU MACIEL” DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA RURAL DISCIPLINA DE TOPOGRAFIA PROFESSOR: SÉRGIO MONTEIRO, SERGIO LEAL FERNANDES, FRANCISCO CURCIO NETO, CARLOS F.S. BERTOLDI, SÉRGIO CASSAL, RODRIGO RIZZI, DEIVID MAGANO MONITOR: GIUSEPE STEFANELLO Exercícios de altimetria: 01- O desnível entre os pontos A e B da superfície de um terreno foi determinada através de taqueômetro, sendo observadas as seguintes situações: a) Em relação ao A, observou-se um ângulo nadiral maior que 90° e a altura do instrumento no ponto de estação foi igual a leitura feita na estádia com o fio médio do retículo; b)Em relação ao B, observou-se um ângulo nadiral menor que 90° e a leitura feita na estádia com o fio médio foi maior que a altura do instrumento no ponto de estação. Qual é a posição de B em relação ao ponto A e por quê? Resposta: - O ponto A está acima do ponto de estação, pois, ao aplicar a fórmula da diferença de nível, ou seja, DN = Ai + 50.S.Sen(2.a) – m, obter-se-á um valor positivo para esta variável. Esta resposta se justifica em função do fato da altura do instrumento ser igual à leitura no fio médio do retículo. Quando se faz a operação algébrica entre estes dois valores na fórmula da diferença de nível, obter-se-á um valor igual a zero, pois, se Ai=m, então Ai-m=0. Donde se conclui, que o sinal da diferença de nível dependerá somente do sinal do cateto oposto (co=50.S.Sen(2.a)). O sinal deste termo é função do sinal do ângulo de inclinação da visada. Sendo o ângulo nadiral lido >90° , então o ângulo de inclinação é positivo, resultando um sinal positivo para o valor da diferença de nível. - Já o ponto B está abaixo do ponto de estação, uma vez que o cateto oposto é negativo em função do ângulo nadiral ser menor do que 90° (ângulo de inclinação negativo). A operação algébrica entre a altura do instrumento e a leitura no fio médio retículo resultará também em valor negativo já que |m| > |Ai|, então Ai-m < 0. Sendo estes dois valores negativos, obter-se-á certamente um valor negativo para a diferença de nível entre o ponto de estação e o ponto B, indicando que este último está abaixo do ponto de estação. Se o ponto A está acima do ponto de estação e o ponto B está abaixo do ponto de estação, se conclui que o ponto A é mais alto que o ponto B. 02- Executando um nivelamento longitudinal afim de determinar o desnível existente entre um poço e uma edificação, observaram-se os valores constantes no quadro abaixo. Retornando ao ponto de partida (1), representado pelo poço, constatou-se uma diferença de 14mm a mais entre os valores da cota do referido ponto. Considerando ser este um nivelamento de média precisão e que, a distância horizontal do itinerário altimétrico (ida e volta) é 880m, determinar se o erro cometido é aceitável e, o verdadeiro desnível entre os pontos extremos. A cota do ponto 1 é 4285mm. P R V 1 890 2 264 2 2147 3 1099 3 490 4 2714 Resposta: O erro de fechamento altimétrico (Efa) foi igual a 14 mm para uma distância total do percurso de 880 m. As faixas de precisão dos nivelamentos são as seguintes: Efa < 10 mm. - Nivelamento preciso; 10 mm. < Efa < 20 mm. - nivelamento média precisão; 20 mm. < Efa < 30 mm. - nivelamento comum; Onde: K – Distância horizontal total do percurso em Km. Como a distância total do percurso foi de 880m ou 0,88 Km, para