Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira Capitulo 01 – Planeta Terra 01. Introdução A teoria mais aceita mais aceita para a origem do universo é a do Big Bang. De 13 a 14 bilhões de anos atrás, houve uma grande explosão, no qual o universo se expandiu e dilui-se para formar galáxias e estrelas. A teoria do filosofo alemão Immanuel Kant é a de que o sistema solar se formou a partir de uma nuvem de gás e poeira fina. O furo de sondagem mais profundo atingiu a profundidade de 13 Km (o raio da Terra é de 6370 Km), de forma que as regiões mais profundas da terra são estudadas de maneira indireta. Os terremotos foram utilizados como ferramenta para o estudo da estrutura interna da Terra. 02. Estrutura Interna da Terra O que são sismos ou terremotos? O acúmulo de tensões distensivas ou compressivas são liberadas quando se atinge o limite de resistência das rochas. Esta energia pode ser liberada nos encontros ou no interior das placas tectônicas. O movimento repentino entre os blocos de cada lado da ruptura gera vibrações que se propagam em todas as direções. O ponto onde se inicia a ruptura e liberação das tensões é chamada de hipocentro ou foco, sua projeção na superfície é o epicentro e a distância do foco a profundidade focal. As ondas sísmicas propagam-se a partir do hipocentro carregando informações sobre o material atravessado, como a densidade do meio (quanto maior a densidade, maior a velocidade de propagação da onda). Os sismos geram ondas P e ondas S, que são utilizadas pelos sismologistas para localizar os sismos e caracterizas a estrutura interna da Terra. Onda P: as partículas vibram paralelamente à direção de propagação da onda. Onda S: ondas transversais, mais lentas que a onda P; onde as partículas vibram transversalmente e só se propagam em meios sólidos. Numa interface separando dois meios diferentes há a possível conversão de ondas P em S e vice-versa. Lei de Snell: a direção de propagação das ondas sísmicas muda ao passar de um meio com velocidade V1 para outro meio com velocidade de propagação diferente ( 𝑠𝑒𝑛 𝑖1 𝑣1 = 𝑠𝑒𝑛 𝑖2 𝑣2 ). Refração total: ocorre quando a onda atingir uma interface com o meio de maior velocidade cujo raio sísmico faça um ângulo de incidência tal que não consiga mais se propagar para o outro meio. Esse ângulo tem o nome de ângulo crítico. Quando a onda passa de um meio de menor velocidade para outro de maior velocidade, o raio de onda se afasta da normal à interface. Caso a onda passe para um meio com velocidade menor, ela se aproxima da normal a interface. Assim, a trajetória curva dos raios sísmicos explica-se pelo aumento de velocidade das ondas com a profundidade. REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira Cite três diferenças entre a crosta continental e oceânica. A crosta continental tem uma espessura entre 30 a 40 km, é formada por rochas graníticas e elementos Si e Al, e sua densidade é de 2,7 g/cm³. A crosta oceânica tem constituição basáltica, com predominância de Si e Mg, tem densidade de 3,0 g/cm³ e espessura menor que a crosta continental. 03. Tectônica Global Qual a teoria de Alfred Wegener? Ela foi bem aceita? Sua teoria era de que todos os continentes poderiam ter estado juntos e posteriormente teriam sido separados. Wegener denominou este super continente de Pangea, e teria iniciado a sua fragmentação dividindo-se em dois continentes, Laurásia (norte) e Gondwana (sul). Alfred reuniu as evidências, como a presença de semelhanças entre os fósseis em regiões da África do Brasil, que encontrou em seu livro “A origem dos continentes e oceanos”. Este livro não foi considerado sério pela grande maioria do mundo cientifico por não explicar como e quais forças seriam capazes de mover os inúmeros blocos continentais. A chave para explicar a deriva continental não estava nas rochas continentais, mas no fundo do oceano. O fundo do oceano atlântico foi mapeado no final dos anos 40, este estudo permitiu cartografar uma enorme cadeia de montanha submarina denominada dorsal meso- oceânica. Cadeia ou dorsal