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Apostila de Micro e Parasito

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Microbiologia
História da evolução da Microbiologia
A Microbiologia é uma ciência que foi impulsionada com a descoberta do microscópio por Leuwenhoek (1632 – 1723). A partir da descoberta do microscópio e a constatação da existência dos microrganismos, os cientistas começaram a indagar sua origem, surgindo então, as teorias da abiogênese ou geração espontânea e a biogênese. Após os experimentos de Spallanzani que provaram que infusões quando aquecidas, esterilizadas e fechadas hermeticamente para evitar recontaminação impediam o aparecimento de microrganismos, a abiogênese foi descartada. Acredita-se que os microrganismos (organismos pequenos só visíveis com o auxílio de lentes) apareceram na terra há bilhões de anos a partir de um material complexo de águas oceânicas ou de nuvens que circulavam a terra. Os microrganismos são antigos, porém a microbiologia como ciência é jovem, uma vez que os microrganismos foram evidenciados há 300 anos e só foram estudados e compreendidos 200 anos depois.
Principais características dos grupos de microrganismos
• Protozoários – são microrganismos eucarióticos unicelulares. Como os animais ingerem partículas alimentares, não apresentam parede celular rígida e não contêm clorofila. Movem-se através de cílios, flagelos ou pseudópode. Estes microrganismos são estudados na ciência da Parasitologia (estudo dos parasitas).
São amplamente distribuídos na natureza, principalmente, em ambientes aquáticos. Muitos são nocivos ao homem como a ameba e a giárdia.
Fungos – podem ser unicelulares ou multicelulares. São eucariotos e possuem parede celular rígida. Os fungos não ingerem alimentos e obtêm os nutrientes do ambiente através de absorção.
.
Bactérias – são procariotos (não apresentam envoltório nuclear que delimita o DNA), carecem de membrana nuclear e outras estruturas celulares organizadas observadas em eucariotos.
Vírus – Representam o limite entre as formas vivas e as sem vida. Não são células como as descritas anteriormente, contêm somente um tipo de ácido nucleico, RNA ou DNA que é circundado por um envelope proteico ou capa. Devido à ausência de componentes celulares necessários para o metabolismo ou reprodução independente, o vírus pode multiplicar-se somente dentro de células vivas, por isso não são considerados seres vivos por não possuírem vida própria.
REPRODUÇÃO DAS BACTÉRIAS
 	Quando os microrganismos estão em um meio apropriado (alimentos, meios de cultura, tecidos de animais ou plantas) e em condições ótimas para o crescimento, um grande aumento no número de células ocorre em um período de tempo relativamente curto. A reprodução das bactérias (veja a Figura) se dá, principalmente, de forma assexuada, em que novas células iguais a que deu origem são produzidas. As bactérias se reproduzem assexuadamente por fissão binária, na qual uma única célula parental simplesmente se divide em duas células filhas idênticas. Anteriormente à divisão celular, os conteúdos celulares se duplicam e o núcleo é replicado. O tempo de geração, ou seja, o intervalo de tempo requerido para que cada microrganismo se divida ou para que a população de uma cultura duplique em número é diferente para cada espécie e é fortemente influenciado pela composição nutricional do meio em que o microrganismo se encontra.
Em geral, as bactérias possuem um envoltório rígido denominado parede celular, sendo constituída de uma rede de peptídeos ou lipídios ligados a polissacarídeos chamados peptidioglicanos ou lipopolissacarídeos (LPS), respectivamente. Essa estrutura é alvo de muitos antibióticos que inibem as enzimas transpeptidase e carboxipeptidase, responsáveis pela síntese dos peptidoglicanos. Além do mais, o LPS é uma endotoxina que gera severas respostas imunológicas nos hospedeiros.
Há ainda bactérias que apresentam ao redor da parede celular uma estrutura denominada cápsula, formada por proteínas e polissacarídeos, que confere adesão e proteção a esse microorganismo. 
As bactérias não apresentam núcleo, desta forma, o DNA fica espalhado no citoplasma da célula. A região que abriga o material genético é chamada nucleóide. Além desse DNA, há pequenos DNAs circulares denominados plasmídeos e são nessas regiões que se encontram os genes de resistência aos antibióticos e que são transferidos para outra bactéria através da conjugação.  
As bactérias locomovem-se por flagelos e fímbrias (ou pili), sendo esse último também envolvido na troca de material genético da bactéria durante a reprodução sexual (conjugação), por isso também denominado fímbria sexual.
PAREDE CELULAR DE BACTÉRIA GRAM POSITIVA
PAREDE CELULAR DE BACTÉRIA GRAM NEGATIVA
DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS
Pneumonia
Pneumonia é uma infecção que se instala nos pulmões, órgãos duplos localizados um de cada lado da caixa torácica. Pode acometer a região dos alvéolos pulmonares onde desembocam as ramificações terminais dos brônquios e, às vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro). Basicamente, pneumonias são provocadas pela penetração de um agente infeccioso ou irritante (bactérias, vírus, fungos e por reações alérgicas) no espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa. Esse local deve estar sempre muito limpo, livre de substâncias que possam impedir o contato do ar com o sangue. Diferentes do vírus da gripe, que é altamente infectante, os agentes infecciosos da pneumonia não costumam ser transmitidos facilmente.
Sintomas
- febre alta; 
- tosse;
- dor no tórax;
- alterações da pressão arterial;
- confusão mental;
- mal-estar generalizado;
- falta de ar;
- secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada;
- toxemia (danos provocados pelas toxinas carregadas pelo sangue);
- prostração (fraqueza).
Fatores de risco 
- fumo: provoca reação inflamatória que facilita a penetração de agentes infecciosos;
- álcool: interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa do aparelho respiratório;
- ar-condicionado: deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por vírus e bactérias;
- resfriados mal cuidados;
- mudanças bruscas de temperatura.
Diagnóstico
Exame clínico, auscultação dos pulmões e radiografias de tórax são recursos essenciais para o diagnóstico das pneumonias.
Tratamento
O tratamento das pneumonias requer o uso de antibióticos e a melhora costuma ocorrer em três ou quatro dias. A internação hospitalar pode fazer-se necessária quando a pessoa é idosa, tem febre alta ou apresenta alterações clínicas decorrentes da própria pneumonia, tais como: comprometimento da função dos rins e da pressão arterial, dificuldade respiratória caracterizada pela baixa oxigenação do sangue porque o alvéolo está cheio de secreção e não funciona para a troca de gases.
Profilaxia
- não fume e não beba exageradamente;
- observe as instruções do fabricante para a manutenção do ar-condicionado em condições adequadas;
- não se exponha a mudanças bruscas de temperatura;
- procure atendimento médico para diagnóstico precoce de pneumonia, para diminuir a probabilidade de complicações.
Infecções estafilocócicas
Foliculite
Foliculite é a inflamação de um ou mais folículos pilosos que pode ocorrer em qualquer lugar da pele aonde se encontrem os folículos. Foliculite pode ser de dois grandes tipos distintos: superficial ou profunda.
Foliculite superficial
A foliculite superficial, que costuma ser a mais comum, afeta apenas a parte superior do folículo piloso. Foliculite superficial pode ser:
Foliculite Estafilocócica
Foliculite por pseudômonas (foliculite da banheira quente)
Pseudofoliculite da barba
Foliculite Pitirospórica
Foliculite profunda
A foliculite profunda, apesar de mais rara, é uma espécie de complicação da foliculite superficial - podendo, inclusive, levar ao surgimento de furúnculo. Foliculite profunda pode ser classificada, ainda, em:
Sycosis barba
Foliculite gram-negativo
Furúnculos e carbúnculos
Foliculite eosinofílica
Sintomas
Os sinais e sintomas da foliculite dependem do tipo de infecção:
Foliculite superficial
Surgimento de pequenasespinhas vermelhas, com ou sem pus que se desenvolvem em torno de folículos pilosos
Bolhas cheias de pus que se rompem e formam pequenas crostas na parte de cima
Pele avermelhada e inflamada na região infeccionada
Coceira ou sensibilidade na região infeccionada.
Foliculite profunda
Surgimento de uma lesão maior, elevada e com pus amarelado no meio
Região afetada fica muito sensível e dolorida
Coceira
Possíveis cicatrizes
Pode haver, também, destruição do folículo piloso.
Causas
Foliculite é causada por uma infecção viral, bacteriana ou fúngica dos folículos capilares. Geralmente, a causa mais comum de foliculite é a bactéria Staphylococcus aureus (estafilococo).
Os folículos estão presentes em todo o corpo, com exceção das palmas das mãos, plantas dos pés e membranas mucosas, como os lábios. Eles são mais densos no couro cabeludo. Se eles forem danificados, ficam mais sujeitos à infecção.
As causas mais comuns de danos ao folículo capilar incluem:
Lesão ao se barbear ou atrito provocado por roupas muito apertadas
Transpiração excessiva
Condições inflamatórias da pele, como dermatite e acne, por exemplo
Lesões gerais da pele, como escoriações ou feridas cirúrgicas
Curativos de plástico ou fita adesiva aplicados sobre a pele.
Diagnóstico
O diagnóstico de foliculite é feito, basicamente, por meio de um exame físico e da observação médica. Testes laboratoriais feitos após a extração de uma pequena amostra das pústulas podem indicar qual a causa exata da foliculite do paciente. Saber se trata-se de uma infecção viral, bacteriana ou fúngica é fundamental para se definir o tipo exato de tratamento.
Tratamento: 
Os casos leves de foliculite provavelmente curam-se sozinhos. Mas, casos persistentes ou recorrentes podem exigir tratamento. A terapia dependerá do tipo e da gravidade da sua infecção.
Profilaxia
Embora nem sempre seja possível evitar foliculite, algumas medidas podem ajudar:
Evite usar roupas muito apertadas
Depile-se com cuidado. Aos homens, outra dica é usar um barbeador elétrico ou uma lâmina nova cada vez que for fazer a barba. Tenha cuidado especial para manter a área limpa e raspada para evitar arranhões e pequenos cortes
Mantenha banheiras sempre limpas.
