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PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO 1. Princípio da proteção, protetivo, tutelar ou tuitivo Pôr o trabalhador ser hipossuficiente, o direito do trabalho precisa protegê-lo, através de normas estatais cogentes, imperativas ou de ordem pública, portanto de observância obrigatória, por isso esse é o princípio mais importante e também é chamado de princípio de imperatividade das normas trabalhistas. O estado acaba assegurando ao empregador direitos trabalhistas mínimos, que é o chamado patamar civilizatório mínimo. Essa forte interferência do estado se chama de intervencionismo básico do estado ou dirigismo estatal básico. Esse princípio pode ser analisado em três vertentes: a) Princípio indubio pro operário ou indubio pro misero: se eu tenho uma norma trabalhista que comporta mais de uma interpretação possível, adotar-se-á a mais benéfica ao trabalhador. b) Princípio da norma mais favorável: caso concreto regido por mais de uma norma e o operador de direito deverá aplicar aquela norma mais favorável independentemente da sua posição na escala hierárquica. c) Princípio da condição mais benéfica ou princípio da condição mais vantajosa: se nós tivermos vantagens que são oriundas do regulamento empresarial ou do contrato individual do trabalho elas prevalecerão, ou seja, serão incorporadas ao contrato não podendo ser excluídas depois. Está ligada à teoria do direito adquirido. Sumula 51, I e 288, I TST, artigo 5, XXXVI CF e 6 LINDB. As cláusulas regulamentares que revogam direitos adquiridos anteriormente somente atingiram os novos contratos, pois os contratos já firmados já tem essa norma incorporada ao patrimônio jurídico do empregado. 2. Princípio da primazia da realidade A verdade real deve prevalecer. 3. Princípio da continuidade da relação de emprego O direito do trabalho é formado por um conjunto de regra e instituições que influenciam a manutenção do trabalho empregatício. Presume-se sempre que o contrato terminou por iniciativa do empregador. Sumula 212 TST. 4. Princípio da indisponibilidade, irrenunciabilidade ou inderrogabilidade dos direitos trabalhistas. Artigo 9 e 444 CLT e sumula 276 TST. Serão nulos de pleno direito qualquer ato a fim de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação da CLT. Os direitos trabalhistas não são suscetíveis de renúncia e transação. FONTES DO DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO 1. Conceito: representa a origem das normas jurídicas. 2. Classificação: a) Fontes materiais: representam o momento pré jurídico inspirador da elaboração da norma, ou seja, aquele momento que antecede a norma já criada. São os fatores econômicas sociais, políticos, históricos, culturais, filosóficos, etc., todos aqueles fatores que levam à edição da norma, como por exemplo, a greve. Momento pré-jurídico. b) Fontes formais: adoção da teoria pluralista. Representam a norma já materializada, já construída. Momento eminentemente jurídico. a) Autônomas: oriundas dos próprios destinatários principais das regras sem intervenção de um terceiro. Ex: convenção coletiva, acordo coletivo, usos e costumes. b) Heterônomas: oriundas de um terceiro, em geral o Estado, sem a participação imediata dos destinatários principais, como por exemplo, CF, EC, leis ordinárias, decretos, resoluções, tratados. REQUISITOS CARACTERIZADORES DO ELEMENTO EMPREGATÍCIO Para que se configure a relação de empregado é necessária a presença de 5 requisitos: 1. Pessoalidade 2. Pessoa física, pessoa natural 3. Não eventualidade ou habitualidade 4. Onerosidade: remuneração = salário + gorjetas. O salário é dever do empregador (contraprestação) e as gorjetas de terceiros. 5. Subordinação Quando há plena liberdade de atuação não é subordinação, assim não tem relação de emprego. Subordinação jurídica é a vinculação do empregado ao poder empregatício. Hoje em dia não importa a subordinação econômica, técnica ou social o que importa é a subordinação jurídica. Nesse cenário, temos de um lado o empregado e, de outro, o empregador. EMPREGADO: parte mais fraca, é hipossuficiente e subordinado juridicamente ao empregador. Ser subordinado juridicamente ao empregador é estar vinculado ao poder empregatício. EMPREGADOR: Poder empregatício que é formado por quatro fases que é o poder diretivo, disciplinar, fiscalizatório e regulamentar. Relação de emprego = relação de trabalho + requisitos caracterizadores do vínculo empregatício, também chamados de elementos fático jurídicos ou pressupostos. Artigo 2 e 3 CLT. Esses requisitos são legais e cumulativos. Artigo 2, CLT: traz o conceito de empregador. Empregador é a empresa individual ou coletiva que assumindo os riscos da atividade econômica admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Artigo 3, CLT: empregado é toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual ao empregador sob a dependência deste e mediante salário. Quanto à exclusividade, a posição majoritária é que ela não é requisito caracterizador do vínculo empregatício. Se tem informação de que os serviços são exclusivos, isso irá reforçar o vínculo empregatício e se o serviço não for exclusivo pode demonstrar que o trabalhador não é exclusivamente empregado. Quanto à alteridade, artigo 2, CLT, que diz que é o empregador que assume os riscos de sua atividade econômica, ou seja, se deu lucro ou prejuízo, o problema será do empregador. O empregado presta serviços por conta alheia e não por conta própria. Artigo 7, inciso VI da CF, que fala do princípio da irredutibilidade salarial, que diz que o salário em regra é irredutível, com exceção da negociação coletiva, assim, para que haja redução do salário é necessário que haja negociação ou acordo coletivo com a participação do sindicato que irá proteger os trabalhadores. Há muita discussão do que é alteridade, qual a sua natureza jurídica. A alteridade pode ser considerada como um princípio, como requisito caracterizador do vínculo empregatício, como característica do contrato. TELETRABALHO Artigo 6 CLT. Alguns juristas chamam de subordinação jurídica virtual. Não há mais distinção entre o trabalho realizado à distância, no domicilio do empregado ou no ambiente do empregador, desde que constatado a relação de vínculo empregatício. O parágrafo único fala que para fins de subordinação jurídica houve equiparação dos meios telemáticos e informatizados de controle, comando e supervisão aos meios pessoais e diretos, então por exemplo, pode-se analisar nesse contexto e-mails, celular, etc. Trabalhador autônomo: ausência de subordinação jurídica. Trabalhador eventual e avulso: ausência de não eventualidade ou habitualidade. Trabalhador voluntário: ausência de onerosidade Estágio: Lei. 11.788/2008. A própria lei diz que não tem vínculo empregatício de qualquer natureza. Se for um estágio conforme a lei do estágio não cria vinculo, mas qualquer desrespeito a algum dos requisitos legais vai ter como efeito a configuração de vínculo empregatício. EMPREGADO DOMÉSTICO EC 72de 2013 e artigo 7, $ único CF. O objetivo dessa EC foi o princípio da igualdade ou isonomia que foi o de trazer a igualdade dos direitos trabalhistas em relação aos empregados urbanos e rurais. Duração do trabalho normal não superior a 8 horas diárias e 44 horas semanais. Adicional de hora extra: 50% sob a hora normal de trabalho. Normas de higiene, saúde e segurança no trabalho. Reconhecimento de convenção coletiva do trabalho e acordo coletivo de trabalho. Relação de emprego protegida contra despedida arbitraria ou sem justa causa nos termos de lei complementar que preverá indenização compensatória dentre outros direitos. Direito a fundo de garantia, indenização compensatória, seguro desemprego, adicionalnoturno, salário família, auxilio creche, seguro contra acidente de trabalho. Lei complementar 150 de 1/06/2015 dos empregados domésticos. É facultada a contratação do empregado por tempo determinado mediante contrato de experiência ou para atender necessidades familiares de natureza transitória e para substituição de empregado doméstico com contrato interrompido ou suspenso. Deve ser obedecido o limine máximo de 2 anos. O contrato de experiência não poderá exceder de 90 dias e poderá ser prorrogado 1 vez desde que a soma dos dois períodos não ultrapasse 90 dias. O contrato de experiência que não for cancelado depois dos 90 dias passara a vigorar como contrato por prazo determinado. A confirmação do estado de gravidez durante o curso de contrato de trabalho ainda que durante o aviso prévio garante à empregada gestante a estabilidade provisória. A sumula 244, item III do TST garante o direito à estabilidade da gestante ainda que se trate de contrato de experiência. O artigo 1 da LC 150 define como empregado doméstico aquele que presta serviço de forma continua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa a pessoa ou família no âmbito residencial desta por mais de 2 dias na semana. Quando o empregado acompanha o empregador em viagens serão consideradas apenas as horas efetivamente trabalhadas no período podendo inclusive ser compensadas as horas extraordinárias em outro dia. Mas o acompanhamento em viagem deverá do prévio aceito entre as partes. O valor será de 25% superior ao valor do salário hora normal. Quando a lei entrou em vigor as pessoas tiveram o prazo de 120 dias para regulamentar o simples doméstico que teve como objetivo a simplificação ou unificação das obrigações trabalhistas previdenciárias e tributárias. FGTS de 8%. Indenização compensatória da perda do