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Resumo para P1

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REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira 
Capitulo 01 – Planeta Terra 
01. Introdução 
A teoria mais aceita mais aceita para a origem do universo é a do Big Bang. De 13 a 
14 bilhões de anos atrás, houve uma grande explosão, no qual o universo se expandiu e 
dilui-se para formar galáxias e estrelas. A teoria do filosofo alemão Immanuel Kant é a de 
que o sistema solar se formou a partir de uma nuvem de gás e poeira fina. 
O furo de sondagem mais profundo atingiu a profundidade de 13 Km (o raio da Terra é 
de 6370 Km), de forma que as regiões mais profundas da terra são estudadas de maneira 
indireta. Os terremotos foram utilizados como ferramenta para o estudo da estrutura interna 
da Terra. 
02. Estrutura Interna da Terra 
O que são sismos ou terremotos? O acúmulo de tensões distensivas ou compressivas 
são liberadas quando se atinge o limite de resistência das rochas. Esta energia pode ser 
liberada nos encontros ou no interior das placas tectônicas. O movimento repentino entre os 
blocos de cada lado da ruptura gera vibrações que se propagam em todas as direções. O 
ponto onde se inicia a ruptura e liberação das tensões é chamada de hipocentro ou foco, 
sua projeção na superfície é o epicentro e a distância do foco a profundidade focal. 
As ondas sísmicas propagam-se a partir do hipocentro carregando informações sobre 
o material atravessado, como a densidade do meio (quanto maior a densidade, maior a 
velocidade de propagação da onda). 
Os sismos geram ondas P e ondas S, que são utilizadas pelos sismologistas para localizar 
os sismos e caracterizas a estrutura interna da Terra. Onda P: as partículas vibram 
paralelamente à direção de propagação da onda. Onda S: ondas transversais, mais lentas 
que a onda P; onde as partículas vibram transversalmente e só se propagam em meios 
sólidos. Numa interface separando dois meios diferentes há a possível conversão de ondas P 
em S e vice-versa. 
Lei de Snell: a direção de propagação das ondas sísmicas muda ao passar de um 
meio com velocidade V1 para outro meio com velocidade de propagação diferente 
(
𝑠𝑒𝑛 𝑖1
𝑣1
=
𝑠𝑒𝑛 𝑖2
𝑣2
). Refração total: ocorre quando a onda atingir uma interface com o meio de 
maior velocidade cujo raio sísmico faça um ângulo de incidência tal que não consiga mais 
se propagar para o outro meio. Esse ângulo tem o nome de ângulo crítico. 
Quando a onda passa de um meio de menor velocidade para outro de maior 
velocidade, o raio de onda se afasta da normal à interface. Caso a onda passe para um 
meio com velocidade menor, ela se aproxima da normal a interface. Assim, a trajetória 
curva dos raios sísmicos explica-se pelo aumento de velocidade das ondas com a 
profundidade. 
REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira 
Cite três diferenças entre a crosta continental e oceânica. A crosta continental tem 
uma espessura entre 30 a 40 km, é formada por rochas graníticas e elementos Si e Al, e sua 
densidade é de 2,7 g/cm³. A crosta oceânica tem constituição basáltica, com 
predominância de Si e Mg, tem densidade de 3,0 g/cm³ e espessura menor que a crosta 
continental. 
03. Tectônica Global 
Qual a teoria de Alfred Wegener? Ela foi bem aceita? Sua teoria era de que todos os 
continentes poderiam ter estado juntos e posteriormente teriam sido separados. Wegener 
denominou este super continente de Pangea, e teria iniciado a sua fragmentação 
dividindo-se em dois continentes, Laurásia (norte) e Gondwana (sul). Alfred reuniu as 
evidências, como a presença de semelhanças entre os fósseis em regiões da África do Brasil, 
que encontrou em seu livro “A origem dos continentes e oceanos”. Este livro não foi 
considerado sério pela grande maioria do mundo cientifico por não explicar como e quais 
forças seriam capazes de mover os inúmeros blocos continentais. 
 A chave para explicar a deriva continental não estava nas rochas continentais, mas 
no fundo do oceano. 
O fundo do oceano atlântico foi mapeado no final dos anos 40, este estudo permitiu 
cartografar uma enorme cadeia de montanha submarina denominada dorsal meso-
oceânica. Cadeia ou dorsal meso-oceânica: largura da ordem de 1000 Km, com vales de 
1 a 3 Km; zona de forte atividade sísmica e vulcânica; divide a crosta submarina em duas 
partes. 
