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356 questões cespe

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2017
2ª edição
revista, ampliada e atualizada
353
Lógica de Argumentação 11
C A P Í T U L O I
LÓGICA DE 
ARGUMENTAÇÃO
01. (CESPE/ FUNPRESP-JUD/2016) Julgue o item a seguir, a respeito das 
maneiras de pensar com argumentos racionais.
Considere o texto a seguir: “No meu trabalho, troquei meu computador 
usado por um novo, da marca X, e ele parou de funcionar quando ainda 
estava na garantia. Preciso comprar um computador para o meu filho, mas 
não vou comprar um da marca X porque, com certeza, esse também vai 
apresentar algum problema antes de expirar a garantia.”. É correto afirmar 
que a argumentação apresentada no texto foi construída com base em um 
raciocínio por abdução.
 Ô &Ƶ0NJ1Ƽ¬ƺƮ2
“A abdução estabelece apenas a probabilidade da conclusão da inferên-
cia e não necessariamente a sua verdade. Na realidade, um mesmo efeito 
pode ser o efeito de diferentes causas e, por conseguinte, a simples cons-
tatação da presença de um dado efeito B em determinadas circunstâncias 
juntamente com o conhecimento de que, nessas circunstâncias, a putativa 
presença do acontecimento A teria constituído uma causa da ocorrência 
do acontecimento B pode não ser suficiente para permitir a identificação 
categórica daquela de entre as suas possíveis causas que efetivamente ori-
ginaram a presença de B.” Enciclopédia termos lógico-filosóficos-Edição de 
João Branquinho/Desiderio Murcho e Nelson Gonçalves. 
A questão deixa claro que “com certeza, esse também vai apresentar 
algum problema antes de expirar a garantia”
Resposta: errado.
02. (CESPE/ FUNPRESP-JUD/2016) Julgue o item a seguir, a respeito das 
maneiras de pensar com argumentos racionais.
Situação hipotética: Ao arrumar a sala de um professor, o faxineiro 
encontrou, no chão, dois livros escritos em língua estrangeira. Como havia 
12 Josimar Padilha
várias estantes na sala, o faxineiro as observou e desenvolveu o seguinte 
raciocínio: “De todos os livros que estou vendo aqui, os que são escritos em 
língua estrangeira ficam na estante de madeira. Esses dois livros são escri-
tos em língua estrangeira. Logo, eles devem ficar na estante de madeira. 
Vou colocá-los lá.”. Assertiva: Nessa situação, o empregado desenvolveu 
um raciocínio dedutivo válido.
 Ô &Ƶ0NJ1Ƽ¬ƺƮ2
Podemos representar o argumento:
Premissa 1: “De todos os livros que estou vendo aqui, os que são escri-
tos em língua estrangeira ficam na estante de madeira.
Premissa 02: Esses dois livros são escritos em língua estrangeira.
Conclusão: Logo, eles devem ficar na estante de madeira.
Validade de um Argumento
Um argumento será válido, legítimo ou bem construído quando a con-
clusão é uma consequência obrigatória do seu conjunto de premissas.
Sendo as premissas de um argumento verdadeiras, isso implica neces-
sariamente uma conclusão verdadeira.
A validade de um argumento depende tão somente da relação exis-
tente entre as premissas e a conclusão.
p
1
(V)^ p
2
(V) ^ p
3
(V) ^ p
4
(V) ^ p
5
(V) ... p
n
(V) Æ C(V)
Na questão temos que as verdades das premissas não garantem a ver-
dade da conclusão, uma vez que sendo verdade as premissas 1 e 2, isto não 
é suficiente para garantir que aqueles livros encontrados no chão devem 
ficar na estante de madeira.
A banca exigiu também um entendimento do que vem a ser uma dedu-
ção, ou seja, raciocínio que parte de premissas com sentido geral para uma 
conclusão com sentido particular. Temos no item que a conclusão do argu-
mento vai além daquilo que as premissas fornecem. 
Resposta: Errado.
03. (CESPE/ FUNPRESP-JUD/2016). Julgue o item a seguir, a respeito das 
maneiras de pensar com argumentos racionais.
Situação hipotética: Uma indústria farmacêutica produziu um novo 
medicamento para tratamento de enxaqueca. Como o princípio ativo 
desse medicamento é uma nova substância — Z —, foram feitos três testes, 
Lógica de Argumentação 13
cada um envolvendo 1.000 pessoas diferentes, a fim de determinar se a 
substância Z causa efeitos colaterais significativos. Os resultados dos testes 
são apresentados na tabela a seguir.
