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Aula 8 BALANÇO DE PAGAMENTOS (2)

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BALANÇO DE PAGAMENTOS
AULA 8 – CONTABILIDADE SOCIAL
DEFINIÇÃO
 Registro de todas as transações entre residentes e 
não-residentes em um determinado período
 Residentes: pessoas, físicas ou jurídicas, que 
tenham esse país como seu principal centro de 
interesse, que têm nele sua residência fixa, 
empresas sediadas no país, governo.
 Fluxos de bens, serviços, doações e ativos entre 
residentes e não-residentes em um determinado 
período (reais e financeiros). 
 Transações de crédito (receita, entrada) +
 Transações de débito (despesa, saída) –
Conta Corrente 
1 – Balança Comercial (transações envolvendo mercadorias tangíveis) 
1.1 Exportações 
1.2 Importações 
2 – Balança de Serviços (transações envolvendo mercadorias intangíveis) 
2.1 Turismo 
2.2 Fretes e Transportes 
2.3 Seguros 
2.4 Royalties 
2.5 Outros 
3 – Balança de Rendas (transações envolvendo fatores de produção) 
3.1 Lucros 
3.2 Juros 
3.3 Salários 
4 – Transferências Unilaterais Correntes 
5 – Saldo do BP em transações correntes (ou simplesmente saldo da conta 
corrente do BP) - (5 = 1 + 2 + 3 + 4) 
Conta Capital e Financeira 
6 – Conta Capital 
7 – Conta Financeira 
7.1 Investimentos Diretos (inclui reinvestimentos e empréstimos inter-companhia) 
7.2 Investimentos em Carteira 
7.3 Investimentos em Derivativos 
7.4 Outros 
7.4.1 Empréstimos e Financiamentos (inclui empréstimos de regularização e 
amortizações) 
7.4.2 Crédito Comercial 
7.4.3 Moeda e Depósitos 
7.4.4 Outros 
8 – Erros e Omissões 
9 – Saldo do Balanço de Pagamentos (9 = 5 + 6 + 7 + 8) 
10 – Haveres da Autoridade Monetária - variação 
(haveres estrangeiros líquidos e sob o controle da autoridade monetária) 
10.1 Reservas em Moeda Estrangeira (inclui títulos de alta liquidez) 
10.2 Reservas no FMI 
10.3 Direitos Especiais de Saque (DES); 10.4 Ouro 
10.5 Outros Haveres (qualquer outro ativo líquido em moeda estrangeira) 
BALANÇO
DE
PAGAMEN
TOS
CONTA CORRENTE DO BP
 Balança Comercial: registra a movimentação de 
mercadorias, ou seja, de bens tangíveis.
 Vendas ao exterior: X*
 Compras do exterior: M*
 *ambas registradas a preços Fob
 Duas maneiras de contabilizar: Fob (valor de 
embarque da mercadoria – free on board) e Cif 
(valor que inclui além do custo das mercadorias, os 
fretes e seguros relacionados ao seu transporte).
CONTA CORRENTE DO BP
 Balança de Serviços (serviços não fatores): 
 empresa brasileira compra um serviço de transporte de 
uma empresa estrangeira  mercadoria intangível (não 
é possível percebê-la com nossos cinco sentidos).
 transportes e fretes, turismo, viagens internacionais em 
geral, serviços financeiros e de comunicação, 
 Balança de Rendas (serviços fatores):
 pagamentos ou recebimentos que se dão em função da 
utilização desses fatores: lucros, dividendos ou o 
recebimento de juros (ex: fator capital).
 empresa brasileira pode utilizar força de trabalho de 
não residentes, de modo que terá de remeter recursos 
ao exterior para o pagamento de salários. 
CONTA CORRENTE DO BP
 Transferências unilaterais correntes: envolvem 
pagamentos ou recebimentos, tanto em moeda quanto 
em bens, sem contrapartida, tais como as remessas de 
recursos realizadas por pessoas que trabalham em 
outro país aos seus familiares no país de origem ou as 
doações de um país a outro a título de ajuda 
humanitária ou reparação de guerra
 Balança comercial + Balança Serviços + Balança de 
Rendas + Transferências Unilaterais = Saldo do 
Balanço de Pagamentos em Transações Correntes 
do BP.
