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Constituição como Espelho da Realidade

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Liberdades Públicas – Página 17 à 26
	De acordo com a Constituição Federal, os direitos individuais e coletivos podem ser divididos em cinco grandes grupos: 1) direito à vida, 2) Direito à liberdade, 3) Direito à igualdade, 4) Direito à segurança e 5) Direito à propriedade. 
	À Vida 
	A vida é o valor fundamental do ser humano, pois todos os direito e características da personalidade surgem da bem vida. A partir dela, surgiu à ciência bioética, que é o estudo os problemas éticos suscitados pelas pesquisas biológicas e pasl suas aplicações por pesquisadores, médicos etc. 
	O valor fundamental do texto constitucional é a vida digna. Esse fato dota a vida humana de um valor fundamental e superior: dignidade da pessoa humana. 
	A preocupação básica da bioética é com o início e o fim da vida. 
	À Liberdade 
	A liberdade importa nos membros da sociedade agir segundo os limites estabelecidos por Lei. Quando a Constituição Federal fala sobre ninguém ser obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de Lei, diz respeito à liberdade defendida e garantida, contra a supremacia exacerbada do Estado, busca a Lei ainda a igualização das condições socialmente desiguais. 
	No principio da legalidade significa submissão e respeito à Lei. A Reserva de Lei, por outro lado, diz que a regulamentação de determinadas matérias há de fazer-se necessariamente por Lei Formal. 
	À Igualdade 
	A igualdade das pessoas perante a lei, respeitando-se suas diferenças. Há assim a aplicação da lei em caso concreto, sua adequação, usando a isonomia material. 
	O verdadeiro significado de equidade não é o mesmo que de igualdade. A igualdade é a consequência desejada da equidade. Sendo ela o ponto de chegada da justiça social. 
Direitos Humanos Página 40 à 95
	Direitos humanos fundamentais é o conjunto institucionalizado de direitos e garantias, do ser humano que tem por finalidade básica o respeito à sua dignidade, por meio de sua proteção contra o arbítrio do poder estatal e estabelecimento de condições mínimas de vida e desenvolvimento da personalidade humana. 
	Os direitos humanos são aquelas cláusulas básicas superiores e supremas que todo o indivíduo deve possuir em face da sociedade em que está inserido. 
	Eles são reconhecidos pelo Estado, é denominada de Direitos fundamentais, vez que vida de regra são inserida na norma fundamental do Estado, a Constituição. Para Konrad Lesse, “direitos fundamentais são aqueles direitos que o Direito vigente qualifica de Direito Fundamentais.”
	Direitos humanos é a expressão afeta ao direito natural, ao passo que direitos fundamentais é a expressão ligada ao Direito positivo. 
	Os tratados e declarações internacionais, desde a independência americana até os recentes instrumentos, procuram delimitar esse rol básico de direitos, sendo eles: 
	Todos homens são, por natureza, igualmente livres e independentes, tem direitos inerentes, dos quais, ao entrar num estado de sociedade, não podem, por um acordo, privar-se ou despojar-se de sua posterioridade. E aquele de que os homens e permanecem livres e iguais em direitos. 
	Os direitos humanos são aqueles válidos para todos os povos, em todas as épocas, se constituindo daquelas cláusulas mínimas que o homem deve possuir em face da sociedade em que está inserido. 
	Os direitos fundamentais são aqueles reconhecidos pelos Estados, na normas fundamentais, e vigentes num sistema jurídico concreto, sendo limitados no tempo e espaço. Num conceito pleno, os direitos fundamentais são aqueles consagrados na norma fundamental e que dizem respeito a preceitos fundamentais, basilares para que o homem viva em sociedade. 
	Os direitos do homem são os individuais, o do cidadão e aquele pertencente à pessoa como membro do Estado. Os direitos civis são aqueles do homem como ser social. Os direitos políticos são os inerentes ao cidadão. Os naturais são aqueles inerentes ao homem natural. Os individuais são os direitos civis envazados dos direitos políticos. As liberdades públicas designam os direitos individuais que exigem uma atividade negativa do Estado. As liberdades concretas realçam a prestação positiva do Estado. Os direitos de personalidade são aqueles que surgem dos tributos da pessoa humana. Os direitos subjetivos públicos são aqueles que se exercem ou se operam em face do Estado. 
	Fundamentação dos Direitos Humanos 
	A fundamentação histórica dos direitos humanos pode ser analisada e embasada em dois prismas: Jusnaturalista e Culturalista. 
	Para o Jusnaturalismo, os direitos humanos são inerentes, inatos, ou seja, direitos naturais da pessoa humana. Para o Culturalismo, os direitos humanos encontram fundamentação no prisma histórico- axiológico, surgindo assim valores consagrados pela humanidade. 
