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Prova – Direito Trabalhista e Previdenciário Pergunta 01 NÃO é fonte do Direito do Trabalho: Sentença Normativa. Contrato de trabalho. Decretos expedidos pelo Poder Executivo. N.D.A. EXPLICAÇÃO: Todas as alternativas são fontes formais do Direito do Trabalho, pois regulamentam a relação de emprego. Pergunta 02 São princípios do direito individual do trabalho: Condição mais benéfica, in dubio pro operário e tangibilidade salarial. Renunciabilidade, primazia da forma e condição mais benéfica. Continuidade do contrato de trabalho e norma mais favorável. Primazia da realidade, norma mais favorável e descontinuidade do contrato de trabalho. Pergunta 03 No campo do Direito do Trabalho, presume-se que o contrato de trabalho terá validade por tempo indeterminado, em razão do: Princípio da proteção. Princípio da continuidade da relação de emprego. Princípio da primazia da realidade. Princípio da irrenunciabilidade de direitos. Pergunta 04 No que se infere o conceito de Direito do Trabalho, assinale a alternativa incorreta: Sob a ótica subjetivista, destaca-se a fragilidade da condição econômica do empregado na relação jurídica. Sob a ótica da corrente objetiva, tem-se o conteúdo do direito do trabalho como escopo precípuo. Existe uma corrente que propõe a necessidade de uma interpretação holística, isto é, levando em consideração todas as nuances relativas às instituições, as partes e até mesmo a sociedade. A corrente mista engloba as categorias objetiva e subjetiva, valorando, no entanto, os sujeitos em detrimento aos institutos. Pergunta 05 Sobre as fontes de Direito do Trabalho, assinale a alternativa incorreta: O Acordo Coletivo de Trabalho prevalecerá sobre a Convenção Coletiva de Trabalho. No que tange o conflito de fontes formais no âmbito do Direito do Trabalho, aplica-se o princípio da hierarquia das normas. As fontes formais podem ser autônomas – elaboradas pelos próprios destinatários – e heterônomas – criadas pelo Estado. A Consolidação das Leis do Trabalho, a Constituição de 1988 e as Convenções Coletivas de Trabalho são exemplos de fontes formais. Pergunta 06 Em determinada localidade, existe a seguinte situação: a convenção coletiva da categoria para o período 2018/2019 prevê o pagamento de adicional de 70% sobre as horas extras realizadas de segunda-feira a sábado. Ocorre que a sociedade empresária Beta havia assinado um acordo coletivo para o mesmo período, porém alguns dias antes, prevendo o pagamento dessas horas extras com adicional de 60%. De acordo com a CLT, assinale a opção que indica o adicional que deverá prevalecer. Prevalecerá o adicional de 70%, por ser mais benéfico aos empregados. Diante da controvérsia, valerá o adicional de 50% previsto na Constituição Federal. Deverá ser respeitada a média entre os adicionais previstos em ambas as normas coletivas, ou seja, 65%. Valerá o adicional de 60% previsto em acordo coletivo, que prevalece sobre a convenção. EXPLICAÇÃO: Assim, acordos coletivos são realizados entre o sindicato de empregados e uma ou mais empresas. Enquanto que a convenção coletiva ocorre entre o sindicato de trabalhadores e o de empregadores. No caso em questão, de um lado a convenção coletiva da categoria prevê uma coisa e de outro temos um acordo coletivo para o mesmo período, nesse caso a CLT é bem clara ao prescrever que um acordo coletivo de trabalho sempre prevalecerá sobre uma convenção coletiva de trabalho Pergunta 07 Os requisitos necessários à caracterização do vínculo de emprego abrangem: Onerosidade, exclusividade, subordinação jurídica e alteridade. Eventualidade, pessoalidade, onerosidade e subordinação jurídica. Subordinação, não eventualidade, onerosidade e pessoalidade. Dependência econômica, continuidade, subordinação e alteridade. EXPLICAÇÃO: Artigo 3º, da CLT. Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Pergunta 08 Conforme prevê a Consolidação das Leis do Trabalho são considerados sujeitos do contrato de trabalho o empregado e o empregador. Em relação a estes é correto afirmar que: Em razão do grau de parentesco, a esposa não poderá ser considerada empregada do marido, ainda que presentes os requisitos legais da relação de emprego. Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal dos serviços. Não se equiparam ao empregador, para os efeitos da relação de emprego, os profissionais liberais, mesmo que admitam trabalhadores como empregados. Não poderá ser considerado empregador para efeitos da relação de emprego uma associação recreativa sem fins lucrativos. Pergunta 09 No universo do trabalho há determinadas situações fáticas em que a doutrina, com fulcro na legislação, atribui a natureza de relação de trabalho. Em contrapartida, há outras que são classificadas como relação de emprego, consubstanciando-se em contrato de trabalho regido pela Consolidação das Leis do Trabalho. Nesse sentido está INCORRETA: As teorias da descontinuidade, do evento e da fixação se prestam para definição do conceito legal da não eventualidade, que se constrói exclusivamente com base na teoria dos fins do empreendimento. A onerosidade, como característica da relação de emprego, deve ser vista sob o ângulo objetivo, segundo o qual ela se manifesta pelo pagamento por parte do empregador para remunerar os serviços prestados por força do contrato, e no aspecto subjetivo, com a identificação da intenção contraprestativa, em especial pelo empregado, que presta os serviços esperando uma contrapartida pecuniária por parte do empregador. A exclusividade na prestação dos serviços do trabalhador ao seu contratante não configura requisito legal essencial e tipificado para a formação de um contrato de trabalho de natureza celetista. O caráter intuitu persona e expressa a pessoalidade da relação de emprego que se deve fazer presente nos seus dois polos, tanto do contratante empregador quanto do empregado prestador dos serviços. Pergunta 10 Quanto aos institutos jurídicos denominados “relação de trabalho" e “relação de emprego" é correto afirmar: A relação de trabalho é modalidade derivada da relação de emprego. Não há relação de trabalho se não houver relação de emprego. A relação de emprego é uma espécie do gênero relação de trabalho. Possuem características idênticas, podendo se afirmar que são expressões sinônimas. Pergunta 11 Dentro do universo das relações jurídicas, encontram-se as relações de trabalho e as relações de emprego. No tocante a essas relações, seus sujeitos e requisitos, segundo a legislação vigente, assinale: considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, mesmo sem assumir os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. se equiparam ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão não se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio. são distintos o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado à distância, mesmo que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. considera-se empregado toda pessoa física ou jurídica que prestar serviços de natureza exclusiva e não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Pergunta 12 Pedro trabalhava nos Estados Unidos da América(EUA) para a Rede de Restaurantes Y. Por determinação de seu empregador, ele foi transferido para trabalhar em um estabelecimento da Rede de Restaurantes Y, localizada no Brasil. Pedro, no Brasil, prestava serviços para duas pessoas jurídicas, Restaurantes X S.A. e X Fast Foods S.A., durante a mesma jornada de trabalho, sendo ambas subordinadas à Rede de Restaurantes Y. Entretanto, Pedro mantinha contrato de trabalho apenas com a Rede de Restaurantes Y. Após alguns meses trabalhando no Brasil, Pedro teve suprimido adicional pecuniário, que incidia sobre seu salário, não recebendo qualquer outra vantagem para compensar essa perda. Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta: Considerando que se trata de pessoas jurídicas distintas, não haverá responsabilidade solidária entre as empresas. Em virtude de Pedro ter sido contratado originariamente nos EUA, seu contrato de trabalho é regido pelas leis daquele país. De acordo com a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), na situação hipotética acima, há a coexistência de três contratos de trabalho. Em uma demanda trabalhista proposta por Pedro, em desfavor de seu empregador, serão solidariamente responsáveis a Rede de Restaurantes Y, o Restaurantes X S.A. e X Fast Foods S.A, pois será configurado grupo econômico. EXPLICAÇÃO: Art. 2º, § 2º, CLT: Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estIiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. Pergunta 13 Sobre Grupo Econômico assinale a alternativa INCORRETA: Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. Grupo econômico não se configura pela mera identidade de sócios. É necessária para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. Caracterizado grupo econômico, as empresas respondem subsidiariamente pelas obrigações da relação de emprego. Pergunta 14 Marcela, supervisora do setor de embalagens da Empresa de Lâmpadas CTMR Ltda., foi injustamente dispensada, sendo contratada uma empresa de serviços terceirizados. Marcela foi contratada imediatamente como empregada da empresa terceirizada. Neste caso, é correto afirmar que Marcela: Poderá prestar serviços para a Empresa de Lâmpadas, na qualidade de empregada da empresa prestadora de serviços terceirizados, desde que cumpra o prazo de carência de dezoito meses, contados a partir de sua demissão. Não poderá prestar serviços para sua antiga empregadora na qualidade de empregada da empresa prestadora de serviços terceirizados, em hipótese alguma, sob pena de configuração de fraude às leis trabalhistas. Poderá prestar serviços para a Empresa de Lâmpadas, mas não na qualidade de empregada da empresa prestadora de serviços terceirizados, e, sim, através de pessoa jurídica própria, abrindo uma empresa. Não poderá prestar serviços para sua antiga empregadora na qualidade de empregada da empresa prestadora de serviços terceirizados, podendo, entretanto, prestar serviços para outras tomadoras de serviços da terceirizada. Pergunta 15 Considere as afirmativas abaixo a respeito da equiparação salarial. I - Para efeito de se aferir trabalho de igual valor, para fins de equiparação salarial, considera-se o feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos. II- No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará, além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor do empregado discriminado, no valor de 50% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. III- Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, ou dentro da mesma região metropolitana, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. Pergunta 16 Em relação aos sujeitos do contrato de trabalho, conforme previsão contida na Consolidação das Leis do Trabalho. As instituições de beneficência e as associações recreativas não se equiparam ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, em razão da ausência de finalidade lucrativa. Para caracterização da figura do empregado levar-se-ão em conta distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, bem como entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. O trabalho realizado no estabelecimento do empregador se distingue daquele executado no domicílio do empregado e do realizado à distância para efeitos da caracterização da relação de emprego, mesmo caracterizados os pressupostos da relação de emprego. Pergunta 17 Paulo trabalhou para a Editora Livro Legal Ltda. de 10/12/2017 a 30/08/2018 sem receber as verbas rescisórias ao final do contrato, sob a alegação de dificuldades financeiras da empregadora. Em razão disso, ele pretende ajuizar ação trabalhista e procurou você, como advogado(a). Sabe-se que a empregadora de Paulo estava sob o controle e a direção da sócia majoritária, a Editora Mundial Ltda. Assinale a afirmativa que melhor atende à necessidade e à segurança de satisfazer o crédito do seu cliente. Poderá incluir a sociedade empresária controladora no polo passivo da demanda, e esta responderá solidariamente com a empregadora, pois se trata de grupo econômico. Poderá incluir a sociedade empresária controladora no polo passivo da demanda, e esta responderá subsidiariamente com a empregadora, pois se trata de grupo econômico. Não há relação de responsabilização entre as sociedades empresárias, uma vez que possuem personalidades jurídicas distintas, o que afasta a caracterização de grupo econômico. Não se trata de grupo econômico, porque a mera identidade de sócios não o caracteriza; portanto, descabe a responsabilização da segunda sociedade empresária. Pergunta 18 A respeito de contrato de trabalho, assinale a opção correta. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa deverá, necessariamente, alterar os contratos de trabalho de seus empregados. O contrato de trabalho por prazo determinado poderá ser estipulado por prazo superior a 2 anos, desde que exista interesse das partes. O contrato de experiência não poderá exceder o prazo de 90 dias. A justiça do trabalho não reconhece, em nenhuma hipótese, o contrato de trabalho verbal. EXPLICAÇÃO: Art. 445, parágrafo único CLT: O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias. Pergunta 19 O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado. Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. Assim, sobre o contrato por prazo determinado, assinale: I- O contrato de experiência não poderá exceder o prazo de 60 (sessenta) dias. II- Ocontrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos. III- O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo. I e III I e II II e III I, II e III Pergunta 20 Em relação ao término do contrato por prazo determinado no Direito do Trabalho, analise as afirmativas a seguir: I- Havendo termo estipulado, o empregado não poderá se desligar do contrato, sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem. II- Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado. III- Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o término do contrato. Pergunta 21 Para efeitos legais, serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: Vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço. Educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático. A alimentação, habitação, vestuário que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Seguros de vida e de acidentes pessoais. EXPLICAÇÃO: Art. 458, § 2 da CLT. Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: I - Vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; II - Educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; [...] V - Seguros de vida e de acidentes pessoais; VI - Previdência privada. Pergunta 22 Assinale a alternativa correta sobre remuneração e salário. Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações “in natura”, que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, limitadas a cinquenta por cento da remuneração mensal, o auxílio-alimentação, as diárias para viagem e os prêmios integram a remuneração do empregado e constituem base de incidência do encargo trabalhista. Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destinado à distribuição aos empregados As empresas que cobrarem gorjetas não precisam anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social de seus empregados o salário fixo e a média dos valores das gorjetas nos últimos doze meses. Pergunta 23 Além do salário fixo mensal pago pelo empregador, compreende na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, EXCETO: Contraprestação “in natura” pago habitualmente. A gorjeta dada espontaneamente pelos clientes a um empregado de um restaurante. Alimentação, habitação e vestuário desde que habitual. A assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde. Pergunta 24 Jorge era caixa bancário e trabalhava para o Banco Múltiplo S/A. Recebia salário fixo de R$ 4.000,00 mensais. Além disso, recebia comissão de 3% sobre cada seguro de carro, vida e previdência oferecido e aceito pelos clientes do Banco, o que fazia concomitantemente com suas atividades de caixa, computando-se o desempenho para suas metas e da agência. Os produtos em referência não eram do banco, mas, sim, da Seguradora Múltiplo S/A, empresa do mesmo grupo econômico do empregador de Jorge. Diante disso, observando o entendimento jurisprudencial consolidado do TST, bem como as disposições da CLT, assinale a afirmativa correta. Os valores recebidos a título de comissão não devem integrar a remuneração de Jorge, por se tratar de liberalidade. Os valores recebidos a título de comissão não devem integrar a remuneração de Jorge, porque relacionados a produtos de terceiros. Os valores recebidos a título de comissão devem integrar a remuneração de Jorge. Os valores recebidos a título de comissão não devem integrar a remuneração de Jorge, uma vez que ocorreram dentro do horário normal de trabalho, para o qual Jorge já é remunerado pelo banco. EXPLICAÇÃO: Integra a remuneração do bancário a vantagem pecuniária por ele auferida na colocação ou na venda de papéis ou valores mobiliários de empresas pertencentes ao mesmo grupo econômico, se exercida essa atividade no horário e no local de trabalho e com o consentimento, tácito ou expresso, do banco empregador. Pergunta 25 Edimilson é vigia noturno em um condomínio residencial de apartamentos. Paulo é vigilante armado de uma agência bancária. Letícia é motociclista de entregas de uma empresa de logística. Avalie os três casos apresentados e, observadas as regras da CLT, assinale a afirmativa correta: Os três empregados fazem jus ao adicional de periculosidade, pois as profissões de Edimilson e Paulo estão sujeitas ao risco de violência física e, a de Letícia, a risco de vida. Apenas Paulo e Edimilson têm direito ao adicional de periculosidade por conta do risco de violência física. Paulo e Letícia exercem atividade perigosa e fazem jus ao adicional de periculosidade. A atividade de Edimilson não é considerada perigosa, e, por isso, ele não deve receber adicional. Considerando que os três empregados não lidam com explosivos e inflamáveis, salvo por disposição em norma coletiva, nenhum deles terá direito ao recebimento de adicional de periculosidade. EXPLICAÇÃO: Art. 193 CLT. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: [...] II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. [...] 4º São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta. Os vigias não têm direito ao pagamento de adicional de periculosidade, ao passo que suas atividades não são atinentes a vigilância e segurança, mas, sim, a asseio e conservação. Pergunta 26 Claudio trabalha como barman em um restaurante de Criciúma (SC), durante 5 dias na semana, sempre no horário das 19h00 às 2h00 horas, com pausa alimentar regular. Considerando esse horário e os termos da CLT, é incorreto afirmar que: A CLT prevê que que é devido adicional noturno das 22h00 de um dia às 05h00 do outro dia. Claudio deverá receber adicional noturno, mas não é devido horas extras. Será devido adicional noturno em toda a jornada cumprida. No caso narrado, pagar-se-á adicional noturno sobre a jornada das 22h00 às 2h00 horas. Pergunta 27 Jorge trabalhou para a Sapataria Bico Fino Ltda., de 16/1 1/2017 a 20/03/2018. Na ocasião realizava jornada das 9h às 18h, com 15 minutos de intervalo. Ao ser dispensado ajuizou ação trabalhista, reclamando o pagamento de uma hora integral pela ausência do intervalo, além dos reflexos disso nas demais parcelas intercorrentesdo contrato de trabalho. Diante disso, e considerando o texto da CLT, assinale a afirmativa correta: Jorge faz jus a uma hora integral acrescida de 50%, porém sem os reflexos, dada a natureza jurídica indenizatória da parcela. Jorge faz jus a 45 minutos acrescidos de 50%, além dos reflexos, dada a natureza jurídica salarial da parcela. Jorge faz jus a uma hora integral acrescida de 50%, porém sem os reflexos, dada a natureza jurídica salarial da parcela. Jorge faz jus a 45 minutos acrescidos de 50%, porém sem os reflexos, dada a natureza jurídica indenizatória da parcela. Pergunta 28 Lúcio foi dispensado do emprego, no qual trabalhou de 17/1 1/2017 a 20/03/2018, por seu empregador. Na sociedade empresária em que trabalhou, Lúcio batia o cartão de ponto apenas no início e no fim da jornada efetiva de trabalho, sem considerar o tempo de café da manhã, de troca de uniforme (que consistia em vestir um jaleco branco e tênis comum, que ficavam na posse do empregado) e o tempo em que jogava pingue-pongue após almoçar, já que o fazia em 15 minutos, e poderia ficar jogando até o término do intervalo integral. Você foi procurado por Lúcio para, como advogado, ingressar com ação pleiteando horas extras pelo tempo indicado no enunciado não constante dos controles de horário. Sobre o caso, à luz da CLT, assinale a afirmativa correta: Lúcio não faz jus às horas extras pelas atividades indicadas, pois as