emprego no valor de 3,2%, que deve ser depositada todo mês destinada a perda do emprego sem justa causa ou por culpa do empregador, entrando no lugar da multa dos 40%. Nas hipóteses de dispensa por justa causa, termino do contrato por prazo determinado ou aposentaria essa indenização será devolvida ao empregador. Na hipótese de culpa reciproca esses valores serão devolvidos igualmente. Esses valores serão depositados em conta vinculada ao empregado mas em conta distinta e que somente poderá ser movimentada após o fim do contrato. Além disso, tem o SATI, que é seguro contra acidente de trabalho, no valor de 0,8% de SATI. Contribuições previdenciárias, que devem ser do empregador e do empregado. A contribuição patronal, do empregador, é de 8% e, do empregado, que é o segurado, é de 8% a 11%. Por fim, é devido também o Imposto de Renda. Serviços de forma continua, que é o que caracteriza o empregado doméstico, significa que deve-se trabalhar mais de dois dias por semana na mesma casa. Assim, a diarista trabalha até 2 vezes por semana, enquanto que a empregada doméstica trabalha 3 vezes ou mais. A idade mínima para os serviços domésticos é de 18 anos. Artigo 1, $ único da LC 150/2015 e convenção 182 OIT: formas de trabalho infantil. Artigo 46 LC 150/2015 trouxe a revogação expressa do inciso I do artigo 3 da lei 8.009/90 envolvendo o bem de família que trouxe um fortalecimento da impenhorabilidade dizendo que não pode mais penhorar bem de família para questões trabalhistas e pagamento de empregados domésticos. Artigo 19 da LC 150/2015 diz que haverá a aplicação subsidiária da CL quanto aos empregados domésticos. TERCEIRIZAÇÃO/ CONTRATO DE EMPREITADA, SUBEMPRETADA E DONO DE OBRA A terceirização pública tem que passar por um processo de licitação e, após isso pode terceirizar atividade meio e tem a responsabilidade subsidiária da administração pública desde que comprovada a sua culpa. Trata-se de uma relação jurídica triangular ou trilateral. Nessa relação, temos o trabalhador, a empresa terceirizante e a empresa tomadora do serviço. Entre o trabalhador e a empresa terceirizante temos uma relação de emprego e entre o trabalhador e a empresa tomadora de serviços, tem-se uma relação de trabalho e, entre as empresas tomadora de serviço e a terceirizante, tem-se uma relação contratual. Na terceirização há uma dissociação da relação econômica do trabalho, da relação jus trabalhista que lhe seria correspondente, assim é uma forma de inserir o trabalhador no âmbito trabalhista deixando a responsabilidade para a empresa terceirizante. No Brasil ainda não há lei específica sobre terceirização, mas tem-se a sumula 331 TST. 1. Terceirização na iniciativa privada Sumula 331 TST. Existem 4 situações tipo de terceirização licita, ou seja, que autorizam a terceirização. Essa sumula não permite a terceirização licita em atividade fim. A contratação irregular de trabalhador mediante empresa interposta é ilegal, formando o vínculo direto com o empregado. Mas existem casos em que é possível terceirizar atividade fim. a) Contrato de trabalho temporário (Lei 6.019/74): atividade fim. b) Serviços de vigilância (Lei 7.102/1983): atividade meio c) Serviços de conservação e limpeza: atividade meio d) Serviços especializados relacionado à atividade meio do tomador dos serviços. 2. Hipóteses de pactuação/ contratação no caso de trabalho temporário (Lei. 6.019/74, artigo 2). a) Necessidade transitória de substituição de pessoa regular e permanente da empresa tomadora de serviço. b) Acréscimo extraordinário de serviço. Para que se tenha a terceirização licita de atividade meio NÃO deverão estar presentes a pessoalidade e a subordinação direta. 3. Terceirização lícita – responsabilidade trabalhista das empresas a) Empresa terceirizante: responsabilidade principal e direta, devido ao vínculo empregatício. b) Empresa tomadora de serviços: responsabilidade secundária ou indireta e será também subsidiária que decorre do mero inadimplemento da Empresa Terceirizante. Assim, se a empresa tercerizante não tiver dinheiro, é possível cobrar da empresa tomadora de serviços. Essa responsabilidade subsidiária depende da participação na fase de conhecimento e deve também constar o nome no título executivo judicial. 4. Terceirização ilícita na iniciativa privada É ilícita quando está fora das situações tipo presentes na sumula 331 do TST, como por exemplo, contratar alguém para desenvolver atividade fim de forma permanente, quando conforme a sumula atividade fim é somente para trabalho temporário de até 3 meses. Deve-se pensar também na responsabilidade trabalhista das empresas quando se tem atividade ilícita: quanto a empresa tomadora de serviços, a responsabilidade vai ser direta ou principal, pois irá pedir o vínculo empregatício exatamente com a empresa tomadora de serviços, pois a contratação irregular de empregado mediante empresa interposta é ilegal formando o vínculo empregatício diretamente entre o empregado e a empresa tomadora de serviços; a responsabilidade da empresa terceirizante será indireta, secundária e solidária, devido à existência de fraude, conforme artigo 9 e 444 CLT e artigo 942 do CC e artigo 8, $ único CLT. Serão nulos de pleno direito qualquer ato a fim de desvirtuar ou fraudar a aplicação da CLT. A fraude puxa a responsabilidade solidária. Artigo 265 CC, diz que a solidariedade não se presume, resultando da lei ou da vontade das partes. 5. Terceirização na administração pública, direta e indireta Sumula 331 TST. Para que a terceirização seja licita, tem que respeitar as regras de licitação, lei 8.666/93. Precisa ter em mente a responsabilidade trabalhista da administração pública, que é a tomadora de serviços. A administração pública vai ter responsabilidade subsidiária que não decorre do mero inadimplemento da empresa terceirizante,uma vez que tem que ter a comprovação da culpa in vigilando da administração pública, ou seja, tem que comprovar que houve culpa na fiscalização das atividades por parte da administração pública em face da empresa terceirizante de serviços. 6. Terceirização ilícita na administração pública. Desrespeito em relação à lei 8.666/1993 que é a lei de licitações e contratos administrativos. Sumula 363 TST e OJ 366 SDI – 1 do TST. Trata-se de uma contratação nula e a impossibilidade de configuração do vínculo empregatício, devido à regra do concurso público, conforme artigo 37, II e $2 CF. A administração pública vai ter que pagar em tese apenas dois direitos: a contraprestação salarial tendo em vista o número de horas efetivamente trabalhadas, respeitadas o valor do salário mínimo, e os depósitos do FGTS, conforme artigo 19 – A da lei 8.036/90. Os outros direitos a administração pública não irão pagar. Na visão do trabalhador, teria como assegurar todos os direitos? OJ 383 da SDI – 1 do TST. A contratação irregular de trabalhador mediante empresa interposta não gera vinculo perante a administração pública, porem esta deverá pagar as mesmas verbas regulares e devidas pela empresa terceirizante ao trabalhador, desde que comprovada a culpa. Tem-se as mesmas verbas legais e normativas, o princípio da isonomia e a aplicação analógica do artigo 12, alínea A da lei 6.019/74, em que encontra-se o conceito de salário equitativo, isonomia salarial ou comunicação remuneratória. Assim, essa OJ condena a administração pública em todos os haveres trabalhistas. Questão Priscila trabalha na área de tecnologia da informação do banco dinheiro S/A desde 03/02/2014. Em 15/12/2015 o banco mantendo a sua personalidade jurídica própria, passo a integrar a Holding Controle S/A, conglomerado com atividades econômicas nas mais diversas áreas, envolvendo indústria, finanças e prestação de serviços. Responda: Caso Priscila passe a prestar serviços durante a sua jornada de trabalho para mais uma empresa do mesmo grupo econômico será necessária firmar novo contrato de trabalho? Não, conforme sumula 129 TST que diz que a princípio não há necessidade de se firmar novo contrato pois o grupo econômico é tido como empregador único, porem caso as partes optem por firmar novo contrato elas poderão. Explique a responsabilidade do grupo econômico? A responsabilidade é solidária no sentido de que todas as empresas do grupo respondem pelas eventuais dívidas contraídas perante o trabalhador. Prevalece o entendimento de que a responsabilidade é passiva e ativa. Sumula 129 TST. 1. Grupo econômico Existem duas modalidades de grupo econômico. Temos o tradicional ou vertical, previsto no artigo 2, parágrafo 2 da CLT. No grupo econômico vertical uma empresa dirige, controla ou administra outras empresas, chamada de holding. Tem também o caso do grupo econômico por coordenação ou horizontal que é uma construção jurisprudencial mas também prevista no artigo 3, $2 da lei 5.889/73. As modalidades de responsabilidade do grupo econômico das empresas é solidária. Existem a responsabilidade também ativa e passiva, ou seja, todas as empresas são consideradas como empregador, assim o grupo todo passa a ser empregador único e todas as empresas vão responder pelo débito – teoria do empregador único, sumula 129 TST. Essa responsabilidade passiva e ativa também é chamada de dual ou bi fronte. Empregador pro equiparação: profissional liberal, associações, instituições que admitindo trabalhadores na condição de empregados passa a ser considerada como empregador. Empregador é aquele que admite pessoas como empregado, ou seja, se a pessoa que está trabalhando para o empregador atender a todos os cinco requisitos da relação