	Em linhas gerais, é possível afirmar que surgiu do direito natural e ganha força e contorno próprio após os horrores da Segunda Guerra Mundial. 	
	Das distinções ora apresentadas, temos que são dois os critérios para distinguir o Direito Positivo do Direito Natural: a) O primeiro limita-se em um determinado povo ao passo que o segundo não tem limites. B) O primeiro é posto pelo povo, ao passo que o segundo pela razão natural. 
	Principais distinções entre o Direito positivo e o natural:
O Direito Natural é universal, o Direito positivo é singular ou particular à sociedade política que surge. 
O Direito Natural é imutável, o Direito Positivo é mutável. 
O Direito Natural surge da natureza humana, por intermédio da razão. O Direito Positivo surge do Estado. 
Culturalismo 
Os direitos humanos fundamentais inseridos nos textos constitucionais têm como fundamento os direitos humanos consagrados ao longo da história, surgindo uma consciência moral universal, fruto de uma luta histórica, onde foi sendo sedimentado o aspecto axiológico dos direitos humanos. 
Para o Subjetivismo a noção de direito e justiça está no sujeito que julga e acontece. Para o relativismo a noção de Direito e Justiça é relativa aos valores consagrados em determinada época, pessoa ou povo. Para o pragmatismo o justo é aquilo que é prático. 
	A vida humana é o axioma básico de qualquer sociedade. Sempre existiu uma sanção para a violação da vida humana. A dignidade da pessoa humana é o pressuposto axiológico de todos os outros bens e direitos. Ideia essa com fundamento cristão da imagem e semelhança de Deus, mais a razão, vontade e personalidade própria. 
	A Evolução Histórica dos Direitos Humanos 
Os direitos fundamentais de primeira geração são os direitos e garantias individuais e políticos clássicos (liberdades públicas), que exigem uma prestação negativa do Estado. 
Os direitos fundamentais de segunda geração são os direitos econômicos, sociais e culturais, que exigem prestação positiva do Estado, tem intuito de alcançar o bem comum. 
Os direitos fundamentais de terceira geração são verificados pela tutela dos interesses difusos e coletivos. Chamados também de fraternidade e solidariedade. 
O alicerce dos direitos humanos é a dignidade da pessoa humana. O desafio dos direitos humanos é a sua conscientização, o meio mais eficaz de sua plena realização. 
	A Conquista dos Direitos Humanos 
	Alexandre de Morais em sua obra Direitos Humanos Fundamentais, na qual relata o terceiro milênio antes de Cristo, já existiam ferramentas para proteger o cidadão dos abusos cometidos pelo Estado. 
	O Código de Hammurabi, é a primeira codificação a consagrar um rol de direitos comuns a todos os homens. 
	Foi no período republicano de Roma que redigiram verdadeiro conjunto de normas consagradoras das liberdades individuais, da propriedade e da proteção do cidadão contra o Estado. 
	A Carta Magna que surgiu na Inglaterra no Século XIII, serviu de referência para alguns direitos e liberdades civis clássicos, tais como habeas corpus, o devido processo legal e a garantia da propriedade. 
	Na realidade a carta constituía-se em liberdades específicas que atingiam tão somente a nobreza e o clero, abarcando com mais ênfase os direitos de personalidade. 
	Valedestacar que o avanço do Bill of Rights em termos de garantias e declaração de Direitos do homem foi tremendo, contudo negava expressamente a liberdade e igualdade religiosa. 
	A Declaração Norte-Americana de 1776 
	Nos Estados Unidos da América, a influência de John Locke, foi relevante, pois suas ideias foram os pontos de partida do liberalismo inglês do século XVIII, sustentando a existência de leis naturais do contrato entre governantes e governados e da autonomia entre poderes do Estado, ambos fundamentais a liberdade humana. 
	Desse período histórico dos Estados Unidos da América, podemos apontar de forma conclusiva na evolução dos direitos humanos os seguintes documentos: Declaração dos Direitos de Virgínia, Constituição de Independência dos Estados Unidos da América e Constituição dos Estados Unidos. 
	Revolução Francesa de 1789
	Caracterizou-se por ser um processo social e politico que tinha por objetivo principal a extinção da monarquia e a proclamação da república. 
	Somente a Constituição Francesa de 1793 é que coube a melhor regulamentação dos direitos humanos fundamentais, onde ficou consagrado a igualdade, liberdade, segurança, propriedade, legalidade, livre acesso aos cargos públicos, livre manifestação de pensamentos, liberdade de imprensa, presunção de inocência, devido processo legal, ampla defesa, proporcionalidade entre delitos e penas, liberdade de profissão, direito de petição e direitos políticos. 