 Déficit TC: o Brasil “produziu” quantidade de divisas 
(*moeda internacional) insuficiente para pagar as 
despesas em divisas contraídas no mesmo período. 
(analogamente em relação ao superávit) 
QUESTÃO
 Como o país financia o déficit em TC?
 Empresa  empréstimo
 Família  cheque especial
 País  conta financeira e haveres da autoridade monetária. 
Ou seja, país pode ter recebido moeda em função de 
investimentos externos diretos (IDE) que tenham sido feitos 
no país (não residentes compraram ativos de residentes), ou 
ainda de empréstimos que residentes tenham obtido junto a 
não residentes.
 Porém esse tipo de moeda não é corrente e sim é um ativo 
que lida com estoques de riqueza (ex, economia doméstica). 
 Se o valor das contas em transações de capital for 
suficiente para compensar o déficit em transações 
correntes  Superávit no BP. Se isso não ocorrer o país 
tem que abrir mão de parte de suas reservas (haveres). 
CONTA DE CAPITAL DO BP
 Conta Capital: patrimônio de imigrantes e aquisições ou 
alienações de bens não financeiros, tais como a cessão 
de patentes e marcas
 Conta Financeira: registra as transações envolvendo 
investimentos de qualquer tipo, empréstimos e 
financiamentos entre países. 
 Investimentos externos diretos (IED), como é mais conhecida 
(item 7.1), contabilizam-se todas as aquisições e vendas de 
capital produtivo entre residentes e não residentes num 
determinado período. Incluem-se aí, portanto, as compras e 
vendas de empresas nacionais, privadas ou estatais, as 
aquisições ou vendas de participações societárias e a 
ampliação e/ou criação de capacidade produtiva nova no 
país por iniciativa de empresas ou grupos estrangeiros.
 Geralmente + para países importadores líquidos de capital 
(processo de privatização – década de 90).
 Reinvestimentos (rendimentos proporcionados pelas empresas de capital estrangeiro 
que, ao invés de serem remetidos para fora, permanecem no país, sendo reinvestidos nas 
empresas) e empréstimos inter-companhias (uma empresa de propriedade 
de não residentes operando no país recebe recursos de sua matriz no exterior).
CONTA DE CAPITAL DO BP
 Conta Financeira:
 Investimentos em carteira: transações que envolvem 
ativos financeiros propriamente ditos: títulos públicos, 
títulos de dívida privados e ações. Constituem 
obrigações e direitos (capitais) a curto prazo, porque 
existem para esses ativos mercados secundários onde 
eles podem ser comprados e vendidos a qualquer 
momento (xIDE – prazo mais longo).
 Investimentos em derivativos: aplicações financeiras 
(futuros, opções e swaps) que têm por base ativos 
derivados de outros ativos.
 Empréstimos e financiamentos: todos os empréstimos 
contraídos no exterior e todos os financiamentos 
externos obtidos por residentes, com exceção do 
crédito comercial.
CONTA DE CAPITAL DO BP
 Empréstimos e financiamentos
 Empréstimos de regularização: divisas que entram no país em função de 
acordos efetuados entre o Fundo Monetário Internacional (FMI) ou outras 
instituições financeiras multilaterais.
 Amortizações: pagamentos de parcelas referentes ao principal dos 
empréstimos e financiamentos externos contraídos ou concedidos.
 Atrasados, ou seja, o não pagamento de qualquer obrigação em moeda 
estrangeira (o país não dispõe das reservas necessárias para honrar tal 
obrigação, nem da ajuda dos organismos internacionais  moratória).
 Créditos comerciais  importações ou exportações de bens ou serviços 
que não são integralmente pagas à vista, sendo ao menos uma parte de 
seu valor parcelada (financiamento de operações correntes).
 Moedas e depósitos  possibilidade de que residentes mantenham 
legalmente recursos em divisas fora do país e/ou que não internalizem 
recursos provenientes de vendas realizadas a não residentes.