III. Furúnculo
Infecção estafilocócica do folículo piloso e da glândula sebácea, comprometendo o tecido celular subcutâneo próximo. Caracteriza-se por nódulo eritematoso, pustuloso, quente e doloroso que acaba por flutuar e romper-se eliminando conteúdo necrótico (carnegão) e purulento. A concomitância de vários furúnculos em múltiplas localizações denomina-se furunculose, e pode ser decorrente de complicações de dermatoses secundariamente infectadas, como a pediculose e escabiose. Recorrências de furúnculo podem ocorrer por meses ou anos tornando se problema de difícil resolução clínica. São mais freqüentes na face, pescoço, axilas, coxas e nádegas que são áreas mais pilosas e sujeitas a sudorese mais intensa.
Causas:
 contato com indivíduos com lesão purulenta (fonte mais comum de propagação epidêmica) ou portador assintomático. As mãos são o meio mais importante para transmitir a infecção. 20 a 30% da população geral é portadora nasal de Staphylococcus positivos para a coagulase. A autoinfecção é responsável por um terço das infecções. A fonte mais comum de propagação epidêmica são as lesões supurativas.
Diagnóstico: 
baseia-se na história clínica e exame dermatológico. Exames complementares como bacterioscopia e cultura são desnecessários.
Tratamento
⇒ TÓPICO: os antibióticos como a neomicina, bacitracina, mupirocina ou ácido fusídico e a drenagem quando a lesão apresenta flutuação, são curativos.
⇒ SISTÊMICO: eritromicina na dose de 30 a 40mg/kg/dia, dividida de 6 em 6 horas, tetraciclinas na dose de 20 a 40mg/kg/dia, dividida de 6 em 6 horas ou 2g/dia para adultos, sulfametoxazol+trimetropina - 800mg e 160mg respectivamente a cada 12 horas em adultos.
⇒ OUTROS: sabonetes antibacterianos e antibióticos tópicos no nariz e unhas podem ser empregados no tratamento da furunculose recidivante, para evitar a colonização de portadores assintomáticos.
Profilaxia: 
vestes e objetos de uso pessoal devem ser mantidos separados e limpos, se possível com trocas de roupas diárias. As mãos e a face do paciente devem ser rigorosamente limpas, devendo-se usar sabões desinfetantes. É conveniente manter secas as regiões do corpo habitualmente úmidas. Pacientes obesos e/ou que têm pêlos encravados e/ou com hiperhidroses devem procurar tratamento específico. Devem ser evitados uso de roupas apertadas e contato da pele com óleos de maneira geral. Orientar para evitar a drenagem e expressão excessiva da lesão sem orientação médica.
IV. Antraz 
Toxiinfecção aguda que em geral acomete a pele, sob as formas de lesão bolhosa e pústula maligna, produzida pelo contato com animais (bovino, caprino, eqüino e outros mais) que morreram com a mesma doença. As formas viscerais são raras, embora graves, representadas pelo carbúnculo pulmonar, gastrintestinal e neuromeníngeo.
Sintomas: 
A infecção pulmonar do antraz a princípio provoca sintomas semelhantes a uma gripe, seguidos de problemas respiratórios graves, por vezes fatais. A infecção por inalação é a mais mortal delas, com uma taxa de letalidade de aproximadamente 100%. Ela provoca pneumonia, febre alta e dificuldades respiratórias.
A infecção gastrointestinal causa sérias dificuldades gastrointestinais, febre, vômitos sanguíneos e diarreia. Se não for tratada leva à morte em cerca de 25% a 60% dos casos.
A infecção cutânea, que corresponde a 95% dos casos, causa a morte em 20% deles e se manifesta como umainfecção com pus, semelhante ao furúnculo, formando posteriormente uma mancha negra irritante, mas indolor.
Causas:
A maneira mais comum de se infectar é por intermédio do manuseio de produtos tais como lã, couro, osso e pêlo, provenientes de animais infectados. Em casos maisraros, a doença também pode ser contraída por ingestão de alimento contaminado (carne de animais infectados), ou por inalação dos esporos. Outra forma de se a doença é pela picada de insetos hematófagos, comuns em regiões endêmicas. A transmissão direta da doença de um indivíduo infectado para umapessoa sadia, é muito pouco provável de ocorrer.
Diagnóstico: 
O diagnóstico é feito por meio dos sinais e sintomas que a pessoa apresenta, por exames de sangue e pela análise de secreções respiratórias ou da pele.
Tratamento:
 O tratamento para as infecções pelo antraz inclui doses elevadas de antibióticos. Cada uma das formas da doença responde melhor a determinados antibióticos. Quanto mais cedo for tratada, menores as chances de haver complicações e óbito. 
Profilaxia: 
Os indivíduos que foram expostos, ou estão sob risco de exposição, devem ser comunicados e orientados a buscar informações nas Unidades de Saúde de Referência, para serem submetidos à quimioprofilaxia e/ou tratamento quando indicado. Em áreas de exposição profissional, alertar sobre as formas de se adquirir a doença. Quando houver suspeita de bioterrorismo, utilizar os meios de comunicação para orientar a população como proceder nos casos de identificação de material suspeito, de acordo com as normas descritas.
V. MRSA 
A MRSA é a sigla inglesa para Staphylococcus Aureus Resistente à Meticilina, nome de uma bactéria da família da Staphylococcus Aureus. O Staphylococcus Aureus é um tipo comum de bactéria. Cerca de 1 em cada 3 pessoas tem essa bactéria na superfície da pele ou no nariz sem desenvolver uma infecção. A isto se chama estar colonizado com a bactéria. Mas se esta bactéria conseguir entrar no corpo através de uma fenda na pele, pode causar uma infecção. A meticilina é um antibiótico usado para tratar a Staphylococcus Aureus. As MRSA são resistentes à meticilina (e normalmente a outros antibióticos frequentemente utilizados para tratar infecções provocadas pela Staphylococcus Aureus). A MRSA não é totalmente resistente a antibióticos. Poderá ter de tomar antibióticos durante mais tempo ou numa dosagem maior, ou tomarum antibiótico ao qual a MRSA não seja resistente.
Sintomas 
As bactérias Staphylococcus Aureus são comuns, e cerca de 1 em cada 3 pessoas são colonizadas por ela. A maioria das pessoas colonizadas não desenvolve infecções e por isso não tem sintomas. Mas se a bactéria conseguir entrar no corpo, pode causar infecção. Os sintomas vão depender do tipo de infecção causado. Muitas das infecções causadas por esta bactéria são infecções dérmicas como borbulhas, abcessos, celulite e impetigem. Deve estar atento quando tiver problemas na pele, como borbulhas, feridas ou queimaduras. Se uma ferida infectar, deve procurar o médico. Se a bactéria Staphylococcus Aureus conseguir entrar na corrente sanguínea, pode afectar quase todo o organismo e causar infecções sérias, como septicémia, infecção da medula óssea (osteomielite), infecção dos pulmões (pneumonia) e infecção do revestimento do coração (endocardite).
Causas 
As infecções das MRSA normalmente não se desenvolvem em pessoas saudáveis, sendo mais comuns em pessoas hospitalizadas, que geralmente têm um ponto de entrada para a bactéria poder entrar no organismo, por exemplo um ferimento cirúrgico ou um tubo intravenoso. As bactérias MRSA propagam-se através do contacto com alguém que tem uma infecção causada pelas mesmas ou que esteja colonizado. Também podem propagar-se através do contacto com objectos que alguém com a bactéria MRSA tenha tocado. As pessoas que mais risco correm de apanhar MRSA são aquelas que têm feridas abertas, queimaduras ou golpes, doenças de pele graves como psoríase, um sistema imunitário enfraquecido (pessoas idosas ou com doenças crónicas como cancro), aquelas que têm cateteres e quem foi recentemente operado. Embora as infecções por MRSA se desenvolvam normalmente em pessoas hospitalizadas, é possível os funcionários ou visitas ao hospital ficarem infectados se se enquadrarem nos grupos de risco acima mencionados.
Diagnóstico
 As infecções de MRSA são diagnosticadas através de análises ao sangue, urina ou amostras de tecido da área infectada. Se forem detectadas bactérias MRSA, serão efectuadas mais análises para determinar os antibióticos aos quais a bactéria não é resistente e que possam ser usados para tratar o paciente. Actualmente, muitos hospitais testam toda a gente que vai dar entrada para determinar se estão colonizados com a MRSA. Podem analisar raspagens da pele e do nariz e amostras de urina e sangue para ver se a bactéria está presente. Poderá demorar 3 a 5 dias até os resultados estarem prontos. Se estiver colonizado pela MRSA, continuará a poder dar entrada, mas os médicos poderão dar-lhe um tratamento para reduzir ou eliminar essas bactérias.
Tratamento 
Se estiver apenas colonizado com as bactérias MRSA, não precisa de tratamento para a doença mas, como as bactérias podem causar infecções em si e em terceiros, é importante eliminá-las. Será aplicado um creme antibiótico especial à sua pele ou ao interior do nariz para eliminar as bactérias. Também poderá ter de lavar a pele e o cabelo com uma loção e um champô antisépticos. Se tiver uma infecção causada por MRSA, terá de tomar os antibióticos que sejam eficazes (antibióticos aos quais a bactéria ainda não se tornou resistente). A maioria das infecções provocadas por MRSA podem ser tratadas com os antibióticos vancomicina e linezolido, normalmente administrados por injeção ou por via intravenosa. A maioria das infecções por MRSA necessitam de tratamento hospitalar e o tratamento por antibiótico poderá continuar por várias semanas.
Profilaxia
Se lhe forem receitados antibióticos, é importante terminar toda a caixa, mesmo que comece a sentir-se melhor. Bons hábitos de higiene são a melhor forma de evitar a propagação das MRSA. Quando tratar ferimentos em casa, lave sempre muito bem as mãos e assegurasse de que a área permanece limpa. Se estiver no hospital, assegure-se de que as suas mãos e o seu corpo estão limpos, e lave as mãos depois de ir à casa de banho e antes das refeições. Deve lavar muito bem as mãos antes e depois de visitar alguém no hospital. Muitos hospitais disponibilizam soluções antisépticas especiais, para uso dos funcionários e das visitas, em embalagens perto das camas dos pacientes e à entrada das áreas clínicas. Antes e depois de tratar de um paciente, os funcionários do hospital devem assegurar-se de que lavaram e secaram bem as mãos. Os funcionários devem usar luvas descartáveis no contacto físico com ferimentos abertos. Se estiver preocupado com questões de higiene, não tenha medo de perguntar ao médico ou enfermeiro que está a tratar de si, ou às suas visitas, se lavaram as mãos.