	As dimensões dos direitos humanos 
	Seguindo a nomenclatura consagrada no Brasil por Manoel Gonçalves Ferreira Filho, em sua obra Direito Humanos Fundamentais, teremos três marcos: o das liberdades públicas, dos direitos econômicos e sociais e dos direitos da solidariedade ou fraternidade. 
	Liberdades públicas 
	Por meio das liberdades públicas criam-se direitos oponíveis ao Estado. E, maior violador dos direitos do homem, deve se abster de perturbar o exercício desses direitos, de outro tem a obrigação de evitar que eles sejam desrespeitados. 
	Interessante observarmos que o Estado, como sujeito passivo das liberdades públicas, deve ser punido caso restrinja ou viole os direitos fundamentais, no entanto, também a ele cabe a tarefa de buscar meios para que não seja ferido tais direitos. E, caso o sejam, deve restaurá-los, punindo os responsáveis pela conduta ilícita. 
 	Direitos econômicos e sociais 
	Os direitos econômicos e sociais, diferentemente da primeira geração, das liberdades públicas, não são direitos naturais como pressupunha a doutrina iluminista. É a garantia do Estado na instituição de serviços públicos correspondente ao objeto social desses direitos. 
	Em nossa Constituição Federal temos, no artigo 6º, a enunciação clara dos direitos econômicos e sociais, previstos nessa segunda geração, conhecidos como piso vital. 
O Estado Global e o Futuro do Estado pág 138 á 152
	O futuro do Estado pode seguir dois caminhos: a) evolução e consolidação do Estado Democrático e Social de Direito, ou b) Retorno ao Estado Democrático, o denominado neoliberalismo. 
	É necessário concentrar esforços para um movimento constitucionalista da resistência. Movimento consciente em favor de um Estado Social e contrário a um retrocesso, que representaria um novo Estado Liberal. 
	O Estado do Futuro 
	A globalização é uma realidade solar, sendo que a noção de Estado – Nação será atenuada. Esse fenômeno pode provocar uma nova organização política, como o advento de um Estado mundial. Mas, o fato é que a ideia de soberania será fatalmente mitigada. O Estado continuará soberano, mas deverá respeitar a nova ordem mundial. 
	Em resumo, o Estado Democrático e Social de Direito concilia três valores: o indivíduo, a sociedade civil e o Estado. Os direitos individuais são consagrados como limite aos direitos sociais. A sociedade civil e as organizações do terceiro setor surgem como alternativa para a atuação do Estado. E o Estado não é mais encarado como órgão capaz de resolver todos os conflitos sociais, mas deve atuar apenas naquelas áreas em que sua presença é indispensável. 
	Sociedade da Informação
	A sociedade da informação é constituída por tecnologias de informações e comunicação que envolvem a aquisição, o armazenamento, o processamento e a distribuição da informação por meios eletrônicos. Essas tecnologias não transformam a sociedade por si só, mas são utilizadas pelas pessoas em seu contexto sociais, econômicos e políticos, criando uma nova estrutura social, que tem reflexos na sociedade local e global, surgindo assim a sociedade da informação. 
	Da sociedade à sociedade da Informação 
	A resolução agrícola inseriu o homem ao sistema produtivo. Com a revolução industrial verificou-se novos tipos de energia e, finalmente, a resolução tecnológica traz da informação como produtora de riquezas. 
	Com a revolução agrícola o homem evolui da condição de caçador e coletor para criador e agricultor. Houve a partir dai, verdadeiros impactos, como o surgimento do conceito de terra e propriedade, em que o homem paulatinamente fi se fixando. 
	Nos séculos XVII e XIX, verificam-se a queda da fertilidade dos solos e a consequente escassez de alimentos, surgindo o sistema de rotação de plantio. No final do século XIX e início do século XX, surgem as máquinas e os motores a combustão, marcando o início da industrialização. 
	A sociedade da informação tem como principal valor da informação, o conhecimento. Na era agrícola, a terra se configurava como o fator primordial da geração de riquezas. Na era industrial, a riqueza surge da máquina à vapor e da eletricidade. Na era do conhecimento, a informação e o conhecimento são os atores centrais da produção econômica. 
	O Estado da Sociedade da Informação 
	Os Direitos Constitucionais voltam sua atenção para as novas formas de relações jurídicas que exigem o olhar estatal. Nessa esteira, Gomes Canotilho adverte que “as instituições e os indivíduos” presentes numa ordem constitucional estão hoje mergulhados nua sociedade técnica, informativa e de risco que obriga o jurista constitucional a preocupar-se com o espaço entre a técnica e o direito de forma a evitar que esse espaço entre a técnica e o direito de forma a evitar que esse espaço se transforme numa terra que ninguém jurídica. 