 Erros e omissões  calculado para tornar nula, no balanço de 
pagamentos, a somatória de débitos e créditos (diversas fontes 
de informação e diversas origens dos dados utilizados).
EM SÍNTESE,
A conta capital e financeira registra os
investimentos, empréstimos, financiamentos e
demais capitais financeiros entre países. Somandoo
seu saldo ao saldo do balanço de pagamentos em
transações correntes e considerando eventuais
erros e omissões, chega-se ao saldo total do
balanço de pagamentos. A variação apresentada
pela conta haveres das autoridades monetárias
demonstra esse resultado, ou seja, mostra seu
impacto sobre o nível de reservas.
SALDO BP
 O saldo do balanço de pagamentos (BP) deve ser idêntico à 
variação da conta haveres da autoridade monetária*.
 Se chamarmos o saldo do balanço de pagamentos de BP e o 
valor resultante das variações de haveres de R (de reservas), 
diremos que:
 BP = -R  BP + R =0 
Saldo -R  elevação das reservas do país e saldo superavitário 
do BP. 
 TC+TK+R=0
 TC = - (TK+R)
 Explica como o país resolveu seu problema de déficit em 
transações correntes ou, no caso de um superávit em conta 
corrente, vai explicar que destino o país deu aos recursos 
adicionais obtidos no período em questão (*reservas em 
moeda estrangeira, títulos de alta liquidez, reservas no FMI e 
DES – Direitos Especiais de Saques, ouro e outros haveres). 
ECONOMIA INTERNACIONAL - 2012
 Desaceleração ao longo de 2012
 agravamento da crise fiscal, bancária e política na 
Europa  recessão Área do Euro;
 redução no ritmo de recuperação econômica nos EUA;
 aumento da aversão ao risco nos mercados financeiros;
 apesar de novos incentivos para investimentos na 
China.
 Terceiro trimestre – aumentos nos preços dos 
grãos e das commodities metálicas.
14
BP e tendências mundiais em gráficos
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
19
80
19
81
19
82
19
83
19
84
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85
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86
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87
19
88
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89
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90
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91
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19
93
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94
19
95
19
96
19
97
19
98
19
99
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
*
20
11
*
20
12
*
20
13
*
20
14
*
20
15
*
Participação % no PIB mundial em US$ de mercado 
três principais economias do mundo
USA
Japão
China
Balanço de pagamentos
US$ milhões
Discriminação 2012
Balança comercial (FOB) 19.415 
Exportação de bens 242.580 
Importação de bens - 223.164 
Serviços e rendas (líquido) - 76.492 
Serviços - 41.044 
Receita 39.864 
Despesa - 80.908 
Rendas - 35.448 
Receita 10.888 
Despesa - 46.335 
Transferências unilaterais correntes 2.846 
TRANSAÇÕES CORRENTES - 54.230 
CONTA CAPITAL E FINANCEIRA - 2012 70.154 
Conta capital - 1.877 
Conta financeira 72.030 
Investimento direto 68.093 
Investimento brasileiro direto 2.821 
Participação no capital - 7.555 
Empréstimo intercompanhia 10.377 
Investimento estrangeiro direto 65.272 
Participação no capital 52.838 
Empréstimo intercompanhia 12.434 
Investimentos em carteira 8.770 
Investimento brasileiro em carteira - 7.764 
Ações de companhias estrangeiras - 2.275 
Títulos de renda fixa - 5.489 
Investimento estrangeiro em carteira 16.534 
Ações de companhias brasileiras 5.600 
Títulos de renda fixa 10.934 
Derivativos 185 
Ativos 150 
Passivos 35 
Outros investimentos - 5.018 
Outros investimentos brasileiros - 24.547 
Outros investimentos estrangeiros 19.529 
ERROS E OMISSÕES 2.976 
RESULTADO DO BALANÇO 18.900 
Balanço de pagamentos
US$ milhões
Discriminação - RESUMIDO 2012
Balança comercial (FOB) 19.415 
Serviços e rendas (líquido) - 76.492 
Transferências unilaterais correntes 2.846 
TRANSAÇÕES CORRENTES - 54.230 
Conta capital - 1.877 
Conta financeira 72.030 
CONTA CAPITAL E FINANCEIRA 70.154 
ERROS E OMISSÕES 2.976 
RESULTADO DO BALANÇO 18.900 
TC + (TK + Erros/Omissões) = BP
-54.230 + (70.154 + 2.976) = 18.900 
Déficit em TC < Superávit em TK  Superávit BP
 Houve uma mudança significativa do balanço de 
pagamentos do Brasil nos últimos anos: de uma 
situação deficitária para uma superavitária e um 
retorno ao déficit. 