de emprego é de fato empregador. Questão Norma trabalhou como caixa bancária no banco CDB S/A, de 03/02/2014 a 15/12/2015 quando foi dispensada sem justa causa. Após dois meses, em 15/02/2016, o Banco LCI S/A adquiriu o banco CDB S/A. A dispensa se deu antes do banco ter sido adquirido pelo outro banco. Diante disso, responda: Caso Norma apresente RT em 15/03/2016, após a sucessão acima apresentada, quem será responsável pelos eventuais débitos trabalhistas? (após a junção dos bancos). O banco LCI deverá responder, pois é ele quem dispõe de todos os ativos do banco anterior. Caso o banco CDB integrasse grupo econômico com uma empresa mineradora e um trabalhador apresentasse RT em face da empresa mineradora, o banco LCI poderia ser responsável da empresa mineradora? O banco LCI não responde perante as dívidas das outras empresas que integravam grupo junto à CDB, mas essa situação não ocorre quando existe alguma espécie de fraude na aquisição de um banco pelo outro ou quando à época que a LCI compro o CDB uma das empresas do grupo já estivesse em estado de incapacidade financeira. OJ 411 SDI – 1 TST. 1. Sucessão A empresa adquirente passa a ser responsável por todas as dívidas e todos os créditos da empresa sucedida. Artigo 10 e 448 CLT. A regra é que a empresa sucessora passa a ser titular de todos os créditos, bem como de todas as dívidas, sendo elas passadas e presentes. Requisitos: para haver uma sucessão precisa haver uma transferência da titularidade, seja da empresa sucedida na sua integralidade ou então do estabelecimento; uma continuidade da prestação de serviços. 2. Responsabilidade do grupo econômico OJ 411 SDI – 1 TST. O sucessor não responde solidariamente por débitos trabalhistas de empresa não adquirida, como no caso da mineradora, integrante do mesmo grupo econômico da empresa sucedida, como no caso do banco CDB, quando na época da aquisição a empresa era solvente ou idônea economicamente ressalvada a hipótese de má – fé na sucessão. Em regra é a empresa sucessora quem vai responder pelos débitos, mas isso não vai se aplicar quando a empresa sucedida estiver em liquidação ou então em recuperação judicial, pois conforme artigo 141, II, $2 e artigo 60, $ único da lei 11. 101/2005, a empresa que adquire a empresa sucedida não será responsável pelos débitos da empresa sucedida. CONTRATO INDIVIDUAL/ CONTRATO A TERMO O reconhecimento da relação de emprego depende se está atendendo ou não aos requisitos da relação de emprego. Assim, para configurar relação de emprego, é necessário que haja a prestação de serviços por pessoa física, que esse serviço seja prestado com pessoalidade, que haja subordinação, não eventualidade e haja onerosidade. Presentes esses requisitos, estamos tratando da hipótese da configuração da relação de emprego. No caso do policial militar, o trabalho para além da cooperação não é permitido, assim de um lado tem a relação de emprego e do outro o fato do policial estar descumprindo o estatuto da polícia militar e estar trabalhando para outra pessoa. Assim, a sumula 286 do TST diz que a despeito a eventual sanção disciplinar, uma vez que presentes os requisitos da relação de emprego presentes nos artigos 2 e 3 da CLT tem sim que reconhecer o vínculo de emprego. Caso a pessoa preste serviço para uma banca de jogo do bicho, não é possível reconhecer o vínculo pois a atividade é ilícita. Assim, apesar da presença de todos os requisitos fáticos o reconhecimento da relação de emprego não será permitida. Todo contrato de trabalho terá no plano da existência quatro elementos: vontade, forma, agente e objeto. Mas isso não basta para que essa situação seja válida perante o direito. O contrato pode ser valido, nulo ou anulável. Para que o contrato de trabalho seja valido, essa vontade precisa ser rígida, ou seja, não pode ser maculada, precisa expressar a real vontade das partes envolvidas para que se determine a produção dos efeitos. Para quehaja vontade esta não pode estar influenciada por nenhum vicio ou engano. Quanto à forma, ela precisa ser prescrita em lei ou não defesa em lei, ou seja, não pode ser proibida pela lei. Isso está relacionado as formas em que o contrato do trabalho pode vir a ser firmado, ele pode ser expresso ou tácito. Quanto ao agente, este ingressa no plano de validade com a sua capacidade. O trabalho de uma pessoa incapaz é nulo. Quanto ao objeto, ele precisa ser licito, possível, determinado ou determinável. No caso do jogo do bicho, essa atividade é ilícita, assim o contrato é nulo. Existe uma diferença entre o trabalho proibido e o trabalho ilícito. Diferença entre trabalho proibido e ilícito: trabalho ilícito é crime, como por exemplo, trabalhar como traficante. O trabalho proibido é quando não é crime, mas não é permitido por lei, como por exemplo, quando o menor não pode trabalhar em situação insalubre ou perigosa pois o ordenamento veda, visando proteger o trabalhador. Quando falamos de contrato de experiência, estamos falando de um contrato a termo ou por prazo determinado. A regra é que esses contratos por prazo determinado, tenham vigência máxima de 2 anos. A situação de no máximo 90 dias é o contrato de experiência. A legislação ainda prevê outras situações de contrato por prazo determinado, como na situação do atleta profissional, mas a regra da CLT é de 2 anos. Nesse período máximo de 2 anos é possível que o contrato venha a ser prorrogado, por exemplo, a empresa contrata o trabalhador para trabalhar seis meses, porem cumprido esses seis meses, a empresa decide contrata- lo por um período maior. O importante é observar que esse período todo de prorrogação deve ser contemplado no período máximo de 2 anos. O mesmo serve para o contrato de experiência que dentro dos 90 dias pode ser prorrogado por quantas vezes for necessário. No entanto, a CLT dispõe que só é possível efetuar uma prorrogação após o decurso do prazo determinado do contrato de trabalho, dentro dos dois anos. Sobre contrato por prazo determinado, precisa ter em mente que as vezes aparece situações como a maneira pela qual vai ser fixada o termo deste contrato e a natureza, as hipóteses em que é possível firmar um contrato por prazo determinado. Assim, a regra é de dois anos e precisa se lembrar de situações em que há a fixação do termo. Essa fixação do termo pode ser pré-fixado, ou seja, quando as partes logo de início já têm ciência do dia em que o contrato vai se extinguir, como por exemplo contrato de experiência. Tem situações em que o serviço por sua natureza, ou então, transitoriedade exija a fixação por prazo. Essa fixação do termo é incerta que as vezes está relacionada com situações que não é possível prever ou quando o serviço tem um caráter que não é possível ter certeza, como por exemplo, contratar alguém até que o hotel tenha menos de 90% da capacidade ocupada, não tem como saber quando que a alta temporada vai acabar exatamente. Assim, é uma situação em que o trabalho a ser prestado tem um caráter de transitoriedade que não dá para ter certeza, quando o trabalho está relacionado a um evento. Além da fixação do termo pensando na hipótese de contrato de trabalho por prazo determinado, tem também as hipóteses em que o contrato de trabalho pode ser insertado, que está relacionado a serviços cuja natureza ou transitoriedade não permita antever o termino exato do serviço, do contrato de trabalho. Há uma situação que diz respeito também à atividade da empresa, ou seja, imaginando uma empresa que funcione exclusivamente para produção de chocolates para o período de pascoa, situação que se dá em momento pontual ao decorrer do ano e depois no resto do ano não tem atividade. Assim, essa atividade empresarial justifica a firmação de um contrato por prazo determinado. Outra forma de contrato pré-fixado é o de experiência. Dentro de um período de seis meses uma vez terminado o contrato de trabalho não é possível insertar outro contrato por prazo determinado. A regra no ordenamento é que o contrato seja por prazo indeterminado, pois traz mais segurança ao trabalhador. 1. Renovação do contrato de trabalho por prazo determinado Essa renovação deve observar o prazo mínimo de 6 meses. Se esse contrato for novamente objeto de pactuação antes de transcorrer seis meses, esse contrato se configurara como de prazo indeterminado. Essa lógica da proteção do trabalhador através do princípio da continuidade da relação do emprego se justifica quando a fixação estiver relacionado a uma situação que não se esgota através de um evento, pois se o trabalhador está prestando serviço por conta de um evento e este se esgota é possível fixar um novo contrato por prazo determinado para um próximo evento. Assim, essa regra de seis meses não é absoluta devendo ser colocado em primeiro lugar o interesse do trabalhador. Artigo 451 CLT: a renovação do contrato por prazo determinado só pode se dar por uma vez. Somente é possível prorrogar o contrato por prazo determinado uma vez. Caso seja prorrogado mais de uma vez, será tratado como contrato por prazo indeterminado, artigo 451 CLT. Sumula 212 TST: entendimento de que é ônus da prova da empresa demonstrar o impedimento, a dispensa, do trabalhador. ALTERAÇÃO DO CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO 1. Alteração objetiva: diz respeito às condições e clausulas do objeto de trabalho. Dia de trabalho, salário, cargo, transferência, etc. 2. Alteração subjetiva: é a alteração que troca o sujeito no contrato de trabalho. Deve-se lembrar do serviço despersonalização do empregador e que o trabalho é prestado com pessoalidade do empregado, intuito personae. É possível que considerando o princípio da despersonalização do empregador este seja alterado, desde que não impacte o contrato de trabalho. Assim, se uma empresa foi incorporada a outra ou se houve uma cisão dessa empresa, o contrato de trabalho não irá sofrer com isso. Agora, da perspectiva do trabalhador existe a pessoalidade, assim depende do empregador, do polo da pessoa jurídica. Deve-se ter em mente também quando uma alteração é possível. A regra para validade dessa alteração é: a alteração deve ser bilateral, desde que haja mutuo consentimento, bem como que não haja prejuízos diretos ou indiretos ao trabalhador. Assim, precisa-se verificar se as duas partes estão de acordo e se há prejuízo ou não ao trabalhador. No direito do trabalho, tem a ideia da hipossuficiência do trabalhador e o aspecto da subordinação jurídica do empregado perante o trabalhador. Assim, imaginando que a empresa deseja reduzir o salário em 50%, essa alteração não vai ser válida, ainda que o trabalhador concorde, pois terá prejuízo ao trabalhador e isso não pode ocorrer. Em essência o que o ordenamento jurídico vai obstar está relacionada a proibição da alteração contratual lesiva ao trabalhador. 