mesmas não constituem tempo à disposição do empregador. Apenas o tempo em que ficava jogando poderá ser pretendido como hora extra, pois Lúcio não desfrutava integralmente da pausa alimentar. Apenas o tempo de alimentação e café da manhã devem ser considerados como tempo à disposição, já que o outro representa lazer do empregado. Lúcio faz jus às horas extras pelas atividades indicadas, pois as mesmas constituem tempo à disposição do empregador, já que Lúcio estava nas dependências da empresa. Pergunta 29 Antonieta é empregada na empresa Calçados do Sul Ltda., cumprindo jornada de segunda- feira a sábado das 5:30 às 16:30, com uma hora de intervalo. Diante da situação apresentada, é correto afirmar que: Não se identifica na jornada cumprida qualquer excesso, pelo que não há horas extras a pagar. A empregada terá direito a horas extras pelo excesso de jornada, com adicional de no mínimo 50%. Há direito ao pagamento de horas extras e adicional noturno na jornada compreendida entre 5:30 e 6:00 horas. Antonieta terá direito a hora extra em razão do intervalo para refeição desrespeitado. Pergunta 30 A cumulação dos adicionais de insalubridade e de periculosidade: É permitida, podendo o juiz concedê-la de ofício por ser matéria de ordem pública de saúde e de segurança do trabalhador. É vedada, podendo o empregado fazer a opção pelo adicional que lhe for mais benéfico. É permitida, desde que o empregado a requeira expressamente. É vedada, pois possuem a mesma hipótese de incidência, o que configura bis in idem. Pergunta 31 Analise as assertivas, sobre o adicional noturno: I - O trabalhador que prestar trabalho noturno fará jus a um adicional de pelo menos 25% sobre o valor da hora diurna. II- Considera-se trabalho noturno, o executado entre as 22 horas de um dia e as 05 horas do dia seguinte III- A transferência para o período diurno de trabalho implica na perca do direito ao adicional noturno. Quais estão corretas? I e III EXPLICAÇÃO: na II o adicional é de 20% sobre a hora diurna. Pergunta 32 Renato trabalha na empresa Ramos Santos Ltda. exercendo a função de técnico de manutenção. De segunda a sexta-feira, ele trabalha das 8h às 17h, com uma hora de almoço, e, aos sábados, das 8h às 12h, sem intervalo. Ocorre que, por reivindicação de alguns funcionários, a empresa instituiu um culto ecumênico toda sexta-feira, ao final do expediente, cujo comparecimento é facultativo. O culto ocorre das 17h às 18h, e Renato passou a frequentá-lo. Diante dessa situação, considerando o enunciado e a legislação trabalhista em vigor, assinale a afirmativa correta: Renato tem direito a uma hora extra diária, de segunda a sexta-feira, em razão do horário de trabalho das 8h às 17h. Renato tem direito a uma hora extra semanal, pois o culto foi instituído pela empregadora. Renato não faz jus a qualquer valor de horas extras. Renato tem direito a nove horas extras semanais, sendo cinco de segunda a sexta-feira e mais as 4 aos sábados. EXPLICAÇÃO: Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada. § 2º Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras: I - práticas religiosas Pergunta 33 O sindicato dos empregados X entabulou, com o sindicato dos empregadores Y, uma convenção coletiva de trabalho para vigorar de julho de 2019 a junho de 2021. Nela ficou acertado que a jornada seria marcada pelos trabalhadores por meio de um aplicativo desenvolvido pelos sindicatos; que haveria instituição de banco de horas anual; que, nas jornadas de trabalho de até 7 horas diárias, haveria intervalo para refeição de 20 minutos; e que a participação nos lucros seria dividida em 4 parcelas anuais. Considerando o teor da norma coletiva e suas cláusulas, e considerando o disposto na CLT, assinale a afirmativa correta. A convenção é nula quanto à participação nos lucros, que não pode ser dividida em mais de 2 parcelas anuais. É nula a fixação de pausa alimentar inferior a 30 minutos para jornadas superiores a 6 horas, mesmo que por norma coletiva. Inválida a cláusula referente à modalidade de registro da jornada de trabalho, que não pode ser feito por meio de um aplicativo. Inválido o banco de horas estipulado, pois, em norma coletiva, ele somente pode ser realizado para compensação semestral. Pergunta 34 Fábio trabalha em uma mineradora como auxiliar administrativo. A sociedade empresária, espontaneamente, sem qualquer previsão em norma coletiva, fornece ônibus para o deslocamento dos funcionários para o trabalho, já que ela se situa em local cujo transporte público modal passa apenas em alguns horários, de forma regular, porém insuficiente para a demanda. O fornecimento do transporte pela empresa é gratuito, e Fábio despende cerca de uma hora para ir e uma hora para voltar do trabalho no referido transporte. Além do tempo de deslocamento, Fábio trabalha em uma jornada de 8 horas, com uma hora de pausa para repouso e alimentação. Insatisfeito, ele procura você, como advogado(a), a fim de saber se possui algum direito a reclamar perante a Justiça do Trabalho. Considerando que Fábio foi contratado em dezembro de 2017, bem como a legislação em vigor, assinale a afirmativa correta: Fábio faz jus a duas horas extras diárias, em razão do tempo despendido no transporte. Fábio não faz jus às horas extras, pois o transporte fornecido era gratuito. Fábio faz jus às horas extras, porque o transporte público era insuficiente, sujeitando o trabalhador aos horários estipulados pelo empregador. Fábio não faz jus a horas extras, porque o tempo de transporte não é considerado tempo à disposição do empregador. Pergunta 35 Rita de Cássia é enfermeira em um hospital desde 10/01/2018, no qual trabalha em regime de escala de 12x36 horas, no horário das 7.00 às 19.00 horas. Tal escala encontra-se prevista na convenção coletiva da categoria da empregada.Alguns plantões cumpridos por Rita de Cássia coincidiram com domingos e outros, com feriados. Em razão disso, a empregada solicitou ao seu gestor que as horas cumpridas nesses plantões fossem pagas em dobro. Sobre a pretensão da empregada, diante do que preconiza a CLT, assinale a afirmativa correta: Ela fará jus ao pagamento com adicional de 100% apenas nos feriados. Ela não terá direito ao pagamento em dobro nem nos domingos nem nos feriados. Ela terá direito ao pagamento em dobro da escala que coincidir com o domingo. Ela receberá em dobro as horas trabalhadas nos domingos e feriados EXPLICAÇÃO: a CLT informa que em regra o repouso deverá ocorrer aos domingos, mas isso não implica dizer que é proibido trabalhar aos domingos e caso aconteça deverá receber em dobro, o que a CLT proíbe é a retirada total dos domingos como dia de descanso, o que não ocorreu no caso. Pergunta 36 Felisberto foi contratado como técnico pela sociedade empresária Montagens Rápidas Ltda., em janeiro de 2018, recebendo salário correspondente ao mínimo legal. Ele não está muito satisfeito, mas espera, no futuro, galgar degraus dentro da empresa. O empregado em questão trabalha na seguinte