ser enquadrado dentro dos nivelamentos precisos o erro de fechamento altimétrico deveria ser menor do que 10 mm. = 9,3 mm. Para ser caracterizado como nivelamento de média precisão, o erro de fechamento altimétrico deveria ser maior do que 9,3 mm e menor do que 20 mm. = 18,76 mm. Como o Efa = 14 mm é possível enquadrá-lo como de média precisão. Para saber o verdadeiro desnível entre os pontos 1 e 4 é necessário efetuar o cálculo das cotas dos pontos envolvidos no levantamento e posteriormente efetuar a compensação das mesmas levando em consideração o Efa. Em que pese o fato de que no enunciado do exercício são fornecidos apenas os dados do nivelamento e não do contranivelamento,é possível efetuar o seguinte raciocínio: como foram necessárias três estações do nível para chegar no ponto 4, provavelmente, seriam necessárias três outras estações para retornar ao ponto 1. Portanto a forma de efetuar a compensação está mostrada abaixo. Sendo: n – número de estações do nível ou de leituras de ré. Desta forma, o cálculo das cotas dos pontos e das respectivas compensações dos erros de levantamento é mostrada na tabela abaixo. Pto visado Ré Vante Hi Cóta Corr. Cótas Cótas comp. 1 890 5175 4285 - 4285 2 2147 264 7058 4911 -2,33 4909 3 490 1099 6449 5959 -4,66 5954 4 2714 3735 -6,99 3728 Então a diferença de nível entre o pnto 4 e o ponto 1, já com os erros do levantamento compensados seria de DN1-4=4285-3728= 557 mm. 03- Nivelados os pontos do terreno, segundo uma determinada direção, que constituirão o eixo de uma obra, foram observados os dados a seguir relacionados. Cota1= 7500mm Pto visado Ré Vante DH(m) Hi Cóta 1 583 0 8083 7500 2 1283 15 6800 3 1563 40 6520 4 2648 90 5435 4 2764 8199 5 2102 122 6097 6 196 150 8003 6 3280 11283 7 1567 177 9716 8 1931 200 9352 9 1149 235 10134 10 231 250 11052 Na elaboração do projeto devem ser considerados os seguintes parâmetros: 1°- O ponto 1 do eixo, no projeto, deve resultar com uma cota 180mm inferior ao seu nível no terreno; 2°- O ponto 3 possuirá o mesmo nível no terreno e no projeto; 3°- No ponto 4 haverá um aterro de 85mm; 4°- No ponto 8 os níveis do terreno e do projeto coincidirão. Assim sendo, determinar as cotas indicando as alturas de corte e aterro. Resposta: O projeto apresenta dois gradientes. Um gradiente g1 a ser aplicado no trecho Do ponto 1 até o 4. O valor deste gradiente pode ser calculado da seguinte forma: O gradiente g2 será aplicado do ponto 4 até o ponto 10. Este gradiente é callculado com a seguinte expressão: A planilha de cálculo das cotas de projeto bem como as alturas de corte e aterro é mostrada abaixo. Pto Cótas terreno DH DN Cótas projeto Corte(mm) Aterro(mm) 1 7500 0 7320 180 2 6800 15 300 7020 220 3 6520 40 6520 - - 4 5435 90 5520 85 5 6097 122 1114 6634 537 6 8003 150 2090 7610 393 7 9716 177 3030 8550 1166 8 9352 200 9352 - - 9 10134 235 5051 10571 437 10 11052 250 5574 11094 42 04- Nivelados os pontos da superfície de um terreno sobre uma determinada direção que representará o futuro eixo de uma estrada, foram observados os dados constantes no quadro a seguir. P R V Hi COTA DO TERRENO D H COTA DO PROJETO C A 1 2735 7735 5000 0 4250 750 2 757 6978 50 1500 5750 1228 2 1894 8872 3 374 8498 86 2580 6830 1668 4 2122 6750 122 540 6290 460 4 189 6939 5 2427 4512 190 1560 5270 758 6 3659 3280 220 2010 4820 1540 Obs. :No projeto da estrada considera-se que: 1º- o ponto 1 resulte com uma cota 750mm inferior ao seu nível no terreno; 2º- do ponto 1 ao 3 haja um aclive de 3% e, do ponto 3 ao 6 um declive de 1,5%. Elaborado o cálculo das cotas dos pontos no terreno e no projeto, representar graficamente os dois perfis, utilizando 1:2500 como escala horizontal. 