	Não se admitem assim as angustias constitucionais perante o fenômeno da biotecnologia, das autoestradas da informação e da segurança de cidadão perante o caso de tecnologias criptográficas. 
Cidade Digital 
A cidadania é investigada no ambiente da sociedade da informação sob um enfoque do desenvolvimento da democracia. No plano político, a efetivação da cidadania, em um período marcado pela democracia televisiva, exige a discussão do aprimoramento da participação política do povo (direta, representativa, partidária, parlamentar e governamental), em uma época histórica marcada pelo emprego quotidiano de complexo aparato tecnológico e virtual em todas as relações humanas, inclusive no campo do exercício do poder político. 
Conclusão 
O Direito preocupa-se com o acesso, circulação e utilização da informação, sendo certo que o avanço científico e tecnológico contribui para a ofensa da intimidade e da vida privada, contexto esse causador de impacto na atividade do Estado. 
Direitos Fundamentais pág 179 à 256
Direitos Fundamentais na Constituição Federal de 1988
A Constituição Federal de 1988 configura-se como marco jurídico, social e político da transição democrática e institucional, concedendo ênfase aos direitos humanos. Essa Constituição inseriu no sistema jurídico pátrio a proteção dos direitos humanos, constituindo-se a Carta Política mais avançada em matéria de direitos fundamentais na história constitucional do país. 
No contexto da evolução social e mundial dos direitos humanos, o sistema jurídico pátrio inseriu, desde a Independência, nas Constituições, regras etinentes aos direitos e garantias fundamentais. Mas, foi com o advento da Constituição Federal de 1988 que o nosso sistema jurídico manifestou de forma extraordinária a garantiaaos direitos humanos. A atual magna carta consagrou-se como o maior instrumento da proteção de direitos humanos da história constitucional de nosso povo. É o marco jurídico de reingresso do Estado de Direito no nosso sistema jurídico. A Constituição de 1988 constitui o documento da transição democrática e o consequente reconhecimento dos direitos humanos, sendo regularmente denominada de Constituição Cidadã. Ao promulgar a Constituição Federal de 1988, o Deputado Ulysses Guimarães, Presidente da Assembleia Nacional Constituinte, afirmou: “A Constituição é, caracteristicamente, o estatuto do homem, a liberdade, da democracia (...). Tem substância popular e cristã a título que a consagra: A Constituição Cidadã!” 
Os direitos fundamentais são ressaltados nitidamente no texto constitucional, com o zelo de quem edifica algo novo, em substituição ao regime autoritário do sistema jurídico anterior. 
Segundo a concepção clássica constitucional, direitos e garantias individuais têm conceitos diferentes. Direitos são as disposições declaratórias, ao passo que garantias são os elementos asseguratórios – sistema de defesa – sistema de proteção. Tomemos como exemplo o artigo 5º, IX, da Constituição Federal, que alude que “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação (direito), independentemente, de censura ou licença (garantia).” 
Na trilogia constitucional da ordem, poder e liberdade, a liberdade enunciada nos direitos é um anteparo do indivíduo contra o poder, em defesa da ordem constitucional. 
As clássicas garantias são também direitos, embora muitas vezes se salientasse nelas o caráter instrumental de proteção dos direitos. As garantias traduzem-se que no direito dos cidadãos a exigir dos poderes públicos à proteção dos seus direitos, quer no reconhecimento de meios processuais adequados à essa finalidade. 
Não se pode confundir remédio constitucional, que são medidas ou processos especiais elencados na Constituição, com as garantias que buscam prevenir, e não corrigir, violações dos direitos fundamentais. 
Parte da doutrina prefere indicar a garantias como um gênero que comportaria as garantias – limites, garantias institucionais e garantias instrumentais ou processuais, que seriam os remédios constitucionais. 
Os direitos e garantias são irmãos gêmeos que caminham paralelamente na estrada da defesa do cidadão em face do Estado. 
Os direitos e as garantias constitucionais podem ser expressos no texto constitucional ou decorrentes de outros princípios constitucionais e dos tratados internacionais de que o Brasil seja parte.
A submissão do Brasil à jurisdição de Tribunais Penais Internacionais a cuja criação tenha manifestado adesão e nunca claramente que a Constituição encampa a concepção dos direitos humanos como direitos de caráter supranacional, que sobrepujam, inclusive, a soberania dos países. 
Flávia Piovesam propõe uma nova classificação de direitos fundamentais, sendo organizados em três grupos distintos: a) os direitos expressos na Constituição, b) o dos direitos expressos nos tratados internacionais de que o Brasil seja parte, e, finalmente, c) os direitos implícitos. 