meso-oceânica: largura da ordem de 1000 Km, com vales de 1 a 3 Km; zona de forte atividade sísmica e vulcânica; divide a crosta submarina em duas partes. A deriva continental e a expansão do fundo dos oceanos seriam assim uma consequência das correntes de convecção. Zonas de subducção: locais onde a crosta oceânica mais densa mergulharia para o interior da terra até sofrerem fusão e serem incorporadas novamente ao manto. Limites entre as placas a. Limites divergentes: as placas tectônicas se afastam. (← →) Ex: Brasil. b. Limites convergentes: as placas colidem com a mais densa mergulhando sob a outra, gerando uma zona de intenso magmatismo, e nesses limites ocorrem fossas e províncias vulcânicas (→ ←) Ex: placa do pacifico. c. Limites conservativos: placas tectônicas deslizam lateralmente uma em relação à outra, sem destruição ou geração de crosta (↑↓). Ex: falha de San Andreas. Formação das margens oceânicas: as placas tectônicas divergem, formando rifteamento. Os rifteamentos são movimentos distensivos na crosta, que produz falhas subverticais e abatimento de blocos. Formação de cordilheiras e arquipélagos: choques entre as placas litosféricas, podendo ser: REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira a. Crosta oceânica com crosta oceânica: a placa mais densa, mais antiga, mais fria e mais espessa mergulha sob outra placa, carregando parte dos sedimentos acumulados sobre ela. Ex: Ilhas do Japão. b. Crosta continental com crosta oceânica: subdução da crosta oceânica (mais densa) sob a placa continental formando as grandes cordilheiras de montanhas continentais. Ex: Andes na América do Sul. c. Colisão entre placas continentais: não gera vulcanismo expressivo, mas produz intenso metamorfismo das rochas continentais. Ex: Cordilheira dos Alpes e Himalaia. Como se formou a placa onde se localiza o Brasil? Nesse caso é uma margem passiva, surgindo por separação de placas, onde os sismos são rasos com profundidade de poucos quilômetros. 04. Isostasia A isostasia se baseia no princípio hidrostático de Arquimedes, na qual um corpo ao flutuar desloca uma massa de agua equivalente a sua própria. Isostasia é o estado de equilibro dos blocos continentais siliáticos que flutuam no substrato mais denso do manto. Modelo de G. Airy: As montanhas são mais altas por possuírem raízes profundas. E seus blocos possuem a mesma densidade. Modelo de J. H. Pratt: as montanhas são elevadas por serem compostas por rochas de menor densidade de que as existentes nas regiões vizinhas. Sabe – se hoje que os dois modos de compensação isostática ocorrem na natureza. As montanhas possuem raízes profundas com densidade baixa, fazendo a crosta e a litosfera serem mais densas nessa região. Porque as montanhas não diminuem? Mesmo após sofrer intemperismo, como erosão, a crosta continental situa-se acima do nível do mar devido à isostasia, pois à medida que a erosão remove as camadas superficiais, ocorre soerguimento, por isso rochas originadas em profundidade maiores acabam atingindo níveis superficiais. O que vem a ser grau geotérmico? Corresponde ao número de metros em profundidade na crosta terrestre necessário para que ocorra o aumento de 1ºC. O valor médio é de 33 metros. 05. Tempo Geológico Métodos de estudos para determinar a idade das rochas: Estratigrafia: estuda os estratos sedimentares, e seguem osseguintes princípios: horizontalidade original (sedimentos depositados na horizontal); Lei da superposição (cada camada é mais jovem do que aquelas localizadas abaixo dela); continuidade lateral original; e princípio das relações de intersecção. Paleontologia: é o estudo de fósseis, que são restos mineralizados de seres vivos ou vestígios de vida de organismos que existiram há milênios de anos e que se encontram preservados no registro geológico das rochas. A partir dos fosseis pode-se fazer a datação das rochas sedimentares. REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira Geocronologia: estuda o tempo geológico, através de datações absolutas e relativas, através da desintegração radioativa, pois é o único processo que ocorre a uma taxa estaticamente previsível e estável. Limites cronológicos: ÉON → ERA → PERÍODO → ÉPOCA → ANDAR Capitulo 02 – Minerais “Um mineral é um sólido, homogêneo, natural, com composição química definida (mas geralmente não fixa) e um arranjo atômico altamente ordenado” (Klein e Hurlbut). 