 A deriva continental e a expansão do fundo dos oceanos seriam assim uma 
consequência das correntes de convecção. 
Zonas de subducção: locais onde a crosta oceânica mais densa mergulharia para o 
interior da terra até sofrerem fusão e serem incorporadas novamente ao manto. 
Limites entre as placas 
a. Limites divergentes: as placas tectônicas se afastam. (← →) Ex: Brasil. 
b. Limites convergentes: as placas colidem com a mais densa mergulhando sob a 
outra, gerando uma zona de intenso magmatismo, e nesses limites ocorrem fossas e 
províncias vulcânicas (→ ←) Ex: placa do pacifico. 
c. Limites conservativos: placas tectônicas deslizam lateralmente uma em relação à 
outra, sem destruição ou geração de crosta (↑↓). Ex: falha de San Andreas. 
Formação das margens oceânicas: as placas tectônicas divergem, formando 
rifteamento. Os rifteamentos são movimentos distensivos na crosta, que produz falhas 
subverticais e abatimento de blocos. Formação de cordilheiras e arquipélagos: choques 
entre as placas litosféricas, podendo ser: 
REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira 
a. Crosta oceânica com crosta oceânica: a placa mais densa, mais antiga, mais fria e 
mais espessa mergulha sob outra placa, carregando parte dos sedimentos acumulados 
sobre ela. Ex: Ilhas do Japão. 
b. Crosta continental com crosta oceânica: subdução da crosta oceânica (mais 
densa) sob a placa continental formando as grandes cordilheiras de montanhas 
continentais. Ex: Andes na América do Sul. 
c. Colisão entre placas continentais: não gera vulcanismo expressivo, mas produz 
intenso metamorfismo das rochas continentais. Ex: Cordilheira dos Alpes e Himalaia. 
Como se formou a placa onde se localiza o Brasil? Nesse caso é uma margem passiva, 
surgindo por separação de placas, onde os sismos são rasos com profundidade de poucos 
quilômetros. 
04. Isostasia 
A isostasia se baseia no princípio hidrostático de Arquimedes, na qual um corpo ao 
flutuar desloca uma massa de agua equivalente a sua própria. Isostasia é o estado de 
equilibro dos blocos continentais siliáticos que flutuam no substrato mais denso do manto. 
Modelo de G. Airy: As montanhas são mais altas por possuírem raízes profundas. E seus 
blocos possuem a mesma densidade. Modelo de J. H. Pratt: as montanhas são elevadas por 
serem compostas por rochas de menor densidade de que as existentes nas regiões vizinhas. 
Sabe – se hoje que os dois modos de compensação isostática ocorrem na natureza. As 
montanhas possuem raízes profundas com densidade baixa, fazendo a crosta e a litosfera 
serem mais densas nessa região. 
Porque as montanhas não diminuem? Mesmo após sofrer intemperismo, como erosão, a 
crosta continental situa-se acima do nível do mar devido à isostasia, pois à medida que a 
erosão remove as camadas superficiais, ocorre soerguimento, por isso rochas originadas em 
profundidade maiores acabam atingindo níveis superficiais. 
O que vem a ser grau geotérmico? Corresponde ao número de metros em 
profundidade na crosta terrestre necessário para que ocorra o aumento de 1ºC. O valor 
médio é de 33 metros. 
05. Tempo Geológico 
Métodos de estudos para determinar a idade das rochas: 
Estratigrafia: estuda os estratos sedimentares, e seguem osseguintes princípios: 
horizontalidade original (sedimentos depositados na horizontal); Lei da superposição (cada 
camada é mais jovem do que aquelas localizadas abaixo dela); continuidade lateral 
original; e princípio das relações de intersecção. 
Paleontologia: é o estudo de fósseis, que são restos mineralizados de seres vivos ou 
vestígios de vida de organismos que existiram há milênios de anos e que se encontram 
preservados no registro geológico das rochas. A partir dos fosseis pode-se fazer a datação 
das rochas sedimentares. 
REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira 
Geocronologia: estuda o tempo geológico, através de datações absolutas e relativas, 
através da desintegração radioativa, pois é o único processo que ocorre a uma taxa 
estaticamente previsível e estável. 
