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acidos em cosmeticas

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ÁCIDOS EM COSMETOLOGIA
Ácidos
Definição: A palavra "Ácido" se originou da palavra latina "acidus" que significa azedo, aplicado na época para o vinagre.
Segundo Brönsted e Lowry, ácido é toda substância, íon ou molécula capaz de doar prótons, partícula subatômica de carga positiva.
Noções Gerais
Os ácidos fazem parte da vida do ser humano, pois estes tem que sintetizá-los para sobreviver. Há ácidos:
No estômago (ácido clorídrico)
Na urina (ácido úrico).
Nos alimentos: laranja (ácido ascórbico), vinagre (ácido acético), gordura (ácidos graxos), leite (àcido láctico), arroz (ácido fítico e kójico).
Nos medicamentos: analgésicos (ácido acetilsalicílico), sedativos (ácido barbitúrico), diuréticos (ácido etacrínico).
Os Ácidos na Cosmetologia
Existem ácidos orgânicos e inorgânicos.
Os ácidos aplicados para fins de rmatocosmetológicos são os orgânicos ou, para ser mais específico, os alfa hidroxiácido e os beta hidroxiácidos, que são ácidos não tóxicos, geralmente fracos obtidos de fontes naturais.
São usados em larga escala para os tratamentos de acne, queratose seborréica, despigmentação e fotoenvelhecimento.
Principais Ácidos Cosmecêuticos:
GLICÓLICO: obtido da cana-de-açucar, beterraba e alcachofra.
MANDÉLICO: amêndoas amargas.
LÁCTICO: leite azedo (fermentação bacteriana).
MÁLICO: maça-verde.
TARTÁRICO: vinho azedo (fermentação bacteriana).
SALICÍLICO: casca do salgueiro ou sintetizado em laboratório.
FÍTICO: algodão, aveia, arroz, trigo, milho.
KÓJICO: arroz (fermentação bacteriana).
ASCÓRBICO: laranja.
CÍTRICO: laranja, limão, kiwi, acerola.
PIRÚVICO: sintetizado em laboratório.
RETINÓICO: acidificação da vitamina A.
Noções Químicas
O modo de atuação do ácido dependem de algumas variáveis, que são: a concentração, o potencial hidrogeniônico (ph), o peso molecular (também chamado de massa molecular), o potencial de dissociação (pka) e a duração do contato.
Para entender melhor:
CONCENTRAÇÃO:é a porcentagem de ácido que é empregada na solução do produto acabado e determina a potência do produto. Regra: quanto maior a concentração, maior a potência e, por consequência, maior a atividade queratolítica (descamação), e também maior probabilidade de reações adversas.
PH: esta sigla quer dizer “potencial hidrogeniônico” (quantidade de H+ e \OH- existente em determinado meio) e designa o nível de acidez, neutralidade ou alcalinidade do meio em questão. Regra:quanto menor o pH, mais ácido será o produto e quanto maior o pH, menos ácido.
PKA: é o potencial de dissociação. Este é um número fixo e cada ácido tem seu próprio número.
Glicílico – pka 3,83
Mandélico – pka 3,41
Lático – pka 3,86 
PESO MOLECULAR: este termo refere-se ao tamanho da cadeia carbônica do ácido e determina a velocidade de penetração do mesmo na pele. Regra: quanto menor o peso molecular, mais rapidamente o ácido penetrará na pele e quanto maior, mais lentamente penetrará na pele.
Glicólico – peso molecular - 76,50
Pirúvico – peso molecular - 88,06
Láctico – peso molecular - 90,08
Málico – peso molecular - 134,09
Salicílico – peso molecular - 138,12
Kójico –peso molecular - 142,11
Tartárico – peso molecular - 150,08
Mandélico – peso molecular - 152,15
Ascórbico – peso molecular - 176,13
Cítrico – peso molecular - 192,13
DURAÇÃO DO CONTATO:é o tempo de permanência de um ácido na pele. Cada ácido possui seu ótimo de atuação na pele e, para determinar este ótimo, é necessário avaliar os itens falados anteriormente.
Modo de ação dos principais ácidos utilizados em cosmetologia:
Ácido acético glacial
Modo de ação: antisséptico, antimicrobiano, antipruriginoso, revulsivo, rubefaciente, adstringente.