01. Classificação quanto à origem Minerais Magmáticos: são aqueles que resultam da cristalização do magma. Ex: mica, feldspato e diamante. Minerais Metamórficos: originam-se principalmente pela ação da temperatura e pressão das fases voláteis sobre as rochas magmáticas, sedimentares e também outras rochas metamórficas. Ex: granada. Minerais Sublimados: são aqueles formados diretamente da cristalização de um vapor. Ex: enxofre. Minerais formados a partir de soluções: evaporação de solvente (ex: sal de cozinha e gipsita); perda de gás agindo como solvente (ex: calcário de caverna); diminuição da temperatura e/ou pressão (ex: quartzo); interação de soluções (ex: barita); interação de gases com soluções (ex: pirita). 02. Propriedades físicas dos minerais Estão diretamente ligados à composição química e características estruturais, sendo utilizada para identificação de um mineral desconhecido. Hábito: forma geométrica externa habitual, exibida pelos cristais dos minerais, que reflete a sua estrutura cristalina. Hábito laminado: mineral em finas lâminas achatadas (ex: mica); hábito colunar: mineral em indivíduos grossos, semelhante a colunas (ex: quartzo). Clivagem: é a propriedade que tem uma substancia cristalina em dividir-se em planos paralelos. Os planos de clivagem são sempre paralelos a uma possível face do cristal, podendo ocorrer em uma ou mais direções. Ex: mica – clivagem em um único plano. Fratura: um mineral sem clivagem apresenta fratura. A fratura é formada por uma superfície irregular e curva resultante da quebra do material. Ex: quartzo – fratura conchoidal. Dureza: é a resistência que o mineral apresenta ao ser riscado, para a classificação utiliza-se a escala de Mohs. Um mineral de menor dureza sempre poderá ser riscado por outro de maior dureza. Ex: Quartzo – dureza 7. Transparência – capacidade de não absorver (transparente), absorver consideravelmente (translúcidos) ou absorver totalmente (opacos) a luz. REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira Cor: não é uma propriedade confiável para identificação do mineral, pois alguns minerais tem sua cor varando completamente (ex: quartzo). Brilho: metálico, reflete mais de 75% da luz incidente, ou não metálico, ocorre em minerais transparente ou translúcidos. Traço: cor do pó do mineral quando este risca uma superfície áspera de porcelana branca. Densidade relativa (2,5 < d < 4): é constante para cada mineral, pois tem relação com a composição e a estrutura cristalina. Tenacidade: resistência a ser quebrado, esmagado, dobrado ou rasgado. Classificados em quebradiço, maleável, séctil, dúctil, flexível e elástico. Quartzo: hábito colunar, sem clivagem, portanto possui fratura, dureza 7, transparente e translúcido, não metálico, sem traço e quebradiço (o mineral rompe ou é pulverizado com facilidade). 03. Principais minerais formadores de rocha Minerais Silicatos As rochas magmáticas são praticamente formadas por silicatos, constituindo assim 90% da crosta terrestre. Os silicatos apresentam estrutura tetraédrica, e estes se unem pelo vértice. a. Nesossilicatos (presente no basalto): estes minerais contêm tetraedros independentemente ligados por cátions de Fe e Mg. Grupo da Olivina (Fe e Mg), Forsterita (Mg) e Knebelita (Fe). b. Inossilicatos: contém tetraedros ligados por oxigênios em comum, formando cadeias simples ou duplas. O hábito destes minerais geralmente é alongado. Piroxênios: cadeia simples e clivagem normal (90º). Anfibólios: cadeia dupla, clivagem obliquas, menos densas e possuem cores diferentes. c. Filossilicatos: os minerais são hidratados e suas unidades tetraédricas se dispõem em folhas, onde cada tetraedro é ligado a outros três por oxigênio em comum. Grupo