Limites cronológicos: ÉON → ERA → PERÍODO → ÉPOCA → ANDAR 
 
Capitulo 02 – Minerais 
“Um mineral é um sólido, homogêneo, natural, com composição química definida (mas 
geralmente não fixa) e um arranjo atômico altamente ordenado” (Klein e Hurlbut). 
01. Classificação quanto à origem 
 Minerais Magmáticos: são aqueles que resultam da cristalização do magma. Ex: 
mica, feldspato e diamante. 
 Minerais Metamórficos: originam-se principalmente pela ação da temperatura e 
pressão das fases voláteis sobre as rochas magmáticas, sedimentares e também outras 
rochas metamórficas. Ex: granada. 
 Minerais Sublimados: são aqueles formados diretamente da cristalização de um 
vapor. Ex: enxofre. 
 Minerais formados a partir de soluções: evaporação de solvente (ex: sal de cozinha e 
gipsita); perda de gás agindo como solvente (ex: calcário de caverna); diminuição da 
temperatura e/ou pressão (ex: quartzo); interação de soluções (ex: barita); interação de 
gases com soluções (ex: pirita). 
02. Propriedades físicas dos minerais 
Estão diretamente ligados à composição química e características estruturais, sendo 
utilizada para identificação de um mineral desconhecido. 
 Hábito: forma geométrica externa habitual, exibida pelos cristais dos minerais, que 
reflete a sua estrutura cristalina. Hábito laminado: mineral em finas lâminas achatadas (ex: 
mica); hábito colunar: mineral em indivíduos grossos, semelhante a colunas (ex: quartzo). 
 Clivagem: é a propriedade que tem uma substancia cristalina em dividir-se em 
planos paralelos. Os planos de clivagem são sempre paralelos a uma possível face do cristal, 
podendo ocorrer em uma ou mais direções. Ex: mica – clivagem em um único plano. 
 Fratura: um mineral sem clivagem apresenta fratura. A fratura é formada por uma 
superfície irregular e curva resultante da quebra do material. Ex: quartzo – fratura 
conchoidal. 
 Dureza: é a resistência que o mineral apresenta ao ser riscado, para a classificação 
utiliza-se a escala de Mohs. Um mineral de menor dureza sempre poderá ser riscado por 
outro de maior dureza. Ex: Quartzo – dureza 7. 
 Transparência – capacidade de não absorver (transparente), absorver 
consideravelmente (translúcidos) ou absorver totalmente (opacos) a luz. 
REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira 
 Cor: não é uma propriedade confiável para identificação do mineral, pois alguns 
minerais tem sua cor varando completamente (ex: quartzo). 
 Brilho: metálico, reflete mais de 75% da luz incidente, ou não metálico, ocorre em 
minerais transparente ou translúcidos. 
 Traço: cor do pó do mineral quando este risca uma superfície áspera de porcelana 
branca. 
 Densidade relativa (2,5 < d < 4): é constante para cada mineral, pois tem relação 
com a composição e a estrutura cristalina. 
 Tenacidade: resistência a ser quebrado, esmagado, dobrado ou rasgado. 
Classificados em quebradiço, maleável, séctil, dúctil, flexível e elástico. 
Quartzo: hábito colunar, sem clivagem, portanto possui fratura, dureza 7, transparente e 
translúcido, não metálico, sem traço e quebradiço (o mineral rompe ou é pulverizado com 
facilidade). 
03. Principais minerais formadores de rocha 
Minerais Silicatos 
As rochas magmáticas são praticamente formadas por silicatos, constituindo assim 90% da 
crosta terrestre. Os silicatos apresentam estrutura tetraédrica, e estes se unem pelo vértice. 
a. Nesossilicatos (presente no basalto): estes minerais contêm tetraedros 
independentemente ligados por cátions de Fe e Mg. Grupo da Olivina (Fe e Mg), 
Forsterita (Mg) e Knebelita (Fe). 
b. Inossilicatos: contém tetraedros ligados por oxigênios em comum, formando cadeias 
simples ou duplas. O hábito destes minerais geralmente é alongado. Piroxênios: 
cadeia simples e clivagem normal (90º). Anfibólios: cadeia dupla, clivagem obliquas, 
menos densas e possuem cores diferentes. 