Teste Percentual de indivíduos testados que relataram efeitos colaterais
1 3%
2 2%
3 0,3%
Com base nos resultados dos testes, a empresa concluiu que a substân-
cia Z não causa efeitos colaterais significativos.
Assertiva: Nessa situação, a conclusão da empresa se baseou em um 
raciocínio por indução.
 Ô &Ƶ0NJ1Ƽ¬ƺƮ2
Um argumento é dito indutivo quando sua conclusão traz mais informa-
ções que as premissas fornecem. É um argumento de conclusão ampliativa.
É o mais usado pelas ciências. Por meio dos argumentos indutivos é 
que as ciências descobrem as leis gerais da natureza. O argumento indutivo 
geralmente parte de dados da experiência e desses dados chega a enuncia-
dos universais. Além disso, todas as conjecturas que a ciência faz têm por 
base a indução. Com base em dados particulares do presente as ciências 
fazem as conjecturas do futuro.
Na questão a indução é realizada, pois partindo de 3 testes (particular) 
infere-se o geral (são 3000 pessoas).
Resposta: Correto.
04. (CESPE/ FUNPRESP-JUD/2016) Considere o seguinte silogismo:
Em cada mão, os seres humanos têm quatro dedos.
Em cada pé, os seres humanos têm três dedos.
Logo, os seres humanos têm mais dedos nas mãos que nos pés.
 Ô &Ƶ0NJ1Ƽ¬ƺƮ2
No silogismo apresentado, a conclusão é uma consequência das pre-
missas.
“Um silogismo é uma forma particular de argumento dedutivo que tem 
duas premissas e uma conclusão, sendo categóricas as frases que consti-
14 Josimar Padilha
tuem as premissas e a conclusão. Para mais, no conjunto das premissas e 
conclusão não existem mais de três termos, o termo que ocorre duas vezes 
nas premissas não ocorre na conclusão. Como todos os argumentos dedu-
tivos, os silogismos podem ser válidos ou inválidos. ” Enciclopédia termos 
lógico-filosóficos-Edição de João Branquinho/Desiderio Murcho e Nelson 
Gonçalves.
 Premissa 01: Em cada mão, os seres humanos têm quatro dedos.
Premissa 02: Em cada pé, os seres humanos têm três dedos.
Conclusão: Logo, os seres humanos têm mais dedos nas mãos que nos 
pés.
Desta forma podemos afirmar que no argumento apresentado a con-
clusão é uma consequência das premissas.
Resposta: correto.
05. (CESPE/ FUNPRESP-JUD/2016) Considere o seguinte silogismo: Consi-
derando as características do raciocínio analítico e a estrutura da argumen-
tação, julgue o item que se segue.
Situação hipotética: Em um processo de seleção para uma vaga de 
emprego em determinada empresa, um membro da comissão de seleção, 
em referência a certo candidato, afirmou: “É um forte candidato à vaga, 
mas não tem um bom currículo”. Assertiva: Nessa situação hipotética, a 
afirmação do membro da comissão apresenta maior peso argumentativo 
no trecho, “mas não tem um bom currículo”.
 Ô &Ƶ0NJ1Ƽ¬ƺƮ2
Podemos observar que a frase expressa pela comissão possui um cará-
ter negativo, deixando em evidencia que o candidato não possui um bom 
currículo. 
No raciocínio analítico temos situações que devemos interpretar o con-
teúdo da informação, isso transcende alguns princípios da lógica formal. 
Resposta: correto.
06. (CESPE/ FUNPRESP-JUD/2016) Considerando as características do 
raciocínio analítico e a estrutura da argumentação, julgue o item que se 
segue.
A assertiva “Sempre que venho aqui, chove. Logo, minha vinda é posi-
tiva, pois traz chuva para cá” apresenta um raciocínio falacioso, mediante o 
qual se define erroneamente um evento como a causa de outro.
Lógica de Argumentação 15
 Ô &Ƶ0NJ1Ƽ¬ƺƮ2
Falácia é um defeito de raciocínio. Em geral, esse defeito passa desper-
cebido, criando, assim, a ilusão de se estar na presença de um raciocínio 
correto. Essa ilusão pode ser partilhada, ou não, por quem propõe o racio-
cínio e por aqueles a quem ele se destina.As falácias podem afetar quer os raciocínios deduti vos, quer os indutivos. 
O Que é uma Falácia? 