1. Alteração unilateral: jus variandi. Pode ser ordinário, que são as pequenas alterações, ou extraordinário, que são as alterações de maior impacto. É expressão decorrente da alteridade da atividade econômica e do poder empregatício sobre o aspecto do poder diretivo. Como a empresa é quem arca com o sucesso ou insucesso da atividade econômica, o empregador pode por conta do jus variandi unilateralmente efetuar algumas alterações validas no contrato de trabalho. Quando a empresa reverte a condição anterior de um trabalhador que já está a mais de 10 anos no cargo recebendo a respectiva gratificação, esse trabalhador tem direito a reclamação, mesmo não atuando mais neste cargo. Empregado é sênior e vira pleno, ganhando menos. Situação de rebaixamento do trabalhador. Em razão do princípio da proteção, que não tem a ver com função de confiança e sim cargo, tal situaçãoé ilícita e não aceita pelo ordenamento, assim essa alteração objetiva no contrato de trabalho não é válida pois afronta o artigo 468, caput da CLT. 1. Transferência (artigo 469 CLT) Em regra, a transferência depende de uma pactuação bilateral, definitiva e depende da mudança de domicilio. Exceção: cargo de confiança ou quando o próprio contrato de trabalho já contempla, seja expressa ou implicitamente, a possibilidade de alteração. Essa alteração pode se dar de maneira unilateral e definitiva, não precisando haver consenso. É preciso que haja a real necessidade de serviço, ainda que a pessoa esteja exercendo um cargo de confiança. Uma outra situação é quando há a extinção do estabelecimento, em que a transferência é possível em razão do princípio da continuidade da relação de emprego, pois estará beneficiando o trabalhador, facultando a ele continuar suas atividades mesmo que seja em outro local de emprego. Existe outra situação tradicional que é a transferência provisória, ou seja, a pessoa vai desempenhar as suas atividades em outro local provisoriamente de forma unilateral e provisória. Nesse caso é necessário que haja também a real necessidade de serviço, como no caso do cargo de confiança. Além disso, deve-se efetuar o pagamento do adicional de transferência ao trabalhador, que é no valor de 25%. O adicional de transferência é diferente dos custos ou despesas da transferência. O adicional de transferência é um plus ao salário, pago sobre a remuneração em 25% que será pago todo mês em que permanecer a situação de trabalho provisório em outro local no qual tenha havido a mudança de domicilio. Transferência é a situação na qual já haja um contrato com uma localidade decorrente deste contrato. Se a pessoa já foi contratada para trabalhar em outra cidade não existe transferência, vez que não há alteração objetiva em relação ao local de prestação do trabalho, nos termos do artigo 469, caput, que diz que somente há transferência com a mudança de domicilio que decorra da mudança do local de prestação de serviço. INTERRUPÇÃO E SUSPENSÃO DO CONTRATO Questão Augusto e Ivy se casaram em 12 de março de 2016 e passaram 8 dias de Lua de Mel Dubai nos Emirados Árabes Unidos, ausentam-se do trabalho neste período. Considerando que Augusto é editor na empresa Editora de Livros Ltda. E que Ivy é professora na escola Educação Maravilha Ltda., responda às seguintes indagações: As faltas de Augusto em seu trabalho estão justificadas? Parcialmente. Conforme artigo 473, inciso II da CLT, por conta do casamento, a pessoa poderá ter 3 faltas justificadas. No caso de Augusto, todos os outros dias em que ele faltou são consideradas faltas não justificadas. As faltas de Ivy em seu trabalho estão justificadas? Artigo 320, $3 CLT dispõe que o professor por conta do casamento ou do falecimento de familiar poderá se ausentar por 9 dias. Então, sim, as faltas de Ivy estão justificadas vez que o professor pode se ausentar por até 9 dias. 1. Interrupção: mantido o vincula de emprego; empregado não presta serviço, contagem do tempo de serviço; há pagamento de salário; pagamento de FGTS; rompimento do contrato é unilateral. Empregado não trabalha, mas ainda assim vai receber. a) Hipóteses de interrupção: faltas justificadas (artigo 473 CLT); licença remunerada, férias, descanso seminal remunerado, licença maternidade, aborto não criminoso, aviso – prévio, intervalo intrajornada, lockout (paralisação das atividades se dá em virtude dos interesses do empregador e ai o empregado tem direito a receber os dias em que a empresa esteve fechada). 2. Suspensão: mantido o vincula de emprego; tempo de serviço não é contado, com exceção de quando o contrato é suspenso por acidente de trabalho ou serviço militar obrigatório; não há pagamento de salário; não há pagamento de FGTS; suspensão do contrato é bilateral, reciproca, em que o empregado não trabalha, mas também não recebe. a) Hipóteses de suspensão: faltas injustificadas, greve, licença não remunerada, eleito diretor da sociedade em que trabalha, aposentadoria por invalidez, suspensão disciplinar, encargo decorrente de mandato eletivo (quando a pessoa é eleita para algum cargo e ai deixa de trabalhar, mas também não recebe), serviço militar obrigatório, prisão do trabalhador, lay off (quando a empresa suspende a prestação do serviço e coloca o trabalhador em cursos para aperfeiçoamento), suspensão durante o inquérito para apuração da falta grave, violência doméstica contra a mulher (faculta que seja definido um período em que a mulher vai se afastar do trabalho para evitar as situações de violência e voltar tudo ao normal), dirigente sindical. Questão Hans Kelsen foi admitido como empregado pela empresa Teoria Pura do Direito S. A., em 19 de junho de 2004. Em 19 de junho de 2015, durante a realização de suas atividades, Hans sofreu acidente de trabalho, ficando afastado e recebendo auxílio-doença acidentário por três meses. Neste período, em face da suspensão do contrato de trabalho, o usufruto do plano de saúde empresarial foi suspenso, bem como os depósitos do FGTS. Diante deste caso hipotético, responda aos seguintes questionamentos: A suspensão do usufruto do plano de saúde empresarial por Hans Kelsen encontra amparo legal? A suspensão não encontra amparo legal vez que, a despeito da suspensão do contrato individual de trabalho, deve ser mantido o acesso ao plano de saúde nos termos da sumula 440 TST. A suspensão dos depósitos do FGTS encontra amparo legal? A suspensão dos depósitos do FGTS é irregular na medida em que na hipótese descrita o trabalhador usufruía de licença decorrente de acidente de trabalho, situação que comporta o recolhimento dos valores ao FGTS consoante a prescrição do artigo 15, $5 da lei 8036/90. 1. Afastamento – Auxilio – doença Nos primeiros 15 dias não há prestação de serviço, mas a empresa paga o salário (interrupção) e, a partir do 16 dia quem paga é a previdência (suspensão). O TST entende que mesmo suspenso o contrato de trabalho é necessário manter o acesso ao plano de saúde empresarial (sumula 440 TST). Artigo 15, $5 da lei 8036/90, que diz que todos os empregadores estão obrigados a depositar todo mês o FGTS. O deposito é obrigatório nos casos de afastamento para serviço militar obrigatório e licença por acidente do trabalho. Assim, esse depósito do FGTS é devido. A ideia é que a empresa continue arcando com o FGTS ainda que o trabalhador já esteja recebendo o auxílio da previdência. Precisa ter conexão com o trabalho, pois se a pessoa se lesiona em uma situação não relacionada ao trabalho a pessoa receberá o auxílio doença comum e aí nessa situação não é necessário que a empresa continue pagando FGTS. FÉRIAS Questão Bruno é casado com Amanda, e ambos são empregados da empresa Pequenas Reformas LMTA como engenheiros – os únicos que a empresa possui para gerenciar as obras de reforma em andamento, sendo que metade delas está em atraso. O casal possui um filho de 16 anos. Eles foram admitidos na mesma data, 10/01/2013 e comunicados por escrito em 01/03/2014, m que terão as férias concedidas nos meses de maio para Bruno e junho para Amanda. Cientificados, ambos procuram o setor de RH alegando que pela lei tem direito ao aproveitamento das férias em conjunto e que desejam transformar 1/3 das férias em dinheiro. O gerente diz que se saírem juntos as obras ficarão prejudicadas. É direito de Bruno e Amanda aproveitarem as férias em conjunto uma