Os direitos fundamentais podem ser imediatos, aqueles que explícitos no texto constitucional, ou mediatos, que são implícitos no texto constitucional, que decorrem dos regimes e dos princípios constitucionais ou expresso em tratados internacionais. 
Não importa se o princípio é imediato ou mediato, ambos surgem o mesmo efeito com relação à norma constitucional. 
	Ressalta-se a ideia de que surgem um novo Estado a cada nova Constituição geograficamente pode ser o mesmo não o é, porém, juridicamente. 
Direitos e garantias expressos nos tratados internacionais 
Os estudos do direito internacional e, consequentemente, os tratados internacionais ocupam, na atualidade, posição de destaque, tenho em vista o fenômenos da globalização. 
O alicerce e o fundamento do direito internacional dos direitos humanos é a concepção de que toda nação e todos os povos têm o dever de respeitar os direitos humanos de seus cidadãos e de que a comunidade internacional tem o direito de protestar pelo respeito aos referidos direitos. 
Surge, assim, a crescente importância do direito internacional dos direitos humanos, com somente interesse dos Estados, mas de toda a comunidade internacional. 	
O Brasil só veio a tomar conhecimento do sistema internacional dos direitos humanos com o processo de democratização, a partir de quando o Estado brasileiro passou a ratificar relevantes tratados internacionais de direitos humanos. 
Tratados internacionais 
Tratado é o consentimento recíproco de duas ou mais nações para constituir, regular, modificar, alterar ou extinguir um vínculo de Direito. É um ato jurídico , em que dois ou mais Estados concordam sobre a criação, modificação ou extinção de um direito. 
Os tratados internacionais podem, pois, ser bilaterais ou multilaterais (coletivos), conforme envolvam duas ou mais partes contratantes. 
Desta definição resultam patentes os elementos do tratado internacional: (a) o consentimento, sem o qual o ato internacional envolvendo duas ou mais pessoas de direito internacional deveria ser considerado como ato unilateral de uma delas relativamente a outra (ou outras); (b) personalidade internacional dos acordantes, pois não é possível a existência de um tratado internacional dos acordantes, pois não é possível a existência de tratado internacional sem que as partes possuam a qualidade de pessoas de direito internacional; (c) a regência pelo direito internacional, pois o controle de consentimento (ai incluindo-se a forma e o objeto) e dos efeitos jurídicos de acordo não fica a cargo do direito interno das partes do tratado. 
As condições de validade do tratado internacional são intrínsecas ou extrínsecas. As condições intrínsecas de validade do tratado são: capacidade dos agentes; consentimento mútuo e livre; objetivo lícito e possível. As condições extrínsecas de validade do tratado são: instrumental (fórmula escrita); ratificação; publicação; e registro. 
O ingresso dos tratados internacionais no sistema jurídico 
Partindo-se da existência da possibilidade de conflito entre as duas esferas normativas (direito interno e direito internacional), a solução é encontrada através das citadas teorias monista e dualista, que vão explicitar a prevalência do direito internacional ou do direito interno. 
Para o monismo, o direito interno e o direito internacional são dois ramos de um mesmo sistema jurídico, compondo uma mesma e única ordem jurídica. Os adeptos a essa teoria se dividem em duas correntes, há aquela que acredita que os tratados internacionais predomina sobre o direito constitucional, dando-lhe fundamento de validade. Outra corrente apregoa que a Constituição do Estado signatário que dá validade à execução do tratado internacional. 
Para a teoria dualista, o direito internacional e o direito interno são admitidos como sistemas rigorosamente independentes, separados, distintos e incomunicáveis, pois para eles o direito internacional regula as relações entre os Estados e o interno entre os indivíduos. 
No caso brasileiro é de fato preciso que o Congresso Nacional aprove o conteúdo do tratado, que é formalizado pelo decreto legislativo expedido pelo Presidente do Senado. Depois, cabe ao Presidente da República, por decreto, promulgar o texto aprovado, dando-lhe publicidade. A partir de então, o tratado passa a ter vigência no sistema jurídico, tornando-se internamente norma aplicável e obrigatória. 
O decreto legislativo, previsto genericamente tem a função de regular matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional, que produzam efeitos externos a ele. Para aprovação, exigem quórum simples, presente a maioria absoluta dos congressistas. 
A hierarquia dos tratados internacionais 
No que tange à hierarquia do tratado internacional no sistema jurídico pátrio, a doutrina aponta que o tratado internacional equivale à lei ordinária. A pesquisa da jurisprudênciado STF demonstra que, no julgamento da questão envolvendo os tratados internacionais, ou mais precisamente no confronto entre lei e o tratado internacional, a Corte Excelsa entende que em sede de conflito prevalece a lei mais atual. 