Infecções por Estreptococos Hemolitícos
VI. Escarlatina
A escarlatina é uma doença infectocontagiosa provocada por uma bactéria que atinge crianças e adolescentes. Consiste em uma infecção de garganta caracterizada e acompanhada por manchas na pele. Essas manchas são vermelho escarlate – daí o nome da doença.
Sintomas
A doença normalmente começa com uma febre e com inflamação na garganta. A erupção cutânea, que caracteriza a doença e dá origem ao seu nome, geralmente aparece primeiro no pescoço e no peito. Em seguida, se espalha por todo o corpo. Essas erupções são de cor vermelho vivo e costumam durar mais de uma semana. Com o seu fim gradual, pode ocorrer descamação em torno das mãos, dos dedos e também da virilha.
Causas
A escarlatina é causada por um tipo de estreptococo. Essa bactéria libera uma toxina que leva ao surgimento de erupções cutâneas e deixa a língua vermelha. A infecção provocada por essa bactéria pode ser transmitida de pessoa para pessoa por meio de gotículas expelidas durante tosse ou espirro. O período de incubação - o tempo entre a exposição e o surgimento dos sintomas - é de geralmente dois a quatro dias.
Diagnóstico
Devido a seus sintomas muito característicos, a escarlatina é diagnosticada pelo exame clínico (dor de garganta, gânglios inchados, erupção cutânea, descamação da pele, febre alta), É possível completar esta investigação clínica através de uma pesquisa por estreptococos tipo A em uma amostra da garganta.
Tratamento
O tratamento da escarlatina é feito com penicilina, deve-se primeiro tomar uma injeção e durante 10 dias, no mínimo tomar a penicilina via oral. Em caso de alergia ao medicamento deve-se procurar com um especialista.
Profilaxia
*Leve a criança ao médico para esclarecer o diagnóstico sempre que apresentar mal-estar, dor de garganta e febre;
* Mantenha o doente em casa, em repouso enquanto o quadro não regredir completamente;
* Ofereça-lhe alimentos leves, fáceis de engolir e muito líquido;
* Fique atento: criança com escarlatina que não for tratada adequadamente está sujeita a complicações graves que se manifestam quando a doença parece curada.
VII. Erisipela
Erisipela é um processo infeccioso da pele, que pode atingir a gordura do tecido celular, causado por uma bactéria que se propaga pelos vasos linfáticos. Pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, mas é mais comum nos diabéticos, obesos e nos portadores de deficiência da circulação das veias dos membros inferiores. Não é contagiosa. Nomes populares: esipra, mal-da-praia, mal-do-monte, maldita, febre-de-santo-antônio.
Sintomas:
Os primeiros sintomas podem ser aqueles comuns a qualquer infecção: calafrios, febre alta, astenia, cefaléia, mal-estar, náuseas e vômitos. As alterações da pele podem se apresentar rapidamente e variam desde uma simples vermelhidão, dor e inchaço até a formação de bolhas e feridas por necrose (morte das células) da pele.
A localização mais freqüente é nos membros inferiores, na região acima dos tornozelos, mas pode ocorrer em outras regiões como face e tronco. No início, a pele se apresenta lisa, brilhosa, vermelha e quente. Com a progressão da infecção, o inchaço aumenta, surgem as bolhas com conteúdo amarelado ou cor de chocolate e, por fim, a necrose da pele. É comum o paciente queixar-se de “íngua” (aumento dos gânglios linfáticos na virilha).
Causas
A erisipela ocorre porque uma bactéria (um Estreptococo)penetra numa pele favorável à sua sobrevivência e reprodução. A porta de entrada quase sempre é uma micose entre os dedos (as famosas “frieiras”), mas qualquer ferimento pode desencadear o mal. A pele mais favorável é a das pernas inchadas, principalmente nos pacientes diabéticos, obesos e idosos.
Diagnóstico: 
clínico e laboratorial. Este último em geral é desnecessário.
Complicações:
Quando o paciente é tratado logo no início da doença, as complicações não são tão evidentes ou graves. No entanto, os casos não tratados a tempo podem progredir com abscessos, ulcerações (feridas) superficiais ou profundas e trombose de veias. A seqüela mais comum é o linfedema, que é o inchaço persistente e duro localizado principalmente na perna e no tornozelo, resultante dos surtos repetidos de erisipela.
Tratamento:
O tratamento consta de várias medidas realizadas ao mesmo tempo e só deve ser administrado pelo médico:
1 – Uso de antibióticos específicos para eliminar a bactéria causadora;
2 – Redução do inchaço, fazendo repouso absoluto com as pernas elevadas, principalmente na fase inicial. Pode ser necessário o enfaixamento da perna para que desinche mais rapidamente;
3 – Fechamento da porta de entrada da bactéria, tratando as lesões de pele e as frieiras;
4 – Limpeza adequada da pele, eliminando o ambiente propício para o crescimento das bactérias;
4 – Uso de medicação de apoio, como antiinflamatórios, antifebris, analgésicos e outras que atuam na circulação linfática e venosa.
Profilaxia:
As crises repetidas de erisipela podem ser evitadas através de cuidados higiênicos locais, mantendo os espaços entre os dedos sempre bem limpos e secos, tratando adequadamente as frieiras, evitando e tratando os ferimentos das pernas e tentando manter as pernas desinchadas. Deve-se evitar engordar, bem como permanecer muito tempo parado, em pé ou sentado. O uso constante de meia elástica é uma grande arma no combate ao inchaço, bem como fazer repouso com as pernas elevadas sempre que possível.
VIII. Infecção Puerperal
necessidade de complementar o conceito de infecção puerperal com o de morbidade febril puerperal, pela eventual dificuldade de caracterizar a infecção que ocorre após o parto. Morbidade febril puerperal é a temperatura de, no mínimo, 38ºC durante dois dias quaisquer, dos primeiros 10 dias pós-parto, excluídas as 24 horas iniciais. A infecção puerperal é polimicrobiana e os agentes etiopatogênicos são germes aeróbios e anaeróbios da flora do trato geniturinário e intestinal.
Principais Fatores de Risco
Diagnóstico
	Forma Clinica
	Temperatura
	Dor
	Infecção do perinio (Episiotomia)
	38-38,5°C
	Local
	Fascite Necrozante
	39-40°C
	Local, intensa
	Endomiometrite
	38-39°C
	Pélvica
	Peritonite
	40°C
	Pélvica/difusa
	Choque Septico
	38 - 40°C
hipotermia
	Pélvica/difusa
Tratamento
princípios gerais do tratamento clínico, fundamentado na antibioticoterapia e nas complicações (abscessos, tromboflebite pélvica séptica, embolia séptica, distúrbio hidroeletrolítico, obstrução intestinal, insuficiência renal, insuficiência hepática, insuficiência respiratória e distúrbios da coagulação).
Profilaxia
A prevenção pode se dar ainda no pré-natal, por meio do diagnóstico e tratamento de infecções pre-existentes, eliminação de quadros de desnutrição. “Outro recurso mais recente é a pesquisa de estreptococo B, por volta da 35ª semana, tanto vaginal quanto anal. Em caso de resultado positivo, o tratamento deve acontecer somente durante o trabalho de parto”. Também devem ser utilizados recursos complementares, sugere Peixoto, como a ultrassonografia para localização de coleções localizadas, hemograma, proteína C reativa e avaliação da função renal, que auxiliam a avaliar todo o processo.
VÍRUS
Introdução
A palavra vírus é originária do latim e significa toxina ou veneno. O vírus é um organismo biológico com grande capacidade de multiplicação, utilizando para isso a estrutura de uma célula hospedeira. É um agente capaz de causar doenças em animais e vegetais. 
Estrutura de um vírus
Ele é formado por um capsídeo de proteínas que envolve o ácido nucléico, que pode ser RNA (ácido ribonucléico) ou DNA (ácido desoxirribonucléico). Em alguns tipos de vírus, esta estrutura é envolvida por uma capa lipídica com diversos tipos de proteínas.
Vida
Um vírus sempre precisa de uma célula para poder replicar seu material genético, produzindo cópias da matriz. Portanto, ele possui uma grande capacidade de destruir uma célula, pois utiliza toda a estrutura da mesma para seu processo de reprodução. Podem infectar células eucarióticas (de animais, fungos, vegetais) e procarióticas (de bactérias). 
Classificação
A classificação dos vírus ocorre de acordo com o tipo de ácido nucléico que possuem, as características do sistema que os envolvem e os tipos de células que infectam. De acordo com este sistema de classificação, existem aproximadamente, trinta grupos de vírus.
DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS
Herpes simples
Herpes simples é uma infecção viral comum que se caracteriza pelo surgimento de pequenas bolhas ao redor dos lábios e/ou dos genitais – mas que também podem aparecer em qualquer outra parte do corpo.
MODO DE TRANSMISSÃO: A transmissão do vírus da herpes simples se faz principalmente por contato direto entre pessoas, mesmo que não haja lesão ativa. A infecção por meio de objetos pode existir, mas é menos comum. O tempo entre o contato e os sintomas iniciais (período de incubação) é estimado em duas semanas.
SINTOMAS: 
*Pequenas bolhas, aftas ou úlceras geralmente na boca, nos lábios, nas gengivas ou nos genitais
*Nódulos linfáticos aumentados no pescoço ou na virilha (geralmente somente no momento inicial da infecção)
*Herpes de boca
*Febre, especialmente durante o primeiro episódio de infecção
*Lesões genitais ou mesmo orais podem começar com uma sensação de queimação ou formigamento.
DIAGNÓSTICO
Muitas vezes, os médicos conseguem detectar uma infecção pelo vírus da herpes simplesmente por meio da observação clínica, dando especial atenção às feridas. Entretanto, certos testes podem ser solicitados para confirmar o diagnóstico. Esses testes incluem:
*Exames de sangue para anticorpos de HSV (sorologia)
*Teste de anticorpo fluorescente direto das células extraídas de uma lesão
*Cultura viral da lesão
TRATAMENTO
Alguns casos de herpes são leves e não precisam de tratamento a não ser tratamentos tópicos. Mas pessoas que têm surtos graves ou prolongados (principalmente se for o primeiro episódio de infecção), que têm problemas no sistema imunológico ou aquelas que têm recorrência frequente talvez precisem fazer uso de medicamentos antivirais.