 O déficit em transações correntes, que era de US$ 
33,4 bilhões em 1998, transformou-se em superávit 
no período 2003:7 e a trajetória é de déficit a partir 
de 2008.
 Houve redução da dívida externa líquida e aumento 
das reservas.
 O passivo externo líquido cresceu ao longo da 
última década. 
O Balanço de Pagamentos do Brasil
EVOLUÇÃO BP
 Desempenho no período 2003:7 está relacionado 
ao crescimento da economia mundial; 
 Impacto + sobre o preço das commodities;
 Fraco desempenho da economia brasileira em 
termos de crescimento do produto (queda M);
 Elevados superávits comerciais ampliavam o 
superávit em transações correntes e levavam à 
redução do passivo externo do país;
 Além da valorização real da taxa de câmbio (altas 
taxas de juros - estabilidade dos preços).
O Balanço de Pagamentos do Brasil
A CONTABILIDADE DO BALANÇO DE PAGAMENTOS
 As contas do balanço de pagamentos de um país registram 
as transações entre residentes e não-residentes de um país.
 Toda transação internacional entra nas contas do balanço de 
pagamento duas vezes: como crédito (+) e como débito (-). 
Este é o princípio das partidas dobradas.
 Existem dois tipos de contas:
a. Operacionais 
b. Caixa (reservas Internacionais)
36
 Contas Operacionais: correspondem aos fatos geradores das 
transações, como, exportações, importações, seguros, juros, 
investimentos, etc.
 Contas de Caixa: registram o movimento de meios de 
pagamentos internacionais – reservas e ouro monetário.
 Lançamentos: Uma conta operacional é creditada quando a 
transação dá origem a uma entrada de recursos para o país; 
uma conta operacional será debitada toda vez que a transação 
der origem a uma saída de recursos do país.
A Contabilidade do Balanço de Pagamentos
37
 Lançamentos:As contas de caixa são lançadas como na 
contabilidade empresarial. Lança-se a débito o aumento de 
caixa (reservas) e a crédito a diminuição de caixa.
 Exemplos:
1. Um país faz uma exportação, recebendo à vista.
Débito: Reservas
Crédito: Exportações
2. Um país faz uma importação, financiada a longo prazo. 
Débito: Importações
Crédito: Financiamentos
A Contabilidade do Balanço de Pagamentos
38
 O exemplo anterior pode ser imaginado como sendo composto 
de duas transações:
 Primeiro, o país recebe o financiamento, depois efetua a 
importação (conta L):
Débito: -Reservas (entram reservas)
Crédito: +Financiamentos
Débito: -Importações
Crédito: + Reservas (saem reservas)
A Contabilidade do Balanço de Pagamentos
39
CONTA H DO EXEMPLO
 Lucros de US$ 20 milhões são reinvestidos no 
país.
 País remeteu lucros de US$ 20 milhões
 Conta creditada: variação de reservas + 20 
 Conta debitada: rendas de capital -20
 País recebeu o mesmo montante, US$ 20 milhões, 
em forma de investimentos
 Conta creditada: reinvestimentos + 20 
 Conta debitada: variação de reservas -20
 Outros exemplos:
1. Um país pagou em ouro monetário a amortização de um 
empréstimo externo
Débito: Amortizações
Crédito: Ouro monetário
2. Um país recebe donativos em mercadorias (imaginado como 
sendo duas transações):
Débito: Reservas
Crédito: Donativos e
Débito: Importações
Crédito: Reservas
A Contabilidade do Balanço de Pagamentos
41
 A Identidade Fundamental do Balanço de 
Pagamentos
 Qualquer transação internacional 
automaticamente ocasionadois 
lançamentos equivalentes no balanço de 
pagamentos, resultando na identidade 
fundamental:
transações correntes + conta financeira + conta 
capital = 0 
AS CONTAS DO BALANÇO DE PAGAMENTOS
42
 Transações de Reservas Oficiais
 Banco Central
 Instituição responsável pela administração da oferta de moeda.