c. Filossilicatos: os minerais são hidratados e suas unidades tetraédricas se dispõem em 
folhas, onde cada tetraedro é ligado a outros três por oxigênio em comum. Grupo 
das Micas: divisão basal perfeita. Grupo dos Argilominerais: pequenas dimensões, 
empregado em cerâmica, Caulinita, Ilita e Montmorilonita. 
d. Tectossilicatos: possui arranjo espacial, estrutura fortemente unida, estável, em que a 
relação Si, O é 1:2. Grupo da Sílica: compostos basicamente por Sio2; Quartzo, 
Calcedônia e Opala. Grupo dos Feldspatos: mais importante, estão presentes de 
forma marcante nos sedimentos arenosos, onde aparecem sob a forma de grãos 
detríticos. 
Minerais Não-Silicatos 
a. Elementos nativos: formados por elementos químicos que se associam a eles mesmos. 
Ex: enxofre. 
b. Sulfetos: é a combinação de enxofre com um elemento químico ou um radical. Ex: 
pirita. 
REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira 
c. Óxidos: combinação de oxigênio com um ou mais metais. As características gerais 
dos minerais incluem dureza e densidade relativamente alta. Ex: hematita. 
d. Hidróxidos: combinação com grupos (OH-) ou moléculas de água. Possuem estrutura 
geralmente em folhas, por vezes em cadeias. Ex: bauxita. 
e. Carbonatos: minerais que apresentam na sua composição química o íon carbonato 
CO3. Ex: calcita. 
f. Halóides: combinação de íons halogênios com metais e metaloides. Ex: fluorita. 
g. Sulfato: contém o cátion sulfato na forma SO4. Ex: gipsita. 
 
Capitulo 03 – Rochas Ígneas 
“Rocha, no sentido geológico, é um material que faz parte essencial da crosta solida da 
Terra, e é constituída por um agregado de um ou mais minerais, ou vidro vulcânico ou 
matéria orgânica.” 
As rochas ígneas resultam da consolidação do magma. Conforme seu local de 
formação distingue-se dois tipos de rochas ígneas: 
 Intrusivas: formadas em profundidade, pelos lentos processos de resfriamento e 
solidificação do magma, resultando em material cristalino geralmente de granulação grossa 
e de formas definidas. (Granito) 
 Extrusivas: formadas na superfície terrestre, ou nas suas proximidades, pelo 
extravasamento explosivo, ou não, de lava. (Basalto) 
01. Características do magma 
Magma é qualquer material rochoso fundido, de consistência pastosa e de alta 
temperatura que, ao se consolidar, forma rocha ígnea ou magmática. Quando extravasa à 
superfície recebe o nome de lava. Existem dois tipos de magma: magma granítico (teores 
de sílica superiores a 66% e são mais viscosos) e magma basáltico (teores de sílica entre 45% 
e 52% e são mais quentes). O SiO2 é responsável pela viscosidade do magma e pela sua 
acidez. 
 
REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira 
Por que não temos quartzo no Basalto? Porqueo basalto possui pouca sílica, 
insuficiente para completar a série de cristalização. 
Magma básicos (pouca sílica): não resta sílica para reagir e forma um basalto. Magma 
ácido (muita sílica): resta sílica para cristalizar o feldspato e o quartzo, formando um granito. 
02. Formas de Ocorrência 
Rochas ígneas extrusivas 
Quando o magma é pouco viscoso, as lavas que fluem dos vulcões em forma de 
escudo são altamente fluidas e mais velozes, espalhando-se sobre grandes extensões do 
terreno. Quando o magma é mais viscoso, as lavas são pouco fluidas, solidifica mais 
rapidamente e forma camadas mais espessas, estes vulcões apresentam um caráter 
explosivo. 
Rochas ígneas intrusivas 
Se o magma, gerado em profundidae, se consolidar no interior da crosta teremos a 
formação de rochas intrusivas. 
a. Diques: o magma invade as rochas encaixantes atraves de fraturas ou falhas. Podem 
ocorrer de forma isolada ou como exames. São constituidos geralmente por magma básico. 
b. Sills: corpos intrusivos tabulares paralelos à extratificação quando a rocha encaixante 
for sedimentar. Apresentam atitude horizontal e se formam proximo à superficie. 
c. Lacólitos: apresentam forma de um cogumelo, invadem concordantemente 
camadas de rochas sedimentares em niveis rasos. É uma variação do sill. 
d. Batólitos e stocks: corpos igneos plutonicos de maior dimensão e possuem uma forma 
irregular, que cortam a estrutura das rochas encaixantes. Quando a área for menor são 
denominados de stocks. 