PROFILAXIA
É difícil de prevenir a infecção da herpes simples, pois o vírus pode ser espalhado mesmo por pessoas que não apresentam sintomas de um surto ativo. Evitar contato direto com uma lesão aberta reduz o risco de infecção.
Pessoas com herpes simples na região genital devem evitar contato sexual enquanto houver lesões ativas. A prática de sexo seguro também pode reduzir o risco de infecção - o que inclui o uso do preservativo.
A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. O seu principal vetor de transmissão é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais.
O vírus da dengue possui quatro variações: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Todos os tipos de dengue causam os mesmo sintomas.
Quando uma pessoa é infectada com um determinado tipo de vírus, cria anticorpos no seu organismo e não irá mais contrair a doença por esse mesmo vírus, mas ainda pode ser infectada pelos outros três tipos. Isso quer dizer que só é possível pegar dengue quatro vezes.
Dengue clássica
A dengue clássica é a forma mais leve da doença, sendo muitas vezes confundida com a gripe. Tem início súbito e os sintomas podem durar de cinco a sete dias, apresentando sintomas como febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações,indisposição, enjôos, vômitos, entre outros.
Dengue hemorrágica
A dengue hemorrágica acontece quando a pessoa infectada com dengue sofre alterações na coagulação sanguínea. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte. No geral, a dengue hemorrágica é mais comum quando a pessoa está sendo infectada pela segunda ou terceira vez. Os sintomas iniciais são parecidos com os da dengue clássica, e somente após o terceiro ou quarto dia surgem hemorragias causadas pelo sangramento de pequenos vasos da pele e outros órgãos. Na dengue hemorrágica, ocorre uma queda na pressão arterial do paciente, podendo gerar tonturas e quedas.
SINTOMAS: Os sintomas da dengue iniciam de uma hora para outra e duram entre 5 a 7 dias. Os principais sinais são:
*Febre alta com início súbito (39° a 40°C)
*Forte dor de cabeça
*Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos
*Perda do paladar e apetite
*Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores
*Náuseas e vômitos
*Tontura
*Extremo cansaço
*Moleza e dor no corpo
*Muitas dores nos ossos e articulações
*Dor abdominal (principalmente em crianças).
SINTOMAS DA DENGUE HEMORRÁGICA
*Dores abdominais fortes e contínuas
*Vômitos persistentes
*Pele pálida, fria e úmida
*Sangramento pelo nariz, boca e gengivas
*Manchas vermelhas na pele
*Comportamento variando de sonolência à agitação
*Confusão mental
*Sede excessiva e boca seca
*Dificuldade respiratória
*Queda da pressão arterial.
DIAGNÓSTICO: O diagnóstico da dengue é realizado com base na história clínica do doente e na dengue hemorrágica é feita a prova do laço (contagem das plaquetas e a contagem dos glóbulos vermelhos. A prova do laço é um exame de consultório, com uma borrachinha o médico prende a circulação do braço e vê se há pontos vermelhos sob a pele, que indicariam a doença). Os outros testes são feitos por meio de uma amostra de sangue em laboratório.
TRATAMENTO Não existe tratamento específico contra o vírus da dengue, é possível tratar os sintomas decorrentes da doença, ou seja, fazer um tratamento sintomático.
PROFILAXIA
*Evite o acúmulo de água
*Coloque areia nos vasos de plantas
*Coloque desinfetante nos ralos
*Limpe as calhas
*Coloque tela nas janelas
*Uso de repelente
Poliomielite
Poliomielite é uma doença viral que pode afetar os nervos e levar à paralisia parcial ou total. Apesar de também ser chamada de paralisia infantil, a doença pode afetar tanto crianças quanto adultos.
O vírus entra por meio da boca e do nariz e se multiplica na garganta e no trato intestinal. Dali, alcança a corrente sanguínea e pode atingir o cérebro. Quando a infecção ataca o sistema nervoso, destrói os neurônios motores e provoca paralisia nos membros inferiores. A pólio pode, inclusive, levar o indivíduo à morte se forem infectadas as células nervosas que controlam os músculos respiratórios e de deglutição.
O período de incubação do vírus, ou seja, tempo que leva entre a infecção e surgimento dos primeiros sintomas, varia de cinco a 35 dias, mas a média é de uma a duas semanas.
O poliovírus pode ser transmitido por meio de água e alimentos contaminados ou pelo contato direto com uma pessoa infectada. A doença é tão contagiosa que pode ser pega no ar, principalmente por pessoas que convivem com portadores do vírus. Quem tem poliomielite pode transmitir a doença semanas após a infecção.
TIPOS:
oliomielite paralítica
Poliomielite não-paralítica
MODO DE TRASNMISSÃO
A poliomielite é uma doença causada pela infecção do poliovírus, que se espalha por contato direto pessoa a pessoa e também por contato com muco, catarro ou fezes infectadas.
SINTOMAS:
A maior parte das pessoas que foram infectadas pelo poliovírus apresenta o tipo não-paralítico da doença. Muitas vezes a pessoa não manifesta nenhum sintoma, e quando os sinais da doença aparecem, eles geralmente são muito similares aos sintomas da gripe e de outras doenças virais leves ou moderadas. Os sinais e sintomas, que costumam durar de um a dez dias, incluem:
Febre
Garganta inflamada
Dor de cabeça
Vômitos
Fadiga
Dor nas costas ou rigidez muscular
Dor de garganta
Dor ou rigidez nos braços e nas pernas
Fraqueza muscular ou sensibilidade
Meningite.
Poliomielite paralítica
Perda dos reflexos
Dores musculares graves ou fraqueza
Membros soltos e flácidos, muitas vezes pior em um lado do corpo.
DIAGNÓSTICO:
Os médicos muitas vezes conseguem reconhecer poliomielite por meio da observação dos sintomas, tais como dor e rigidez no pescoço, reflexos anormais, lentos ou inexistentes e dificuldade de deglutição e respiração. Para confirmar o diagnóstico, uma amostra de secreções da garganta, fezes ou líquido cefalorraquidiano - um líquido incolor que envolve o cérebro e a medula espinhal - é enviada para análise laboratorial, em que é confirmada a presença do poliovírus ou não.
TRATAMENTO: Não existe cura para poliomielite, por isso o foco do tratamento reside em diminuir a sensação de desconforto, acelerar a recuperação e garantir a qualidade de vida do paciente.
PROFILAXIA: A imunização contra a pólio, feita com vacinas, previne efetivamente a poliomielite na grande maioria das pessoas.
IV. AIDS
Embora a AIDS seja comumente identificada como doença, na verdade trata-se de uma síndrome. A palavra síndrome caracteriza um conjunto de sinais e de sintomas que podem ser produzidos por mais de uma causa.
O termo AIDS vem da sigla da expressão inglesa acquired immuno deficiency syndrome, que significa síndrome da imunodeficiência adquirida.
É causado por um grupo de vírus, chamadoHIV, que invadem certas células – alguns tipos de glóbulos brancos do sangue – responsáveis pela defesa do organismo.
Assim, o vírus se multiplica dentro dessas células comprometendo o funcionamento do sistema imunológico humano, impedindo-o de executar sua tarefa adequadamente, que é a de protegê-lo contra as agressões externas (por bactérias, outros vírus, parasitas e mesmo por células cancerígenas).
Com a progressiva lesão do sistema imunológico o organismo humano se torna cada vez mais susceptível a determinadas infecções e tumores, conhecidas como doenças oportunistas, que acabam por levar o doente à morte.
MODO DE TRASNMISSÃO:  
HIV passa de uma pessoa para outra através do sangue e líquidos contaminados por sangue, sêmem, secreções vaginais e leite materno.
Pode ocorrer transmissão no sexo vaginal, oral e anal.
Usando seringas e agulhas contaminadas pelo vírus.
Os beijos sociais (beijo seco, de boca fechada) são seguros (risco zero) quanto a transmissão do vírus, mesmo que uma das pessoas seja portadora do HIV. O mesmo se pode dizer de apertos de mão e abraços.
Os beijos de boca aberta são considerados de baixo risco quanto a uma possível transmissão do HIV.
Mães portadoras do HIV podem passá-lo para a criança durante a gravidez, o parto ou a amamentação.
SINTOMAS:
 A fase aguda (após 1 a 4 semanas da exposição e contaminação) da infecção manifesta-se em geral como um quadro gripal (febre, mal estar e dores no corpo) que pode estar acompanhada de manchas vermelhas pelo corpo e adenopatia (íngua) generalizada (em diferentes locais do organismo). A fase aguda dura, em geral, de 1 a 2 semanas e pode ser confundida com outras viroses (gripe, mononucleose etc) bem como pode também passar desapercebida.
Os sintomas da fase aguda são portanto inespecíficos e comuns a várias doenças, não permitindo por si só o diagnóstico de infecção pelo HIV, o qual somente pode ser confirmado pelo teste anti-HIV, o qual deve ser feito após 90 dias (3 meses) da data da exposição ou provável contaminação.
Os primeiros casos de AIDS apareceram em 1979, nos Estados Unidos. No Brasil, a doença foi registrada pela primeira vez em 1982.
DIAGNÓSTICO: teste anti-HIV
TRATAMENTO:
 Não há, no momento, vacina efetiva para a prevenção da infecção pelo HIV. Existem drogas que inibem a replicação do HIV, que devem ser usadas associadas, mas ainda não se pode falar em cura da AIDS.
As doenças oportunistassão, em sua maioria tratáveis, mas há necessidade de uso contínuo de medicações para o controle dessas manifestações.
PROFILAXIA:
 Na transmissão sexual se recomenda sexo seguro: relação monogâmica com parceiro comprovadamente HIV negativo, uso de camisinha. É necessário observar que o uso da camisinha, apesar de proporcionar excelente proteção, não proporciona proteção absoluta (ruptura, perfuração, uso inadequado etc.).
Na transmissão pelo sangue recomenda-se cuidado no manejo de sangue (uso de seringas descartáveis, exigir que todo sangue a ser transfundido seja previamente testado para a presença do HIV, uso de luvas quando estiver manipulando feridas ou líquidos potencialmente contaminados).
Evitar o uso compartilhado de objetos cortantes, como navalhas, giletes e alicates de cutícula.