 Reservas internacionais oficiais
 Ativos estrangeiros mantidos pelos bancos centrais como um estabilizador 
para flutuações econômicas.
 Intervenção oficial no câmbio
 Os bancos centrais frequentemente compram e vendem reservas 
internacionais nos mercados de ativos privados para alterar a condições 
macroeconômicas de suas economias.
As Contas do Balanço de 
Pagamentos
43
 Balanço de reservas oficiais: são os ativos 
estrangeiros mantidos pelos bancos centrais 
como uma reserva para instabilidades 
financeiras.
 É a soma do saldo em transações correntes, do saldo da conta 
capital, da parcela da conta financeira exclusive as reservas e da 
discrepância estatística (erros e omissões).
 Exemplo: O saldo do balanço de pagamentos do Brasil em 2011 
foi $58,6 bilhões, isto é, houve um aumento de reservas de US$ 
58,6 bilhões.
As Contas do Balanço de Pagamentos
44
EXEMPLO
 A. residente exporta mercadorias, recebendo à vista US$ 350 milhões;
 B. residente exporta mercadorias no valor de US$ 50 milhões financiadas a longo prazo
 C. residente importa mercadorias, pagando à vista US$ 250 milhões,
 D. residente paga, à vista, fretes no valor de US$ 20 milhões;
 E. residentes gastam US$ 20 milhões com viagens ao exterior;
 F. residentes recebem US$ 5 milhões provenientes do turismo;
 G. residentes remetem ao exterior US$ 50 milhões de lucro;
 H. lucros de US$ 20 milhões são reinvestidos no país;
 I. residentes pagam juros a não residentes num total de US$ 50 milhões;
 J. ingressam no país US$ 20 milhões sob a forma de investimento direto
 K. residentes pagam amortizações de empréstimos realizados pelos não residentes no
valor de US$ 35 milhões;
 L. o país importa máquinas e equipamentos no valor de US$ 65 milhões financiados a
longo prazo;
 M. o país recebe US$ 5 milhões provenientes de envio de recursos de não residentes a
seus familiares no país;
 N. o país recebe medicamentos do país vizinho no valor de US$ 5 milhões;
 O. o país obtém US$ 35 milhões em empréstimos;
 P. o país recebe capitais de curto prazo no valor de US$ 30 milhões
EXEMPLO – LANÇAMENTOS
 A. residentes exportam mercadorias, recebendo à vista US$ 350 milhões;
 Conta creditada: exportações + 350
 Conta debitada: variação de reservas – 350 (débito nessa conta significa variação positiva – entrada
de divisas)
 B. residentes exportam mercadorias no valor de US$ 50 milhões financiadas a longo
prazo
 Conta creditada: exportações + 50
 Conta debitada: empréstimos e financiamentos – 50 (os residentes estão concedendo o financiamento)
 C. residentes importa mercadorias, pagando à vista US$ 250 milhões,
 Conta creditada: variação de reservas + 250 (crédito nessa conta significa variação negativa – saída
de divisas)
 Conta debitada: importações - 250
 D. residente paga, à vista, fretes no valor de US$ 20 milhões;
 Conta creditada: variação de reservas + 20
 Conta debitada: transportes - 20
 E. residentes gastam US$ 20 milhões com viagens ao exterior;
 Conta creditada: variação de reservas + 20
 Conta debitada: turismo - 20
 F. residentes recebem US$ 5 milhões provenientes do turismo;
 Conta creditada: turismo + 5
 Conta debitada: variação de reservas - 5
 G. residentes remetem ao exterior US$ 50 milhões de lucro;
 Conta creditada: variação de reservas + 50
 Conta debitada: rendas de capital (lucros e juros) - 50
 H. lucros de US$ 20 milhões são reinvestidos no país;
 Conta creditada: reinvestimentos + 20
 Conta debitada: rendas de capital (lucros e juros) - 20
Essa operação não gerou saída de divisas logo a conta a ser creditada não pode ser a variação de reservas!