das Micas: divisão basal perfeita. Grupo dos Argilominerais: pequenas dimensões, empregado em cerâmica, Caulinita, Ilita e Montmorilonita. d. Tectossilicatos: possui arranjo espacial, estrutura fortemente unida, estável, em que a relação Si, O é 1:2. Grupo da Sílica: compostos basicamente por Sio2; Quartzo, Calcedônia e Opala. Grupo dos Feldspatos: mais importante, estão presentes de forma marcante nos sedimentos arenosos, onde aparecem sob a forma de grãos detríticos. Minerais Não-Silicatos a. Elementos nativos: formados por elementos químicos que se associam a eles mesmos. Ex: enxofre. b. Sulfetos: é a combinação de enxofre com um elemento químico ou um radical. Ex: pirita. REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira c. Óxidos: combinação de oxigênio com um ou mais metais. As características gerais dos minerais incluem dureza e densidade relativamente alta. Ex: hematita. d. Hidróxidos: combinação com grupos (OH-) ou moléculas de água. Possuem estrutura geralmente em folhas, por vezes em cadeias. Ex: bauxita. e. Carbonatos: minerais que apresentam na sua composição química o íon carbonato CO3. Ex: calcita. f. Halóides: combinação de íons halogênios com metais e metaloides. Ex: fluorita. g. Sulfato: contém o cátion sulfato na forma SO4. Ex: gipsita. Capitulo 03 – Rochas Ígneas “Rocha, no sentido geológico, é um material que faz parte essencial da crosta solida da Terra, e é constituída por um agregado de um ou mais minerais, ou vidro vulcânico ou matéria orgânica.” As rochas ígneas resultam da consolidação do magma. Conforme seu local de formação distingue-se dois tipos de rochas ígneas: Intrusivas: formadas em profundidade, pelos lentos processos de resfriamento e solidificação do magma, resultando em material cristalino geralmente de granulação grossa e de formas definidas. (Granito) Extrusivas: formadas na superfície terrestre, ou nas suas proximidades, pelo extravasamento explosivo, ou não, de lava. (Basalto) 01. Características do magma Magma é qualquer material rochoso fundido, de consistência pastosa e de alta temperatura que, ao se consolidar, forma rocha ígnea ou magmática. Quando extravasa à superfície recebe o nome de lava. Existem dois tipos de magma: magma granítico (teores de sílica superiores a 66% e são mais viscosos) e magma basáltico (teores de sílica entre 45% e 52% e são mais quentes). O SiO2 é responsável pela viscosidade do magma e pela sua acidez. REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira Por que não temos quartzo no Basalto? Porqueo basalto possui pouca sílica, insuficiente para completar a série de cristalização. Magma básicos (pouca sílica): não resta sílica para reagir e forma um basalto. Magma ácido (muita sílica): resta sílica para cristalizar o feldspato e o quartzo, formando um granito. 02. Formas de Ocorrência Rochas ígneas extrusivas Quando o magma é pouco viscoso, as lavas que fluem dos vulcões em forma de escudo são altamente fluidas e mais velozes, espalhando-se sobre grandes extensões do terreno. Quando o magma é mais viscoso, as lavas são pouco fluidas, solidifica mais rapidamente e forma camadas mais espessas, estes vulcões apresentam um caráter explosivo. Rochas ígneas intrusivas Se o magma, gerado em profundidae, se consolidar no interior da crosta teremos a formação de rochas intrusivas. a. Diques: o magma invade as rochas encaixantes atraves de fraturas ou falhas. Podem ocorrer de forma isolada ou como exames. São constituidos geralmente por magma básico. b. Sills: corpos intrusivos tabulares paralelos à extratificação quando a rocha encaixante for sedimentar. Apresentam atitude horizontal e se formam proximo à superficie. c. Lacólitos: apresentam forma de um cogumelo, invadem concordantemente camadas de rochas sedimentares em niveis rasos. É uma variação do sill. d. Batólitos e stocks: corpos igneos plutonicos de maior dimensão e possuem uma forma irregular, que cortam a estrutura das rochas encaixantes. Quando a área for menor são denominados de stocks. Granito X Basalto Rocha ácida Holocristalinas