Ácido ascórbico, vitamina C
Modo de ação: renovador celular.
Indicação: peeling, melasma, hiperpigmentação e hipopigmentação pós-inflamatória, discromias
Ácido asiático
Modo de ação: reafirmante.
Ácido aspártico
Modo de ação: hidratante (aminoácido).
Ácido azeláico
Modo de ação: inibidor da tirosinase, bactericida, comedolítico.
Indicação: acne vulgar, discromias, cloasma, hipercromias, hipopigmentação pós-inflamatória.
Ácido benzóico, ácido benzenocarboxílico
Modo de ação: antisséptico, bactericida, fungicida.
Ácido bórico, ácido ortobórico, ácido borácico, borofax
Modo de ação: antisséptico, bacteriostático, fungistático, adstringente.
Cuidado: devido à sua grande absorção pela epiderme e à sua toxicidade, seu uso deve ser bastante limitado e nunca deve ser usado em áreas extensas.
Ácido cetílico
Modo de ação: emoliente.
Ácido cetoestearílico
Modo de ação: promove a sustentação do creme.
Ácido cítrico
Modo de ação: anticoagulante, antioxidante, despigmentante, fotossensibilizante, renovador celular.
Indicação: combate aos radicais livres.
Ácido condrofino-sulfúrico
Modo de ação: responsável pela retenção de água na camada dérmica.
Ácido cumárico
Modo de ação: lipolítico (utilizado na celulite).
Ácido desoxirribonucléico (DNA)
Modo de ação: hidratante, regenerador.
Ácido esteárico (quando adicionado a trietanolamina
Modo de ação: emulsificante, espessante, ácido graxo, emoliente.
Ácido etilenodiaminotetracético
Modo de ação: quelante.
Ácido fenólico
Modo de ação: antioxidante.
Ácido fenilbenzidazol sulfônico, eusolex, neo heliopan hydro
Indicação: filtro solar UVB.
Ácido fítico
Modo de ação: antioxidante, inibidor da tirosinase, despigmentante, sequestrante de ferro e cobre. 
Indicação: uso exclusivamente clínico.
Ácido fólico, folato, folacina, vitamina Bc, vitamina B9
Modo de ação: em associação com a vitamina B12 (cobalamina), participa do metabolismo celular, responsável pela produção dos ácidos nucléicos (RNA e DNA), que resultam nas características hereditárias, participa do crescimento e da regeneração das células, participa da formação das células vermelhas do sangue (hemácias) e previne a anemia perniciosa, favorece a saúde da pele, retarda o aparecimento de cabelos brancos.
Ácido glicirrético
Modo de ação: antiinflamatório, antialérgico, anti-irritativo.
Indicação: acne, pré e pós peeling.
Ácido glicirrízico
Modo de ação: antiinflamatória, descongestionante e antialérgico.
Indicações: acnes, pós-peeling, pós-barba e pós-sol.
Ácido glicólico
Modo de ação: renovador celular, hidratante, vasodilatador, redutor da espessura da epiderme.
Indicação: acne comedogênica, fotoenvelhecimento, rugas finas, ceratose actínica, peeling.
Cuidados: pode aumentar a incidência de herpes, cicatrizes e hiperpigmentação.
Ácido hialurônico
Modo de ação: umectante, hidratante.
Indicação: prevenção do envelhecimento.
Ácido isoesteárico
Modo de ação: emoliente.
Ácido kójico
Modo de ação: clareador da epiderme e renovador celular, quando associado aos ácidos glicólico e glicirrízico, em concentrações de 1% a 3%.
Atenção: é contra-indicado o uso por esteticistas. 
Ácido láctico
Modo de ação: redutor da espessura da capa córnea, renovador celular.
Indicação: acne, seborréia, hiperceratose, psoríase, calosidade, verruga, foliculite, peeling.
Ácido lactobiônico
Modo de ação: normalizador do turgor celular, promove um efeito rejuvenescedor, revitalizante, cicatrizante, hidratante, combate os RL (antioxidante).
Indicação: ictiose lamelar, regeneração da epiderme, peeling, revitalização, acne, hidratação.
Ácido láurico
Modo de ação: emoliente.
Ácido linoléico ou linolênico
Modo de ação: emulsionante.