jornada: de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h48min com intervalo de uma hora para refeição, tendo assinado acordo particular por ocasião da admissão para não trabalhar aos sábados e trabalhar mais 48 minutos de segunda a sexta-feira. Com base na situação retratada e na Lei, considerando que a norma coletiva da categoria de Felisberto é silente a respeito, assinale a afirmativa correta. Há direito ao pagamento de horas extras, porque a compensação de horas teria de ser feita por acordo coletivo ou convenção coletiva, não se admitindo acordo particular para tal fim. Não existe direito ao pagamento de sobrejornada, porque as partes podem estipular qualquer quantidade de jornada, independentemente de limites. A Lei é omissa a respeito da forma pela qual a compensação de horas deva ser realizada, razão pela qual caberá ao juiz, valendo-se de bom senso e razoabilidade, julgar por equidade. A situação não gera direito a horas extras, porque é possível estipular compensação semanal de horas, inclusive por acordo particular, como foi o caso Pergunta 37 Edimilson é vigia noturno em um condomínio residencial de apartamentos. Paulo é vigilante armado de uma agência bancária. Letícia é motociclista de entregas de uma empresa de logística. Avalie os três casos apresentados e, observadas as regras da CLT, assinale a afirmativa correta: Os três empregados fazem jus ao adicional de periculosidade, pois as profissões de Edimilson e Paulo estão sujeitas ao risco de violência física e, a de Letícia, a risco de vida. Apenas Paulo e Edimilson têm direito ao adicional de periculosidade por conta do risco de violência física. Paulo e Letícia exercem atividade perigosa e fazem jus ao adicional de periculosidade. A atividade de Edimilson não é considerada perigosa, e, por isso, ele não deve receber adicional. Considerando que os três empregados não lidam com explosivos e inflamáveis, salvo por disposição em norma coletiva, nenhum deles terá direito ao recebimento de adicional de periculosidade. EXPLICAÇÃO: Art. 193 CLT. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: [...] II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. [...] 4º São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta. Os vigias não têm direito ao pagamento de adicional de periculosidade, ao passo que suas atividades não são atinentes a vigilância e segurança, mas, sim, a asseio e conservação. Pergunta 38 Acerca do tema jornada de trabalho em regime parcial prevista na CLT, assinale a alternativa INCORRETA: As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas com o acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal. O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial poderá ser feita mediante opção manifestada perante a empresa. Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial ser estabelecido em número inferior a vinte e seis horas semanais, as horas suplementares a este quantitativo não serão consideradas horas extras para fins do pagamento estipulado. Pergunta 39 Assinale a alternativa CORRETA: Serão descontadas e computadas como jornada extraordinária qualquer variação de horário constante no cartão ponto. O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, será computado na jornada de trabalho. A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta e seis horas semanais. Pergunta 40 Plínio foi contratado, em 30/11/2017, como auxiliar administrativo de uma fábrica de motores. Graças ao seu ótimo desempenho, foi promovido, passando a gerente de operações, cargo dispensado do registro de horário, com padrão salarial cinco vezes mais elevado que o cargo efetivo imediatamente abaixo. Plínio era o responsável pela empresa, apenas enviando relatório mensal à diretoria. Em razão da nova função, Plínio passou a receber uma gratificação equivalente a 50% do salário básico recebido na função anteriormente exercida. O rendimento de Plínio, oito meses após a promoção, deixou de ser satisfatório, por questões pessoais. Em decorrência disso, a empresa retirou de Plínio a função gerencial e ele voltou à função que exercia antes, deixando de receber a gratificação de função. Diante disso, assinale a afirmativa correta. O cargo que Plínio passou a ocupar não era de confiança, razão pela qual a alteração contratual equivale a rebaixamento, sendo, portanto, ilícita. O cargo que Plínio passou a ocupar era de confiança, porém não poderia haver o retorno ao cargo anterior com a perda da gratificação de função, razão pela qual a alteração contratual equivale a rebaixamento, sendo, portanto, ilícita. O cargo que Plínio passou a ocupar era de confiança, e a reversão ao cargo efetivo foi lícita, mas não a perda da remuneração, pois equivale a diminuição salarial, o que é constitucionalmente vedado. O cargo que Plínio passou a ocupar era de confiança, razão pela qual se admite a reversão ao cargo anterior, sendo lícita a perda da gratificação de função. Pergunta 41 Maria foi contratada pela empresa Bolos S.A. para exercer a função de copeira, cumprindo jornada de trabalho de segunda à sexta-feira das 13:00 h às 17:00 h, sem intervalo alimentar. Decorridos dois anos do início do pacto contratual, foi a empregada dispensada, recebendo as parcelas da ruptura. Contudo, inconformada porque jamais lhe foi permitido usufruir de intervalo para descanso e alimentação, Maria ajuíza reclamação trabalhista postulando o pagamento do período correspondente ao intervalo alimentar não concedido. Diante da hipótese relatada, assinale a afirmativa correta. A ex-empregada faz jus ao pagamento de indenização correspondente ao valor de uma hora extraordinária diária, haja vista a supressão do intervalo intrajornada. A ex-empregada faz jus ao pagamento de apenas 15 minutos diários a títulode horas extraordinárias, haja vista a supressão do intervalo intrajornada, na forma do Art. 71,§ 4º, da CLT. A ex-empregada faz jus ao pagamento de uma hora extraordinária diária, haja vista a supressão do intervalo intrajornada, na forma do Art. 71, § 4º, da CLT. A ex-empregada não faz jus ao pagamento de horas extraordinárias, porquanto diante da carga horária cumprida, não lhe era assegurada a fruição de intervalo intrajornada. EXPLICAÇÃO: Artigo 71, §1º, da CLT. Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas. Pergunta 42 Com relação ao regime de férias, é correto afirmar que: O empregado que pede demissão antes de completado seu primeiro período aquisitivo faz jus a férias proporcionais. As férias podem ser convertidas integralmente em abono pecuniário, por opção do empregado. Salvo para as gestantes e os menores de 18 anos, as férias podem ser gozadas em dois períodos. As férias devem ser pagas ao empregado com adicional de 1/3 até 30 dias antes do início do seu gozo. N.D.A. EXPLICAÇÃO: As férias proporcionais são devidas nas hipóteses de dispensa sem justa causa, término de contrato a prazo e quando de rescisão motivada pelo empregado no pedido de demissão, inclusive quando o empregado possuir menos de um ano de serviço na mesma empresa, conforme determina a Súmula 261 do TST. Pergunta 43 No tocante às férias, de acordo com a CLT, alterada pela Lei nº 13.467/2017 e pelo entendimento sumulado do TST, considere I- Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a dez dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. II- É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado. III- Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias de, no máximo, dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte e duas horas, até vinte e cinco horas. IV - O empregado que se demite antes de complementar doze meses de serviço tem direito a férias proporcionais. II e IV III e IV II, III e IV I e II I e III Pergunta 44 O empregado que, durante o período aquisitivo de férias, possuir 15 faltas injustificadas e 05 faltas justificadas, terá direito a _________________ dias corridos de férias. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do trecho acima. 18 24 15 20 Pergunta 45 Assinale a opção correta acerca do FGTS. Os trabalhadores autônomos são beneficiários do FGTS. A conta vinculada do trabalhador no FGTS não poderá ser movimentada em caso de despedida indireta. É devido o recolhimento do FGTS sobre os valores pagos a título de aviso prévio, quer tenha o empregado, durante esse período, trabalhado ou não. Os valores referentes ao FGTS podem ser pagos diretamente ao empregado. EXPLICAÇÃO: Súmula 305 do TST. O pagamento relativo ao período de aviso prévio, trabalhado ou não, está sujeito a contribuição para o FGTS. Pergunta 46 No que diz respeito ao FGTS, assinale a alternativa incorreta: Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador, ficará este obrigado a depositar na conta vinculada do trabalhador, no FGTS, os valores relativos aos depósitos referentes ao mês da rescisão e ao, imediatamente, anterior, que ainda não houver sido recolhido, sem prejuízo das cominações legais. O empregador é obrigado a depositar, até o dia 7 de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8% da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090/62, com as modificações da Lei nº 4.749/65. Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este, na conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual ou superior a sessenta por cento do montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros. O empregador é obrigado a comunicar mensalmente aos trabalhadores os valores recolhidos ao FGTS e repassar-lhes todas as informações sobre suas contas vinculadas recebidas da Caixa Econômica Federal ou dos bancos depositários. Pergunta 47 A segunda parcela do décimo terceiro salário será efetuada até o dia: 10 de janeiro do ano subsequente. 30 de novembro. 20 de dezembro de cada ano. 15 de dezembro de cada ano. Pergunta 48 Uma indústria de calçados, que se dedica à exportação, possui 75 empregados. No último ano, Davi foi aposentado por invalidez, Heitor pediu demissão do emprego, Lorenzo foi dispensado por justa causa e Laura rompeu o contrato por acordo com o empregador, aproveitando-se da nova modalidade de ruptura trazida pela Lei nº 13.467/17 (Reforma Trabalhista). De acordo com a norma de regência, assinale a opção que indica, em razão dos eventos relatados, quem tem direito ao saque do FGTS. Davi e Laura, somente. Todos poderão sacar o FGTS. Laura, somente. Davi, Heitor e Lorenzo, somente. Pergunta 49 Reinaldo é empregado da padaria Cruz de Prata Ltda., na qual exerce a função de auxiliar de padeiro, com jornada de segunda a sexta-feira, das 12h às 17h, e pausa alimentar de 15 minutos. Aproxima-se o final do ano, e Reinaldo aguarda ansiosamente pelo pagamento do 13º salário, pois pretende utilizá-lo para comprar uma televisão. A respeito do 13º salário, assinale a afirmativa correta. Com a reforma da CLT, a gratificação natalina poderá ser paga em até três vezes, desde que haja concordância do empregado. A gratificação natalina deve ser paga em duas parcelas, sendo a primeira entre os meses de fevereiro e novembro e a segunda, até o dia 20 de dezembro de cada ano. Atualmente é possível negociar a supressão do 13º salário em convenção coletiva de trabalho. O empregado tem direito a receber a primeira parcela do 13º salário juntamente com as férias, desde que a requeira no mês de março. Pergunta 50 O sindicato dos empregados em tinturaria de determinado município celebrou, em 2018, acordo coletivo com uma tinturaria, no qual, reconhecendo-se a condição financeira difícil da empresa, aceitou a redução do percentual de FGTS para 3% durante 2 anos. Sobre o caso apresentado, de acordo com a previsão da CLT, assinale a afirmativa correta. É válido o acerto realizado porque fruto de negociação coletiva, ao qual a reforma trabalhista conferiu força legal. Somente se houver homologação do acordo coletivo pela Justiça do Trabalho é que ele terá validade em relação ao FGTS. A cláusula normativa em questão é nula, porque constitui objeto ilícito negociar percentual de FGTS. A negociação acerca do FGTS exigiria que, ao menos, fosse pago metade do valor devido, o que não aconteceu no caso apresentado. EXPLICAÇÃO: É mais um caso de resolução baseado na letra pura da lei, dessa forma, a cláusula normativa em questão é nula, porque constitui objeto ilícito negociar percentual de FGTS conforme artigo da CLT Pergunta 51 De acordo com a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), a violação de segredo de uma empresa, pelo funcionário, pode acarretar: Multa de 3 (três) a 6 (seis) salários. Justa causa para rescisão do contrato de trabalho. Afastamento de suas atividades por 60 (sessenta) dias. Indenização por danos morais. EXPLICAÇÃO: Art. 482, alínea “g”. CLT. Pergunta 52 Maurício e a empresa LXG Tratores Ltda. chegaram a um acordo para rescindirem o contrato de trabalho, em vigor há cinco anos. A empresa pagoua Maurício, a título de verbas rescisórias, metade do aviso prévio indenizado e das férias proporcionais + 1/3; já o saldo de salário, as férias vencidas + 1/3 e o 13º salário proporcional foram pagos integralmente, com o saque de 50% dos depósitos do FGTS acrescidos da multa de 20%. Sobre as verbas rescisórias: Foram pagas corretamente, não tendo direito o obreiro a gozar do Programa do Seguro- Desemprego. Foram pagas corretamente, mas tendo direito o obreiro a gozar do Programa do Seguro- Desemprego, devendo o empregador lhe entregar as respectivas guias. Foram pagas de forma errada, uma vez que o 13º salário proporcional também é devido pela metade e não integralmente. Foram pagas de forma errada, uma vez que são devidas as férias proporcionais + 1/3 de forma integral e o saque de 80% dos depósitos do FGTS. Pergunta 53 Na hipótese de extinção do contrato de trabalho, por culpa recíproca de empregado e empregador: Não é devida a liberação dos depósitos do fundo de garantia do tempo de serviço. As verbas rescisórias correspondem à metade do que seria devido na hipótese de despedida sem justa causa. O empregado