“ A noção de falácia é híbrida: tem aspectos lógicos e aspectos psicológi-
cos (eventualmente, até, sociológi cos). As noções híbridas desse tipo estão 
longe de ser pérolas conceptuais, mas revelam-se, por vezes, úteis para 
fins pedagógicos e práticos. É, talvez, esse o caso da noção de falácia. Não 
existe uma teoria geral das falácias, nem uma classificação das falácias que 
seja consensualmente aceite. No entanto, há bons “indicado res” do que não 
é uma falácia. Uma falácia não pode ser identificada simplesmente com 
um raciocínio a partir de premissas falsas, visto que raciocínios desse tipo 
podem ser, se dedutivos, válidos ou, se indutivos, fortes; e, em qualquer dos 
casos, não serão falaciosos.
Uma falácia também não pode ser identificada com um raciocínio a 
partir de premissas inconsistentes; se fosse esse o caso, todas as demons-
trações por reductio ad absurdum seriam falaciosas, e não é assim. Por fim, 
uma falácia não pode ser identificada simplesmente com um raciocínio 
inválido, se dedutivo, ou com um raciocí nio fraco, se indutivo; se fosse esse 
o caso, a noção de falácia seria coo extensiva da reunião das outras duas 
e nada mais haveria a dizer sobre ela que não tivesse já sido dito sobre as 
outras duas, e também não é assim.
Uma falácia pode iludir, ou enganar, umas vezes obscurecendo a forma do 
argumento e criando a ilusão de validade; outras vezes, construindo o racio-
cínio de um modo tal que se torne (virtualmente) imperceptí vel a falta de 
uma premissa que, se descoberta, seria imediatamente compreendida como 
falsa; outras vezes, ainda, dando a uma premissa falsa uma formulação que 
é susceptível dá a fazer passar por verdadeira. A princi pal motivação para o 
raciocínio falacioso reside, talvez, na vontade de persuadir um auditório sem 
ter razões (ou provas) suficientes para o convencer. Por vezes a pri meira des-
sas duas componentes pode ser de tal forma forte que o carácter falacioso do 
raciocínio pode mesmo iludir o seu promotor”. Enciclopédia termos lógico-fi-
losóficos-Edição de João Branquinho/Desiderio Murcho e Nelson Gonçalves.
Desta forma podemos inferir que o raciocínio apresentado no item cor-
responde a uma falácia. 
Resposta: correto.
16 Josimar Padilha
07. (CESPE/POLÍCIA CIENTÍFICA – PE/2016) Considere as seguintes propo-
sições:
P1: Se há investigação ou o suspeito é flagrado cometendo delito, então 
há punição de criminosos.
P2: Se há punição de criminosos, os níveis de violência não tendem a 
aumentar. 
P3: Se os níveis de violência não tendem a aumentar, a população não 
faz justiça com as próprias mãos.
Pretende-se acrescentar ao conjunto de proposições P1, P2 e P3 uma 
nova proposição, P0, de modo que o argumento formado pelas premissas 
P0, P1, P2 e P3, juntamente com a conclusão “A população não faz justiça 
com as próprias mãos” constitua um argumento válido. Assinale a opção 
que apresenta uma proposta correta de proposição P0
a) Há investigação ou o suspeito é flagrado cometendo delito.
b) Não há investigação ou o suspeito não é flagrado cometendo delito.
c) Não há investigação e o suspeito não é flagrado cometendo delito.
d) Se o suspeito é flagrado cometendo delito, então há punição de crimi-
nosos.
e) Se há investigação, então há punição de criminosos.
 Ô &Ƶ0NJ1Ƽ¬ƺƮ2
Vamos representar as proposições:
P1:�΀;ŚĄ�ŝŶǀĞƐƚŝŐĂĕĆŽͿ�ǀ�;Ž�ƐƵƐƉĞŝƚŽ�Ġ�ĨůĂŐƌĂĚŽ�ĐŽŵĞƚĞŶĚŽ�ĚĞůŝƚŽͿ�΁�ї;ŚĄ�
punição de criminosos)
P2:�;ŚĄ�ƉƵŶŝĕĆŽ�ĚĞ�ĐƌŝŵŝŶŽƐŽƐͿ�ї�;ŽƐ�ŶşǀĞŝƐ�ĚĞ�ǀŝŽůġŶĐŝĂ�ŶĆŽ�ƚĞŶĚĞŵ�Ă�
aumentar) 
P3:�;ŽƐ�ŶşǀĞŝƐ�ĚĞ�ǀŝŽůġŶĐŝĂ�ŶĆŽ�ƚĞŶĚĞŵ�Ă�ĂƵŵĞŶƚĂƌͿ�ї�;Ă�ƉŽƉƵůĂĕĆŽ�ŶĆŽ�
faz justiça com as próprias mãos)
Conclusão: “A população não faz justiça com as próprias mãos”
Um argumento será válido, legítimo ou bem construído quando a con-
clusão é uma consequência obrigatória do seu conjunto de premissas.