Ácido lipóico
Modo de ação: antioxidante (muito eficaz na epiderme e nos músculos), aumenta a produção das vitaminas C e E, pelo bloqueio do consumo das mesmas pela célula, aumenta a capacidade de funcionamento da mitocôndria, previne a formação de substâncias inflamatórias, protegendo o DNA.
Indicação : combate aos radicais livres, prevenção do envelhecimento da epiderme, linhas de expressão e rugas,poros dilatados, cicatrizes atróficas e hipertróficas, epiderme pálida ou sem brilho.
Ácido madecássico
Modo de ação: reposição de colágeno, reafirmante.
Ácido L-mandélico
Modo de ação: antiinflamatório, antisséptico, hidratante, regenerador da epiderme, esfoliante, ceratolítico, anti-envelhecimento.
Indicação: peeling
Ácido málico
Modo de ação: hidratante, regenerador da epiderme, esfoliante, anti-envelhecimento.
Indicação: peeling.
Ácido mirístico
Modo de ação: emoliente.
Ácido monocloroacético
Modo de ação: conservante.
Ácido nicotínico
Modo de ação: hiperemiante.
Ácido noriidroguaiarítico
Modo de ação: antioxidante.
Ácido paraminobenzóico
Modo de ação: antiactínico e absorve a radiação UVB.
Ácido pirúvico
Modo de ação: renovador celular.
Indicação peeling.
Ácido propiônico
Modo de ação: conservante.
Ácido retinóico, vitamina A ácida, tretinoína
Modo de ação: estimulante dos fibroblastos, inibidor da degradação do colágeno, da angiogênese e da síntese da fibronectina.
Reação: eritema, descamação.
Contra-indicação: lactação, gravidez , não deve ser associado ao peróxido de benzoíla.
Cuidado: é um produto sintético, fotossensibilizante, de uso exclusivamente clínico.
Ácido salicílico
Modo de ação: ceratolítico, antiinflamatório, antisséptico, fungicida, antioxidante, bactericida.
Indicação: combate aos radicais livres, hiperceratinização e escamação da epiderme, interage bem com a vitamina C.
Contra-indicação: peles muito claras e sensíveis, sensibilidade ao ácido acetilsalicílico (AAS, aspirina etc.)
Ácido tânico
Modo de ação: anti-seborréico, adstringente, vasocosntritor.
Indicação: hiperidrose e bromidrose plantar, eczema.
Ácido tricloroacético (TCA)
Indicação: uso exclusivamente clínico, fotoenvelhecimento, cicatrizes superficiais, melasma, efélides, ceratose actínica, hiperpigmentação pós-inflamatória, rugas finas.
Contra-indicação: pele negra ou sensível, gravidez.
Cuidado: podem ocorrer estrias, discromia, cicatrizes hipertróficas e quelóides.
Ácidos graxos, ácido cáprico, ácido caprílico, ácido capróico
Modo de ação: fungicida, emoliente, umectante.
AHA, alfa-hidroxiácido
Modo de ação: hidratante, renovador celular.
Indicação: hidratação, acne, rugas finas, peeling.
CONSIDERAÇÕES:
Estas características abordadas determinam a profundidade de atuação de um ácido, que poderá ser:
MUITO SUPERFICIAL: age apenas na camada córnea.(É realizado por esteticistas)
SUPERFICIAL: ação da camada córnea até a derme papilar.(É realizado por esteticistas, porém quando tiver ultrapassando a concentração de 15% e pH=3, deve ser feito com orientação médica).
MÉDIO: ação da derme papilar até a reticular.(Não pode ser realizado por esteticistas).
PROFUNDO: com ação na derme reticular média e profunda.(Não pode ser realizado
CARACTERÍSTICAS DOS ÁCIDOS USADOS NO PEELING QUÍMICO
Ácido Glicólico
	Particularmente, o ácido mais comumente utilizado na área da dermatologia estética é o Glicólico; não é tóxico sistematicamente é pouco irritativo e pouco foto sensibilizante, mais mesmo assim não é dispensável o uso do filtro solar ou bloqueador durante o período do tratamento.