Granulação grossa ou média Rocha intrusiva Rochas félsica Textura fanerítica Extrutura maciça Rocha básica Holocristalinas Granulação fina Rocha extrusiva Rocha máfica Textura microfanerítica Extrutura maciça 03. Textura das rochas ígneas Principais características de seus minerais constituintes: a. Grau de cristalização: proporção de minerais e vidro que estão presentes nas rochas ígneas. Holocristalinas: composta inteiramente de cristais; Hipocristalinas: mistura de cristais e vidro; vítrea: composta quase inteiramente de vidro (resfriamento magmático extremamente rápido). b. Tamanho dos grãos: grossa (superior a 5 mm), média e fina (menos que 1 mm). REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira c. Composição química: ácidas, intermediarias, básicas e ultrabásicas. d. Índice de cor: minerais félsicos, minerais silicatos ricos em elementos leves, como silício, de cor clara com peso especifico inferior a 3. Ex: granito. Minerais máficos, minerais ricos em ferro com coloração escura. Ex: basalto. e. Textura: fanerítica, quando a rocha é formada por grãos cristalinos de diâmetro superior a 5 mm ou compreendido entre 1 e 5 mm; microfanéritica, quando a rocha é formada totalmente ou em grande parte por minerais cristalinos de diâmetro inferior a 1 mm. f. Principais estruturas: maciça (massa de rocha compacta), fluidal (movimento direcional do magma), vesicular (resulta da ação de vapores que se expandem dentro da lava, formando cavidades), amigdaloide (formação de minerais vesicular), e colunar (resultado da contração da lava). 04. Fraturamento durante resfriamento do magma Plutonismo Absissais: lento resfriamento dando origem ao batólito. No Brasil são frequentes afloramento de batólitos graníticos (Ex: Florianópolis). Importância para a engenharia = possibilidade de implantar pedreiras (grande volume, pequena cobertura de solo, pouco fraturado), bom para fundações de barragens e boa estabilidade para tetos de túneis. Plutonismo Hipoabissais: Diques e Sills, contração do magma → ruptura da rocha. A ruptura é mais intensa na direção perpendicular à maior dimensão na ordem de 5 a 60 cm. 05. Interesse na Engenharia Túnel: escavado em um dique apresentará instabilidade no teto, necessitando de soluções de contenção. No granito, devido aos espaçamentos de suas fraturas, esse problema é mínimo. Pode haver infiltração de agua através das fraturas. Poço: é mais indicado em diques por causa da maior permeabilidade. Pedreira: a situação ideal é ser instalada em batólitos. 06. Grupo de rochas ígneas Grupo dos Granitos a. Granito: rocha ígnea mais frequente que aflora nos continentes, sendo frequentemente cortadas por diques e veio de microgranito e pagmatito. Possui textura equigranular e sua estrutura é maciça sem orientação preferencial. Ocorre sob a forma de massas discordantes representadas por batólitos que afloram na superfície devido a erosão das montanhas. b. Microgranito: Apresenta granulação média, mais fina que a do granito e ocorre em sills e diques. c. Riolito: é uma rocha ígnea vulcânica extrusiva do granito, é densa e possui granulação fina. Grupo dos Gabros REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira a. Gabro: é uma rocha magmática máfica (básica) formada a grandes profundidades (intrusiva). b. Diabásio: rocha magmática básica formada em baixa profundidade. Ocorre em sills e diques, e é mais grossa do que o basalto, por resfriar mais lentamente. c. Basalto: rochas vulcânicas mais abundantes, tendo como equivalente intrusivo o gabro, com textura microcristalina. 