Sendo as premissas de um argumento verdadeiras, isso implica neces-
sariamente uma conclusão verdadeira.
A validade de um argumento depende tão somente da relação exis-
tente entre as premissas e a conclusão.
Lógica de Argumentação 17
Representando as premissas e a conclusão, podemos analisar da seguinte 
forma por exclusão: se a verdade das premissas não garantir a verdade da 
conclusão, o argumento será inválido. Logo, iremos tentar invalidar o argu-
mento. Caso não consigamos, então o argumento será válido.
Vamos tentar então invalidar o argumento: as premissas verdadeiras e 
a conclusão falsa.
P1: [ (há investigação) (F) v (o suspeito é flagrado cometendo delito) (F) ] 
ї�;ŚĄ�ƉƵŶŝĕĆŽ�ĚĞ�ĐƌŝŵŝŶŽƐŽƐ�;&ͿͿ�с�s�
P2:�;ŚĄ�ƉƵŶŝĕĆŽ�ĚĞ�ĐƌŝŵŝŶŽƐŽƐ�;&ͿͿ�ї�;ŽƐ�ŶşǀĞŝƐ�ĚĞ�ǀŝŽůġŶĐŝĂ�ŶĆŽ�ƚĞŶĚĞŵ�
a aumentar (F)) = V 
P3:�;ŽƐ�ŶşǀĞŝƐ�ĚĞ�ǀŝŽůġŶĐŝĂ�ŶĆŽ�ƚĞŶĚĞŵ�Ă�ĂƵŵĞŶƚĂƌ�;&ͿͿ�ї�;Ă�ƉŽƉƵůĂĕĆŽ�
não faz justiça com as próprias mãos (F)) = V
Conclusão: “A população não faz justiça com as próprias mãos” = F
Temos que encontrar uma premissa que seja falsa para que possamos 
não concluir que a invalidez do argumento.
Vamos procurar a opção que seja falsa:
a) Há investigação (F) ou o suspeito é flagrado cometendo delito (F) = F
b) Não há investigação (V) ou o suspeito não é flagrado cometendo delito 
(V) = V
c) Não há investigação (V) e o suspeito não é flagrado cometendo delito 
(V) =V
d) Se o suspeito é flagrado cometendo delito (F), então há punição de cri-
minosos (F) =V
e) Se há investigação (F), então há punição de criminosos (F)
Resposta: Letra a.
08. (CESPE/ FUNPRESP-EXE/2016) Acerca dos argumentos racionais, jul-
gue o item a seguir.
No diálogo a seguir, a resposta de B é fundamentada em um raciocínio 
por analogia. 
A: O que eu faço para ser rico assim como você? 
B: Como você sabe, eu não nasci rico. Eu alcancei o padrão de vida que 
tenho hoje trabalhando muito duro. Logo, você também conseguirá ter 
esse padrão de vida trabalhando muito duro.
18 Josimar Padilha
 Ô &Ƶ0NJ1Ƽ¬ƺƮ2
Numa argumentação por analogia temos que ressaltamos característi-
cas em comum entre duas ou mais situações com o intuito de inferir con-
clusões parecidas. 
Na questão, “B” apresenta uma situação que ficou rico trabalhando 
duro e que de forma similar “A” poderá ficar rico também trabalhando 
duro. 
Porém, seja qual for essa relevância, um argumento por analogia é sem-
pre um argumento indutivo e nunca um argumento dedutivo, isto é, tra-
ta-se de um argumento que da verdade das premissas infere a conclusão 
como provavelmente verdadeira, e não de um argumento no qual a ver-
dade da conclusão se segue necessariamente da verdade das premissas.
Resposta: correto.
09. (CESPE/ FUNPRESP-JUD/2016) Considerando as características do 
raciocínio analítico e a estrutura da argumentação, julgue o item que se 
segue.
No diálogo seguinte, a fala de B mostra uma orientação argumentativa 
que deixa em evidência a inteligência de C.
A: Nossa! Você é tão inteligente quanto C!
B: Não. C é que é tão inteligente quanto eu.
 Ô &Ƶ0NJ1Ƽ¬ƺƮ2
A fala de B traz para si a referência em inteligência, ou seja, ele quer 
mostrar que C é tão inteligente quanto ele.