Repito, a maneira mais segura de se evitar o contágio pelo vírus HIV é fazer sexo monogâmico, com parceiro(a) que fez exames e você saiba que não está infectado(a)
O que é parasitologia 
 
A parasitologia é a ciência que estuda os parasitas, as doenças parasitárias humanas, seus métodos de diagnóstico e controle. O aparecimento e a instalação das diversas parasitoses (doenças causadas por parasitas) estão bastante relacionados com o subdesenvolvimento de um país e seu ciclo doença e pobreza.
 
Esta ciência tem como objetivos principais:
 
- Tratar dos sintomas provocados por parasitas;
 
- Desenvolver tratamentos contra os parasitas;
 
- Identificar os processos de desenvolvimento de epidemias parasitárias;
 
- Criar métodos de profilaxia das doenças causadas pelos parasitas em seres humanos e animais.
Teníase e Cisticercose
Vetor : Bovinos (Taenia saginata) e suínos (Taenia solium)
Modo de Transmissão: Teníase: o hospedeiro definitivo (humanos) infecta-se ao ingerir carne suína ou bovina, crua ou malcozida, infetada, respectivamente, pelo cisticerco de cada espécie de Taenia. A cisticercose humana é adquirida pela ingestão acidental de ovos viáveis da T. solium que foram eliminados nas fezes de portadores de teníase.
Local de fixação do parasita: Intestino delgado
Sinonímia : Teníase e Neurocisticercose
Sintomatologia: Muitas vezes a teníase é assintomática. Porém, podem surgir transtornos dispépticos, tais como: alterações do apetite (fome intensa ou perda do apetite), enjôos, diarréias freqüentes, perturbações nervosas, irritação, fadiga e insônia.
Diagnóstico: É feito pela pesquisa de proglotes e, mais raramente, de ovos de tênia nas fezes pelos métodos rotineiros ou pelo método da fita gomada. Para as duas tênias, o diagnóstico é genérico, pois microscopicamente os ovos são iguais. Para o diagnóstico específico, há necessidade de se fazer a "tamização" (lavagem em peneira fina) de todo o bolo fecal, recolher as proglotes existentes e identifica-las pela morfologia da ramificação uterina. A detecção de antígenos de ovos de Taenia sp. nas fezes melhorou sobremaneira o diagnóstico de teníase. Os antígenos podem ser detectados na ausência de ovos na matéria fecal, independem do seu número, e, após o tratamento eficaz, desaparecem em poucos dias. 
Tratamento: Teníase – Mebendazol: 200mg, 2 vezes ao dia, por 3 dias, VO; Niclosamida ou Clorossalicilamida: adulto e criança com 8 anos ou mais, 2g, e crianças de 2 a 8 anos, 1g, VO, dividida em 2 tomadas; Praziquantel, VO, dose única, 5 a 10mg/kg de peso corporal; Albendazol, 400mg/dia, durante 3 dias.
Neurocisticercose – Praziquantel, na dose de 50mg/kg/dia, associado a Dexametasona, para reduzir a resposta inflamatória, consequente a morte dos cisticercos. Pode-se, também, usar Albendazol, 15mg/dia, associado a 100mg de Metilprednisolona, no primeiro dia de tratamento, a partir do qual se mantém 20mg/dia, durante 30 dias.
 Profilaxia: 
•impedir o acesso do suíno e do bovino as fezes humanas;
•melhoramento do sistema dos serviços de água, esgoto ou fossa;
•tratamento em massa dos casos humanos nas populações-alvo;
•instituir um serviço regular de educação em saúde,
•envolvendo as professoras primárias e líderes comunitários;
•orientar a população a não comer carne crua ou malcozida;
•estimular a melhoria do sistema de criação de animais;
•inspeção rigorosa da carne e fiscalização dos matadouros.
Ascaris Lumbricoides
Vetor: É do tipo monoxênico.
Modo de transmissão: Ocorre através da ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos contendo a L3.
Local de fixação do parasita: Intestino delgado
Sinonímia: Ascaridíase
Sintomatologia: Na maioria das vezes é assintomático.
Inapetência
Náuseas e vômitos
Diarréias
Dores abdominais
Pode haver também a presença de vermes nas fezes
Diagnóstico: O quadro clínico apenas não a distingue de outras verminoses, havendo, portanto, necessidade de confirmação do achado de ovos nos exames parasitológicos de fezes.
Tratamento: Albendazol: A droga é encontrada sob a forma de comprimidos de 200 e 400mg, e de suspensão oral de 100mg/5ml. A dose única de 400mg é altamente eficaz contra a ascaridíase. 
Mebendazol: É encontrada sob a forma de comprimidos de 100 e 500mg e também em suspensão oral de 100mg/5ml. A dose única de 500mg mostrou alta efetividade contra a ascaridíase
e outras parasitoses intestinais. 
Profilaxia: construção de redes de esgoto, com tratamento e/ou fossas sépticas; tratamento de toda a população com drogas ovicidas, pelo menos, durante três anos consecutivos; proteção dos alimentos contra insetos e poeira. É importante salientar que a descentralização do sistema de saúde, a formação adequada de equipes para atuar em municípios e comunidades endêmicas (Programa de Saúde da Família - PSF).
Enterobius Vermiculares
Vetor: É do tipo monoxênico
Modo de Transmissão: Predominantemente fecal-oral. São diversos os modos de transmissão:
Local de fixação do parasita: Ceco e Ânus
Sinonímia: Enterobíase
Sintomatologia: prurido anal.
Diagnóstico: Clinico-Prurido anal noturno. Laboratorial: método de Graham
Tratamento: Albendazol, Flubendazol ou Mebendazol: 100mg, duas vezes ao dia, durante três dias. Pamoato ou Emboato de Pirantel: 10 mg por quilo de peso corporal, em dose única, por via oral.  Ivermectina: é ingerido sob a forma de comprimidos, com dose de 200microgramas/Kg em dose única. 
Profilaxia: a roupa de dormir e de cama usada pelo hospedeiro não deve ser "sacudida" pela manhã, e sim enrolada e lavada em água fervente, diariamente; tratamento de todas as pessoas parasitadas da família (ou outra coletividade) e repetir o medicamento duas ou três vezes, com intervalo de 20 dias, até que nenhuma pessoa se apresente parasitada; 
corte rente das unhas, aplicação de pomada mercurial na região perianal ao deitar-se, banho de chuveiro ao levantar-se e limpeza doméstica com aspirador de pós, são medidas complementares de utilidade.
wuchereria bancrofti
Vetor: Este tipo de microorganismo tem como vetor o mosquito Culex quiquefasciatus, popularmente conhecido como pernilongo ou muriçoca.
Modo de transmissão: Sua transmissão ocorre pela picada do mosquito vetor, que transmite o parasita causador da doença de pessoa a pessoa.
Sinonímia: Filariose Hepática
Sintomatologia: Existem indivíduos com esta parasitose que nunca desenvolvem sintomas, havendo ou
não detecção de microfilarias no sangue periférico; outros podem apresentar febre recorrente aguda, astenia, mialgias, fotofobia, quadros urticariformes, pericardite, cefaleia, linfadenite e linfangite retrograda, com ou sem microfilaremia. Os casos crônicos mais graves são de indivíduos que apresentam hidrocele, quiluria e elefantíase de membros, mamas e órgãos genitais
Diagnóstico: O teste de rotina e feito pela pesquisa da microfilaria no sangue periférico, pelo método da gota espessa
Tratamento: - A droga de escolha e a Dietilcarbamazina (DEC), com vários esquemas preconizados e Ivermectina
Profilaxia: A melhor medida contra esta doença, ainda é a prevenção, e esta, deve ocorrer evitando-se exposição aos mosquitos vetores.
	V. Ancilostomíase 
Vetor: É do tipo monoxênico 
Local de Fixação:Intestino
Modo de Transmissão: Os ovos contidos nas fezes são depositados no solo, onde se tornam embrionados. A infecção nos homens ocorre quando essas larvas infectantes penetram na pele, geralmente pelos pés, causando dermatite característica.
Sinonímia: Amarelão, opilação, doença do Jeca Tatu.
Sintomatologia: pode apresentar-se assintomática. Apresentações clinicas importantes, como um quadro gastrointestinal agudo caracterizado por náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal e flatulência
Diagnóstico: realizado pelo achado de ovos no exame parasitológico de fezes
Tratamento: Mebendazol, 100mg, 2 vezes ao dia, durante 3 dias consecutivos.
Profilaxia: lavar as mãos antes das refeições e o uso de calcados. Evitar a contaminação do solo mediante a instalação de sistemas sanitários para eliminação das fezes, especialmente
nas zonas rurais (saneamento).
PROTOZOÁRIOS
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA Parasitologia é uma ciência que se baseia no estudo dos parasitas e suas relaçoes com o hospedeiro, englobando os filos Protozoa (protozoários), do reino Protista e Nematoda e Platyhelminthes (platelmintos) e Arthropoda (artrópodes), do reino Animal. Ao iniciar o estudo da parasitologia é conveniente que você se lembre de alguns dos conceitos básicos utilizados na Parasitologia. Portanto, vamos a eles: 
Agente etiológico = é o agente causador ou o responsável pela origem da doença. pode ser um vírus, bactéria, fungo, protozoário ou um helminto. 
Endemia - quando o número esperado de casos de uma doença é o efetivamente observado em uma população em um determinado espaço de tempo.
 Doença endêmica - aquela cuja incidência permanece constante por vários anos, dando uma idéia de equilíbrio entre a população e a doença. 
Epidemia - é a ocorrência, numa região, de casos que ultrapassam a incidência normalmente esperada de uma doença. 
Infecção - é a invasão do organismo por agentes patogênicos microscópicos.
 Infestação - é a invasão do organismo por agentes patogênicos macroscópicos. 
Vetor - organismo capaz de transmitir agentes infecciosos. 0 parasita pode ou não desenvolverse enquanto encontra-se no vetor.
 Hospedeiro - organismo que serve de habitat para outro que nele se instala encontrando as condições de sobrevivência. o hospedeiro pode ou não servir como fonte de alimento para a parasita.
 Hospedeiro definitivo - é o que apresenta o parasito em fase de maturidade ou em fase de atividade sexual. Hospedeiro intermediário - é o que apresenta o parasito em fase larvária ou em fase assexuada. 