05- Na planilha abaixo apresenta-seos registros de campo de um nivelamento de perfil realizado com o objetivo de projetar um canal de drenagem para retirar a água armazenada no ponto 1 e largá-la no ponto 10. No entanto, sabe-se que no ponto 6 as cotas do terreno e do projeto são iguais. Calcule as cotas do terreno, do projeto e as respectivas alturas de corte e aterro necessárias para a construção do dreno. Como se trata de canal de drenagem, as cotas do terreno e do projeto no ponto 1 e no ponto 10 devem ser iguais. Mas além destas condições que são inerentes ao tipo de obra, existe uma terceira condição imposta no enunciado do exercício de que as cotas do terreno e do projeto também deverão coincidir no ponto 6. Daí se conclui que o canal deverá ter dois gradientes. Um gradiente g1 que deverá ser aplicado do ponto 1 até o ponto 6 e outro, g2, que deverá ser aplicado ao trecho do ponto 6 até o ponto 10. Os dois gradientes podem ser calculados através das seguintes expressões: P R V Hi COTA DO TERRENO D H COTA DO PROJETO C A 1 2325 12325 10000 0 - 10000 - - 2 1972 10353 10 10 9990 363 3 1800 10525 15 15 9985 540 4 1095 11230 30 30 9970 1260 5 1335 1905 11755 10420 40 40 9960 460 6 1805 9950 50 50 9950 - - 7 1430 10325 60 20 9930 395 8 205 11550 70 40 9910 1640 9 1405 10350 80 60 9890 360 10 1885 9870 90 80 9870 - - 06- Executando o nivelamento trigonométrico de quatro pontos da superfície de um terreno a partir da estação de um taqueômetro foram observados os dados que constam no quadro abaixo: E P FS FM FI Z Obs. 0 1 1834 1317 800 92°13’ Hi0 = 1592mm 2 1768 1134 500 89°47’ 3 2506 1753 1000 85°39’ Cota0 = 7326mm 4 1762 1331 900 94°06’ Determinar: a) a cota dos pontos nivelados; b) o gradiente do trecho do terreno situado entre os pontos considerando que os mesmos estão eqüidistantes 80m. Resposta: A fórmula para calcular a diferença de nível entre o ponto de estação e os pontos visados 1,2,3 e 4 é : DN = Ai + 50.S.Sen(2.a) – m . Fazendo-se a soma algébrica entre os valores de diferença de nível do ponto de estação em relação aos pontos visados (obtido através da fórmula acima), com a cota do ponto de estação, é possível determinar o valor da cota de cada um dos pontos visados. Os resultados destes cálculos estão explicitados na tabela abaixo. Estação Pto visado DN (mm) Cóta (mm) 0 - 7326 0 1 -3721 3605 0 2 937 8263 0 3 11229 18555 0 4 -5886 1440 Considerando que a distância horizontal entre os pontos visados é fixa de 80 m, o gradiente entre os pontos pode ser calculado através das seguintes operações: - Gradiente entre o ponto 1 e o ponto 2: - Gradiente entre o ponto 2 e o ponto 3: - Gradiente entre o ponto 3 e o ponto 4: - Gradiente entre o ponto 4 e o ponto 1: 07- Na planilha abaixo apresenta-se os registros de campo de um nivelamento de perfil realizado com o objetivo de projetar um canal de irrigação. A fonte de água está situada no ponto 10. Deseja-se que a água seja largada no ponto 1, que é o ponto mais alto da área