vez que tem filho menor de 18 anos? Não é direito de Bruno e Amanda gozar as férias em conjunto, porém o fato de terem filho estudante menor de 18 anos em nada influencia tal direito já que a CLT no artigo 136, $2 prevê que o estudante menor de 18anos poderá fazer coincidir suas férias com as férias escolares. No caso em tela o artigo que poderia ser aplicado seria o artigo 136, $1 da CLT que prevê que membros de uma mesma família podem gozar das férias no mesmo período se trabalharem na mesma empresa, no entanto, referido artigo ressalva a hipótese das férias em conjunto causarem prejuízo na empresa, o que ocorreu no caso em tela, já que o gerente afirmou que a saída deles causaria prejuízo à empresa. Haveria o direito do casal de impor ao empregador 1/3 das férias em dinheiro? No caso concreto não há direito protestativo do casal de impor ao empregador a venda das férias eis que não foi respeitado o prazo de até 15 dias antes do termino do período aquisitivo de férias, conforme artigo 143, $1 da CLT. 1. Período concessivo de férias Artigo 134 a 138 CLT – quem define o período de férias é o empregador e as férias serão gozadas no melhor período a que atender o empregador. A única obrigação do empregador é avisar por escrito com 30 dias de antecedência o empregado. Os empregados que são membros da mesma família e trabalham na mesma empresa, têm direito a tirar as férias em conjunto. Estudante menor de 18 anos pode escolher tirar as férias junto às férias escolares. 2. Abono pecuniário de férias Férias que o empregado pode vender ao seu empregador, artigo 143 e 144 CLT. O empregado pode vender até 1/3 de suas férias. O empregado pode obrigar o empregador a comprar as férias dele, conforme artigo 143, $1 da CLT, que diz que o empregado pode impor a compra das férias ao empregador desde que ele faça o requerimento da venda das férias em até 15 dias antes do término do período aquisitivo, que é o período em que o empregado trabalha para depois conseguir tirar as férias no período concessivo, ambos de 12 meses. PARA O EMPREGADO DOMÉSTICO O PRAZO DE VENDA DAS FÉRIAS É DE 30 DIAS ANTES DO TÉRMINO DO PERÍODO AQUISITIVO. 3. Terço constitucional de férias É o acréscimo remuneratório quando o empregado sai de férias. Questão Gustavo trabalhou como torneiro mecânico na Volks durante 5 anos. Dispensado sem justa causa procura advogado demonstrando interesse em ajuizar RT por entender que a empresa praticou diversas arbitrariedades. Narra que no início de novembro de 2013, a empresa comunicou todos os seus empregados por escrito, que lhes concederia férias coletivas, entre 20/12 e 19/01 – o que causou desconforto a Gustavo, já que pretendia tirar suas férias em fevereiro, tendo programado viagem com sua esposa. Ademais o empregador pagou as férias apenas 10 dias após o início de seu gozo. Finalmente, Gustavo queixa-se de que, em 2012, a empresa não lhe permitiu gozar suas férias sob o argumento de que teria permanecido por 7 meses em gozo do auxílio doença, em virtude de acidente de trabalho. Diante disso, responda: A empresa deverá assegurar as férias de 2013 a Gustavo no período por ele solicitado? Não já que o período de férias é aquele que melhor atender aos interesses do empregador nos termos do artigo 136, CLT. A única obrigação do empregador é comunicar o empregado por escrito com pelo menos 30 dias de antecedência, nos termos do artigo 135 CLT. As férias individuais são descontadas quando a empresa dá férias coletivas ao empregado. O prazo para pagamento das férias está correto? O prazo para pagamento de férias está incorreto, pois nos termos do artigo 145CLT as férias deverão ser pagas em até dois dias antes do início do gozo das férias, antes de sair de férias. No caso então, a empresa pagou 10 dias após o início das férias, assim quando a empresa não respeita o artigo 145 ela deverá pagar as férias em dobro, conforme sumula 450 TST. O argumento da empresa acerca da perda do direito das férias em 2012 está correto? Sim, pois nos termos do artigo 133, inciso IV da CLT caso o empregado permaneça em gozo de benefício doença por mais de 6 meses no período aquisitivo ele perderá o direito às férias. 1. Perda do direito às férias Artigo 133, IV: a perda do direito às férias ocorre nas hipóteses desse artigo, sendo que quando o empregado se afasta do emprego recebendo auxilio doença por mais de 6 meses no período aquisitivo, contínuos ou não, ele perde o auxílio doença. Questão Após o termino da copa do mundo no brasil em julho de 2014 a editora Panini decide conceder férias coletivas aos seus empregados. É possível conceder férias coletivas apenas aos empregados do setor responsável pela produção das figurinhas da copa ou todos os empregados devem ser beneficiados pelas férias para ser considerado férias coletivas? Sim, é possível nos termos do artigo 139, CLT que prevê que as férias poderão abranger tanto todos os empregados da empresa como apenas os empregados de um determinado setor da empresa. Quais órgãos ou pessoas deverão ser comunicados previamente das férias? Em que prazo? Deverão ser comunicados o MTPS, o sindicato da categoria respectiva e os empregados beneficiados pelas férias coletivas e o prazo é de 15 dias antes do período de férias, conforme artigo 139. Considere que Rafael trabalhe no setor abrangido pelas férias coletivas, mas que em virtude de te sido recentemente contratado, ainda não tenha completado o período aquisitivo das férias. Como deve a empresa proceder nesse caso? Nesse caso, a empresa deverá conceder-lhe férias proporcionais iniciando-se um novo período aquisitivo, nos termos do artigo 140 CLT. 1. Férias coletivas Artigo 139 a 141 CLT: as férias coletivas podem abranger apenas um setor ou departamento da empresa, não precisa atingir todos que lá trabalham. Artigo 139, $2 e $3 CLT: as férias coletivas devem ser comunicadas ao Ministério do Trabalho e Previdência Social, ao Sindicato e aos próprios empregados. A comunicação aos empregados é feita mediante fixação no quadro de avisos da empresa. Essa comunicação tem que ser feita com antecedência mínima de 15 dias antes da concessão das férias. Trata-se de uma tríplice comunicação, pois tem que comunicar os 3 setores. Artigo 140 CLT: se o empregado foi contratado a menos de 12 meses do momento do início das férias coletivas ele vai gozar de férias proporcionais iniciando-se novo período aquisitivo. DURAÇÃO DO TRABALHO E INTERVALOS Sumula 118 TST: diz que intervalos concedidos espontaneamente pelo empregador, pela empresa, não previstos em lei são contados como tempo à disposição do empregador. Sumula 444 TST: o empregado terá direito a remuneração em dobro e adicional de 100% para trabalho em feriado. No trabalho a domingo é um dia normal de trabalho sem qualquer adicional. 1. Introdução Artigos 7, inciso IX, XIII, XIV e XVI da CF Artigos 57a 75 CLT Existem dois limites constitucionais que são 8 horas diárias e 44 horas semanais. Adicional de hora extra: de no mínimo 50% sob a hora normal, sendo facultada a compensação de horário ou a redução da jornada mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. Sumula 85 TST. 2. Conceito de serviço efetivo Artigo 4, CLT: tempo à disposição do empregador aguardando ou executando ordens. A partir do momento que o empregado está à disposição está contando como tempo trabalhado. Sumula 118 TST: os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho não previstos em lei representam tempo à disposição da empresa remunerados como serviço extraordinário se acrescidos ao final da jornada. Sumula 429 TST: tempo de deslocamento portaria – local de trabalho. Do momento em que o empregado bate na portaria até chega no posto do seu trabalho. Essa sumula traz uma tolerância de 10 minutos diários e, se ultrapassar, o tempo é considerado à disposição do empregador. 3. Cartão deponto – Controle de frequência. Artigo 74, $2 CLT: há uma obrigatoriedade de ter cartão de ponto para empresas com mais de 10 empregados. Será obrigatória a anotação de horário de entrada e saída por meio de registro manual, mecânico ou eletrônico, devendo haver a pré assinalação do período de repouso. Artigo 58, $1 CLT: variação de horário no cartão de ponto. Tem uma tolerância de 5 minutos na entrada e/ou 5 minutos na saída, totalizando 10 minutos diários. Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no cartão de ponto não excedentes a 10 minutos. Se essa tolerância for ultrapassada, conforme sumula 366 TST, a empresa deverá pagar a totalidade dos minutos que excederem a jornada normal de trabalho. Imaginando que a saída do empregado deveria ser 18hs, mas ele saiu as 18h07, isso levaria a 7 minutos extras, pois deve pagar a totalidade dos minutos que excederem o horário normal de trabalho. Essa sumula 366 TST recebeu uma atualização com a resolução 197/2015 que diz que não importando as atividades desenvolvidas pelo empregado ao longo do tempo residual, como a troca de uniforme, lanche, higiene pessoal, etc. Esse tempo residual tem que ser considerado a disposição do empregador, assim ultrapassou a tolerância, tem que pagar. Súmula 338 TST: traz duas regras importantes. A primeira regra é a da não apresentação injustificada do cartão de ponto resulta na presunção relativa de veracidade da jornada alegada na inicial. Partimos da premissa de um estabelecimento que possui mais de 10 empregados e assim ele é obrigado a ter o cartão de ponto e se ele não apresentar o cartão de ponto, os fatos alegados pelo autor na RT serão considerados verdadeiros. 