Profilaxia - é o conjunto de medidas que visam a prevenção, erradicação ou controle das doenças ou de fatos prejudiciais aos seres vivos.
Doenças causadas por Protozoários:
I. Malária ou Paludismo 
Agente etiológico - No Brasil, três espécies de Plasmodium causam Malária em seres humanos: P. malariae, P. vivax e P. falciparum. A Malária por Plasmodium ovale ocorre apenas no continente africano, porém, ocasionalmente, casos importados podem ser diagnosticados no Brasil.
Vetor: mosquito Anopheles
Reservatório - O homem é o único reservatório com importância
Modo de Transmissão: A transmissão ocorre após picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por protozoários do gênero Plasmodium.
Período de incubação - Varia de acordo com a espécie de plasmódio: P. falciparum, de 8 a 12 dias; P. vivax, de 13 a 17 dias; P. malariae, de 18 a 30 dias.
Fixação: Fígado
Sintomatologia: De início, os sintomas incluem: mal-estar, dores de cabeça e febre ligeira que com o tempo podem evoluir para febre entre 39 e 40oC, que se repete de dois em dois dias com presença de suor intenso e dores musculares.
Diagnóstico: Caso a pessoa tenha febre depois de ter visitado áreas de risco, a possibilidade de ter contraído malária deve ser levada em consideração. Para confirmar o diagnóstico, existe um exame de lâmina, também chamado de gota espessa ou esfregaço, que consiste em puncionar a ponta de um dedo para obter uma gota de sangue e analisá-lo.
Profilaxia: viajantes- 2 semanas antes da chegada tomar (cloroquina) e 6 semanas após a partida, continuar com a ingestão do medicamento. se a exposição for muito alta ingerir primaquina por mais 2 semanas.
*Use repelente no corpo todo, camisa de mangas compridas e mosquiteiro, quando estiver em zonas endêmicas;
* Evite banhos em igarapés e lagoas ou expor-se a águas paradas ao anoitecer e ao amanhecer, horários em que os mosquitos mais atacam, se estiver numa região endêmica;
* Procure um serviço especializado se for viajar para regiões onde a transmissão da doença é alta, para tomar medicamentos antes, durante e depois da viagem;
* Não faça prevenção por conta própria e, mesmo que tenha feito a quimioprofilaxia, se tiver febre, procure atendimento médico;
* Nunca se automedique.
II. Amebíase
Agente etiológico: Entamoeba histolytica
Reservatório - O homem.
Modo de transmissão - As principais fontes de infecção são a ingestão de alimentos ou água contaminados por fezes contendo cistos amebianos maduros.
Período de incubação - Entre 2 a 4 semanas, podendo variar dias, meses ou anos.
Fixação: Intestino
Sintomatologia: A maioria das pessoas com amebíase não manifesta sintomas. mas em geral são: Dor abdominal; Diarreia branda ou aguda com presença de sangue ou muco; Febre e Calafrios.
Diagnóstico: Diagnóstico - Presença de trofozoítos ou cistos do parasito encontrados nas fezes; Tratamento: metronidazol por dez dias, administrado por via oral.
Tratamento: 1ª Opção
Formas intestinais – Secnidazol - Adultos: 2 g, em dose única. Crianças: 30 mg/kg/dia, VO, não ultrapassando o máximo de 2 g/dia. Deve ser evitado no 1º trimestre da gravidez e durante a amamentação.
2ª Opção
Metronidazol, 500 mg, 3 vezes/dia, durante 5 dias, para adultos. Para crianças, recomenda-se 35 mg/kg/dia, divididas em 3 tomadas, durante 5 dias.
Formas graves – Amebíase intestinal sintomática ou Amebíase extraintestinal: Metronidazol, 750 mg, VO, 3 vezes/dia, durante 10 dias. Em crianças, recomenda-se 50 mg/kg/dia, durante 10 dias.
3ª Opção
Tinidazol, 2 g, VO, para adultos, após uma das refeições, durante 2 dias, para formas intestinais. 
4ª Opção
Somente para formas leves ou assintomáticas: Teclozam, 1.500 mg/dia, divididas em 3 tomadas de 500 mg, dose única para adultos. Em crianças, a dosagem recomendada é de 15 mg/kg/dia, durante 5 dias. 
Profilaxia: Saneamento básico e condições adequadas de higiene são a chave para evitar a amebíase. Outras medidas também podem ser adotadas:
Lave bem as mãos com água e sabão após usar o banheiro e antes de manipular alimentos
Lave bem frutas e verduras antes de comê-las
Evite comer frutas ou vegetais, a menos que você lave e descascá-los você mesmo
Beba somente água engarrafada
Evite leite, queijo e outros produtos lácteos não pasteurizados
III. Giardíase
Agente etiológico: Giárdia lamblia
Reservatório - O homem e alguns animais domésticos ou selvagens,como cães, gatos e castores.
Modo de transmissão - Fecal-oral. Direta, pela contaminação das mãos e consequente ingestão de cistos existentes em dejetos de pessoa infectada; ou indireta, por meio da ingestão de água ou alimento contaminado.
Período de incubação - De 1 a 4 semanas, com média de 7 a 10 dias.
Fixação: Intestino
Sintomatologia: Diarreia aquosa, às vezes com mau cheiro, que podem se alternar com fezes moles e gordurosas, Fadiga ou mal-estar, Cólicas abdominais e inchaço, Arroto com um gosto ruim, Náusea, Perda de peso.
Diagnóstico: Identificação de cistos ou trofozoítos, no exame direto de fezes.
Tratamento:
Profilaxia: o acesso universal à educação, instruções de educação sanitária e higiene pessoal, saneamento básico adequado, tratamento da água para consumo, combate aos artrópodes no ambiente doméstico e destino adequado para as fezes. Medidas simples, como a lavagem das mãos antes das refeições e após as evacuações, bem como a lavagem dos alimentos ingeridos crus, são de grande importância na prevenção da giardíase
IV. Toxoplasmose
Agente etiológico - Toxoplasmagondii
Reservatório - Os hospedeiros definitivos de T. gondii sao os gatos. Os hospedeiros intermediarios sao os homens, outros mamiferos nao-felinos e as aves.
Modo de transmissão - O homem adquire a infeccao por tres vias: Ingestão de oocistos provenientes do solo,areia, lata de lixo contaminado com fezes de gatos infectados, ingestão de carne crua ou mal cozida infectada com cistos, especialmente carne do porco e carneiro e infecção placentária, ocorrendo 40% dos fetos de mães que adquiriram a infecção durante a gravidez. 
Período de incubação - De 10 a 23 dias, quando a fonte for a ingestao de carne; de 5 a 20 dias, apos ingestao de oocistos de fezes de gatos.
Fixação: Tecido nervoso
Sintomatologia: Febre; Manchas pelo corpo; Cansaço; Dores no corpo; Linfadenopatia, ou seja, ínguas espalhadas pelo corpo, Dificuldade para enxergar que pode evoluir para cegueira, Lesões na retina.
Diagnóstico: Pesquisa de anticorpos no soro ou líquor e o mais importante para o diagnóstico da toxoplasmose ocular é o exame de fundo de olho com as pupilas dilatada.
Tratamento: é realizado com sulfadiazina e pirimetamina em doses que dependem da gravidade da infecção, às vezes também é necessário tomar corticóide e utilizar colírios. 
Profilaxia: 
* Evite contato com fezes de animais, especialmente de gatos ou outros felinos;
* Tenha cuidado com a higiene das mãos e dos utensílios de cozinha quando estiver lidando com alimentos;
* Não coma carne mal passada nem vegetais mal lavados;
* Não se descuide do acompanhamento pré-natal, se você estiver grávida. Toxoplasmose é uma enfermidade grave durante a gestação;
* Gestantes precisam estar atentas, principalmente se tiverem contato com gatos. Medidas especiais de higiene são fundamentais nesses casos.
V. Doença de Chagas
Agente Etiológico: Trypanosoma cruzi 
Vetor: Triatomíneos hematófagos que, dependendo da espécie, podem viver em meio silvestre. São também conhecidos como “barbeiros” ou “chupões”
Reservatório: Alem do homem, diversos mamíferos domésticos e silvestres tem sido encontrados naturalmente infectados pelo T. cruzi.
Modo de transmissão: ocorre pela passagem do protozoário dos excretas dos triatomíneos através da pele lesada ou de mucosas do ser humano, durante ou logo após o repasto sanguíneo.
Período de incubação: 4 a 15 dias
Fixação: Musculatura Cardíaca
Sintomatologia: Fase aguda - febre prolongada e recorrente, cefaleia, mialgias, astenia, edema de face ou membros inferiores, hipertrofia de linfonodos, hepatomegalia.
esplenomegalia, ascite. Manifestações digestivas (diarreia, vomito e epigastralgia intensa)
Fase cronica- Pode apresentar-se sem sintomatologia, apenas com alterações eletrocardiográficas, ou com insuficiência cardíaca de diversos graus, progressiva ou fulminante, arritmias graves, acidentes tromboembólicos, aneurisma, palpitações, edemas, dor precordial, dispneia, dispneia paroxística noturna, tosse, tonturas, desmaios, sopro sistólico. Alterações eletrocardiográficas.
Diagnóstico: Fase aguda- Determinada pela presença de parasitos circulantes em exames parasitológicos diretos de sangue periférico (exame a fresco, esfregaço, gota espessa).
Fase Crônica - Individuo que apresenta anticorpos IgG anti-T. cruzi detectados por dois testes sorológicos de princípios distintos, sendo a Imunofluorescencia Indireta (IFI), a Hemoaglutinacao (HE) e o ELISA
Tratamento: Benznidazol (comp. 100mg), que deve ser utilizado na dose de 5mg/kg/dia (adultos) e 5-10mg/kg/dia (criancas), divididos em 2 ou 3 tomadas diarias, durante 60 dias. O Benznidazol e contra-indicado em gestantes.
Profilaxia: Controle de insetos com inseticidas e habitações com menos propensão de ter populações de insetos ajudam a controlar a disseminação da doença. Ainda não existe uma vacina disponível para a prevenção da Doença de Chagas.
FUNGOS
O Reino Fungi é formado por seres que possuem suas células formando filamentos emaranhados chamados hifas; o conjunto de hifas forma o micélio, que é propriamente o corpo do fungo. Todos são seres eucariontes, uns de vida livre e outros parasitas causadores de doenças. 
