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Caso concreto – Semana 9

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Caso concreto – Semana 9 
CASO 1 - Questão objetiva. Com respeito ao modelo constitucional brasileiro, é correto afirmar: 
a) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto torna inaplicável a legislação anterior 
revogada pela norma impugnada. 
b) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto não possui efeito vinculante para os órgãos 
do Poder Judiciário. 
c) O controle em tese da constitucionalidade de leis opera pela via difusa. 
d) A declaração de inconstitucionalidade in abstracto de lei, no modelo brasileiro, possui caráter 
retroativo. 
e) O Supremo Tribunal Federal não pode apreciar pedido de medida cautelar nas ações diretas 
de inconstitucionalidade. 
R.: 
CASO 2- Questão discursiva: (OAB – XXI Exame Unificado) O prefeito do Município Sigma envia 
projeto de lei ao Poder Legislativo municipal, que fixa o valor do subsídio do chefe do Poder 
Executivo em idêntico valor ao subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Tal 
projeto é aprovado pela Câmara de Vereadores e sancionado pelo Chefe do Poder Executivo. 
No dia seguinte ao da publicação da referida norma municipal, o vereador José, do município 
Sigma, ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, a fim 
de que fosse tal lei declarada inconstitucional. Diante do exposto, responda aos itens a seguir. 
A) Há vício de inconstitucionalidade na norma municipal? Justifique. 
R.: Sim. A lei municipal em tela possui vício de inconstitucionalidade formal (propriamente 
dita - subjetivo), considerando que a sua iniciativa se deu por ato de autoridade 
constitucionalmente incompetente, isso porque a apresentação da referida espécie de projeto 
de lei cabe exclusivamente à Câmara de Vereadores por força do artigo 29, inciso V da CF/88. 
Ademais, há que se registrar que no caso vertente há uma patente violação ao Princípio da 
Separação dos Poderes, visto que o chefe do Poder Executivo ao dar iniciativa ao aludido 
projeto de lei interferiu diretamente no poder atribuído pela Carta Maior ao Poder Legislativo, 
de sorte que, ao afrontar conteúdo materialmente constitucional da CF/88, a referida lei, 
consequentemente, se contamina de vício de materialidade. 
 B) A medida judicial adotada pelo Vereador está correta? Justifique. 
R.: Não. No caso vertente, por ausência de previsão constitucional, o vereador não é parte 
legítima para impetrar Ação Direta de Inconstitucionalidade perante a Suprema Corte (art. 
103 da CF/88 – Rol taxativo). Além disso, a lei municipal não pode ser objeto de Controle 
Concentrado (ADI genérica) por não estar comtemplada nas espécies normativas elencadas 
no art. 102, inciso I, alínea a da CF/88. Há, contudo, a possibilidade de ajuizamento da arguição 
de descumprimento de preceito fundamental tendo por objeto lei municipal confrontada 
perante a CF.

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