Em um julgamento de apelação civil, o relator Ministro Antonio Carlos Lafayette de Andrada decidiu que “sem duvida que o tratado revoga as leis que lhe são anteriores: não pode, entretanto, ser revogado pelas posteriores, se estas não o fizerem expressamente ou se não o denunciarem.”. 
Em outro, e que o relator para o acordão foi o Ministro Cunha Peixoto, prevaleceu, por maioria, o entendimento de que a lei posterior – em conflito com o tratado – sobre este prevalece, uma vez que não há no plano constitucional preceito que afirme grau de hierarquia entre o tratado e a lei, e vice-versa. 
Ainda, o STF, entendeu que o tratado não prevalece, jamais, sobre o texto constitucional. No voto do relator, Ministro Carlos Madeira, lê-se: “Hierarquicamente, tratado e lei situam-se abaixo da Constituição Federal. Consagrar-se que o tratado deve ser respeitado, mesmo que colida com o texto constitucional, é imprimir-lhe situação superior à própria Carta Política.” 
A não exclusão das normas internacionais de proteção aos direitos individuais não significa serem normas de nível constitucional, mas sim serem normas a serem observadas internamente. É valido ressaltar que os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. 
Dessa forma, todos os direitos e garantias expressos nos tratados internacionais integram o sistema constitucional brasileiro, tendo o mesmo nível hierárquico das normas inscritas na Lei Maior. Isto quer dizer que as garantias constitucionais e as normas internacionais aprovadas pelo Congresso Nacional, interagem e se completam. Na hipótese de uma ser mais ampla que a outra, prevalecerá a que melhor assegure os direitos fundamentais. 
Considerando a sistemática adotada pela Magna Carta, três hipóteses podem ocorrer: (a) o direito enunciado no tratado internacional reproduz o direito assegurado pela Constituição. Nessa hipótese, os tratados internacionais reforçam os princípios. (b) Os direitos enunciado no tratado internacional integra e complementa o universo de direitos constitucionalmente previstos. Nessa hipótese os tratados estarão a ampliar, integrar a declaração constitucional de princípios. (c) o direito enunciado no tratado internacional contraria o preceito constitucional. Nessa hipótese, prevalecerá o principio mais favorável aos destinatários da norma. 
Princípios Constitucionais 
Cabe analisar a função dos princípios no sistema jurídico pátrio. No mundo jurídico, os princípios orientam os operadores do direito, configurando-se como norma basilar do sistema jurídico. Em todas as acepções, principio significa aquilo de que alguma coisa, de qualquer forma, depende. Esse aditivo de qualquer forma indica normalmente a existência de uma analogia intrínseca. 
Os princípios são ordenações que irradiam e imantam os sistemas de normas, são núcleos de condensações nos quais confluem valores e bens constitucionais. 
Desse modo, exprimem sentido. Mostram-se a própria razão fundamental de ser das coisas jurídicas, convertendo-se em perfeitos axiomas. Princípios jurídicos, sem duvida, significam os pontos básicos que servem de ponto d partida ou de elementos vitais do próprio Direito.
Os princípios jurídicos são os pressupostos básicos que dão sustentáculo ao sistema jurídico. De fato, os princípios são o ponto de partida e o fundamento da legislação positiva que, embora não se mostrando expressos, constituem pressupostos lógicos necessários das normas legislativas. 
 Os princípios jurídicos influenciam na formação e elaboração das normas, surgem como guia de orientação do legislador. E posteriormente, os princípios surgem como verdadeira fonte do direito, pois influenciam na interpretação exegese da norma, e na integração do próprio sistema jurídico. Eles são também prescrições obrigatórias, configurando-se como verdadeiras normas jurídicas. Os princípios são espécies de normas, ou melhor, dizendo, existe duas espécies de normas, as regras e os princípios jurídicos. 
Waldimir Noaves Martinez ensina que os princípios possuem as seguintes funções: função informativa, função normativa, função construtora, função integrativa e função interpretativa. 
Em resumo, os princípios atuam em referencia ao próprio texto constitucional, balizando a interpretação de seus dispositivos, quanto na totalidade do ordenamento jurídico, modelando sua interpretação e a criação de normas infraconstitucionais. 
Em suma, os princípios são: axiomas, fontes materiais, fontes formais e normas. 
Dos direitos e garantias fundamentais 
Eles podem ser divididos em quatro categorias: direitos individuais e coletivos, direitos sociais, direitos da nacionalidade e direitos políticos. 
Direitos individuais e coletivos 
Os direitos individuais e coletivos, que são na realidade uma limitação imposta aos poderes do Estado, estão definidos fundamentalmente no art. 5º da Constituição Federal. 