EXEMPLO – LANÇAMENTOS
 I. residentes pagam juros a não residentes num total de US$ 50 milhões;
 Conta creditada: variação de reservas + 50
 Conta debitada: rendas de capital (lucros e juros) - 50
 J. ingressam no país US$ 20 milhões sob a forma de investimento direto
 Conta creditada: investimentos diretos + 20
 Conta debitada: variação de reservas - 20
 K. residentes pagam amortizações de empréstimos (realizados por não residentes) no
valor de US$ 35 milhões;
 Conta creditada: variação de reservas + 35
 Conta debitada: amortizações - 35
 L. o país importa máquinas e equipamentos no valor de US$ 65 milhões financiados a
longo prazo;
 Conta creditada: empréstimos e financiamentos + 65
 Conta debitada: importações - 65
 M. o país recebe US$ 5 milhões provenientes de envio de recursos de não residentes a
seus familiares no país;
 Conta creditada: transferências unilaterias + 5
 Conta debitada: variação de reservas - 5 (entram divisas)
 N. o país recebe medicamentos do país vizinho no valor de US$ 5 milhões;
 Conta creditada: transferências unilaterias + 5
 Conta debitada: importações - 5 (entram divisas)  diferenciado
 O. o país obtém US$ 35 milhões em empréstimos;
 Conta creditada: empréstimos e financiamento + 35
 Conta debitada: variação de reservas - 35 (entram divisas)
 P. o país recebe capitais de curto prazo no valor de US$ 30 milhões
 Conta creditada: capitais de curto prazo + 30
 Conta debitada: variação de reservas - 30 (entram divisas)
B. Pagamentos da Economia do Exemplo 
*Conta Corrente 
1 – Balança Comercial: +80
1.1 Exportações: + 350 (A) + 50 (B) = + 400
1.2 Importações: – 250 (C ) – 65 (L) – 5 (N) = – 320
2 – Balança de Serviços: -15– 20 = - 35 
2.1 Turismo: -20 (E) + 5(F) = -15 
2.2 Fretes e Transportes: – 20 (D) = –20 
2.3 Seguros: 0 
2.4 Royalties: 0
2.5 Outros: 0 
3 – Balança de Rendas: – 120 
3.1 Lucros: – 50 (G) -20 (H) = – 70 
3.2 Juros: – 50 (I) 
3.3 Salários: 0 
4 – Transferências Correntes (Unilaterais): +10 
+ 5 (M) + 5 (N) 
5 – Saldo do BP em transações correntes = +80-35-120+10= -65
Conta Capital e Financeira 
6 – Conta Capital: 0
7 – Conta Financeira: + 40 + 30 + 15 = + 85 
7.1 - Investimentos Diretos: +40
7.1.1 Investimento Direto no País: + 20 (J)
7.1.2 Reinvestimentos: +20 (H)
7.2 Investimentos em Carteira (capitais CP): + 30(P) 
7.3 Empréstimos e Financiamentos: +15 
7.3.1 Crédito Comercial: – 50 (B) + 65 (L) = + 15 
7.3.2 Amortizações: -35 (K) 
7.3.3 Empréstimos: +35 (O)
7.3.4 Moeda e Depósitos: 0 
8 – Saldo do BP em transações de capitais = +85 + 0= +85
9 – Erros e Omissões: 0
10 – Saldo do Balanço de Pagamentos (8+5+9): +85 -65+0 = +20
11 – Haveres da Autoridade Monetária (variação de reservas) = 
-350 +250 +20 +20 -5 +50 +50 -20 + 35 -5 -35 -30 = -20
*Conta Capital e Financeira
pode aparecer como
Transações de capitais 
Autônomos
*Haveres da Autoridade
Monetária pode aparecer
Transações de capitais
compensatórios 
TAXAS DE CÂMBIO E REGIMES CAMBIAIS
 No Brasil, a taxa de câmbio nominal representa o preço,
em moeda nacional, de uma unidade de moeda
estrangeira (dólar). Uma elevação da taxa de câmbio
representa uma desvalorização. O oposto, uma
valorização.