tem os mesmos direitos que decorreriam de um pedido de demissão. As verbas rescisórias devem ser quitadas no prazo estabelecido em acordo coletivo de trabalho. As verbas rescisórias devem ser quitadas no prazo de trinta dias, contados a partir do término do contrato. Pergunta 54 Em determinada empresa, um empregado utilizou seu e-mail corporativo para encaminhar aos colegas de trabalho conteúdos pessoais e fotos íntimas de pessoas que não tinham relação com o quadro de empregados da empresa. Ao tomar conhecimento do fato, a diretoria demitiu o empregado por justa causa. Nessa situação hipotética, a aplicação da justa causa está: Correta, pois o empregador pode exercer o controle do e-mail corporativo de seus empregados e a atitude se enquadra como fato ensejador de justa causa. Errada, pois a fiscalização do e-mail corporativo do empregado, por ser uma espécie de carta eletrônica, fere o direito à privacidade, constitucionalmente garantido. Correta, porém o empregado terá direito a indenização por danos morais face o abuso do poder de fiscalização do empregador. Errada, pois a fiscalização do e-mail corporativo do empregado fere sua intimidade e a atitude por ele tomada não guarda qualquer implicação com a relação de trabalho. Pergunta 55 A despedida por justa causa pressupõe a: Prática de ato faltoso grave, devidamente tipificado na legislação trabalhista ou na convenção coletiva de trabalho. Apuração em Inquérito Judicial para Apuração de Falta Grave. Aplicação de punições anteriores para faltas menos graves. Prática de ato faltoso grave previsto na Consolidação das Leis do Trabalho. Pergunta 56 Ferdinando trabalha na sociedade empresária Alfa S.A. há 4 anos, mas anda desestimulado com o emprego e deseja dar um novo rumo à sua vida, retornando, em tempo integral, aos estudos para tentar uma outra carreira profissional. Imbuído desta intenção, Ferdinando procurou seu chefe, em 08/03/2018, e apresentou uma proposta para, de comum acordo, ser dispensado da empresa, com formulação de um distrato. Diante do caso apresentado e dos termos da CLT, assinale a afirmativa correta: O caso pode ser considerado desídia por parte do empregado, gerando então a dispensa por justa causa, sem direito a qualquer indenização. A ruptura contratual por consenso pode ser feita, mas depende de homologação judicial ou do sindicato de classe do empregado. O contrato não pode ser extinto por acordo entre as partes, já que falta previsão legal para tanto, cabendo ao empregado pedir demissão ou o empregador o dispensar sem justa causa. A realização da extinção contratual por vontade mútua é viável, mas a indenização será reduzida pela metade e o empregado não receberá seguro desemprego. Pergunta 57 Eduardo e Carla são empregados do Supermercado Praiano Ltda., exercendo a função de caixa. Após 10 meses de vigência do contrato, ambos receberam aviso prévio em setembro de 2019, para ser cumprido com trabalho. Contudo, 17 dias após, o Supermercado resolveu reconsiderar a sua decisão e manter Eduardo e Carla no seu quadro de empregados. Ocorre que ambos não desejam prosseguir, porque, nesse período, distribuíram seus currículos e conseguiram a promessa de outras colocações num concorrente do Supermercado Praiano, com salário um pouco superior. Diante da situação posta e dos termos da CLT, assinale a afirmativa correta. Os empregados não são obrigados a aceitar a retratação, que só gera efeito se houver consenso entre empregado e empregador. Os empregados são obrigados a aceitá-la, uma vez que a retratação foi feita pelo empregador ainda no período do aviso prévio. A retratação deve ser obrigatoriamente aceita pela parte contrária se o aviso prévio for trabalhado, e, se for indenizado, há necessidade de concordância das partes. O empregador jamais poderia ter feito isso, porque a CLT não prevê a possibilidade de reconsideração de aviso prévio, que se torna irreversível a partir da concessão Pergunta 58 Rafaela trabalha em uma empresa de calçados. Apesar de sua formação como estoquista, foi preterida em uma vaga para tal por ser mulher, o que seria uma promoção e geraria aumento salarial. Um mês depois, a empresa exigiu que todas as funcionárias do sexo feminino apresentassem atestado médico de gravidez. Rafaela, 4 meses após esse fato, engravidou e, após apresentação de atestado médico, teve a jornada reduzida em duas horas, por se tratar de uma gestação delicada, o que acarretou a redução salarial proporcional. Sete meses após o parto, Rafaela foi dispensada. Como advogado(a) de Rafaela, de acordo com a legislação trabalhista em vigor, assinale a opção que contém todas as violações aos direitos trabalhistas de Rafaela. Recusa, fundamentada no sexo, da promoção para a função de estoquista. Recusa, fundamentada no sexo, da promoção para a função de estoquista, exigência de atestado de gravidez e redução salarial. Recusa, fundamentada no sexo, da promoção para a função de estoquista, exigência de atestado de gravidez, redução salarial e dispensa dentro do período de estabilidade gestante. Dispensa dentro do período de estabilidade gestante. Pergunta 59 Gerson Filho é motorista rodoviário e trabalha na sociedade empresária Viação Canela de Ouro Ltda. No dia 20 de agosto de 2018, ele se envolveu em grave acidente automobilístico, sendo, ao final da investigação, verificado que Gerson foi o responsável pelo sinistro, tendo atuado com dolo no evento danoso. Em razão disso, teve a perda da sua habilitação determinada pela autoridade competente. O empregador procura você, como advogado(a), afirmando que não há vaga disponível para Gerson em outra atividade na empresa e desejando saber o que deverá fazer para solucionar a questão da maneira mais econômica e em obediência às normas de regência. Diante desta situação e dos termos da CLT, assinale a afirmativa correta. O contrato de Gerson deverá ser suspenso. O empregador deverá interromper o contrato de Gerson. O contrato do empregado deverá ser rompido por justa causa. A empresa deverá dispensar Gerson sem justa causa Pergunta 60 Gilda e Renan são empregados da sociedade empresária Alfa Calçados Ltda. há 8 meses, mas, em razão da crise econômica no setor, o empregador resolveu dispensá-los em outubro de 2018. Nesse sentido, concedeu aviso prévio indenizado de 30 dias a Gilda e aviso prévio trabalhado de 30 dias a Renan. Em relação ao prazo máximo, previsto na CLT, para pagamento das verbas devidas pela extinção, assinale a afirmativa correta. Ambos os empregados receberão em até 10 dias contados do término do aviso prévio. Gilda receberá até o 10º dia do término do aviso e Renan, até o 1º dia útil seguinte aotérmino do aviso prévio. Gilda e Renan receberão seus créditos em até 10 dias contados da concessão do aviso prévio. Gilda receberá até o 1º dia útil seguinte ao término do aviso prévio e Renan, até o 10º dia do término do aviso. Pergunta 61 No que se refere à estabilidade e garantia de emprego, assinale a alternativa incorreta: O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade. É vedado ao empregador exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação de esterilidade ou gravidez, na admissão ou permanência no emprego. O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. Para dispensa por justa causa do dirigente sindical é exigida apuração da falta grave mediante inquérito judicial. EXPLICAÇÃO: Inciso I da Súmula 244, TST: I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT). Pergunta 62 Quanto às relações trabalhistas e garantia do emprego, assinale a alternativa incorreta: É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa de empregado eleito para cargo de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, desde o registro de sua candidatura até um ano depois após o mandato. O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade. Fica vedada a dispensa arbitrária, ou sem justa causa, de empregada gestante, desde a confirmação da gravidez, até cinco meses após o parto. O acidentado tem garantia, pelo prazo mínimo de 12 meses, da manutenção de seu contrato de trabalho na empresa, após a cessão do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio acidente. É vedada a dispensa do empregado sindicalizado, a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei. Este dispositivo não se aplica aos eleitos na condição de suplente. Pergunta 63 Observadas as normas aplicáveis e a jurisprudência dominante, junto ao Tribunal Superior do Trabalho, caracteriza estabilidade e garantia provisória de emprego: A empregada dispensada com aviso-prévio indenizado informa ao ex-empregador, no dia seguinte à dispensa, o seu estado gravídico de quatro semanas. Nesse caso, o desconhecimento do estado gravídico pelo empregador no momento da rescisão afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade constitucional. O empregado que sofre acidente do trabalho no curso do contrato de experiência goza da garantia provisória de emprego, decorrente de acidente de trabalho, prevista no artigo 118 da Lei n° 8.213/1991, em razão da modalidade de contrato a termo firmado. O empregado membro da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes − CIPA que foi indicado pelo empregador é detentor de garantia de emprego por até um ano após o final de seu mandato, constituindo-se tal garantia em vantagem pessoal que prevalece mesmo em caso de extinção do estabelecimento. É possível a transferência do dirigente sindical para outro município vizinho da mesma região metropolitana e base territorial do seu sindicato que não dificulte ou torne impossível o desempenho de suas atribuições sindicais, mantida a estabilidade prevista em lei. Pergunta 64 Em uma grande empresa que atua na prestação de serviços de telemarketing e possui 250 funcionários, trabalham as empregadas listadas a seguir: Alice, que foi contratada a título de experiência, e, um pouco antes do término do seu contrato, engravidou; Sofia, que foi contratada a título temporário, e, pouco antes do termo final de seu contrato, sofreu um acidente do trabalho; Larissa, que foi indicada pelo empregador para compor a CIPA da empresa; Maria Eduarda, que foi eleita para a comissão de representantes dos empregados, na forma da CLT alterada pela Lei nº 13.467/17 (reforma trabalhista). Diante das normas vigentes e do entendimento consolidado do TST, assinale a opção que indica as empregadas que terão garantia no emprego. Sofia e Larissa, somente. Alice e Maria Eduarda, somente. Alice, Sofia e Maria Eduarda, somente. Alice, Sofia, Larissa e Maria Eduarda Pergunta 65 Em uma greve ocorrida há dois dias dentro de uma indústria metalúrgica, o dirigente sindical, que é empregado da referida empresa, agrediu fisicamente o diretor com tapas e socos, sendo a agressão gravada pelo sistema de segurança existente no local. O dono da empresa, diante dessa prática, pretende dispensar o empregado por justa causa. Em razão disso, ele procura você, como advogado(a), no dia seguinte aos fatos narrados, para obter sua orientação. De acordo com o disposto na CLT, assinale a opção que apresenta sua recomendação jurídica e a respectiva justificativa. Dispensar imediatamente o empregado por justa causa e ajuizar ação de consignação em pagamento dos créditos porventura devidos. Apresentar notícia-crime e solicitar da autoridade policial autorização para dispensar o empregado por justa causa. Suspender o empregado e, em até 30 dias, ajuizar inquérito para apuração de falta grave. Não fazer nada, porque a justa causa teria de ser aplicada no dia dos fatos, ocorrendo então perdão tácito. Pergunta 66 Em 2018, um sindicato de empregados acertou, em acordo coletivo com uma sociedade empresária, a redução geral dos salários de seus empregados em 15% durante 1 ano. Nesse caso, conforme dispõe a CLT, Uma contrapartida de qualquer natureza será obrigatória e deverá ser acertada com a sociedade empresária. A contrapartida será a garantia no emprego a todos os empregados envolvidos durante a vigência do acordo coletivo. A existência de alguma vantagem para os trabalhadores para validar o acordo coletivo será desnecessária. A norma em questão será nula, porque a redução geral de salário somente pode ser acertada por convenção coletiva de trabalho. EXPLICAÇÃO: Dessa forma, no que concerne à proteção salarial a regra é a Irredutibilidade (não haverá redução) e intangibilidade (não haverá descontos) salarial. No entanto, há exceções à irredutibilidade: previsão em convenção ou Acordo Coletivo: "Se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a jornada, a convenção coletiva ou o acordo coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos empregados contra dispensa imotivada durante o prazo de vigência do instrumento coletivo" (Art. 611-A, §3º, CLT). E exceções à intangibilidade: Salário-utilidade (Art. 458, CLT); Dano causado pelo empregado por dolo ou culpa (esta apenas se tiver sido acordada); adiantamentos feitos pelo empregador (Art. 462, caput, CLT), descontos legais ou convencionais (Art. 462, caput, CLT). Pergunta 67 Fernanda é caixa em um supermercado, recebe o valor correspondente a 1,5 salário mínimo e no seu contracheque há desconto mensal a título de INSS. Oswaldo é repositor no mesmo supermercado e no seu contracheque se verifica a subtração mensal de pensão alimentícia na razão de 20% para o seu filho menor. Joana é subgerente no mesmo estabelecimento e no seu contracheque há desconto de empréstimo consignado que tomou junto a um banco, autorizando a dedução da parcela no seu contracheque. Assinale a questão correta: Todos os descontos são legais, pois com previsão expressa em norma jurídica. Fernanda sofreu previsto em lei, Oswaldo, desconto por determinação judicial e Joana, desconto estipulado em contrato. Os descontos podem ser efetivados desde que haja dolo do empregado ou previsão contratual. Todos os descontos são ilegais em razão do princípio da irredutibilidade salarial.
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