Os direitos individuais são inerentes ao individuo ou pessoa. Os direitos coletivos são inerentes à categoria, grupo ou classe de pessoas. Alguns direitos coletivos são direitos individuais de expressão coletiva, como as liberdades de reunião e associação. Verificamos assim duas categorias protegidas pelo Estado, homem-indivíduo e homem-membro de uma coletividade. 
Na esteira do art. 5º, caput, da Constituição Federal, os direitos individuais e coletivos podem ser divididos em cinco grandes grupos: 1) direito à vida; 2) direito à liberdade; 3) direito à igualdade; 4) direito à segurança e 5) direito à propriedade. 
Direitos difusos e coletivos 
O interesse difuso é a necessidade de toda a sociedade, e não de grupos sociais determinados. Há interesses difusos tão abrangentes que o coincidem com o interesse público, menos abrangentes que o interesse público, em conflito com o interesse da coletividade como um todo, em conflito com o interesse do Estado, enquanto pessoa jurídica e atinentes a grupos que mantêm conflitos entre si. 
O objetivo desse interesse é indivisível, o exemplo fácil está no direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, vez que atinge um numero indeterminado de pessoas, não podendo ser quantificado ou dividido entre os membros da coletividade. Coletivos são interesses ou direitos metaindividualizados, de natureza indivisível de um grupo reunido por uma relação jurídica básica comum. 
Parte da doutrina distingue o interesse público do interesse privado, utilizando como critério a titularidade. Assim, no interesse público o titular é o Estado, ao passo que no interesse privado o titular é o cidadão. 
A tutela do interesse público recai sobre dois aspectos, controle do governo e administração e processo da vida pública incidentes no âmbito social. 
Direitos sociais 
Os direitos sociais, como dimensão dos direitos fundamentais do homem, são prestações positivas proporcionadas pelo Estado direta e indiretamente, enunciadas me normas constitucionais, que possibilitam melhores condições de vida aos mais fracos, direitos que tendem a realizar a igualização de situais sociais desiguais. São, portanto, direitos que se ligam ao direito de igualdade.
Assim, os direitos sociais encontram sua disciplina, organização e implementação no Título de ordem social, que a Constituição dividiu em sete espécies: 1) seguridade social, 2) educação, cultura e desporto, 3) ciência e tecnologia, 4) comunicação social, 5) meio ambiente, 6) família, criança, adolescente e idoso; 7) índios. 
Direitos da nacionalidade
O direito da nacionalidade é o oriundo do vinculo jurídico entre o individuo e o Estado. Dessa forma, o termo nacionalidade previsto na Constituição Federal é o vinculo jurídico e não sociológico.Para Alexandre de Moraes, “nacionalidade é o vinculo jurídico politico que liga um individuo a certo e determinado Estado, fazendo deste individuo um componente do povo, da dimensão pessoal deste Estado, capacitando-o exigir sua proteção e sujeitando-o ao cumprimento de deveres impostos.“
Direitos Políticos 
Os direitos políticos configuram-se como direitos subjetivos públicos, na medida em que o cidadão tem o direito de participação política, em que se exterioriza por intermédio da atuação da soberania popular. 
Cidadania 
Introdução 
O termo cidadania traz a ideia de participação na vida do Estado, que se exterioriza precipuamente pelo exercício dos direitos políticos. 
Cidadania 
O status civitatis ou estado da cidadania implica uma situação subjetiva, esparzindo os direitos e deveres de caráter público das pessoas que se vinculam ao Estado. Estabele-se um circulo de capacidade conferido pelo Estado aos cidadãos. 
A cidadania, então, representa o exercício de direitos. Segundo a tese arendtiana a cidadania é o direito a ter direitos. No pensamento de Hananh Arendt, cidadania é a consciência que o individuo tem o direito de ter direitos. Mas, a cidadania é executada composta por cidadãos atuantes e excluídos. Essa realidade não se verifica apenas na Grécia e Roma. As Revoluções burguesas, que deram ensejo à cidadania liberal, também se caracterizaram como excludentes, pois somente os cidadãos de determinada camada social podiam exercê-la. 
Sentidos 
A cidadania guarda relação umbilical com a democracia. Nos tempos da plena democracia, a palavra cidadania pode ser tomada em dois sentidos: (a) restrito e técnico; e (b) amplo. 
Cidadão, no direito brasileiro, é o individuo que seja titular dos direitos políticos de votar e ser votado e suas consequências. Não se concebe mais cidadania como simples direito de votar e ser votado. 
Conceito 
Cidadania, por isso, pode ser definida como estatuto que rege, de um lado, o respeito e a obediência que o cidadão deve ao Estado e, de outro lado, a proteção e os serviços que o Estado deve dispensar, pelos meios possíveis, ao cidadão. 
No Estado Democrático os direitos humanos são reconhecidos a todos. O cidadão é aquele que participa da dinâmica estatal, sendo que atua para conquistar, preservar ou proteger seus direitos. 