	Segundo Batistuzzo, o ácido glicólico, encontrado naturalmente na cana-de-açúcar, vem sendo usado largamente no tratamento de diversos tipos de lesões da pele humana, principalmente rugas superficiais, média e profundas, seqüelas de acne, flacidez da pele, pele seca, estrias, manchas senis, ictioses e fases isoladas de algumas lesões de psoríase.
	O peeling químico com esse tipo de ácido é o mais fácil de ser realizado e o mais seguro, quando realizado por um profissional apto à técnica.
	Seu efeito de peeling superficial (ao nível da camada córnea) é quando o paciente refere-se aos primeiros sinais de ardor ou formigamento (“pinicar”) e a concentração usual está entre 40 e 50%. É particularmente indicado para pessoas com manchas escuras na pele, cicatrizes ou seqüelas de acne.
	Usando o peeling de ação média a profundo, objetivando estimular os vasos da derme papilar, será importante o acompanhamento do eritema local informe, dosando assim seu grau pois quanto maior for o grau de eritema, maior será o poder de penetração e , conseqüentemente, mais profundo será o peeling, nunca se esquecendo de que nem sempre esses eritemas podem ser uniformes, e em pele escura não será possível observá-lo.
Indicação
	E indicada em todos os tipos de pele e em qualquer região corporal, para tratar ceratoses actínicas, melasma, acne, estrias, rugas finas e lesões de fotoenvelhecimento.
Concentrações
	Utiliza-se mais gel em concentração de 40 a 70%, as soluções são feitas com água ou com a combinação de água, álcool e propilenoglicol.
	Quando forem usados produtos parcialmente neutralizados (pH de 2,75), serão necessários tempos de exposição maiores.
	Protocolo e Recomendação
	Ao invés de desengordurar a pele, é suficiente uma limpeza suave apenas para remover a maquiagem e outros resíduos. Recomenda-se estar sempre observando a pele no período do procedimento e nunca deixar o paciente sozinho na sala de procedimento; o tempo de aplicação depende do objetivo a ser alcançado e estágio desejado; deve-se neutralizar a região com água corrente em abundância ou usar solução de bicarbonato de sódio a 10%; as aplicações serão realizadas semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente, em média 4 a 10 seções.
Complicações
	Herpes Labial, eritema persistente ou sensibilidade ao sol e hiperpigmentação pós-inflamatória.
Ácido Mandélico
	O ácido Mandélico é um derivado da hidrólise de um extrato de amêndoas amargas e que tem sido estudado amplamente por seus possíveis usos no tratamento de problemas comuns de pele, tais como fotoenvelhecimento, pigmentação irregular e acne. Sua molécula é maior que a do ácido glicólico e por esta razão, penetra lentamente. É considerado um do Alfa-Hidroxiácidos (AHA`S) de maior peso molecular, favorecendo um efeito uniforme, o que também minimiza os transtornos comuns da aplicação deste tipo de ácido sobre a pele.
	Apresenta semelhança química com o ácido salicílico, pois proporciona ação anti-séptica quando somado ás atividades do Alfa-Hidroxiácidos. Sua formulação em gel fluído promove um peeling que atua de maneira homogênea e superficial. É usado em conjunção com Peeling Abrasivo, de aço químico e mecânica possuidora de base cremosa abrasiva que, ao ser massageado, produz um polimento, removendo parte do extrato córneo. A esfoliação química se obtém pela mistura em proporções iguais de Ácido Salicílico e Resorcina a 5%. Essa esfoliação, vai favorecer a ação do ácido mandélico. Pode ser utilizado com segurança em peles de tipo I à VI, segundo a classificação de Fitzpatrick, sendo feito em intervalos de 15 a 20 dias, conforme tolerância do paciente, num mínimo de quatro aplicações.
Indicação
	O ácido mandélico é útil para conter pigmentação, tratar acne inflamatória não-cística e rejuvenescer a pele fotoenvelhecida. Além disso, tem utilidade na preparação da pele para o peeling a laser (resurfacing) e na ajuda da cicatrização e prevenção de infecções bactérias gram-negativas após este procedimento.
	Na acne, o ácido mandélico age durante o processo infeccioso, combatendo as bactérias e prevenindo a formação de novas lesões, além de trabalhar na cicatrização, colaborando com o tratamento de eventuais seqüelas.
