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Platão: Idealismo e Ética

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PLATÃO : IDEALISMO, VIRTUDE E TRANSCENDENCIA ÉTICA
Platão foi discípulo mais notável de Sócrates, desenvolve também os mesmos pensamentos socráticos: virtude é conhecimento e que a ignorância leva ao vício ou erro. Teve influência pitagórica (interessavam-se pelo estudo das propriedades dos números) e órfica (pertencente ou relativo a Orfeu, poeta e músico grego mítico).
Idealismo:
Diferentemente de Aristóteles, o filósofo Platão crê no idealismo e não no realismo. Tudo por que no núcleo de sua teoria estão as IDEIAS, ou seja, no campo das ideias humanas e não das realizações humanas. 
A filosofia de Platão consiste em orientar o homem a desprezar os prazeres, as riquezas e as honras, a finalidade é superar a realidade, procurar um bem superior, e para atingir esse bem o homem tinha que viver num lugar perfeito, para ele o homem mais feliz é o justo, bem mais que o injusto mesmo que este seja rico. Então se a justiça é a base para todas as virtudes o sábio é uma pessoa virtuosa, logo é um homem justo. Ele ensina que para conseguir a felicidade o ser humano deve renunciar os prazeres carnais, renunciar às riquezas e praticar a virtude.
 Para Platão a alma humana se subdivide em partes, apetitiva (desejos carnais), irascível (emoção), e a logística(racional), a racional cabe distribuir harmonicamente as atividades da alma e distinguir as coisas mundanas e menos importantes. A alma racional é o que diferencia o ser humano dos outros seres.
Platão denomina as coisas menos importantes como vício, onde as partes se sobrepõem à alma e ao racional instituindo assim o caos. A virtude é a vitória da alma racional contra um corpo exigente e em constante procura de prazeres menos importantes. (emoção e desejos carnais)
Platão enxerga duas categorias de mundos, em que o conhecimento é obtido por meio da transcendência da alma ao mundo ideal (absoluto, lógico), ele admite que quando esta retorna ao plano terreno (mundo sensível), traz o saber ao indivíduo. A ética, na concepção platônica (a exemplo do mito de Er), é transcendente, pois é extraída do plano superior (ideal, racional) para o plano inferior (sensível, vida real).
 Sendo assim então, existem dois âmbitos de justiça: a justiça humana (que é falha) e a justiça divina (infalível). Tanto uma como outra tem suas compensações ou seja tanto os justos e os injustos vão ser julgados pelos deuses e ao morrer esses juízes ( que estão no além ) vão recompensar os justos e punir os injustos, ele ressalta que mesmo que a justiça humana falhe a justiça divina não vai falhar uma vez que o corpo é temporário mas a alma é eterna e essa tem que passar pelo julgamento dos deuses.
Ele acreditava que a justiça humana só seria obtida a partir de uma união entre o povo e o governo, além disso o governo assim como a alma está dividido entre três classes: politica, defesa e economia não podendo haver interferência de uma na outra, se não, seria considerado injustiça.
Platão na realidade não define o que é justiça, para ele uma democracia seria o povo governar, porem o povo não tem um preparo intelectual para entender alguns valores por isso é necessário saber o que é justiça. Para ele as pessoas poderiam ser levadas pelos desejos e vontades fazendo o conceito de justiça ser relativizado.
Platão foi o primeiro filosofo que estuda mais democraticamente o sistema da filosofia, em seus ensinamentos podemos ver algumas questões como a existência de Deus, espiritualidade e imortalidade da alma e noções de virtude e felicidade.
“Uma vida não questionada não merece ser vivida.”

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