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EXECELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COM ARC A DE FORTALEZA- CE FREDERICO SANTANA DA SILVA, BRASILEIRO, CASADO, ENGENHEIRO, PORTADOR DA CARTEIRA DE IDENTIDADE N° XXX, EXPEDIDA PELO DETRAN-CE, INSCRITO NO CPF/MF SOB O Nº XXX, FREDERICOSS@HOTMAIL.COM, RESIDENTE À RUA NEMÉSIO BRAVO, N° XX FORTALEZA- CE, POR INTERMÉDIO DE SUA ADVOGADA SUBSCRITO, COM ENDEREÇO PROFISSIONAL À RUA CONDE DE BONFIM N° 32 FORTALEZA-CE, PARA FINS DO ART. 106, I, NCPC, VEM A ESTE JUIZO PROPOR: AÇ ÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO PELO PROCEDIMENTO COMUM EM FACE DE GEOVANA GOMES, BRASILEIRA, SOLTEIRA, MÉDICA, PORTADORA DA CARTEIRA DE IDENTIDADE Nº XXX, EXPEDIDA PELO DETRAN-BA, INSCRITA NO CPF/MF SOB O Nº XXX, GEOGOMES@HOTMAIL.COM, RESIDENTE A RUA FLORINDA Nº XX, SALVADOR-BA, PELAS RAZÕES DE FATO E DIREITO QUE PASSA A EXPOR. DOS FATOS O autor foi surpreendido com uma ligação exigindo o pagamento da importância de R$ 300. 000,00 (trezentos mil reais) pelo resgate de sua filha, Julia, que acabara de ser sequestrada. No dia 13 de janeiro de 2014, os sequestradores enviaram para residência de Frederico um pedaço da o relha de sua filha, acompanhada de um bilhete afirmando que caso não efetuasse o pagamento da importância exigida sua filha seria devolvida sem vida. Frederico, diante do desespero por somente ter arrecado o importe de R$ 220.000,00 (duzentos e vinte mil reais), decidiu, no dia 16 de jan eiro de 2014, vender seu único imóvel, uma casa de quatro quartos, com piscina, sauna, duas salas, cozinha, dependência de empregada, em um condomínio fechado, para sua prima Geovana, pelo valor de 80.000,00 (oitenta mil reais), exatamente o valor que faltava para completar o dinheiro arrecadado para o resgate. Dado por celebrado o contrato no dia 16 de janeiro de 2014 mediante pagamento no ato . Ressalta-se que, Geovana estava ciente do sequestro de OS FUNDAMENTOS: O direito do autor encontra-se amparado no art. 156 do Código Civil. Art. 156. Conf igura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. É notório o aproveitamento de tal situação p or parte da ré, evidenciando-se o que alguns doutrinadores chamam de dolo de aproveitamento, haja vista a diferença exorbitante do valor pago frente ao valor venal do imóvel. Não obstante a gravidad e da situação do risco enfrentado pela filha d o autor, fez com que o mes mo se sentisse coa gido a vender o seu único imóvel por valor inferior. Por fim, a obrigação assumida foi excessivamente onerada. Mediante ao exposto evidenciand o-se a lesão ao negócio jurídico realizado entre autor em face da ré, deve ser anulado com base no art. 171, II, e o art. 178, I e II, ambos do Código Civil Brasileiro: Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: (...) II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. Art. 1 78. É de quatro anos o prazo de de cadência para pleitear -se a anulação do negócio jurídico, contado: I - no caso de coação, do dia em que ela cessar; II - no de e rro, dolo, fraude contra credores, estado de p erigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico; I - no caso de coação, do dia em que ela cessar; II - no de e rro, dolo, fraude contra credores, estado de p erigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico; DO PEDIDO Diante do exposto, requer a V. Exa.: 1-Que seja designada audiência de conciliação ou mediação na forma do previsto no art. 334 do NCPC; 2- A citação do réu para oferecer resposta no prazo legal sob pena de preclusão, revelia e confissão; 3- Notificação ao cartório de Registro Ge ral de Imóveis através de oficio sobre o litigio do imóvel; 4- Que seja julgado procedente o pedido, condenação do réu ao pagamento das custas judiciais e honorárias advocatícios. DAS PROVAS DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Pede deferimento. Rio de janeiro, 05 de setembro de 2016 Jennifer Ramos OAB/RJ Nº XXX
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