Desta forma podemos inferir que a inteligência de B é evidenciada, e 
não a inteligência de C. 
Resposta: errado
10. (CESPE/ FUNPRESP-EXE/2016) Considerando as características do 
raciocínio analítico e a estrutura da argumentação, julgue o item a seguir.
A afirmação por ser novo, esse carro não apresenta falhas nem dá pro-
blema fundamenta-se em um argumento no qual há uma premissa não 
declarada.
 Ô &Ƶ0NJ1Ƽ¬ƺƮ2
Podemos escrever o argumento da seguinte forma e observar que 
temos uma premissa implícita.
Lógica de Argumentação 19
Premissa 1: Esse carro é novo
Premissa 2: carros novos não apresentam falhas nem dão problemas
Conclusão: logo esse carronão apresenta falhas nem dá problemas. 
Resposta: Correto.
11. (CESPE/FUNPRESP-EXE/2016) Considerando as características do 
raciocínio analítico e a estrutura da argumentação, julgue o item a seguir.
O raciocínio nenhum peixe é ave. Logo, nenhuma ave é peixe é válido.
 Ô &Ƶ0NJ1Ƽ¬ƺƮ2
Construindo os diagramas lógicos, teremos:
Peixe Ave
Podemos Inferir que não há elementos em comum entre os dois con-
juntos, porém a banca exigiu também do candidato o conhecimento sobre 
a comutação dos quantificadores lógicos, ou seja, o quantificador universal 
negativo: “nenhum A é B” é equivalente a “nenhum B é A”. 
Desta forma o raciocínio é válido. 
Resposta: correto.
12. (CESPE/ FUNPRESP-EXE/2016) Acerca dos argumentos racionais, jul-
gue o item a seguir.
O texto que se segue, produzido por um detetive durante uma investi-
gação criminal, ilustra um raciocínio por indução. 
Ontem uma senhora rica foi assassinada em sua casa. No momento do 
crime, havia uma festa na casa da vítima e nela estavam presentes umas 
cinquenta pessoas. Dessas cinquenta, é sabido que nove tinham algum tipo 
de problema com a senhora assassinada. Assim, é plausível supor que o 
assassino esteja entre essas nove pessoas.
 Ô &Ƶ0NJ1Ƽ¬ƺƮ2
Um argumento é dito indutivo quando sua conclusão traz mais informa-
ções que as premissas fornecem. É um argumento de conclusão ampliativa. 
20 Josimar Padilha
 “Os argumentos indutivos, ao contrário do que sucede com os dedu-
tivos, levam a conclusões cujo conteúdo excede os das premissas. E esse 
traço característico da indução que torna os argumentos indispensáveis 
para a fundamenta ção de uma significativa porção dos nossos conheci-
mentos”. (SALMON, 1969, p. 76) 
O grande problema da indução é que ela é probabilís tica. Não há 
a necessidade como na dedução. Como vimos na dedução, a conclusão 
decorre, necessariamente, das premissas. Já na indução isso é impossível, 
uma vez que ela enumera casos particulares e por probabilidade ela infere 
uma verdade universal. A conclusão da indução tem apenas a probabili-
dade de ser verdadeira.
É necessário que tenha um padrão, uma forma que mostre uma relação 
entre premissas e conclusão, o que não ocorre na situação ilustrada no 
item.
Resposta: errado.
13. (CESPE/ FUNPRESP-EXE/2016) Acerca dos argumentos racionais, jul-
gue o item a seguir.
No diálogo seguinte, a resposta de Q é embasada em um raciocínio por 
abdução. 
P: Vamos jantar no restaurante X? 
Q: Melhor não. A comida desse restaurante não é muito boa. 
Li em um site de reclamações muitas pessoas dizendo que, após come-
rem nesse restaurante, passaram muito mal e tiveram de ir ao hospital. 
Além disso, conheço cinco amigos que comeram lá e foram parar no hos-
pital.
 Ô &Ƶ0NJ1Ƽ¬ƺƮ2
Abdução significa determinar a premissa. Usa-se a conclusão e a regra 
para defender que a premissa poderia explicar a conclusão. Exemplo: 
“Quando chove, a grama fica molhada. A grama está molhada, então pode 
ter chovido.” Associa-se este tipo de raciocínio aos diagnosticistas e dete-
tives, etc.
Abdução: termo introduzido por Charles Sanders Peirce (1839-1914) 
para referir uma INFERÊNCIA com o seguinte aspecto:
P1: Se A, então B
P2: A

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