4. Cartão de ponto britânico ou inglês Cartão que apresenta horário de entra e saída invariáveis. O TST entende que esse cartão de ponto é invalido como meio de prova e isso leva à inversão do ônus da prova prevalecendo a jornada da inicial se dela o empregador não se desincumbir. Entre não apresentar de forma injustificada o cartão de ponto e apresentar o cartão de ponto britânico é melhor não apresentar o cartão pois a não apresentação não exime o empregador de apresentar outras provas. 5. Horas in itnere ou horas itinerárias Artigo 58, $2 e $3 CLT e sumulas 90 e 320 TST. Horas in itnere é o tempo de deslocamento casa – trabalho – casa. Para que haja o computo na jornada são necessários dois requisitos cumulativos. O primeiro requisito é local de difícil acesso ou não servido por transporte público regular. E, o segundo requisito, é que o empregador deverá fornecer a condução. Nesse caso, a empresa é culpada de estar em um local distante. Assim, se a empresa é distante e o empregado aceitou trabalhar lá o mínimo que se espera é que essa empresa forneça condução e a partir do momento em que ele entra no transporte já está contando como horas à disposição do empregador. A mera insuficiência no transporte pública não enseja o pagamento dessas horas, mas a incompatibilidade de horários enseja o pagamento dessas horas (entre o transporte público e o horário de saída ou entrada do trabalhador no emprego). O fato da empresa cobrar ou não pelo transporte público é irrelevante. Se eu tenho o transporte público em parte do trajeto fornecido pela empresa, a empresa somente irá pagar o trecho, à parte, que não está coberta pelo transporte público. 6. Sobreaviso, prontidão e uso do celular Artigo 244, $2 e $3 CLT. Nesses casos o empregado fica aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Sobreaviso: Local: casa. Escala máxima: 24 horas. Salário: 1/3 do valor da hora. Prontidão: Local: trabalho. Escala máxima: 12 horas. Salário: 2/3 do valor da hora. A prontidão traduz uma urgência maior. Sumula 428 TST: diz respeito aos instrumentos telemáticos e informatizados. Influência do tele trabalho que está no artigo 6 CLT. Essa sumula pode ser dividia em duas regras, sendo elas: o uso do instrumento por si só não caracteriza o sobreaviso. Todavia, o regime de plantão ou equivalente poderá caracterizar o sobreaviso. REMUNERAÇÃO E SALÁRIO Temos a contribuição sindical obrigatória (natureza tributária exigível de todos), contribuição confederativa, contribuição assistencial e mensalidade sindical. A única contribuição que é obrigatória a todos os trabalhadores é a contribuição sindical obrigatória que decorre da lei independentemente da vontade do contribuinte. Sumula vinculante 40 STF prevê que a contribuição confederativa de que trata o artigo 8, IV CF só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo. Sumula 448 TST: não basta a contratação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao adicional sendo necessária a classificação da atividade pelo MT. Artigo 7, incisos XXII e XXIII CF e artigos 189 e seguintes da CLT. 1. Insalubridade Mata aos poucos. Contato com agentes nocivos à saúde sendo físicos, químicos ou biológicos. O grau pode ser mínimo, médio ou máximo com alíquotas de 10, 20 ou 40% a depender do grau da insalubridade. A base de cálculo é o salário mínimo. A atividade deve ser enquadrada como insalubre pelo MT e deve ter perícia para constatar qual é o adicional. 2. Periculosidade Mata de uma vez. O adicional é devido em contato permanente com inflamáveis, explosivos, energia elétrica, segurança pessoal e patrimonial e atividades do trabalhador em motocicleta. 3. Introdução Artigos 457 a 467 CLT. Remuneração = salário + gorjetas Remuneração significa o gênero. O salário é pago pelo empregador (contraprestação ou retribuição) + habitualidade. As gorjetas são pagas pelo terceiro. A natureza jurídica do salário é remuneratória, assim como as gorjetas. 4. Gorjetas Artigo 457, caput e $3 CLT. As gorjetas são oriundas de um terceiro. Elas integram a remuneração. As gorjetas podem ser: a) Espontâneas ou próprias: espontaneamente dadas pelo terceiro. b) Cobradas ou impróprias: aquelas cobradas como serviço. 10%. O Brasil adotou o sistema facultativo das gorjetas. Sumula 354 TST: as gorjetas não servem de base de cálculo para as seguintes parcelas: aviso prévio, adicional noturno, hora extra, descanso semanal remunerado. Servem para FGTS, férias e 13 salário. 5. Salário a) Princípios que regem o salário: - Princípio da irredutibilidade salarial: artigo 7, VI CF. No Brasil em regra o salário é irredutível, mas cabe a redução do salário por negociação ou convenção coletiva do trabalho, com representação do sindicato da categoria profissional. - Princípio da Intangibilidade Salarial: artigo 462, CLT. Traz como regra de que é vedado ao empregador efetuar desconto no salário do empregado. Essa regra não é absoluta, comportando três exceções: o desconto cabe no caso de adiantamento, dispositivo de lei ou instrumento de negociação coletiva. Quando falamos do adiantamento, abono ou vale. Dispositivo de lei trata da contribuição sindical obrigatória. O instrumento de negociação coletiva demonstra quando que o acordo ou negociação autorizam a redução. Sumula 342 e OJ 160 SDI – 1. Essa sumula permite o desconto no salário em caso de previdência privada, assistência médica hospitalar e odontológica etc. Essa autorização tem que ser previa, por escrito e sem vicio de consentimento. Se o empregado entrar com RT questionando se a sua manifestação de vontade for de boa-fé ou má fé presume-se que foi de boa-fé sendo que a má fé ou vicio de consentimento deverá ser comprovada. Artigo 462, $1 CLT que traz a possibilidade de desconto no salário em caso de dano se houver dolo (intenção) ou ajuste entre as partes nesse sentido. Lei complementar 150/2015, artigo 18, que fala na possiblidadede redução do salário no caso dos domésticos que diz que é vedado ao empregador descontar do salário do empregado descontos com moradia, despesas com transporte e alimentação em casos de viagem, em casos de adiantamento salarial e inclusão do empregado em planos de assistência médica, hospitalar ou odontológica não podendo ser descontado mais do 20% do salário. b) Fórmulas que regem o salário: o salário é igual ao salário básico mais as parcelas sobre salário, que são os complementos salariais. Artigo 457, $1 e $2 CLT. Incluem-se no salário comissões, porcentagem, gratificações, etc. Não se inclui ajuda de custo e diárias para viagem que não exceda a 50% do salário. Salário básico é igual ao salário em dinheiro + o salário in natura ou salário utilidade ou indireto. Artigo 458 CLT e sumula 367 TST. Salário in natura significa a possibilidade do pagamento do salário em outras atividades, como alimentação, vestuário, etc. Assim, não há necessidade de pagar totalmente o salário em dinheiro, podendo ser parte em dinheiro e parte em utilidade, devendo ser respeitado o mínimo de 30% em dinheiro. Artigo 7, IV, V e VII CFe artigo 78, $ único e 82, $ único, CLT. O salário mínimo é fixado em lei e nacionalmente unificado sendo capaz de atender as necessidades do trabalhador com reajustes periódicos que lhe preserve o poder aquisitivo. c) Equiparação salarial: artigo 7, inciso XXX, XXXI e XXXII CF e artigos 5 e 461 CLT. Aquele que pede a equiparação é chamado de paragonado e o modelo é chamado de paradigma. A equiparação salarial exige o preenchimento de vários requisitos cumulativos, em tese o ônus da prova é do reclamante, do paragonado e se a empresa conseguir derrubar qualquer um deles ou o juiz entender que um desses requisitos está errado, afasta-se a equiparação salarial. Assim, não é tão simples pedir a equiparação salarial. Os requisitos são: identidade de função (mesma tarefa, não importado o nome do cargo); trabalho de igual valor que envolve a igual produtividade e mesma perfeição técnica; diferença de tempo de serviço na função não superior a 2 anos em favor do paradigma; mesmo empregador; mesma localidade, que é o mesmo município ou municípios distintos que pertençam a mesma região metropolitana; inexistência de quadro de carreira homologado pelo MTPS, pois se a empresa tem esse quadro ela adota o critério da promoção por antiguidade ou merecimento e ai não pode haver equiparação; simultaneidade ou contemporaneidade na prestação dos serviços. Sumula 159 TST. Trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência mental ou física atestada pelo INSS não servirá como paradigma. TRABALHO DA MULHER E TRABALHO DO MENOR TRABALHO DA MULHER Artigos 372 a 401 CLT. Esses são os artigos que tratam do trabalho da mulher, mas grande parte deles estão revogados. O trabalho da mulher tem uma proteção na CLT, mas já houve uma proteção muito maior, pois se entende que o trabalho da mulher tem duas vertentes de proteção sendo a primeira tutelar, em que a mulher supostamente deve ser tutelada, isso é supostamente pois hoje não se justifica mais esse tipo de tutela, isso ocorria mais antigamente na época da revolução industrial e hoje a vertente tutelar ao trabalho da mulher somente se refere à maternidade, a regra de que mulher não pode carregar peso e a regra do intervalo de 15 minutos. Outra vertente é a não discriminatória, que é a priorizada pela CLT, como por exemplo, acabar com a diferença salarial da mulher para o homem. 