O que é 
 A Micologia é uma ciência, ramo da Microbiologia, que estuda os fungos e suas propriedades. Esta ciência também é conhecida como micetologia.
 Os principais temas e propriedades dos fungos estudados pela Micologia são:
- Taxonomia (classificação dos fungos)
- Sistemática (descreve a biodiversidade e as relações entre os organismos)
- Morfologia (estudo das formas dos fungos ou partes deles)
- Bioquímica (estuda os processos químicos que ocorrem nos fungos)
- Utilização dos efeitos benéficos dos fungos na produção de alimentos, medicamentos, etc.
- Propriedades nocivas de algumas espécies de fungos. 
As micoses podem ser divididas em: 
Superficiais: 
• Pitiríase versicolor 
• Piedra branca
 • Piedra negra 
Cutâneas: 
• Dermatofitoses
 • Candidíase 
Subcutâneas: 
• Cromomicose, 
• Esporotricose 
• Micetoma 
 • Zigomicose 
• Rinosporidiose 
• Doença de Jorge Lobo 
Micoses Profundas
• Paracoccidioidomicose
 • Histoplasmose 
Oportunistas: 
• Criptococose 
MICOSES SUPERFICIAIS 
 Micoses que desenvolvem alterações apenas na camada mais superficial do estrato córneo e não induz, na maioria das vezes, qualquer resposta inflamatória no hospedeiro. 
Pitiríase versicolor: 
 Infecção geralmente assintomática, mas, em raras ocasiões, pode ser relatado pelo paciente um discreto prurido. Apresentam-se como manchas hipo ou hiperpigmentada, descamativas geralmente no tórax, pescoço e braços em adultos jovens, sem distinção de sexo. Os principais fatores endógenos para o aparecimento das lesões são: Pele gordurosa, elevada sudorese, fatores hereditários e uso de terapia imunossupressora. Ag. Etiológico: Malassezia furfur
Piedra Negra 
 Micose que se caracteriza clinicamente pelo aparecimento, nos cabelos e raramente em outros pêlos do corpo humano, de nódulos endurecidos e de coloração escura. Doença benigna, baixo contágio, caráter crônico, freqüentemente recidivante que afeta ambos os sexos. Ag. Etiológico: Piedraia hortae
Piedra Branca
 Nódulos fracamente aderidos aos cabelos ou pêlos de cor branca- amarelado. Doença de distribuição geográfica com predileção por climas tropicais e temperados, de caráter assintomático, benigno e de baixo contágio, que acomete indistintamente cabelos e pêlos das regiões axilares, pubianos, perianal, barba e bigode. Agente etiológico: Trichosporon beigelli
MICOSES CUTÂNEAS 
• Dermatofitose 
• Candidíase
Dermafitose
É uma infecção causada por fungos, também é conhecida como "tinha" ou "ringworm" devido à aparência da lesão de pele característica da doença: uma área circular de perda de pêlo com a borda externa alta e avermelhada. Estas lesões são resultado de uma reação inflamatória ao fungo. Cães e gatos são infectados pelo fungo Microsporum canis com maior freqüência, mas outros tipos de fungo também podem causar a dermatofitose.
Candidíases: 
 	Nome de conotação genérica para denominar doenças causadas por Cândida albicans e outras espécies. O habitat da Cândida é bastante amplo, no homem essa levedura habita a mucosa digestiva e por contigüidade a mucosa vaginal. A infecção pode atingir mucosas, tecido cutâneo e em alguns casos pode ser sistêmica. As manifestações clínicas apresentam grande diversidade de quadros, podendo ser divididas em três grandes grupos: Candidíase cutâneo-mucosa, Candidíase sistêmica e candidíase alérgica. 
MICOSES SUBUTÂNEAS 
 Micoses subcutâneas são infecções causadas por um grupo diversificados de fungos que ataca o homem e os animais. As lesões aparecem inicialmente a partir de um ponto de inoculação de estruturas fúngicas, através de traumatismos diversos. Podem permanecer localizados ou se espalhar pelos tecidos adjacentes, por via linfática ou hematogênica. As maiorias dos fungos envolvidas são sapróbios habituais do solo e vegetais em decomposição. 
Cromoblastomicose 
 Infecção crônica, granulomatosa,caracterizada por lesões nodulares, verrucosas, papilomatosas, por vezes ulceradas, localizadas, preferencialmente nos membros inferiores, tendo como agente etiológico fungos de coloração escura, distribuídos por diversas espécies. A principal via de contágio se faz através de solução de continuidade produzida na pele por fragmentos de vegetais ou madeira contaminados.
Esporotricose 
 A esporotricose é uma infecção de evolução sub-aguda ou crônica, caracterizada por pequenos tumores subcutâneos (gomas), que tendem à supuração e ulceração. O agente etiológico é o Sporothrix schenckii, fungo dimórfico, que se introduz nos tecidos orgânicos através de traumatismo ou, raramente, por inalação. Esse fungo é encontrado em vida em vegetais, solo, águas contaminadas e animais. A forma clínica mais freqüente da micose é a linfangite nodular ascendente, que se inicia pela inoculação do agente, geralmente nas extremidades (cancro de inoculação), atingindo os glânglios linfáticos. 
Micetomas 
 Micetoma é uma síndrome clínica, de evolução crônica, caracterizada pelo aumento de volume de uma região ou órgão, com a presença ou não de fístulas que drenam um material seroso ou sero- purulento no qual podem ser encontrados “grãos”. A tríade de tumefação, fístulas que drenam e a presença de grãos é usada no sentido restrito para definir o termo micetoma. O Grão é um aglomerado de microrganismos.
Zigomicose 
Zigomicose são infecções causadas por fungos pertencentes à classe dos Zygomycetes. Em sua maioria, esses organismos vivem no solo, água e nos vegetais em decomposição. São fungos filamentosos constituídos de hifas largas e sem septo. As principais formas clínicas dessa doença são: Zigomicose cutânea (trauma mecânico), zigomicose pulmonar (bola fúngica), zigomicose rinocerebral (forma clínica mais comum inicia-se nos seios paranasais e evolui para o cérebro) e zigomicose sistêmica (está relacionada com a forma primária pulmonar).
Rinosporidiose 
É uma infecção micótica submucosa, crônica, de evolução lenta e granulomatosa, causada pelo Rinosporidium seeberii. Essa infecção é caracterizada pela formação de pólipos vegetantes localizados, principalmente nas mucosas nasal e conjuntival. O fungo é um provável habitante de águas estagnadas, poços e açudes, sendo uma das possíveis vias de aquisição da infecção.
Doença de Jorge Lobo 
 É uma doença crônica, localizada, caracterizada pela presença de lesões semelhantes a um queloide, lesões verrucosas ou vegetantes, nodulares ou tumorais. O agente etiológico da micose é o fungo denominado de Loboa loboi. A contaminação acredita-se que seja através da inoculação acidental do parasita por traumatismo.
MICOSES PROFUNDAS 
Histoplasmose 
 É uma doença granulomatosa, tendo como agente etiológico o fungo Histoplasma capsulatum, que apresenta especial afinidade pelo sistema retículo endotelial, produzindo diversas manifestações clínicas. Classificação das formas clínicas; Assintomática: Indivíduos que entram em contato com o fungo mais não desenvolvem sintomas. Algumas vezes podem aparecer sintomas que se assemelham desde uma tuberculose a um resfriado. Quando não ocorre a cura espontânea, evolui para a forma generalizada. 
Generalizada: Ocorre por disseminação pulmonar apresentando sintomas de acordo com o órgão afetado principalmente os que fazem parte do sistema retículo endotelial como fígado, baço e linfonodos. O contágio é através da inalação de esporos do fungo.
MICOSES OPORTUNISTAS 
Criptococose 
Infecção subaguda ou crônica, de comprometimento pulmonar, sistêmico e do sistema nervoso central, causado pelo Cryptococcus neoformans. A infecção primária no homem é sempre pulmonar, devido a inalação do fungo da natureza. A infecção pulmonar é quase sempre subclínica e transitória; entretanto, pode emergir ao lado de outras doenças que debilitem o indivíduo, tornar-se rapidamente sistêmica e fatal. Portanto é conhecida como infecção oportunista. O fungo possui forte neurotropismo.
SISTEMA IMUNOLÓGICO
	O sistema imunológico é um conjunto de estruturas (entre elas, os linfócitos) que são responsáveis por garantir a defesa e por manter o corpo funcionando livre de doenças. Os linfócitos são células muito diferenciadas e podem ser divididas em células do tipo B e do tipo T.
Composição: o sistema é composto pela medula óssea, leucócitos (produzidos pela medula óssea e tecidos linfoides).
Os tecidos linfoides incluem o timo, o baço, os linfonodos, as tonsilas, e adenoides e tecidos similares.
FUNÇÔES
Reconhecimento do antígeno
Elaboração de uma nova reação
TIPOS DE RESPOSTAS IMUNOLÓGICAS
IMUNIDADES NATURAL: é uma imunidade inespecífica, presente ao nascimento
IMUNIDADE ADQUIRIDA: desenvolve-se depois do nascimento.
IMUNIDADE NATURAL
Barreiras físicas: pele e mucosa integras, que evitam que os patógenos tenham acesso ao corpo, e os cílios do trato respiratório, em conjunto com as respostas da tosse e espirro, que atuam para filtrar e depurar os patógenos do trato respiratório superior, antes que eles possam invadir ainda mais o organismo.
Barreiras químicas: suco gástrico acidificado, as enzimas na saliva e as substancias nas secreções sebáceas e sudoríparas, atuam de uma maneira especifica para destruir as bactérias e fungos invasores.
IMUNIDADES ADQUIRIDA
	Respostas imunológicas adquirida durante a vida, mas ausentes ao nascimento – geralmente desenvolve-se em consequência da imunização (vacinação) ou ao se contrair uma doença, as quais geram uma resposta imune.
DISTURBIOS ALÉRGICOS
Imunoglobulina E
	A imunoglobulina é uma proteína que exerce importante papel no corpo humano. É ela que vai dar início a um complexo sistema de defesa contra infecções e ataques de vírus e bactérias. A imunoglobulina tem função de mensageira. Liberada na circulação sanguínea, ela percorre o organismo e ao deparar-se com o agente agressor para o qual ela foi especificamente feita, fixa-se nele e promove a liberação de histamina, que é a responsável pelos sintomas.