 Tudo o mais constante, desvalorizações cambiais
tendem a estimular as exportações e desestimular as
importações, ao passo que valorizações tendem a
desestimular as exportações e estimular as
importações.
 Outros fatores: a política tarifária (ou política comercial),
a inflação nos países com os quais se realizam as
trocas, os ganhos de produtividade nos setores
exportadores e as condições de financiamento das
operações.
 Taxa de Câmbio Real(E): 
𝐸 = 𝑒
𝑃∗
𝑃
 A inflação interna tende a encarecer os produtos de 
exportação e tornar mais baratos os produtos 
importados.
 A inflação externa tende a encarecer os produtos que 
importamos e estimular nossas exportações.
REGIMES CAMBIAIS
 O nível da taxa de câmbio pode ser determinado 
ou pelas forças de mercado (pelo confronto entre 
oferta de divisas e demanda por elas) ou a partir da 
interferência do governo no mercado cambial 
(fixando a taxa).
 três regimes para o mercado cambial
 regime de câmbio flutuante,
 regime de câmbio fixo,
 regime misto.
REGIME DE CÂMBIO FLUTUANTE
 No regime de câmbio flutuante, a taxa de câmbio
oscila livremente para garantir o equilíbrio do
mercado, isto é, o equilíbrio entre oferta e demanda
por moeda estrangeira. Nesse regime, a oferta é
determinada pelos exportadores e pelos demais
residentes que recebem renda e outros recursos de
não residentes. Já a demanda é exercida pelos
importadores e pelos residentes que transferem
renda e demais recursos para o resto do mundo.
 Nesse sistema não há interferência da autoridade
econômica (Banco Central) no mercado cambial.
REGIME DE CÂMBIO FIXO
 O mecanismo de intervenção se dá a partir da 
compra e venda da moeda estrangeira no 
mercado, pelo Banco Central, por um valor fixo. 
Nesse caso é necessário que o Banco Central 
disponha de reservas suficientes para esse 
objetivo.
REGIME MISTO
 Regime misto: a taxa de câmbio pode variar dentro de 
um dado intervalo, determinado pelo Banco Central 
(bandas cambiais). A autoridade monetária fixa, não 
um determinado preço para a divisa, mas uma faixa de 
preços, com um limite mínimo e um limite máximo, 
dentro dos quais ela pode flutuar livremente no 
mercado.
 O Banco Central intervém no mercado, ou comprando 
ao preço dado pela taxa mínima (e impedindo que ela 
caia além disso), no caso de o câmbio atingir o limite 
inferior, ou vendendo ao preço dado pela taxa máxima 
(e impedindo que ela suba além disso), no caso de o 
câmbio atingir o limite superior. O regime misto é assim 
um regime de câmbio fixo atenuado,
EXERCÍCIO: O PAÍS “A” APRESENTOU OS SEGUINTES VALORES DE SUAS
TRANSAÇÕES EXTERNAS E INTERNAS NO ANO “T”
TRANSAÇÕES Milhões
de US$
a) Exportações de mercadorias 18
b) Compra de ações de empresa do país “A” por 
investidores estrangeiros em bolsa de valores
8
c) Donativos líquidos recebidos (em mercadorias) 2
d) Empréstimo a não-residentes por banco do país “A” 4
e) Empresa de outro país implanta subsidiária em “A” 8
f) Os residentes do país “A” receberam renda líquida do 
exterior sob a forma de dividendos
5
g) Amortização de parcela da dívida externa de “A” pelo 
Banco Central
26
h) Importações de mercadorias 4
Calcule o saldo da Balança Comercial, Balança de Serviços, Balança de Rendas,
Transferências Unilaterais, Saldo das Transações Correntes, Saldo das Transações
de Capital, Saldo do Balanço de Pagamentos, Saldo da Conta de Haveres no Exterior
(ou Variação de Reservas).