07. Perfil típico de um derrame basáltico Zona Amigdalóide: maior alterabilidade do derrame, devido à grande porosidade, fratura e presença de minerais expansivos. Tende a formar solo com grandes espessuras e argiloso (montmorilonita). Esponjoso. Não é indicado para a produção de agregado devido ao seu baixo grau de cristalização grande alterabilidade e porosidade. Zona Vítrea: rápido resfriamento por dissipação de calor no contato com o topo do derrame anterior, por não aprisionar gases sua estrutura tenderá a ser maciça. Não é indicado para produção de agregado devido a sua grande alterabilidade. Zona Tubular: lava que resfria logo após a zona amigdaloide e vítrea. Textura microcristalina, estrutura maciça. Sua utilização como brita depende do ensaio do índice de forma, apresentado pelos fragmentos produzido por britagem. Zona colunar: última porção a se solidificar, portanto possui um resfriamento mais lento. Predomina o faturamento vertical. Usado na produção de agregados devido ao maior grau de cristalização, maior espaçamento entre as fraturas e ausência de minerais expansivos. REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira Perguntas e Respostas Quais as características da zona vesicular em um derrame de basalto? Zona amigdaloide/vesicular: maior alterabilidade do derrame, não é adequada a produção de brita, material microfissurado, resfriamento rápido e contração intensa Quais são as características do fraturamento de resfriamento de batólitos? A cristalização é lenta, pois demora a resfriar, assim seus fraturamentos são muito mais espaçados, o que a torna uma rocha muito mais firme e bastante importante na engenharia. Por que não há quartzo no basalto? Basalto não possui quartzo, pois não tem sílica suficiente para ser cristalizada e completar a sequência de cristalização dos minerais. Por que um túnel em um dique é menos estável que um túnel em um batólito? Devido ao fraturamento na horizontal no dique. No batólito seus fraturamentos são muito mais espaçados, o que a torna uma rocha muito mais firme. O que é placa tectônica e o que a compõe? Placa tectônica é composta pela crosta (continental e oceânica), juntamente com o Moho e o início do manto até a Astenosfera. Ela tem espessura variada, sendo compartimentadapor falhas e fraturas profundas. Do que depende a viscosidade de um magma e como esses fatores estão relacionados? Depende da composição química, grau de cristalização, teor de voláteis dissolvidos e temperatura em que se encontra. Maior consistência, mais sílica, maior grau de cristalização, menos voláteis, menor temperatura. O SiO2 é responsável pela viscosidade do magma e pela sua acidez. Limites entre as placas, citar e descrever Limites divergentes: Marcado pela a dorsal meso-oceânica onde as placas tectônicas se afastam uma da outra. Limites convergentes: As placas tectônicas colidem, com a mais densa mergulhando sob a outra, gerando uma zona de intenso magmatismo a partir de processos de fusão parcial da crosta que mergulhou. Nestes limites ocorrem fossas e províncias vulcânicas (ex.: placa do pacífico). Limites conservativos: Placas tectônicas deslizam lateralmente uma em relação a outra, sem destruição ou geração de crosta (falhas transcorrentes). Exemplos deste tipo é a falha de San Andréas na América do Norte. O que é corrente de convecção e como se forma? Corrente de convecção está relacionada com o fluxo térmico interno da terra. Um exemplo pode ser na dorsal-oceânica. O fluxo de calor emanado na dorsal provocaria a ascensão do material do manto que fica menos denso. Ao atingir a superfície se movimenta lateralmente e o fundo oceânico se afastaria da dorsal. O material que sai pela fenda existente na crista da dorsal forma a nova crosta oceânica. REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira Qual a teoria de Alfred Wegener, se foi aceita na comunidade científica e por que não foi comprovada? Teoria de que os continentes poderiam ter estado juntos e posteriormente teriam sido separados (Pangea). Wegener reuniu as evidencias que encontrou em seu livro “A origem dos continentes e oceanos”. Não foi aceita por não explicar como e quais forças seriam capazes de mover os inúmeros blocos continentais. Segundo a isostasia, por que ainda temos cordilheiras acima do nível do mar? Mesmo após ter sofrido intemperismo e erosão intensa no decorrer do tempo geológico, a crosta continental situa-se acima do nível do mar devido à isostasia, pois a medida que a erosão remove as camadas superficiais, ocorre lento