	No caso da hiperpigmentação, o produto atua na inibição da síntese da melanina e na melanina já depositada na superfície da epiderme, ajudando a promover uma eficaz remoção dos pigmentos hipercrônicos. Pode ser usado para estimular o turnover celular e na remoção da capa timular o turnover celular e na remoção da córnea fotoenvelhecidas.
Concentração
	Com 20% de ácido mandélico em pH 2 a 3, conseguimos um peeling de ação de superficial a mediana, podendo ser aplicado nas peles de tipo I a IV,segundo classificação de Fitzpatrick, com intervalos de 10 a 20 dias, com, no mínimo, quatro aplicações.
Ácido Glicirrízico
	É obtido do alcaçuz, e tem ação antiinflamatória e antialérgica semelhante a dos corticóides, menos potente, porém mais duradoura. Tem especial ação no tratamento de dermatites de contato e fotodermatites.
Indicação
	A sua utilização é indicada para associação com outros ácidos que promovam certo grau de irritabilidade.
Concentração
	É utilizado em concentrações de 0,01 a 1%, em cremes, loções e géis, com a finalidade de diminuir o efeito irritativo de outros princípios ativos, como o ácido glicólico retinóico.
Ácido Hialurônico
	O ácido Hialurônico é conhecido como um excelente hidratante para o uso cosmético. Ele é um mucopolissacarídeo de alto peso molecular amplamente encontrado nos tecidos e fluídos intercelulares que mantém uma matriz gelificada quando ligado a proteínas e outros mucopolissacarídeos e água. No mercado, o Ácido Hialurônico apresenta-se na forma de sal. O Hialuronato de Sódio a 1%, sendo obtido pela fermentação de culturas de Streptococcus zooepidemicus.
	O Ácido Hialurônico possui as propriedades de controlar os eletrólitos a água nos fluídos extracelulares, é cicatrizante, protetor contra infecções e lubrificante. Acredita-se que a diminuição dos níveis deste ácido seja a principal causa do ressecamento da pele durante o envelhecimento.
	Este tipo de ácido, por ser uma substância higroscópica, possui a capacidade de absorver a umidade ambiente e mantém-la constante na pele, mesmo em lugares onde a variação de umidade é grande. Comparado a outros hidratantes, possui uma maior capacidade de retenção de água, promovendo uma extrema hidratação da pele, devido ao seu alto peso molecular. Portanto, previne de forma eficaz a desidratação cutânea.
Indicação
	É indicado para peles desidratadas e desvitalizadas, promovendo ótima lubrificação e conseqüente hidratação, melhorando sensivelmente as características da pele, proporcionando maciez, tonicidade elasticidade da mesma.
Concentração
	É indicado em concentrações que variam entre 1% a 3% em géis, géis-creme, emulsões hidratantes e cremes antienvelhecimento.
	Obs.: Deve-se evitar o uso de pH alcalino devido a uma possível decomposição do ácido. O conteúdo de álcool menor que 35% é recomendado para evitar possíveis formações de precipitados em longo prazo. A manutenção do pH entre ácido e neutro (5 a 7) promove uma excelente estabilidade às formulações. Nunca use surfactantes catiônicos nas formulações, pois haverá a formação de complexos insolúveis e conseqüentemente, precipitação.
	O uso de agentes quilates, tais como EDTA, é extremamente recomendado, pois a presença de íons metálicos pode diminuir a viscosidade das formulações.
	O uso de sistemas tamponados, tais como fosfato ou citrato, é recomendado.
Ácido Salicílico
	É um beta-hidroxiácido, tem ação queratoplástica em concentração até 2%, e queratolítica acima de 2%, facilitando a penetração tópica de outros agentes. Tem também ação bacteriostática e fungicida, nas concentrações 1 a 5%. É usado na descamação epidérmica do conduto auditivo a 5%. Por suas ações, é usado em inúmeras formulações dermatológicas, em geral associado a outras substâncias. Apresenta baixa incidência de complicações. Isoladamente não tem potência suficiente para atuar como agente de peeling químico, sendo sempre muito superficial.
Indicação
	É indicado nas queratoses em concentração de até 10%, em verrugas e calosidades em concentrações de até 20%, e acne em concentrações de até 10%.