ALERGIA
	A Alergia é uma resposta exagerada do sistema imunológico a uma substância estranha ao organismo, ou seja uma hipersensibilidade imunológica a um estímulo externo específico. Os portadores de alergias são chamados de “atópicos” ou mais popularmente de “alérgicos”.
Um antígeno é toda partícula capaz de gerar uma resposta imune.
	Quando um antígeno invade o corpo as defesas do corpo irão reconhecê-la como não própria, ocorrendo assim uma serie de eventos na tentativa de tomar o invasor inócuo, destruindo e o removendo do corpo. Os mediadores químicos liberados nas reações alérgicas podem produzir os sintomas que variam de leves até risco de vida.
	O organismo tecido ou célula capaz de apresentar uma reação de hipersensibilidade diz-se estar sensibilizado. As reações alégicas, sendo reações imunológicas, são extremamente específicas, reagindo o organismo sensibilizado exclusivamente ao determinante antigênico usado como imunogêno ou estrutura semelhante. As reações de hipersensibilidade foram bem cedo separadas em dois tipos diferentes, de acordo com o tempo decorrido entre o contato do organismo sensibilizado com o antígeno e a visualização macroscópica do fenômeno alérgico. Assim, enquanto as chamadas reações de hipersensibilidade imediata exigem apenas minutos ou algumas horas para seu aparecimento, as reações de hipersensibilidade tardia só se desenvolvem depois de muitas horas.
SINTOMAS
Espirros em salva (vários espirros seguidos)
Nariz obstruído, com respiração pela boca.
Coriza (secreção nasal aquosa e fluida)
Tosse repetitiva
Prurido (comichão) nos olhos, nariz, garganta e em qualquer parte do corpo.
Lacrimejação dos olhos
Erupções cutâneas
Urticárias
Edema (inchaço) nos lábios ou nas pálpebras (angioedema)
Conjuntivite, faringite, sinusite e otite alérgicas.
Marcas nas pálpebras
Dispnéia (falta de ar)
Tratamento Alergia
O tratamento pode ser dividido entre a fase aguda (quando o paciente apresenta exacerbação dos sintomas) e fase crônica.
Fase aguda
Otratamento da fase aguda é feito com anti-histamínicos e corticóides por via endovenosa ou intramuscular. Nos casos de alergias respiratórias pode ser necessário nebulização com beta-adrenérgicos. Medicamentos sintomáticos são prescritos conforme a necessidade de cada pessoa. É necessário também afastar a pessoa do agente que está causando a alergia.
Fase crônica
O tratamento na fase crônica, ou após o termino da fase aguda, é a desensibilização. A desensibilização é uma forma de imunoterapia onde o paciente recebe doses inicialmente mínimas que gradualmente vão aumentando, com doses progressivas do produto alergênico em questão.
Esta técnica pode diminuir a sensibilidade ou até mesmo eliminar a hipersensibilidade. Isto acontece porque o estímulo acarreta um contínuo aumento na produção de imunoglobulina G, que substitui a imunoglobulina E, responsável pela resposta aguda e pela resposta alérgica.
ANAFILAXIA
A Anafilaxia é uma reação alérgica sistêmica, severa e rápida, a uma determinada substância, chamada alergênico ou alérgeno, caracterizada pela diminuição da pressão arterial, taquicardia e distúrbios gerais da circulação sanguínea, acompanhada ou não de edema de glote. A reação anafilática pode ser provocada por quantidades minúsculas da substância alergênica. O tipo mais grave de anafilaxia — o choque anafilático — termina geralmente em morte caso não seja tratado.
O chamado choque anafilático é uma emergência médica em que há risco de morte, por causa da rápida constrição das vias aéreas, que muitas vezes ocorre em questão de minutos após o início do quadro. Os primeiros socorros adequados ao choque anafilático consistem em obter cuidado médico avançado imediatamente.
Os sintomas podem incluir estresse respiratório, hipotensão, desmaio, coma, urticária, angioedema (inchaço da face, pescoço e garganta) e coceira.
TRATAMENTO
O tratamento clínico da anafilaxia por um médico e no hospital objetiva tratar a reação de hipersensibilidade celular, tanto quanto os sintomas.
Drogas antihistamínicas (que inibem os efeitos da histamina nos receptores desta substância) são frequentemente requeridas. A hipotensão é tratada com fluidos intravenosos e às vezes com drogas vasoconstritoras.
Para o broncoespasmo, drogas broncodilatadoras são utilizadas.
Em casos graves, tratamento imediato com epinefrina pode ser essencial para salvar a vida do paciente. Cuidados de suporte com ventilação mecânica também podem ser requeridos imediatamente.
Adrenalina ou epinefrina é um hormônio, secretado pelas glândulas supra renais. A adrenalina aumenta a frequência dos batimentos cardíacos e o volume de sangue por batimentos cardíacos, eleva o nível de açúcar no sangue, minimiza o fluxo sanguíneo nos vasos e no sistema intestinal. Isto faz com que o corpo esteja preparado para uma reação. É utilizado também pela medicina em ressuscitações no caso de parada cardíaca.
Dermatite de contato
A dermatite de contato (também conhecida como eczema de contato) é uma reação inflamatória que ocorre devido à exposição a um componente que causa irritação ou alergia. A dermatite irritante é causada por substâncias ácidas, materiais alcalinos, como sabonetes e detergentes, solventes ou outras substâncias químicas. Pode aparecer logo na primeira vez em que entramos em contato com o componente; ou após algum tempo de contato.
SINTOMAS
Os sintomas variam dependendo da causa e se a dermatite é devido a uma reação alérgica ou irritante. Sem contar que a uma pessoa pode ter diferentes sintomas ao longo do tempo. As reações alérgicas podem ocorrer repentinamente, ou só meses após a exposição a uma substância. 
Prurido
Queimação
Edema
Formação de vesículas de ponto de contato
Formação de crosta
Ressecamento
Desprendimento da pele
TRATAMENTO
O tratamento inclui a higienização com água para remover qualquer vestígio do irritante que pode permanecer na pele. Você deve evitar exposição a substâncias irritantes ou alergênicos conhecidos. Esteroides tópicos ou orais podem ser utilizados nos casos mais graves.
Rinite
Rinite é um termo médico que descreve a irritação e inflamação crônica ou aguda da mucosa nasal. É uma doença que pode ser causada tanto por vírus como por bactérias, embora seja manifestada com mais frequência em decorrência de alergia, ou por reações ao pó, fumaça e outros agentes ambientais. A inflamação decorrente da rinite resulta na produção excessiva de muco o que ocasiona o escorrimento nasal, sintoma mais típico da rinite, entupimento e coceira. A rinite alérgica, que é a forma mais comum de rinite, é causada geralmente por alérgicos presentes no ar, como o pólen, ácaro e a própria descamação da pele de animais, mas também pode ser provocada devido a reação alérgica à coceira, produtos químicos, cigarros e remédios.
*A rinite pode ser não alérgica ou alérgica
SINTOMAS
irritação no nariz, na boca, nos olhos, na garganta, na pele ou em qualquer outra região
Problemas com odores
Coriza
Espirros
Lacrimejamento nos olhos.
TRATAMENTO
Inclui medicamentos como: Antialérgicos, descongestionantes, analgésicos, antiinflamatórios, antibióticos e corticoides.
III. Inflamação
A inflamação, também chamada de processo inflamatório, é uma resposta natural do organismo contra uma infecção ou lesão, com o objetivo de destruir os agentes agressores. Ela faz parte do sistema imunológico.
As causas da inflamação podem ser bactérias, vírus ou parasitas, veneno, calor, exposição à radiação ou traumatismos, como quebra de um osso.
Quando há lesão ou infecção de um órgão são liberadas substâncias no organismo, como a histamina, que originam a resposta inflamatória. Estas substâncias aumentam a irrigação sanguínea no local da lesão, produção de substâncias inflamatórias que aumentam a permeabilidade dos vasos sanguíneos e também quimiotaxia, um processo químico pelo qual as células do sangue, como neutrófilos e macrófagos, são atraídos para o local da lesão. Estas células vão destruir os agentes causadores da inflamação e produzir substâncias químicas que ativam as plaquetas para controlar um possível sangramento.
Inflamação aguda e crônica
A inflamação pode ser classificada em aguda ou crônica, dependendo do tempo que os seus sintomas demoram a surgir ou a ser curada.
A inflamação aguda é a resposta inicial e rápida a uma lesão nas células ou tecido de um órgão, sendo caracterizada pelos sinais típicos da inflamação, como o calor, vermelhidão, inchaço e dor. Um exemplo de inflamação aguda é a amigdalite.
A inflamação crônica é uma inflamação que persiste por mais de 3 meses e os seus sintomas não são muito específicos nem visíveis. Alguns exemplos de inflamação crônica são a artrite reumatoide ou tuberculose.
Sintomas da inflamação
Os sintomas da inflamação mais comuns são:
calor;
vermelhidão ou rubor;
inchaço ou edema;
dor.
Estes 4 sinais, também chamados de sinais cardinais, ou tétrade de célsius, são típicos de um processo inflamatório, principalmente quando se trata de uma inflamação aguda. Se não resolvida a tempo, a inflamação pode levar à perda da função do órgão ou tecido inflamado.
Tratamento da inflamação
O tratamento da inflamação consiste na ingestão de remédios anti-inflamatórios que podem ser de 2 tipos:
Corticoides, como a Prednisolona ou Prednisona, usados principalmente para tratar a inflamação crônica;
Anti-inflamatórios não esteroides, como Ibuprofeno ou ácido acetilsalicílico, usados principalmente para tratar inflamações agudas.
Os anti-inflamatórios têm como principal ação reduzir o desconforto do indivíduos e os efeitos da inflamação no organismo. Embora desejado, o processo inflamatório pode representar uma agressão aos tecidos e o seu controle é desejável em muitas situações, como nas inflamações da garganta ou do ouvido, pneumonias, artrites e meningites.
Fases da inflamação
A inflamação é subdivida em diferentes fases, são elas:
Alteração do calibre e fluxo vascular: que gera calor e vermelhidão;
Permeabilidade vascular aumentada: que gera o inchaço;
Migração de leucócitos:

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