1. Estabilidade da gestante Artigo 10, II, b, CF. Período em que a gestante não pode ser dispensada sem justa causa. Esse período vai desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto. No caso de adoção, não existe estabilidade. Para ter estabilidade precisa ter gravidez e parto. No caso de falecimento da mãe a estabilidade também passa para o pai, conforme lei complementar 146/14, que diz que no caso de falecimento da gestora o período restante de estabilidade será repassado a quem couber a guarda da criança, não necessariamente o cônjuge ou companheiro, podendo ser a vó. Estabilidade repassa para quem tem a guarda. 2. Licença à maternidade Artigos 392 e seguintes da CLT. Período em que a pessoa não vai trabalhar, mas vai continuar recebendo um benefício previdenciário, que é o de salário maternidade. É o período de afastamento da mulher do trabalho para cuidar da criança. O período é de 120 dias até 28 dias antes do parto. No caso de aborto, esse período é reduzido para duas semanas. No caso de adoção, tem direito à licença à maternidade, sendo que esta pode ser concedida tanto a mulher quanto ao homem. E a licença sempre será de 120 dias independentemente da idade da criança. Criança é pessoa de até 12 anos incompleto. No caso de adoção por casal, hétero ou homo, apenas um dos membros do casal é que vai receber a licença à maternidade e quem escolhe é o casal. Quando um dos dois morre o período restante de licença será repassado aquele que sobreviver, artigo 392 – B da CLT, que diz que no caso de morte do beneficiário da licença à maternidade, o período restante será repassado ao cônjuge ou companheiro sobrevivente. Licença repassa para o cônjuge ou companheiro. 3. Força física Artigo 390 CLT – proteção da mulher com relação à forca física. Limitação quanto ao peso que a mulher pode carregar. No máximo 20kg em trabalhos contínuos, permanentes e no máximo 25kg em trabalhos ocasionais. Essa regra não se aplica quando a mulher tiver se utilizando da forca física, carregando o peso, por meio de carrinhos de mão ou vagonetes. 4. Intervalo de 15 minutos da mulher Artigo 384 CLT: sempre que a mulher for iniciar as horas extras ela obrigatoriamente tem que ter um intervalo de 15 minutos. Se não tiver o intervalo recebe hora extra. Questão Luciene e Carlos, conviventes em união estável, adoraram Luana de 6 anos. Luciene é secretaria empregada da empresa alfa e Carlos é empregado do Banco Money S/A. Assim que efetivada a adoção, Luciene procurou seu empregador, questionando-lhe acerca de direito a eventual garantia de emprego e licença à maternidade, sendo informada de que não teria direito a qualquer tipo de estabilidade, mas faria jus à licença de 30 dias, diante da idade da criança adotada. Nessa situação responda: A informação passada a Luciene pela empresa Alfa, quanto a garantia de emprego é correta? Sim. Não há na legislação trabalhista qualquer previsão assegurando garantia de emprego à empregada adotante, mas apenas à estabilidade gestante. A informação passada à Luciene pela empresa Alfa quanto à licença à maternidade é correta? Parcialmente, pois de fato nos termos do artigo 392 – A da CLT no caso de adoção também é devida a licença à maternidade, entretanto o período de licença será de 120 dias nos termos do artigo 392 CLT, independentemente da idade da criança. No caso de falecimento de Luciene, o que ocorrera com o período restante da licença à maternidade? O período restante será repassado ao marido, nos termos do artigo 392 – B da CLT. TRABALHO DO MENOR Artigos 402 a 441 da CLT. O menor tem uma necessidade de tutela moral e fisiológico. Além disso ele precisa ter o tempo para estudos respeitados. Artigo 7, XXXIII CF. Trata como regra geral do trabalho do menor que diz que a idade mínima para o trabalho é de 16 anos, salvo na condição de aprendiz em que a pessoa pode trabalhar dos 14 aos 24 anos, exceto para deficiente que pode ser após os 24 anos. No entanto, o menor de 18 anos não pode trabalhar em algumas funções, assim ele não pode trabalhar em trabalho noturno, insalubre e perigoso, conforme artigo 404 e 405, I da CLT. Também não pode trabalhosem locais prejudiciais à sua moralidade, conforme artigo 405, II CLT. Artigo 405, $3 CLT diz o que é trabalho imoral, como por exemplo, venda de bebidas alcoólicas, funções de acrobata, ginasta, etc. Artigo 406 CLT estabelece que é possível ao juiz autorizar o trabalho do menor na TV ou cinema. Não pode trabalhar no horário noturno, que é das 22hs às 5hs. A jornada é de 8 horas, mas se ele tiver mais de um emprego a soma desses trabalhos não poderá ultrapassar 8 horas. Artigo 440 CLT: não ocorre prescrição contra menor. A menoridade é uma causa impeditiva a prescrição. Artigo 413 da CLT: Menor não pode prestar trabalho extraordinário. Vedada a prorrogação de jornada de trabalho, mas ele pode compensar jornada. Assim a prorrogação não é permitida, mas a compensação é. A prorrogação é permitida excepcionalmente no caso de força maior em que o trabalho do menor seja absolutamente indispensável à empresa. Quando é admitida a hora extra do menor, vale o artigo 384 da CLT, tendo o menor direito a 15 minutos de intervalo. Questão Sidney tem 16 anos e é estudante do ensino médico. Decide ingressar no mercado de trabalho e é contratado por empresa metalúrgica com jornada de trabalho de 6 horas, das 17hs às 23hs, com CTPS assinada e ganhando salário mínimo. Seis meses após sua contratação, decide pedir demissão, já que a empresa exige, constantemente, a realização de horas extras após o expediente. Responda: O contrato de trabalho de Sidney é regular? Não, já que ele está prestando serviços em horário noturno o que é vedado tanto pelo artigo 7, XXXIII da CF como pelo artigo 404 da CLT. Caso deseje ingressar com ação trabalhista em face da empresa qual seria o prazo prescricional para tanto? O prazo será contado a partir do momento em que ele fizer 18 anos, pois contra menor não ocorre prescrição, conforme artigo 440 CLT. O menor de 18 nos pode prestar trabalho extraordinário? Não é possível a prorrogação de jornada do menor. ESTABILIDADES – GARANTIAS DE EMPREGO Sumula 371 TST: a concessão do auxílio doença no curso do aviso prévio indenizado adia os efeitos da dispensa para depois do termino do benefício previdenciário. Assim, o empregador pode rescindir o contrato, mas deve aguardar o retorno após a alta médica. Assim, os efeitos da despensa só se concretizam depois do benefício previdenciário. Sumula 339, II TST: a estabilidade do cipeiro não constitui vantagem pessoas, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento não se verifica a despedida arbitraria. A estabilidade do membro da CIPA (convenção interna de prevenção de acidentes) trata-se de uma estabilidade que não consubstancia uma garantia pessoal, só faz sentido a estabilidade existir enquanto a empresa estiver em atividade. 1. Estabilidade da gestante Artigo 7, I CF e artigo 10, II, b, ADCT e artigo 25, $ único da lei complementar 150/2015, envolvendo a doméstica gestante. Estabilidade que vai da confirmação da gravidez até 5 meses após o parto. Nesse período não cabe despedida arbitrária ou sem justa causa. Cabe despedida por justa causa. Sumula 244 TST: traz a teoria objetiva que diz que o desconhecimento do estado gravídico por parte do empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade, ou seja, não importa se a empresa sabe ou não que a empregada esta gravida. O item dois dessa sumula diz que a reintegração somente é cabível no curso do período de estabilidade, após esse período tem-se a conversão em indenização. Artigo 496 CLT e sumula 396 TST: primeiro pretende a reintegração, pois a ideia é garantir o emprego, mas caso seja desaconselhável ou não de para reintegrar paga-se indenização. OJ 399 SDI – 1 TST que diz que se a mulher esperar acabar o período de estabilidade para não se reintegrar e sim receber a indenização, não constitui abuso de direito. Sumula 378 TST: a confirmação da gravidez no curso do contrato de trabalho por prazo determinado resultará na estabilidade. Artigo 391 – A CLT: a confirmação da gravidez no curso do aviso prévio, trabalhado ou indenizado, resultará na aquisição de estabilidade. Lei complementar 146/14: prevê uma extensão da estabilidade provisória da gestante se houver o falecimento da genitora a quem detiver a guarda de seu filho. 2. Estabilidade da pessoa com deficiência Artigo 93 da lei 8.213/91 que é a lei de benefícios da previdência social: toda empresa que possui 100 ou mais empregados é obrigatório contratar deficiente físico. A cota obrigatória vai de 2% a 5%. No contrato de trabalho por prazo determinado de mais de 90 dias ou no contrato por prazo indeterminado a empresa somente poderá despedir pessoa com deficiência após a contratação de outro trabalhador com deficiência ou beneficiário reabilitado da previdência social. Assim, de certa forma isso é uma estabilidade ou garantia de emprego, pois se acontecer a dispensa de um trabalhador com deficiência sem a contratação de outro cabe RT e reintegração, artigo 93, $1 CLT, que diz que a dispensa de pessoa com deficiência ou final do contrato e a dispensa imotivada por prazo indeterminado somente poderão ocorrer após a contratação de outro trabalhador com deficiência. 3. Despedida discriminatória Artigo 7, XXX, XXXI e XXXII CF. Os motivos de discriminação são por sexo, idade, cor, raça, religião, orientação sexual, obesidade, etc. Lei 9.029/95 diz que cabe dano moral e uma opção, faculdade do empregado representando um direito protestativo obreiro, ou seja, o empregado pode optar pela reintegração + o pagamento integral dos direitos OU o pagamento em dobro dos direitos. Sumula 443 TST: portador do vírus HIV ou de outra doença grave que suscite estigma ou preconceito, como por exemplo câncer, hepatite C. A sumula diz que se presume discriminatória a dispensa, tratando-se de uma presunção relativa, é invalido o ato sendo cabível a reintegração. 