Granito X Basalto 
Rocha ácida 
Holocristalinas 
Granulação grossa ou média 
Rocha intrusiva 
Rochas félsica 
Textura fanerítica 
Extrutura maciça 
Rocha básica 
Holocristalinas 
Granulação fina 
Rocha extrusiva 
Rocha máfica 
Textura microfanerítica 
Extrutura maciça 
03. Textura das rochas ígneas 
Principais características de seus minerais constituintes: 
a. Grau de cristalização: proporção de minerais e vidro que estão presentes nas rochas 
ígneas. Holocristalinas: composta inteiramente de cristais; Hipocristalinas: mistura de cristais e 
vidro; vítrea: composta quase inteiramente de vidro (resfriamento magmático 
extremamente rápido). 
b. Tamanho dos grãos: grossa (superior a 5 mm), média e fina (menos que 1 mm). 
REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira 
c. Composição química: ácidas, intermediarias, básicas e ultrabásicas. 
d. Índice de cor: minerais félsicos, minerais silicatos ricos em elementos leves, como 
silício, de cor clara com peso especifico inferior a 3. Ex: granito. Minerais máficos, minerais 
ricos em ferro com coloração escura. Ex: basalto. 
e. Textura: fanerítica, quando a rocha é formada por grãos cristalinos de diâmetro 
superior a 5 mm ou compreendido entre 1 e 5 mm; microfanéritica, quando a rocha é 
formada totalmente ou em grande parte por minerais cristalinos de diâmetro inferior a 1 mm. 
f. Principais estruturas: maciça (massa de rocha compacta), fluidal (movimento 
direcional do magma), vesicular (resulta da ação de vapores que se expandem dentro da 
lava, formando cavidades), amigdaloide (formação de minerais vesicular), e colunar 
(resultado da contração da lava). 
04. Fraturamento durante resfriamento do magma 
Plutonismo Absissais: lento resfriamento dando origem ao batólito. No Brasil são 
frequentes afloramento de batólitos graníticos (Ex: Florianópolis). Importância para a 
engenharia = possibilidade de implantar pedreiras (grande volume, pequena cobertura de 
solo, pouco fraturado), bom para fundações de barragens e boa estabilidade para tetos de 
túneis. Plutonismo Hipoabissais: Diques e Sills, contração do magma → ruptura da rocha. A 
ruptura é mais intensa na direção perpendicular à maior dimensão na ordem de 5 a 60 cm. 
05. Interesse na Engenharia 
Túnel: escavado em um dique apresentará instabilidade no teto, necessitando de 
soluções de contenção. No granito, devido aos espaçamentos de suas fraturas, esse 
problema é mínimo. Pode haver infiltração de agua através das fraturas. Poço: é mais 
indicado em diques por causa da maior permeabilidade. Pedreira: a situação ideal é ser 
instalada em batólitos. 
06. Grupo de rochas ígneas 
Grupo dos Granitos 
a. Granito: rocha ígnea mais frequente que aflora nos continentes, sendo 
frequentemente cortadas por diques e veio de microgranito e pagmatito. Possui textura 
equigranular e sua estrutura é maciça sem orientação preferencial. Ocorre sob a forma de 
massas discordantes representadas por batólitos que afloram na superfície devido a erosão 
das montanhas. 
b. Microgranito: Apresenta granulação média, mais fina que a do granito e ocorre em 
sills e diques. 
c. Riolito: é uma rocha ígnea vulcânica extrusiva do granito, é densa e possui 
granulação fina. 
Grupo dos Gabros 
REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira 
a. Gabro: é uma rocha magmática máfica (básica) formada a grandes profundidades 
(intrusiva). 
b. Diabásio: rocha magmática básica formada em baixa profundidade. Ocorre em sills 
e diques, e é mais grossa do que o basalto, por resfriar mais lentamente. 
c. Basalto: rochas vulcânicas mais abundantes, tendo como equivalente intrusivo o 
gabro, com textura microcristalina. 
07. Perfil típico de um derrame basáltico 
Zona Amigdalóide: maior alterabilidade do derrame, devido à grande porosidade, 
fratura e presença de minerais expansivos. Tende a formar solo com grandes espessuras e 
argiloso (montmorilonita). Esponjoso. Não é indicado para a produção de agregado devido 
ao seu baixo grau de cristalização grande alterabilidade e porosidade. 
