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apostila poder legislativo

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I. Poder Legislativo 
1. Poder legislativo Representa o povo. Todo poder emana do povo, mas o modo de exercício desse poder, pode se dar pela democracia direta ou pela democracia representativa. 
1.1. Reunião dos parlamentares 
I. Sessão legislativa ordinária (art. 57, “caput”, CF) 
“Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.” 
Obs.: O recesso é de 55 dias, mas antes da EC n.º 50/06 esse recesso era de 90 dias. 
Legislatura – é o período de 4 anos subsequentes ao ano de eleição federal.
II. Sessão extraordinária (art. 57, §6º, CF) Nesta sessão extraordinária o Congresso Nacional somente deliberará sobre matéria para a qual foi convocado, salvo a hipótese de medidas provisórias em vigor na data da convocação extraordinária. De acordo com o artigo 57, §7º é vedado o pagamento de parcela indenizatória em razão da convocação extraordinária. 
§ 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á: 
I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente- Presidente da República; 
II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional. 
III. Sessão conjunta (art. 57, §3º) É a reunião conjunta de Deputados federais e Senadores, para: 
a. Inaugurar a sessão legislativa. 
b. Elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas. 
c. Receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República. 
d. Conhecer do veto e sobre ele deliberar. 
e. Além de outros casos previstos nesta Constituição. 
A sessão é conjunta, mas a deliberação é bicameral, ou seja, cada casa delibera separadamente. O único caso de sessão unicameral do Brasil é o Poder Revisor do art. 3º do ADCT. 
 
IV. Sessão preparatória (art. 57, §4º) 
“Art. 57, §4º. Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente.” 
O presidente da mesa legislativa pode integrar a nova mesa, mas não pode ser novamente nomeado para o cargo de presidente – essa proibição não é uma norma de repetição obrigatória nos estados. Cabe lembrara que uma legislatura corresponde ao mandato de 4 anos.
1. Comissões 
1.1. Comissão temática ou em razão da matéria 
Artigo 58, §2º, CF – o parlamento se reúne para suas atividades nas comissões temporárias ou em razão da matéria que estão definidas no regimento interno do Senado ou da Câmara. É possível projeto de lei ser aprovado na comissão em razão da matéria, desde que não haja vedação no regimento interno. 
É possível retirar matéria da comissão temporária e levar ao plenário através de recurso interposto por 1/10 dos membros da casa. 
1.2. Comissão especial ou temporária 
Comissão criada para uma finalidade específica. 
Exemplo: CPI criada para investigação parlamentar – artigo 58, §3º, CF. 
 Comissão de Impeachment
58 § 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. 
a) criação da CPI 
Se dá mediante requerimento de no mínimo 1/3 de deputados ou senadores. 
A comissão parlamentar mista de inquérito deve ter requerimento de 1/3 de deputados e 1/3 de senadores, de modo individual. 
Depois de criada a CPI surgem seus integrantes para atuar na investigação parlamentar. 
b) Objeto da CPI 
Apuração de fato determinado, específico, que identifica uma situação. A CPI não pode ser criada de modo genérico. Ex. Investigar desvios de verbas de subvenções ocorridas na assembleia legislativa de Sergipe no ano de 2014.
c) Prazo da CPI 
O prazo é certo, normalmente de 120 dias, a previsão é regimental. O prazo poderá ser prorrogado com o limite da legislatura (até o fim de legislatura), ou seja, o período que corresponde ao mandato de 4 anos. 
d) Poderes da CPI 
Poderes da investigação próprios das autoridades judiciais (e não policiais), poder de investigar e não de julgar, CPI não julga nem condena ninguém, apenas apura fatos e faz o relatório e após isso encaminha o relatório para alguém promover a condenação. O relatório deve ser motivado (artigo 93, IX, CF). 
Nem toda responsabilização o MP pode atuar ou promover a responsabilização (artigo 129, IX, CF – vedações ao MP). 
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. 
Segundo a jurisprudência existem três temas que a CPI não pode atuar: cláusula reserva de jurisdição (só o juiz pode atuar): 
1) artigo 5º, XI, CF – busca e apreensão domiciliar: entrar na casa tem que ter consentimento do morador, exceto em flagrante delito, desastre ou para prestar socorro, tanto faz de dia ou de noite, tanto faz se com ordem judicial ou não. Se não for nessas situações excepcionais deve ser por determinação judicial e deverá ser cumprida durante o dia (das 6 às 18 horas – entendimento jurisprudencial); 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. 
 
2) artigo 5º, XII, CF - interceptação de comunicação telefônica – o chamado “grampo”: é inviolável o sigilo da correspondência, dados, comunicações telefônicas, salvo no último caso por ordem do juiz. 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. 
A CPI pode solicitar os dados telefônicos, mas não a interceptação telefônica. 
3) Prisão: artigo 5º, LXI, CF. 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei. 
Qualquer um pode prender em flagrante, desta forma, a CPI pode prender em flagrante também (exemplo: prisão em flagrante por desacato), o que ela não pode é expedir um mandado de prisão. 
e) Quebra de sigilo bancário 
É ou não reserva de jurisdição? A CPI pode quebrar sigilo bancário? 
O artigo 192, CF, exige que a regulamentação do sistema financeiro nacional seja feito por meio de leis complementares (LC 104 e 105). 
Há uma contradição entre tais artigos: 
- Artigo 5º, X, CF – intimidade e privacidade. - Artigo 145, §1º, CF – a administração tributária tem poder de identificar o patrimônio e rendimento do contribuinte. 
No julgamento do RE 389.808, o STF entendeu que a quebra do sigilo bancário deve ser feita pelo juiz e não pela administração bancária, uma vez que deve prevalecer a intimidade e privacidade do artigo 5º, X. 
Não pode quebrar o sigilo bancário: - A administração tributária; - o MP; - o delegado de polícia; - e a CPI municipal – osmunicípios não têm poder judiciário. 
Pode quebrar o sigilo bancário: - o poder judiciário; - a CPI estadual, federal e distrital. 
Eventuais testemunhas de uma CPI, têm o dever de dizer a verdade e prestam compromisso, o STF tem dado HC para que as testemunhas se calem na CPI (para que possam ter o salvo conduto). 
A CPI não tem o poder de investigar o conteúdo de uma decisão judicial. 
1.3. Comissão representativa 
Artigo 58, §4º, CF – comissão que representa o parlamento durante o recesso. 
§ 4º - Durante o recesso, haverá uma Comissão representativa do Congresso Nacional, eleita por suas Casas na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no regimento comum, cuja composição reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária. 
Normalmente do dia 2 de fevereiro a 07 de julho (primeiro período legislativo) e voltam em 01 de agosto a 22 de dezembro (segundo período legislativo). 
A comissão é eleita na ultima sessão ordinária do período legislativo.

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