4. Estabilidade do Cipeiro Artigo 7, inciso I CF e artigo 10, inciso II, alínea a do ADCT e artigos 164 e 165CLT e sumula 339 TST. É uma estabilidade muito próxima ao do dirigente síndica. Vai do registro da candidatura até um ano após o mandato. Abrange titulares e suplentes. Não cabe despedida arbitraria. Só tem razão de ser enquanto atividade de empresa, assim não é uma garantia pessoa. 5. Estabilidade do dirigente sindical Artigo 8, inciso VIII CF e artigo 543, $3 CLT e sumulas 369 e 379 TST e OJs 365 e 369 SDI-1 TST. 6. Estabilidade do acidentado Artigo 118 da lei 8.213/91 que é a lei de benefícios da previdência social. O prazo mínimo de 12 meses, contados da cessação do auxílio doença acidentário. Assim, durante esse prazo de 12 meses não pode ser despedido sem justa causa, conforme sumula 378 TST. Essa estabilidade depende de dois requisitos: afastamento superior a 15 dias e a percepção do auxílio doença acidentário. Os primeiros 15 dias é suspensão do contrato, a partir do 16 é suspensão do contrato. O acidente em um contrato a termo resultara na estabilidade. AVISO PRÉVIO Artigo 7, XXI CF e artigos 487 e seguintes da CLT e lei 12.506/11. Até a promulgação da lei 12.506/11 o aviso prévio era sempre de 30 dias. Mas a CF previa o aviso prévio proporcional, assim veio a lei 12.506/11 que regulamentou o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço. Se o empregado tiver até um ano incompleto de casa ele tem 30 dias de aviso prévio. Para cada ano completo adicional que o empregado tem ele tem mais 3 dias de aviso prévio até o máximo de 90 dias de aviso. O ano tem que ser completo, os meses a mais não contarão. Sumula441 TST: o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço só se aplica a rescisões ocorridas após 13/10/2011. 1. Projeção do aviso prévio trabalhado ou indenizado Aviso prévio é tempo de serviço, integra o contrato de trabalho do empregado, tanto o trabalho como o indenizado. Durante o aviso prévio o contrato de trabalho continua em vigor, assim tudo que acontecer na empresa naquele período vai afetar o empregado. Artigo 487, $1 CLT diz que o aviso prévio integra o tempo de serviço para todos os fins. Assim, o contrato de trabalho permanece e continua em vigor durante o aviso prévio. Assim, a baixa na CTPS só poderá ocorrer após o fim do aviso prévio, no último dia do aviso prévio, OJ 82 SDI – 1 TST. Empresa tem que indicar o último dia do aviso prévio e não o último dia da rescisão. Prescrição: O empregado tem dois anos para ajuizar a ação contados do termino do contrato, ou seja, do fim do aviso prévio. OJ 83 SDI-1 TST. Se porventura houver o reajuste salário o empregado tem direito, artigo 487, $5 CLT, pois o contrato está em vigor. Incide também FTGS sobre o aviso prévio, trabalhado ou indenizado, conforme sumula 305 TST. Estabilidade: É possível adquirir estabilidade no aviso prévio. Como no caso da gestante que se porventura confirmar a gravidez no curso do aviso prévio tem garantia de empego, conforme artigo 391 – A CLT. Outra estabilidade é a do dirigente sindical que tem estabilidade desde o registro da candidatura até um ano após o termino do mandato. No entanto, se o registro foi feito durante o aviso prévio não tem estabilidade e sim é considerado má fé. Aviso prévio é contrato de trabalho, portanto se sofre acidente de trabalho no curso de aviso prévio, haverá direito à estabilidade de 12 meses após o retorno ao emprego. Questão Joana foi contratada pela empresa gama em 18/03/2002, e dispensada sem justa causa em 20/04/2016, data em que foi dada baixa em sua Carteira de Trabalho e Previdência social. Na homologação da rescisão de seu contrato de trabalho, a empresa efetuou o pagamento de apenas 30 dias de aviso prévio argumentando que Joana não teria direito ao aviso prévio proporcional já que teria ingressado na empresa antes da vigência da lei 12.506 de 2011. Nessa situação, responda: Está correto o cálculo da empresa quanto ao aviso prévio de Joana? Joana foi dispensada depois da vigência da lei, assim conforme sumula 441 TST ela terá direito ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço. Não está correto, já que por ter sido dispensada após a vigência da lei, Joana terá direito ao aviso prévio proporcional que no caso será de 72 dias. Está correto o procedimento da empresa em dar baixa na CTPS na data da comunicação da rescisão do contrato de trabalho? Não pois nos termos da OJ SDI – 1 82 TST a baixa da CTPS deve ocorrer no último dia do aviso prévio. Questão Paulo cumpria aviso prévio de 30 dias quando foi acometido por grave acidente de trabalho tendo que se afastar por 3 meses, referido afastamento ocorreu no 26 dia do aviso. Ao retornar à empresa foi-lhe informado que seu contrato de trabalho já estava encerrado, já que o aviso prévio acabara no 4 dia após o afastamento de Paulo. Responda: Está correta a argumentação da empresa quanto ao termino do contrato de trabalho de Paulo? Não, pois nos termos da sumula 371 TST só se concretizam os efeitos da dispensa do trabalhador após expirado o benefício previdenciário, assim a dispensa de Paulo somente será efetivada a partir do quarto dia após o retorno dele à empresa. Além disso, é importante ressaltar que segundo a doutrina trabalhista majoritária, caso o empregado venha a sofrer acidente do trabalho ou contrair doença profissional no curso do aviso prévio ele será detentor de garantia de emprego de 12 meses contados do retorno à empresa. Caso, após o afastamento previdenciário, Paulo não retornasse ao trabalho, poderia restar configurado o abandono ao emprego? Não, pois o abandono só é configurado após 30 dias de falta e ele faltaria no máximo 4, que é o que falta para completar o aviso prévio. Caso o aviso prévio dele fosse de 90 dias e no 26 ele não tivesse sofrido acidente de trabalho, ele ainda teria muitos dias do aviso prévio para cumprir, mas quando ele deveria retornar ao trabalho ele não retorna. No entanto, mesmo assim a empresa não pode configurar abandono de emprego pois ele está no seu período de aviso prévio. 1. Afastamento previdenciário por doença ou acidente no curso do aviso prévio Sumula 371 TST: durante o afastamento previdenciário em razão de acidente ou doença o aviso prévio fica suspenso e ele só volta a correr depois que o empregado volta a trabalhar. A projeção do contrato de trabalho tem efeitos limitados as vantagens econômicas obtidas no período de pré-aviso, ou seja, salário e verbas rescisórias. No caso de concessão de auxílio doença no curso de aviso prévio, só se concretizam os efeitos da dispensa depois de expirado o benefício previdenciário. 2. Abandono de emprego Vai se configurar abandono de emprego após 30 dias de ausência no emprego, conforme sumula 32 TST. 3. Abandono de emprego no curso do aviso prévio Sumula 73 TST: trata da justa causa no curso do aviso prévio. É perfeitamente possível que o empregado venha a cometer justa causa no aviso prévio pois o aviso prévio é contrato de trabalho assim é possível, ainda que o aviso seja indenizado. Se o empregado cometer uma justa causa no curso doa viso prévio ele perderá os direitos às verbas indenizatórias, ou seja, multa de 40%, FGTS, 13 salário, etc., salvo abandono de emprego. Abandono de emprego não acontece no curso do aviso prévio, pois se o emprego sumiu presume-se que ele arrumou um novo emprego e que a finalidade do aviso prévio foi cumprida. Mesmo estável pode configurar abandono de emprego. O estável não pode ser mandado embora sem justa causa, mas com justa causa ele pode, assim pode ser configurado abandono de emprego do empregado estável. EXTINÇÃO DO CONTRATO INDIVIDUAL DO TRABALHO Questão Mariana, empregada da empresa beta Representações Comerciais, começou a vender ovos de pascoa a seus colegas de trabalho, diante o expediente e no ambiente de trabalho. Inicialmente, seu empregador não se opôs às vendas, mas, quando percebeu que estas estavam prejudicando o desempenho das atividades habituais da empregada, proibiu- as expressamente. Mariana, ainda assim, continuou vendendo os ovos de pascoa, já que tal prática representava importante fonte de complementação de seus rendimentos mensais. A empresa ao tomar conhecimento de que Mariana não cessara as vendas, mesmo após a proibição de seu empregador, dispensou-a com justa causa. Nessa situação, responda: A dispensa com justa causa de Mariana encontra fundamento legal? Sim, conforme artigo 482, alínea c CLT, já que a negociação habitual pelo empregado desde que haja proibição pelo empregador e haja prejuízos aos serviços como no caso em tela configura justa causa. Quais verbas rescisórias o empregado dispensado com justa causa tem direito de receber de seu empregador? O empregado demitido por justa causa recebe: saldo de salário + férias integrais ou vencidas + 1/3. 1. Dispensa com justa causa Taxatividade: só se considera como sendo justa causa aquilo que vem previsto em lei, conforme artigo 482 CLT que traz as principais hipóteses de justa causa, que também estão no artigo 158, $ único CLT. Artigo 482, c, CLT: constitui justa causa a negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, quando constituir ato de concorrência ou for prejudicial ao serviço. Assim, o empregado não pode negociar produtos por conta própria ou de outrem na empresa
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