Zona Vítrea: rápido resfriamento por dissipação de calor no contato com o topo do 
derrame anterior, por não aprisionar gases sua estrutura tenderá a ser maciça. Não é 
indicado para produção de agregado devido a sua grande alterabilidade. 
Zona Tubular: lava que resfria logo após a zona amigdaloide e vítrea. Textura 
microcristalina, estrutura maciça. Sua utilização como brita depende do ensaio do índice de 
forma, apresentado pelos fragmentos produzido por britagem. 
Zona colunar: última porção a se solidificar, portanto possui um resfriamento mais lento. 
Predomina o faturamento vertical. Usado na produção de agregados devido ao maior grau 
de cristalização, maior espaçamento entre as fraturas e ausência de minerais expansivos. 
 
REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira 
Perguntas e Respostas 
Quais as características da zona vesicular em um derrame de basalto? 
Zona amigdaloide/vesicular: maior alterabilidade do derrame, não é adequada a 
produção de brita, material microfissurado, resfriamento rápido e contração intensa 
Quais são as características do fraturamento de resfriamento de batólitos? 
A cristalização é lenta, pois demora a resfriar, assim seus fraturamentos são muito mais 
espaçados, o que a torna uma rocha muito mais firme e bastante importante na 
engenharia. 
Por que não há quartzo no basalto? 
Basalto não possui quartzo, pois não tem sílica suficiente para ser cristalizada e completar a 
sequência de cristalização dos minerais. 
Por que um túnel em um dique é menos estável que um túnel em um batólito? 
Devido ao fraturamento na horizontal no dique. No batólito seus fraturamentos são muito 
mais espaçados, o que a torna uma rocha muito mais firme. 
O que é placa tectônica e o que a compõe? 
Placa tectônica é composta pela crosta (continental e oceânica), juntamente com o Moho 
e o início do manto até a Astenosfera. Ela tem espessura variada, sendo compartimentadapor falhas e fraturas profundas. 
Do que depende a viscosidade de um magma e como esses fatores estão relacionados? 
Depende da composição química, grau de cristalização, teor de voláteis dissolvidos e 
temperatura em que se encontra. Maior consistência, mais sílica, maior grau de 
cristalização, menos voláteis, menor temperatura. O SiO2 é responsável pela viscosidade do 
magma e pela sua acidez. 
Limites entre as placas, citar e descrever 
Limites divergentes: Marcado pela a dorsal meso-oceânica onde as placas tectônicas se 
afastam uma da outra. Limites convergentes: As placas tectônicas colidem, com a mais 
densa mergulhando sob a outra, gerando uma zona de intenso magmatismo a partir de 
processos de fusão parcial da crosta que mergulhou. Nestes limites ocorrem fossas e 
províncias vulcânicas (ex.: placa do pacífico). Limites conservativos: Placas tectônicas 
deslizam lateralmente uma em relação a outra, sem destruição ou geração de crosta 
(falhas transcorrentes). Exemplos deste tipo é a falha de San Andréas na América do Norte. 
O que é corrente de convecção e como se forma? 
Corrente de convecção está relacionada com o fluxo térmico interno da terra. Um exemplo 
pode ser na dorsal-oceânica. O fluxo de calor emanado na dorsal provocaria a ascensão 
do material do manto que fica menos denso. Ao atingir a superfície se movimenta 
lateralmente e o fundo oceânico se afastaria da dorsal. O material que sai pela fenda 
existente na crista da dorsal forma a nova crosta oceânica. 
REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira 
Qual a teoria de Alfred Wegener, se foi aceita na comunidade científica e por que não foi 
comprovada? 
Teoria de que os continentes poderiam ter estado juntos e posteriormente teriam sido 
separados (Pangea). Wegener reuniu as evidencias que encontrou em seu livro “A origem 
dos continentes e oceanos”. Não foi aceita por não explicar como e quais forças seriam 
capazes de mover os inúmeros blocos continentais. 
Segundo a isostasia, por que ainda temos cordilheiras acima do nível do mar? 