Concentração
	É indicado em concentrações que variam entre 1 a 20% em géis, loções alcoólicas ou pomadas.
Contra-indicação
	Evitar áreas muito extensas pela possibilidade do salicilismo que é bastante incomum com esta apresentação líquida.
Protocolo e recomendações
	A aplicação é semanal, a pele deve estar desengordurada e preparada, não é recomendada a utilização de ventiladores ou abanadores que poderiam produzir uma evaporação mais rápida do conteúdo líquido, e conseqüentemente uma menor penetração do ácido, além de liberar no ar “a poeira”, partícula do ácido depositado na pele, altamente irritante. Aguardar o desaparecimento do ardor, que é rápido e passageiro, e o branqueamento, devido à cristalização e, conseqüentemente, à deposição do ácido na pele, para então repassar o aplicador se necessário. A aplicação pode ser feita com um aplicador (cotonete) ou uma gaze embebida na solução. Recomendam-se séries de 5 a 10 peeling anuais.
Hidroquinona
	A Hidroquinona é um agente despigmentante tópico, empregado para clarear áreas hiperpigmentadas da pele, em manifestações como cloasmas, melasmas etc. Sua ação é temporária, atua na bio-síntese da melanina por inibição enzimática da oxidação da tirosina (dihidroxifenilalanina), precursora da melanina, e supressão de outros processos metabólicos dos melanócitos.
	Também provoca mudanças estruturais nas membranas das organelas do melanócitos, acelerando a degradação dos melanossomas.
O tratamento deve ser limitado a pequena áreas do corpo, sendo que , devido à sua ação temporária, é necessário que se repita a aplicação em intervalos freqüentes. É importante o uso de bloqueadores solares durante e após o tratamento para reduzir a repigmentação .
Concentração
	Hidroquinona é indicada em concentrações que variam de 2 a 10% em cremes, pomadas, loções cremosas e alcoólicas com ação desmelanizante (destruição da melanina).
	Excipientes: Base creme aniônico tipo Lanette N, pH de estabilidade: 4,5 a 5,0. É incompatível com os ácidos fítico, antipollon e glicólico.
Precauções
	A hidroquinona é um agente irritante leve, podendo provocar dermatites irritativas, eritema ou exantema; e nestes casos suspender o tratamento. Não deve ser aplicada ao redor da área dos olhos, em feridas abertas, queimaduras solares ou pele irritada, somente em pele intacta.
Contra-indicação
	É contra indicada em crianças, por ser substância muito tóxica.
Ácido Azelaico
	Foi inicialmente utilizado para tratamento de manchas da pele.Tem ação antibacteriana e demonstra ter uma ação positiva no tratamento da acne.
	A redução de hiperpigmentação do ácido azelaico é superior à hidroquinona a 2%, e equivalente a 4%.
	Apresenta a vantagem de não agir sobre os melanócitos normais e fibroblastos. Fazendo que seu uso não leve à acronose e à leucodermia.
Indicação
	É empregado na acne tendo ação bacteriostática, além de ser um inibidor competitivo sobre a conversão da testosterona, diminuindo seu efeito sobre a exacerbação da acne. Tem também ação inibitória sobre a tirosinase e outras oxiredutases, diminuindo a sínteses de melanina e, sendo assim, empregado em cloasmas e outras hipercromias.
Concentração
	A dosagem usual é de 10 a 20%.
Contra-indicação
	Pacientes muito sensíveis ao ácido azelaico, ferimentos e cicatrizes recentes.
	
	Obs.: Não encontramos relatos contra-indicado a utilização dos despigmentantes no período da gestação. As hiperpigmentações surgem, em geral, no final do segundo trimestre, favorecendo o tratamento precoce, o que, por sua vez, pode amenizar a intensidade destas dermatoses.
Ácido Kójico
	O ácido kójico é um agente despigmentante obtido através da fermentação do arroz. Atua provocando a inibição da tirosinase, enzima fundamental para a formação da melanina. Além disso, é capaz de induzir a redução da melanina e de seu monômero precursor chave.
	O ácido kójico não é citotóxico e nem apresenta efeito irritativo. 	Pode ser associado junto ao Ácido Glicólico, que diminui a capa córnea e amolece o cimento celular, facilitando a penetração do agente despigmentante.