a ser irrigada. Calcule as cotas do terreno e do projeto sabendo-se que no ponto 10 as cotas do terreno e do projeto são iguais. Resposta: Como se trata de canal de irrigação as cotas do projeto e do terreno do ponto onde se deseja largar a água devem ser iguais. Como condição extra, o enunciado do exercício estabelece que as cotas do terreno e do projeto no ponto 10 também devam coincidir. Então o gradiente é calculado através da seguinte expressão: P R V Hi COTA DO TERRENO D H COTA DO PROJETO Corte Aterro 1 1320 11320 10000 0 - 10000 - - 2 2070 9250 20 40 10040 790 3 2200 9120 30 60 10060 940 4 3000 8320 50 100 10100 1780 5 2600 8720 70 140 10140 1420 6 2534 960 12894 10360 90 180 10180 180 7 1374 11520 100 200 10200 1320 8 1564 11320 110 220 10220 1110 9 2244 10650 120 240 10240 410 10 2634 10260 130 260 10260 - - 08- Interpolar no plano cotado do quadro abaixo, as curvas de nível de cotas 5,00 e 6,00, e apresentar as planilhas de interpolação das respectivas curvas. Obs. : Distância horizontal entre as linhas : 10m 1 1.1 1.2 1.3 1.4 7,30 7,0 6,0 2 5,96 2.1 5,27 5,0 2.2 5,60 6,65 6,0 2.3 2.4 6,90 3 5,30 3.1 4,85 3.2 4,64 5,78 3.3 3.4 6,60 4 5,20 4.1 4,75 4.2 4,52 5,30 4.2 4.4 7,18 5,88 5,16 5,53 5,90 Para efetuar a interpolação linear das curvas de nível de cotas 5,0 e 6,0 m ter-se-á uma tabela de interpolação para cada curva. Estas tabelas auxiliam o cálculo da distância que cada curva estará em relação aos pontos da grade. Antes dos cálculos é necessário examinar o desenho acima para verificar entre quais os pontos da grade as duas curvas de nível passam. Posteriormente constrói-se a tabela e se efetua a interpolação. Tabela da curva de nível de cota 5,0 Ptos grade DNP-C(m) DHP-P(m) DNP-P(m) DHP-C(m) 2.1 - 2.2 0,3 10 0,45 6,67 1.2 - 2.2 0,27 10 0,42 6,43 1.3 - 2.3 0,6 10 0,96 6,25 2.4 - 2.3 0,78 10 1,14 6,84 3.4 - 3.3 0,3 10 0,78 3,85 4.3 – 3.3 0,53 10 1,01 5,24 4.2 – 3.2 0,16 10 0,41 3,9 3.1 – 3.2 0,2 10 0,45 4,44 Tabela da curva de nível de cota 6,0 Ptos grade DNP-C(m) DHP-P(m) DNP-P(m) DHP-C(m) 1 – 1.1 1,3 10 1,34 9,7 2 – 2.1 0,9 10 1,6 5,63 3 – 3.1 0,6 10 1,4 4,29 4 – 4.1 1,18 10 1,3 9,08 1.3 – 1.4 0,4 10 1,05 3,81 1.4 – 2.4 0,65 10 0,87 7,47 Na primeira coluna das duas tabelas constam os pontos da grade entre os quais as curvas de nível irão passar. Na segunda coluna, constam as diferenças de nível entre o primeiro ponto da grade (citado na primeira coluna) e a curva de nível que se quer interpolar (diferença de nível ponto à curva). Na terceira coluna constam as distâncias horizontais entre os dois pontos da grade (distância horizontal ponto a ponto da grade). Na quarta coluna da tabela aparecem os valores de diferenças de nível entre os dois pontos da grade citados na primeira coluna (diferença de nível ponto a ponto da grade). Na última coluna aparecem os valores que serão utilizados para plotar as curvas de nível. Eles são os valores de distância horizontal entre o primeiro ponto da grade citado na primeira coluna e a posição da curva de nível que se está interpolando (distância horizontal ponto a curva). O valor da da distância horizontal ponto à curva pode ser obtido através da seguinte expressão: Com relação à posição das curvas no desenho é importante que se diga que sua posição é apenas aproximada.
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