Mesmo após ter sofrido intemperismo e erosão intensa no decorrer do tempo geológico, a 
crosta continental situa-se acima do nível do mar devido à isostasia, pois a medida que a 
erosão remove as camadas superficiais, ocorre lento soerguimento. Portanto, rochas 
originadas em profundidade maiores acabam atingindo níveis superficiais 
Citar e descrever dois minerais classificados quanto à origem e um exemplo. 
Minerais magmáticos→ são aqueles que resultam da cristalização (resfriamento) do magma. 
Ex: quartzo, mica, feldspato. Minerais metamórficos → originam-se principalmente pela ação 
da temperatura, pressão litostática e pressão das fases voláteis sobre rochas magmáticas, 
sedimentares e também sobre outras rochas metamórficas. Recristalizam-se no estado 
sólido. Ex: granada. 
Diferenças e semelhanças entre os minerais silicatos. 
Os silicatos estruturalmente apresentam o íon Si+4 situado entre quatro íons O-2 compondo 
um arranjo tetraédrico (SiO4) -4. Nos silicatos os tetraedros unem-se pelo vértice. Cada grupo 
de uma forma diferente. Os nesossilicatos os tetraedros são independentes e unem-se por 
cátions de Fe, Mg e etc, nos inossolicatos os tetraedros ligam-se por um oxigênio comum, 
formando cadeias simples ou duplas, nos filossilicatos cada tetraedro é ligado a outros 3 por 
oxigênio em comum, os tectossilicatos unem-se tridimensionalmente, compartilhando todos 
os oxigênios dos vértices com tetraedros vizinhos. 
Caulinita X montmorilonita 
A caulinita possui a proporção 1Al:1 Si, tem formato hexagonal, é estável na presença de 
água, maior da argila minerais, menor plasticidade e superfície especifica de 10 a 20 m²/g. 
monrmorilonita possui a proporção 1 Al: 2 Si, instável na presença de água (expansiva), mais 
plástico e superfície especifica de 800 m²/g. 
Por que um dique diabásio num maciço de granito forma um vale? 
Devido ao maior faturamento do dique (predominantemente horizontal), pois como o 
fraturamento e constituição mineralógica. 
Indique as semelhanças e as diferenças das rochas no grupo do granito. 
Normalmente forma corpos homogêneos de rocha sendo frequentemente cortado por 
diques e veios de microgranito e pegmatito. Ocorre com diversas cores, cinza claro a cinza 
escuro, amarelo, rosa ou vermelho. A maioria dos granitos possui textura equigranular, ou 
seja, apresenta grãos equidimensionais. A estrutura em geral é maciça, onde os constituintes 
REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira 
em geral não apresentam orientação preferencial. A granulação pode variar de 
milimétrica a centimétrica. Diferem na profundidade que se encontram da crosta. 
Características da região colunar no derrame basáltico. 
Fraturamento vertical, menor alterabilidade do derrame, pedreira (alto grau de 
cristalização) 
Como se forma a junta falha? Quais são suas características. 
São falhas horizontais de grande extensão, podendo ter preenchimento de até 20 cm, 
Podem ser de origem primária, quando há velocidades diferentes de fluxo da lava, 
originando descontinuidades horizontais, ou podem ser de origem secundária, onde após o 
surgimento das falhas de origem primária ocorrem deslocamentos horizontais devido a 
tensões interplacas. 
 
Outras Questões 
01) Características dos minerais, citar 2 classificações e exemplos. 
02) Descrever/representar 4 tipos de limites/encontros de placas. 
03) Definir/representar litosfera. 
04) Por que predominam rochas silicáticas na crosta oceânica/ diferenciar as 4 classes. 
05) Diferença entre basalto e granito. 
06) Como a isostasia explica porque os blocos rochosos têm alturas diferentes. 
07) Como são classificados os grupos de rochas ígneas. 
08) O que são sismos ou terremotos/ como se formam. 
09) Quais as diferenças entre ondas p e s? 
10) Descrever (diferenças e semelhanças) entre piroxênios e anfibólios. 
11) Por que um dique de diabásio em um maciço de granito forma um vale orientado e 
no arenito forma uma crista? Represente. 
12) Indique as semelhanças e as diferenças das rochas no grupo do gabro. 
13) Faça um esquema de um derrame de basalto (perfil). Indique e caracterize suas 
diferentes zonas. 
14) Para a classificação mineralógica e textural das rochas ígneas, explique como 
variam as características das rochas (quadro da apostila, que vai de riolito a basalto, 
de granito a gabro).

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