soerguimento. Portanto, rochas originadas em profundidade maiores acabam atingindo níveis superficiais Citar e descrever dois minerais classificados quanto à origem e um exemplo. Minerais magmáticos→ são aqueles que resultam da cristalização (resfriamento) do magma. Ex: quartzo, mica, feldspato. Minerais metamórficos → originam-se principalmente pela ação da temperatura, pressão litostática e pressão das fases voláteis sobre rochas magmáticas, sedimentares e também sobre outras rochas metamórficas. Recristalizam-se no estado sólido. Ex: granada. Diferenças e semelhanças entre os minerais silicatos. Os silicatos estruturalmente apresentam o íon Si+4 situado entre quatro íons O-2 compondo um arranjo tetraédrico (SiO4) -4. Nos silicatos os tetraedros unem-se pelo vértice. Cada grupo de uma forma diferente. Os nesossilicatos os tetraedros são independentes e unem-se por cátions de Fe, Mg e etc, nos inossolicatos os tetraedros ligam-se por um oxigênio comum, formando cadeias simples ou duplas, nos filossilicatos cada tetraedro é ligado a outros 3 por oxigênio em comum, os tectossilicatos unem-se tridimensionalmente, compartilhando todos os oxigênios dos vértices com tetraedros vizinhos. Caulinita X montmorilonita A caulinita possui a proporção 1Al:1 Si, tem formato hexagonal, é estável na presença de água, maior da argila minerais, menor plasticidade e superfície especifica de 10 a 20 m²/g. monrmorilonita possui a proporção 1 Al: 2 Si, instável na presença de água (expansiva), mais plástico e superfície especifica de 800 m²/g. Por que um dique diabásio num maciço de granito forma um vale? Devido ao maior faturamento do dique (predominantemente horizontal), pois como o fraturamento e constituição mineralógica. Indique as semelhanças e as diferenças das rochas no grupo do granito. Normalmente forma corpos homogêneos de rocha sendo frequentemente cortado por diques e veios de microgranito e pegmatito. Ocorre com diversas cores, cinza claro a cinza escuro, amarelo, rosa ou vermelho. A maioria dos granitos possui textura equigranular, ou seja, apresenta grãos equidimensionais. A estrutura em geral é maciça, onde os constituintes REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira em geral não apresentam orientação preferencial. A granulação pode variar de milimétrica a centimétrica. Diferem na profundidade que se encontram da crosta. Características da região colunar no derrame basáltico. Fraturamento vertical, menor alterabilidade do derrame, pedreira (alto grau de cristalização) Como se forma a junta falha? Quais são suas características. São falhas horizontais de grande extensão, podendo ter preenchimento de até 20 cm, Podem ser de origem primária, quando há velocidades diferentes de fluxo da lava, originando descontinuidades horizontais, ou podem ser de origem secundária, onde após o surgimento das falhas de origem primária ocorrem deslocamentos horizontais devido a tensões interplacas. Outras Questões 01) Características dos minerais, citar 2 classificações e exemplos. 02) Descrever/representar 4 tipos de limites/encontros de placas. 03) Definir/representar litosfera. 04) Por que predominam rochas silicáticas na crosta oceânica/ diferenciar as 4 classes. 05) Diferença entre basalto e granito. 06) Como a isostasia explica porque os blocos rochosos têm alturas diferentes. 07) Como são classificados os grupos de rochas ígneas. 08) O que são sismos ou terremotos/ como se formam. 09) Quais as diferenças entre ondas p e s? 10) Descrever (diferenças e semelhanças) entre piroxênios e anfibólios. 11) Por que um dique de diabásio em um maciço de granito forma um vale orientado e no arenito forma uma crista? Represente. 12) Indique as semelhanças e as diferenças das rochas no grupo do gabro. 13) Faça um esquema de um derrame de basalto (perfil). Indique e caracterize suas diferentes zonas. 14) Para a classificação mineralógica e textural das rochas ígneas, explique como variam as características das rochas (quadro da apostila, que vai de riolito a basalto, de granito a gabro).
Compartilhar