Afinal, o que é ser cidadão? Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: é, em resumo, ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. Os direitos civis e políticos não asseguram a democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participação do individuo na riqueza coletiva: o direito à educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, a uma velhice tranquila. “Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais.” 
Nesse contexto, T.H.Marshall define cidadania como “um status concedido àqueles que são membros integrais de uma comunidade”. O mesmo autor vislumbra a cidadania em três partes: civil, político e social. Essa divisão refere-se ao período de formação. Cada um dos elementos é atribuído a um século diferente: os primeiros ao século XVIII, segundo aos século XIX e os sociais ao século XX. 
Cidadania e Democracia
A democracia se constrói em dois pilares institucionais, que são os partidos políticos e a sociedade civil. O exercício da cidadania ocorre nesses dois contextos, onde se realiza o cotidiano da política. 
Pode-se afirmar que, sendo a democracia um conceito histórico que evolui e se enriquece com o envolver dos tempos, assim também a cidadania ganha novos contornos com a evolução democrática. É por essa razão que se pode dizer que a cidadania é o foco para onde converge a soberania popular. 
A Constituição alicerçou o Estado Democrático em dois fundamentos relacionados ao indivíduo: cidadania e dignidade da pessoa humana. A dignidade da pessoa humana é o valor fundamental do indivíduo, ao passo que a cidadania se refere ao aspecto social. 
A nova postura do cidadão coloca-o no status de censor, com poderes de fiscalizar a Administração Pública. 
A cidadania se concretiza pelas formas de exercício, ou seja, “a criação o conquista de canais comunicativos, que levem o poder democrático do centro para a periferia”. Em suma, cidadania é a prática da Constituição democrática. 
Formas de exercício 
Pode ser exercida na esfera política ou jurídica.
Atuação jurídica
A atuação da cidadania consiste na participação, fiscalização das atividades do Estado, dentre as quais se inclui a jurisdicional. A efetividade jurisdicional exercida em prol da cidadania ultrapassa o mundo jurídico, alcançando a esfera política da nação. 
A Constituição Federal de 1988 previu expressamente duas ações de defesa da cidadania: 1) ação civil pública; e 2) ação popular. Indubitavelmente, são dois instrumentos de suma importância para efetivação dos direitos massificados. 
Atuação política: cidadania e políticas públicas
No Estado Democrático e Social de Direito essa atuação é exercida não apenas pelo voto, mas os cidadãos participam da tomada de decisões acerca dos temos de interesse público. No Estado contemporâneo, esses interesses se realizam pelas políticas públicas. 
A democracia, quanto mais amplo e generalizado foi a participação popular, mais legítima e democrática é a política pública dotada. 
A escolha e o procedimento da política pública é atribuição do governo, bem como a sua implementação e responsabilidade. O cidadão pleno deve participar da seleção das políticas públicas e não simplesmente votar em eleições. 
Princípio da publicidade
A publicidade opera-se pela inserção do ato no Diário Oficial ou por edital afixado no local próprio para divulgação de atos públicos. Todo o ato administrativo deve ser publicado, na medida em que pública é a administração, exceto nos casos em o interesse público exigir o sigilo. 
A publicidade é o principio nuclear da cidadania, pois é o antecedente lógico da participação. A participação é despertada pelo conhecimento das atividade do Estado. 
Audiências Públicas
O objeto da audiência pública é expor o conteúdo de determinada politica pública, ouvindo os interessados e com isto legitimar e influenciar a decisão administrativa. 
Conselhos de políticas públicas 
Para José Afonso da Silva, “conselhos são organismos públicos destinados ao assessoramento de alto nível e de orientação e até de deliberação em determinado campo de atuação governamental.”
A sociedade civil organizada
Cidadania no processo legislativo 
O processo legislativo democrático se caracteriza pela participação popular, podendo ser dividido em direto e indireto ou representativo. 
No processo direito, o povo, sem representantes, elege as normas jurídicas. No processo indireto, as normas são elaboradas por representantes eleitos pelo povo. 
Há dois tipos de consulta popular, sendo elas o plebiscito que consiste, a priori, da aprovação ou denegação do povo. E o referendo, a posteriori, da ratificação ou rejeição do povo. 
A iniciativa popular é a faculdade conferida ao cidadão para propor projeto de lei. Consiste na apresentação de projeto de Lei à Câmara dos Deputados, subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído, pelo menos, por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. 
Conclusão 
Podemos concluir afirmando que a cidadania é o alicerce da democracia. A democracia é um processo. Não surge por decreto. Constrói-se pela participação, que provoca o seu fortalecimento e das próprias instituições do Estado.

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