	O ácido kójico pode ser veiculado em cremes e loções não iônicas, géis e loções aquosas, com pH entre 3 e 5 (maior estabilidade). É indicado o uso deum sistema tampão ácido cítrico/citrato e EDTA (0,1 a 0,2%). Não é indicado o uso de ésteres na formulação. Deve ser incorporado numa formulação numa temperatura abaixo de 70ºC.
	Orienta-se o uso de filtro solar de dia e um despigmentante à noite.
Concentração
	É utilizado nas concentrações de 1 a 3%, em cremes e loções.
Ácido Alfa-Lipóico
	O ácido alfa-lipóico Possi atividade antioxidante. Elimina as espécies reativas de oxigênio, interage com outros antioxidantes como a vitamina C, vitamina E, e glutationa. Repara danos oxidativos pelo seu efeito protetor contra o estresse oxidativo, como a radiação UV que pode ser considerada um dos responsáveis pelo envelhecimento da pele. Modula a ativação do fator de transcrição NF-KAPPA-B, evitando, dessa maneira, a produção de substâncias químicas pró-inflamatórias chamadas citocinas, que danificam a célula e aceleram o envelhecimento, auxiliando na redução e prevenção da formação de rugas e linhas de expressão.
Indicação
	É indicado para o tratamento e a prevenção do envelhecimento da pele, das linhas de expressão e rugas, dos poros dilatados, das cicatrizes atróficas e hipertróficas, da pele com coloração pálida oe sem brilho.
Concentrações
	Preconiza-se o uso em concentrações de 1 a 5% em cremes e loções não-iônicas. É incompatível com substâncias alcalinas, e seu pH de estabilidade varia entre 3,8 e 3,9. Deve ser acrescentado na emulsão após o resfriamento com o auxílio de óleo vegetal. Se for consumida via oral, tomar 100 a 200mg por dia, dividido em duas ou três doses.
Contra-indicação
	Pessoas sensíveis ao ácido lipóico.
	Embora o uso tópico e sistêmico de ácido alfapóico seja considerado seguro, sua aplicação pode causar dermatite de contato e irritações da pele.
Ácido Retinóico
	Tem ação queratolítica e esfoliante em nível celular, estimulante a síntese de colágeno novo. Esse colágeno permanente intacto histologicamente por pelo menos quatro meses após a última aplicação.
Indicação
	É tradicionalmente usado no tratamento de acne, para acelerar o turnover da epiderme e prevenir a formação de momedões. Também podem ser usadas no tratamento de hiperqueratoses, estrias e de melasma (excelentes resultados). Em alopécias, é usado principalmente associado ao minoxidil, com a finalidade de aumentar a absorção desse.
	Como o ácido retinóico produz eritema, descamação e é fotossensibilizante, deve ser usado à noite. Durante o dia, recomenda-se uso de fotoprotetores.
Concentração 
	O ajuste da concentração de ácidos retinóico nas formulações vai depender da resposta terapêutica obtida, mas atualmente utilizam-se concentrações de 1 a 10%. Desta forma, aconselha-se utilizar inicialmente o tratamento com concentrações menores, aumentando gradativamente, se necessário.
Contra-indicação
	Para o tratamento de acne, não se deve associar o ácido retinóico e o peróxido de benzoíla na mesma formulação, uma vez que o primeiro é oxidado pelo segundo. No caso de optar por um tratamento com essas duas substâncias, pode ser feito alternando-se um creme de ácido retinóico à noite, com um gel de peróxido de benzoíla durante o dia.
Protocolo e recomendações 
	A aplicação é feita semanalmente, aplica-se na pele preparada e desengordurada com um pincel ou o dedo enluvado, deixa-se o produto agir de 4 a 6 horas e lava-se posteriormente com bastante água corrente. Aconselha-se aplicar o peeling no final da tarde, pois o paciente terá que ir para casa com o ácido no local e deve evitar a exposição ao sol no trajeto (que aumentaria a sensibilidade da pele ao UV e poderia também inativá-lo) e chegar o tempo de poder permanecer com o produto a noite toda até o amanhecer.
	Os cuidados pós-peeling incluem suspensão temporário de 1 a 2 dias de tratamento domiciliar, recomenda-se uso de maquiagem e fotoprotetores diariamente. 
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